quarta-feira, janeiro 25, 2012

Documentário "O Homem do Monte"



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Irmão Osmar Bezerra
Dono da Chácara Monte das Oliveiras - Palmas/Tocantins

Gleydsson Nunes

O HOMEM DO MONTE*

É fácil notar a presença cada vez maior das igrejas evangélicas em Palmas. Das tradicionais às neopentecostais - com forte apelo midiático - os templos multiplicam-se. Os dados do Censo 2010 do IBGE referentes ao credo dos palmenses estão sendo tabulados e devem ser divulgados no mês de fevereiro, representando em números e estatísticas uma visível transformação social.

Em 2012, um assunto familiar ao universo protestante vai ganhar as telas. O Homem do Monte é o título de um documentário que está sendo produzido, com previsão de lançamento para o mês de maio 2012. A narrativa tem como fio conduto a história do vendedor de caldo de cana, Osmar Bezerra. A chácara que ele adquiriu nos anos 1990 tornou-se um ponto de culto para milhares de fiéis. A peregrinação começou tímida e não demorou até que fiéis de diversas denominações elegessem o pequeno monte que há na propriedade para elevar suas orações a Deus.

O nome da chácara não poderia ser outro: Monte das Oliveiras. “Quando venho aqui, desço cheio de alegria e de esperança”, conta Olimar Silva. O vendedor de pão prefere orar sozinho, mas há quem opte em louvar a Deus na companhia de parentes, amigos ou membros da igreja.

O ato de subir ao monte guarda uma significação importante para os cristãos. A crença é fundamentada em passagens bíblicas em que líderes como Moisés, e até o próprio Cristo, recolheram-se a uma montanha para orar. Segundo a bispa Edna Nascimento, da Igreja Apostólica Restauração e Paz, o monte por si só é um lugar comum, “mas a fé o torna um lugar especial”. Em sua avaliação, o Monte das Oliveiras é uma espécie de refúgio onde as pessoas separam um tempo para Deus, sem preocupação com o relógio. A bispa Edna, só faz uma ressalva àqueles que vão em busca de propósitos pessoais, como riqueza e poder.


FILME VAI FALAR DE FÉ

O jornalista Gleydsson Nunes, diretor do documentário, diz que o filme não tem o objetivo de defender práticas, dogmas ou denominações religiosas. “Quando soube da existência do Monte das Oliveiras, imediatamente senti o desejo de produzir um documentário a respeito, principalmente quando conheci o Seu Osmar”. Gleydsson não é protestante e garante que essa condição não terá influência na obra. “Antes de minhas opções pessoais vem o profissionalismo, assim conquistei a confiança de Seu Osmar e das pessoas que estão participando do documentário”, afirma o diretor.

Os demais personagens serão pessoas de níveis sociais e educacionais distintos, com seus relatos de graças alcançadas e experiências sobrenaturais. “As coisas de Deus parecem loucura para as pessoas normais”, argumenta Raquel Montizuma. A história dela é uma das mais impressionantes. Em 2009, deixou tudo para trás e literalmente mudou-se para o Monte das Oliveiras. Permaneceu lá cinco meses sob uma barraca de praia, tomando banho com água levada em garrafas pet. No ano passado, repetiu a dose: subiu ao monte e só voltou pra casa após cento e cinco dias.


UMA MISSÃO A CUMPRIR

Seu Osmar é um homem simples, de poucas palavras mas de trato fácil. Casado e pai de três filhos, mora em Palmas desde 1993. A residência onde mora fica a poucos metros do monte, aberto dia e noite aos visitantes. Quem chega não precisa de autorização para entrar. Também não é cobrado nenhum tipo de taxa ou solicitadas doações. Seu Osmar até gostaria de oferecer aos fiéis melhores condições, como a construção de banheiros e um ponto de apoio, mas faltam recursos.

“Eu me considero um porteiro, uma pessoa que Deus preparou pra que eu pudesse cuidar de um povo”, explica o dono da chácara. Na verdade Seu Osmar é muito mais que isso. Anos atrás, ele e esposa recepcionaram em casa, por seis meses, uma missionária que chegou ao local. Em outra oportunidade, ficou sabendo que um homem estava passando fome no monte e com intenção de tirar sua vida. Ofereceu hospedagem, alimentação e aconselhamento ao visitante.

O Homem Monte vem somar-se a outros trabalhos voltados à religiosidade como elemento destacado na cultura tocantinense. A Romaria do Senhor do Bonfim e a Folia do Divino Espírito Santo, por exemplo, já foram retratadas em documentário. A produção do filme está buscando apoios na iniciativa privada.


O Documentário "O Homem do Monte" será lançado em maio 2012.


Divulgação: Blog Olhar Cristão.



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Mensagen para Adolescentes Cristãos

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Pastor Watchman Nee*

Do Livro "Spiritual Knowledge"

Não é estranho que aqueles que conheciam tão pouco as Escrituras [os magos] buscassem com tanta determinação o Rei dos judeus, enquanto aqueles que tinham grande conhecimento das Escrituras não o fizessem?”
“Se um crente se recusar a aceitar os tratamentos de Deus nunca conseguirá progredir. Se apenas desejar adquirir conhecimento da Bíblia, só precisa estudar bastante e ser auxiliado por aqueles que já têm conhecimento bíblico. Mas se realmente deseja conhecer a Deus, precisa ter um encontro pessoal com Ele, pois não pode ser de outra maneira.”
“Lembremo-nos de que não há lugar para pressa na fé nem na oração. A fé resiste ao tempo. Se Deus não responder, podemos esperar até que tenhamos cem anos de idade. Esperamos contra a esperança. Abraão creu em Deus. Eliseu disse ao rei Joás para atirar a flecha contra a terra, mas o rei fez assim apenas três vezes, ao passo que deveria ferir os siros até os consumir. Assim também deve ser nossa oração; não devemos orar duas ou três vezes e parar”
“Orar é como colocar cartões de visita no prato de uma balança. Você coloca um peso de 100 gramas em um dos pratos, e vai colocando os cartões no outro. Quando joga o primeiro cartão, ele não consegue levantar o peso. Cartão atrás de cartão vão sendo colocados, sem que o peso se mexa. Até o momento que lançar o último cartão, quando ele se levanta. Assim também acontece com a oração. Oramos uma, duas, três vezes, e uma vez mais. Talvez seja essa a nossa última oração, mas então vem a resposta”
Muitos pensam que, após haverem estudado em seminários teológicos, estão qualificados para pregar. Permitam-me fazer uma pergunta: Ao pregar o Evangelho, saímos a explicar a Bíblia ou a proclamar o Salvador? Mesmo que esses seminários sejam idealmente bons, podem apenas ajudar as pessoas a compreenderem a Bíblia, mas não a conhecerem a Deus. (...) Na realidade, sobre o que poderiam falar? A pessoa só pode pregar a mensagem que a tocou. Só pode ajudar as pessoas naquilo que ela própria tem sido tocada por Deus. O que pode alguém realmente pregar se não conhecer a Deus? (...) Pregar é proclamar aquilo que Deus tratou em sua vida.”
“Podemos preparar um sermão que receba a aprovação dos homens, e, no entanto não conseguir fazer que as pessoas prossigam vitoriosamente em seus caminhos, por não terem em que se apoiar. É como uma criança na escola primária que tenta escrever um relato sobre uma viagem que nunca realizou. Somente é real aquilo a respeito do que tivemos tratamento; é isso que vai tocar as pessoas quando falarmos.”
“Há mais valor em conhecermos a Deus do que em termos conhecimento intelectual da Bíblia”
“O que é iniquidade?

Iniquidade é aquilo que não deve ser feito. Só depois que li a história de certo homem que foi ouvir um pregador na igreja, foi que vim a saber o que é iniquidade.

Terminando a mensagem, o pregador desceu do púlpito e foi sentar-se ao lado desse homem. Mas para chegar até lá, sem perceber, pisou na capa de chuva de uma senhora sentada na primeira fila. Depois a chutou para o lado sem se desculpar com a dona da capa.

O homem julgou o incidente, dizendo quão iníquo era o pregador.

O que é a iniquidade? É dever alguma coisa para alguém.

Se o pregador não quisesse pagar a senhora pelo que fez, deveria pelo menos tentar limpar-lhe a capa; caso contrário, ficaria sempre devendo algo a ela diante de Deus.

Toda vez que ignoramos um pecado, estamos sendo iníquos.”


Fonte: livro "Conhecimento Espiritual" - Editora Vida - 1993.


* Watchman Nee foi um Pastor chinês que morre na prisão em 1972, depois de 20 anos preso. Teve uma proposta de liberdade em 1968, desde que nunca mais falasse no nome de Jesus. Ele recusou.



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