domingo, março 25, 2012

Jesus e a mulher samaritana junto ao poço de Jacó

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Jesus e a mulher samaritana, junto ao Poço de Jacó.
João Cruzué

Dizem alguns comentaristas da Bíblia que Jacó perdeu tempo, armando suas cabanas em frente a Siquém, na terra de Canaã, quando deveria ter seguido direto para Betel. Eles podem estar certos de muitas coisas, menos por uma.

Siquém foi  o primeiro lugar onde Abraão pousou quando vinha de Harã, a caminho da Terra Prometida. Se Jacó tivesse seguido direto para Betel e não parado em Siquém, dizem os estudiosos, teria evitado  o problema acontecido com Diná e posteriormente fúria sanguinária dos filhos Simeão e Levi.

Mas, mesmo tendo aparentemente errado ao assentar acampamento diante de Siquém, Jacó cumpriu os planos de Deus, ao cavar ali  um poço profundo para suprir a família e o rebanho com água potável,  cerca de 1750 anos antes de Cristo.

Cerca de quase dois mil anos depois, Jesus assenta-se  à beira do poço ao meio-dia, cansado, e espera. Então, descendo em busca de água uma mulher samaritana tem um encontro com Jesus. 

Ela estranha que ele, sendo um judeu, quebra os costumes locais e começa a conversar com ela. Ele pedindo para que ela lhe desse de beber; ela estranhando a ausência de preconceito.

Esta conversa, este diálogo simples, entre Jesus e a samaritana mostra  o propósito de Deus em fazer um novo concerto com a humanidade perdida em males e pecados. Que testemunho, que mérito, possuía aquela mulher para que, entre toda Samaria, recebesse a visita do Salvador? Nenhum. Pela revelação de Jesus, ela era uma mulher carregada de adultérios. Seu costume era tomar o marido de outras mulheres.

Mesmo assim, o amor de Deus se mostra pleno nesta conversa: Mulher, se tu soubesses quem lhe pede água para beber, você é que lhe pediria água, a água da vida, uma água que mata a sede de uma pessoa pelo resto da vida, de forma a que nunca mais tenha sede.

Jesus não disse àquela mulher que ela era uma pecadora, digna do fogo do inferno. Apenas estava interessado em lhe oferecer água da vida, e depois lhe dizer que  tempos viriam em que os verdadeiros adoradores adorariam a Deus em espírito e em verdade.

A água de que Jesus estava falando era o Espírito Santo. Quem recebe o Espírito verdadeiro de Deus, nunca mais terá um vazio dentro de si, mas uma fonte de água viva que salta para a vida eterna. E para receber este Espírito que traz uma alegria e satisfação plena, basta arrepender-se sinceramente dos maus caminhos e buscar a presença de Deus.

Quem fuma maconha, sempre vai precisar de  outro baseado. Quem usa cocaína, sempre vai ser escravo do pó. Quem cai no vício do crack, sempre vai precisar de mais uma pedra. O vazio nunca diminui. Mas quem aceita Jesus e se arrepende de coração, tem a promessa de Deus de receber o Batismo no Espírito Santo. E quando isso acontece, não  há mais vazio  nem sede.

Jacó cavou um poço em Siquem para dar de beber à família e o rebanho há 3.750 anos. Jesus, à beira do Poço de Jacó, revelou que existe uma outra água; que Ele é o dono do poço desta água viva, e que ao beber dela, a pessoa nunca mais terá sede, e além disso, seria ela mesma uma fonte de água viva para matar a sede de outros. E nestes "outros" estão incluídos todos os tipos de pecadores - de Paulo a João Cruzué, incluindo a própria mulher samaritana. 

TEXTOS BÍBLICOS 

Apocalipse 21:6: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.  

Apocalipse 22:1: E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
 
Apocalipse 22:17: E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.





O pastor evangelico a politica e a sombra do carvalho


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João Cruzué

Este post destoa a princípio do pensamento geral das lideranças evangélicas de nosso tempo. Digo a princípio porque, no meu entender,  há dois tipos de exercício político: representação política e ação política.  Para  mim, a atuação de um pastor diante de seu rebanho é muito mais valiosa que sua representação solitária adiante de uma Casa Legislativa. Trocar a função ministerial pela representação legislativa é desprezar a santa vocação do Senhor. O Senhor deu dons ministeriais a sua Igreja, e aqueles que foram separados para o Ministério devem viver para o Ministério.

Deus não faz confusão. Quando elege um homem e o capacita para ministrar à frente do rebanho, sua chamada é exclusiva, elevada e maravilhosa. E este pastor, quando posto à prova, dá ouvidos a outra voz, é semelhante àquele profeta novo que desceu em Betel para anunciar o nascimento de Josias da Casa de Davi diante do Rei Jeroboão, profetizando contra o altar. Vou resumir este episódio triste, de desobediência à voz de Deus.

"E estendendo o Rei a mão contra o profeta, ela secou-se imediatamente. Humilhado, o rei pediu oração ao profeta, ele orou, e sua mão ficou curada.  E disse Rei ao profeta novo: Vem comigo a minha casa e conforta-te. e dar-te-ei um presente.

Porém o jovem profeta disse: Ainda que me desses a metade da sua casa, não iria contigo, nem comeria pão, nem beberia água neste lugar, porque assim me ordenou o Senhor: Não comerás pão, nem beberás água, nem voltareis pelo caminho por onde foste. E o profeta se foi, voltando por outro caminho.

E morava em Betel um profeta velho. E o profeta velho, muito experiente nas palavras, albardou o jumento e foi à procura do varão de Deus. E encontrando-o sentado à sombra de um carvalho, perguntou:

--És tu o homem de Deus que veio de Judá?

--Eu sou.

--Então vem comigo a minha casa e come pão.

--Não Posso. O Senhor me disse que não devo fazer isso.

--Ah! também sou profeta como tu, e um anjo me falou pela palavra do Senhor dizendo: "Faze-o voltar contigo para tua casa, para que coma pão e beba água." 

Mentiu.

E sucedeu que depois que comeu pão e bebeu água,  o jovem profeta de Deus foi-se embora, montado no jumento. E um leão o encontrou no caminho e o matou. E tanto o jumento quanto o leão estavam junto ao cadáver, quando foi encontrado.

Como contextualiza bem o momento  atual com este trágico acontecimento do passado, que está registrado em no capítulo 13 do primeiro Livro dos Reis. Ele traz um alerta aos homens de Deus que hoje estão assentados à sombra do carvalho. À sombra da ociosidade. Orgulhosos das conquistas que já fizeram à frente do ministério. 

A sombra do carvalho é muito parecida com o terraço do palácio onde Davi estava, já cheio de  tantas vitórias,  no dia da tentação.

É à sombra deste carvalho que muitos homens de Deus, bispos, pastores, evangelistas, têm sido tentados a trocar o ministério por um cargo político. Ali naquela penumbra, escondidos do sol, tem se ouvido muitos convites semelhantes ao do profeta novo. Convites convincentes, baseados em discursos de profetas velhos cheios de argumentos ardilosos... Olha eu também sou pastor, bispo, homem de Deus como você, seu lugar não é no Deserto, você precisa ir para Brasília - para defender o "POVO", a Igreja Evangélica... volta, vem comer o pão e beber a água do Planalto!

De onde está vindo os muitos escândalos, contradições, fisiologismo, de homens que antes andavam calçados com os sapatos do evangelho, e os trocaram pelos  "jumentos" do secularismo.  Há muitas Igrejas de luto, olhando o que restou dos homens que antes cuidavam do rebanho do Senhor: cadáveres espirituais cercados de leões e jumentos.

A representação política está ao alcance de os todos cidadãos deste país. Mas não para o homem que tem uma chamada real para o santo ministério do Senhor. Se ele voltar atrás, a alma do Senhor não mais terá  prazer nele.  

 É sempre bom lembrar disso.




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