domingo, novembro 27, 2011

100 mil blogs evangélicos até dezembro 2012.

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João Cruzué


Tenho acompanhado o crescimento da blogosfera evangélica brasileira desde 2007. Acredito que ela não atingiu ainda nem 10% do seu potencial de popularização. Depois do Rádio e da TV, a Internet é a maior forma de comunicação e evangelização já disponibilizada. Se a Igreja evangélica brasileira tem mais de 20 milhões, 100 mil representam apenas 5% dos que poderiam aprender a publicar conteúdo na WEB.

O Evangelho foi atingido pelo fenômeno da globalização. A Internet abriu as portas do mundo para ouvir as boas novas da Palavra de Deus. O tempo é curto. Terremotos e mais terremotos. Filmes de ficção científica de meteoros e cometas vem produzindo impacto na terra e na mente de centenas de milhões de pessoas. Diante disso temos duas alternativas: aceitar o impacto da mensagem subliminar passivamente ou aproveitar o contexto para protagonizar um impacto de fé para glória de Deus.

Entre algumas frases quotadas por pessoas notáveis do passado, escolhi uma de Eleanor Roosevelt, que gostaria de comentar mais abaixo.

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"Grandes mentes discutem ideias,

mentes medianas discutem eventos


e mentes pequenas discutem sobre pessoas."

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Por que 100 mil blogueiros até 2012? Bom, temos as circustâncias a nosso favor, e brevemente teremos mais um: a Microsoft outra gigante do mundo digital decidiu desbancar o Google nos serviços de busca e conteúdo. Isto pode significar mais oportunidades para publicação de conteúdo gratuitamente na Internet. Competição pelo grande potencial de receitas de anúncios virtuais. Um enorme campo de batalha está disposto.

De um lado está a grande imprensa tradicional que gasta uma fortuna com repórteres e jornalistas para produzir jornais e revistas - onde - veiculam anúncios de grandes usuários: indústrias automobilísticas, bancos, cosméticos, petroquímica e bebidas alcoólicas. Do outro lado os grandes portais de serviços da Internet: Google, Bing e Yahoo. O Google tem a maior fatia do mercado de publicação de anúncios virtuais. A imprensa tradicional ainda não sabe faturar na Internet pois perdeu o trem da oportunidade. Discute nos tribunais o abuso do Google que se apropria de conteúdo tradicional sem pagar por isso.

Ao acionar o dispositivo de busca todo usuário começa a sofrer um bombardeio de anúncios. Quando um blogueiro, como você ou eu, começa a produzir conteúdo, notícias originais, reportagens, mensagens, crônicas, testemunhos, críticas, e as publica na WEB é um leitura a menos nos sites tradicionais. Quem ganha com isto? o Google que procura disponibilizar notícias produzidas fora da grande imprensa. É por isso que temos o Blogger gratuitamente, pois isso interessa ao dono na plataforma.

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Precisamos de 100 mil blogueiros

que tenham o temor de Deus;
que escrevam e publiquem

para sua glória, e não para sua vergonha!

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Fico me perguntando: por que precisamos de 100.000 blogueiros publicando na Internet até 2012? Bom, é porque eu creio em um sonho. Se criarmos e produzirmos um movimento que leve a maioria das lideranças evangélicas deste país a participar da produção e publicação de conteúdo cristão na Internet teremos levado a Igreja do Senhor a um mais um
shift em sua cultura de comunicação. É preciso deixar de ser apenas um leitor passivo para se tornar se tornar um protagonista atuante neste mundo digital, onde as novas gerações já nascem com o dedo no celular e não se desgruda de um computador.

Cem mil blogueiros evangélicos. Estamos muito ocupados desde 2007 na missão de multiplicar as fontes de conteúdo bíblico - a começar por blogs, e não somente em blogs. É preciso ser um erudito para começar? Não. É preciso ter um diploma de teólogo? Não. É preciso ser um pastor para começar? não. E justamente porque não é a Igreja, nem a Universidade, nem o Seminário que disponibilizam as plataformas de publicação. É por isso que não há barreiras de qualquer espécie, a não ser a forma de pensar da própria pessoa. E quanto a isto, Romanos 12:2 dá uma verdadeira receita: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que conheçais a boa, a agradável e a perfeita vontade de Deus."

Eu prefiro ler o testemunho e a frase de um blogueiro evangélico do que a crônica de um ateu. Sei que Internet tem espaço para milhões de publicadores, de ativistas engajados com a grande comissão. Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." João 8:12. E disse também: "Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens." Mateus 5:13.

O que é preciso para começar: abrir uma conta de email no Google: www.gmail.com e criar o primeiro blog no portal do Blogger: www.blogger.com . Pronto. Como devo começar? Vou dar uma sugestão: comece publicando com riqueza de detalhes o testemunho de sua conversão. Depois, escreva, revise e publique todas as mudanças e bênçãos que Deus fez em sua vida. Nisso eu tenho certeza, que haverá mais de 200 mil textos edificantes inundando a Internet e sendo fonte de bênçãos e inspiração para milhões de leitores. Basta que cada blog receba 10 visitas de pessoas não cristãs. Se ficarmos apenas e tão somente nisso, já teríamos produzido um poderoso impacto na vida de milhares de pessoas. Só para lembrar: um blog do Google pode ser lido em qualquer lugar do mundo.

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Só para lembrar:

um blog do Google ou do
Wordpress,

pode ser lido em qualquer lugar do mundo.


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Tenho ouvido opiniões negativas da maioria dos blogueiros veterenos de que isto é pura perda de tempo, pois - segundo eles - a qualidade dos conteúdos publicados é muito pobre. Em parte eles têm razão: há mesmo muita gente que procura o caminho do sucesso mais fácil e menos trabalhoso de copiar em lugar de PRODUZIR textos de própria lavra. Mas estou falando de uma cultura onde as pessoas adquiram o hábito de usar a internet para escrever e publicar. Uma cultura de uso ativo da Internet. Considero que o esforço e o tempo podem resolver a dificuldade, uma vez que de 2004 para cá eu percebi que melhorei muito e tenho mais de 1.000 leitores diários mesmo não sendo pastor, nem teólogo, nem blogueiro de fofocas.

O que é preciso para conseguir 100 mil blogueiros evangélicos publicando até 2012? Resposta: muita comunicação e conscientização. Cada líder evangélico, não importa se adolescente, jovem, músico, pastor, levita, Batista, Assembleiano, Presbiteriano, Metodista, de todas as Grandes e pequenas Igrejas, comunidades e missões, DEVE SABER e SER CONSCIENTIZADO de que a Internet é boa para o lazer, para ler, pesquisar, mas melhor ainda é produzir textos e publicá-los para outros os leiam. Impactar, sem ser apenas impactado. Formar opiniões em lugar de ter a mente massificada. Conduzir, iluminar, salgar, em lugar de ser tangido e entristecido pela opinião de ímpios e ateus.
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Eu também tenho um sonho.

E neste sonho, eu posso ver milhares de evangélicos escrevendo

e publicando textos para a glória de Deus.

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Eu também tenho um sonho: e neste sonho eu posso ver milhares de evangélicos escrevendo e publicando textos para a glória de Deus. Aprendendo melhor a língua portuguesa para encantar seus leitores. Deixando de lado o foco emperrado no aspecto negativo da vida dos outros para emprestar os olhos a Deus para enxergar mais longe e mais alto. Vejo antigos copiadores escrevendo e publicando conteúdo posicionado na primeira posição de um buscador. Vejo o Pastor despertando seus liderados, os seminários abrindo a visão de seus educandos, a família conscientizando seus membros e a juventude editando notícias e eventos. E tudo isso a custo financeiro mínimo.

Cem mil blogueiros é um número alcançável? Na minha opinião ele é até baixo. Incentivar e fomentar uma nova consciência mais ativa e mais participativa, no mundo digital, é a missão comecei implementando de setembro de 2008 a abril de 2010 n União de Blogueiros Evangélicos e prossigo fazendo o mesmo hoje na Associacão de Blogueiros Cristãos.

Termino dizendo que tenho os pés no chão. Sei que o mundo digital tem produzido impactos sutis dentro de nossas casas. Ficamos menos comunicativos na vida real. Mais isolados. Menos propensos ao dialógo na vida real. Quem já assistiu o filme "O substituto", com Bruce Willis, entende o que estou dizendo. Creio firmemente que a fé cristã precisa de ambiente cristão real.

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Mas se o mundo se isola e se fecha

em um quarto atrás de uma tela de computador, é nele

que temos uma grande oportunidade de produzir impacto!

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Mas se o mundo se isola e se fecha em um quarto atrás de uma tela de computador é nele que temos uma grande oportunidade de produzir impacto! É preciso muito mais que 100 mil blogueiros evangélicos. Não para fazer fofoca, falar mal da vida e da Igreja dos outros, perder tempo com frivolidades - para isto já tem outros que fazem bem este papel. Precisamos de 100 mil blogueiros que tenha temor de Deus, que escrevam e publiquem para sua glória.


cruzue@gmail.com


sábado, novembro 26, 2011

O Natal e o perdão de José do Egito

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João Cruzué

Eu confesso a você que estou de fato ficando velho. Ou, pelo menos, mais emotivo e mais chorão. É claro que já li, ouvi e ensinei sobre José do Egito. Mas ontem, passando por Belo Horizonte, assisti (outra vez) o mesmo filme e percebi novas mensagens e novos ângulos durante a história desse moço. É claro que o roteiro não segue literalmente a Bíblia, todavia não a contradiz.

Desde a primeira vez que reviu seus irmãos, na ocasião que foram comprar trigo no Egito, o coração de José reviveu velhas emoções. Emoções que não machucavam mais. Por que? Primeiro com a chegada de Manassés, cujo significado é mais ou menos: Deus me fez cicatrizar as feridas com que fui ferido na casa de meus irmãos. Esta versão não é literal, mas é citada nos Profetas, apontando para Jesus.

O sofrimento na vida de José tinha, sim, o grande propósito. Não foi um sofrimento pequeno. Primeiro foi atirado em um poço. Depois cogitaram de matá-lo. Em seguida, foi vendido como escravo. E não parou por aí. Perseguido pela mulher do Intendente, foi acusado injustamente de tentativa de estupro. De preso, desceu à condição de presidiário. A Bíblia não menciona qualquer ação do diabo, mas quem poderia ter tanto interesse em ferir, machucar e matar José?

Ao tempo da chegada de Manassés, o coração de José já tinha as feridas cicatrizadas. A presença súbita dos irmãos em busca do trigo do Egito era o primeiro ato para solucionar a questão de uma vez por todas. Simeão ficou, para forçar a vinda de Benjamim.

O segundo ato começou quando o trigo do Egito acabou na casa de Israel. Com muito desgosto, o velho Jacó cedeu. Judá se responsabilizou pela vida do rapaz. Foram, compraram o trigo, mas o cálice do governador do Egito foi achado no saco de trigo de Benjamim. Um golpe duríssimo. Então o Judá, que deu a ideia de vender José como escravo, se ajoelhou e pediu para ficar como escravo no lugar do irmão mais novo.

Diante daquelas mudanças, o coração de José foi esmagado pela voz do perdão: Irmãos, eu sou José. Naquele dia, e naquele momento, Deus providenciou o perdão que faltava, não para quem foi ferido, mas para quem odiou, magoou, maltratou, e tirou a liberdade de um irmão.

Deus trabalhou para vencer o mal dos três lados.

José foi o primeiro a perdoar. Por isso, a presença de Deus o levou até uma vida medíocre nunca o levaria. A culpa que (de vez em quando) atormentava as consciências dos irmãos mais velhos também foi perdoada - pela bondade de Deus que movia o coração de José. E o velho Jacó, que fazia diferença entre filhos e filho, tornou a ver a face de um filho que achava estar morto.

Acredito que aqueles dias, foram dos mais felizes já acontecidos na família de Israel. Setenta pessoas se abraçando, chorando, louvando a Deus. Deixando a fome e recebendo a fartura da provisão de Deus.

E tudo isso teve inicio quando brotou o perdão no coração de José. E ele não foi surdo à voz de JEOVAH. E perdoou.

Natal é tempo de Cristo. Cristo ensinou que é preciso perdoar. É difícil? É. Você não é obrigado perdoar. Mas se não fizer isto, vai impedir a vitória que Cristo tem para lhe dar e trazer para dentro da sua casa e no meio da sua família.

Se José tivesse retido o perdão, a história de Israel seria bem outra. Um filho morto na prisão e o restante da família, ceifado pela fome.

Antes de chegar o Natal, trate suas feridas com oração e o perdão de Cristo. Faça como José do Egito.