domingo, outubro 02, 2011

O olhar de Jesus

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Ator James Caviezel - A Paixão de Cristo, de Mel Gibson
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"Eu sou a luz do mundo; quem me segue

não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

João 8:12
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João Cruzué

É notável a diferença entre o olhar de Jesus e a visão dos homens. Nascidos em iniquidade, habituam-se desde cedo ao egoísmo, ao pessimismo, ao desprezo e à desconfiança. Ajustam seu foco nas fraquezas, nos defeitos, explorando detidamente o lado mesquinho e hipócrita das pessoas. Jesus Cristo, a expressão viva do amor de Deus, não seguiu este padrão quando examinamos sua maneira de olhar através das páginas do Evangelho.

Quando Jesus viu Simão Pedro pela primeira vez, não criticou suas fraquezas, nem profetizou que o negaria, embora soubesse de tudo isso. Em lugar de ver uma cana (significado do nome Simão) Cristo profetizou por uma rocha (Cefas).

É assim que Cristo nos vê.

Quando nos aproximamos dele, não nos aponta o dedo em direção a nossas fraquezas para que murchemos e desanimemos. O olhar de Jesus procura intensamente por aquilo que há de bom em nosso interior, ainda que seja um átomo em um milhão de defeitos. O dia que você procurar por Ele, vai ser bem recebido.

Quando Jesus viu o baixinho Zaqueu, lá no alto da figueira, não zombou dele perante a multidão. Poderia ter dito: Eis aí o chefe dos coletores de impostos mais corrupto que já houve em Jericó. Não! ele não fez isto. Jesus olhava com os olhos do amor de Deus. Em lugar disso, Jesus se autoconvidou: Zaqueu, desce depressa, pois hoje me convém pousar em tua casa". Apenas um olhar e poucas palavras foram suficientes para produzir a mudança mais radical e a confissão mais sincera da vida de um chefe dos publicanos de Jericó.

Quando Jesus olhou para o coxo junto ao Tanque de Bestesda, ele não viu um aleijado. Um um paralítico inútil. Ele viu um homem. Um homem que depois de 38 anos de doença, ainda tinha esperança de andar. Enquanto todos viam um coxo maluco, mas Cristo olhava para um homem que seguia à caminho de casa com um leito nas costas.

Quando Jesus olhou para a mulher adúltera empurrada por mum grupo apedrejadores, ele não viu uma prostituta, mas uma jovem que precisava apenas de mais uma oportunidade para se levantar e nunca mais cair. Um olhar de misericórdia, que não encontra similar em outras religiões.

Quando Jesus mandou retirar a pedra do túmulo de Lázaro, ele não estava olhando para um cadáver mal-cheiroso, mas via um velho amigo caminhando diante de uma família de pessoas decepcionadas.

Jesus vê uma rocha onde todos veem uma cana seca.

Jesus vê um convertido sincero enquanto todos enxergam um fiscal corrupto sem possibilidades de recuperação.

Jesus vê um homem correndo e saltando, enquanto os conhecidos enxergam um coxo inútil e teimoso.

Jesus não atira pedras em quem está caído.

Jesus vê a vida, onde todos já desistiram ou taparam o nariz por causa do mau cheiro.

Jesus Cristo não vira as costas para quem bate à sua porta.

Em tempos em que é tão fácil descer a "lenha" na vida de nossos irmãos, não custa perguntar: de que maneira estamos olhando as pessoas. Se apenas conseguirmos enxergar defeitos, e nada mais que isto, temos um problema grave problema de visão.

O olhar de Jesus é misericordioso, amoroso, terno, atento àqueles que clamam por socorro. Se nossas virtudes fossem apenas a uma única gota d'água no fundo de um copo vazio, Ele volveria seus olhos para ela e nos diria: Me alegra muito que isto está em teu coração, "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

Este é o olhar de Jesus.



Curso Bíblico: Como se reconcilar com Deus





O caminho da dependência de Cristo

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"DEPENDENTE, SEMPRE"

Emaus
Caminho de Emaús

Tempos atrás, meditei nas palavras de Jesus: "Porque sem mim, nada podeis fazer." (João 15:5). Pensando no assunto, notei que essa palavra não é para todos. São para alguns. E alguns poucos.

Olhando à minha volta, encontrei pessoas interessantes, educadas, realizadas com tudo que se pode entender necessário para uma vida feliz. No entanto, algumas dessas mesmas pessoas não acreditam na existência de Deus, ou as que acreditam, vivem longe, sem O conhecer ou sem manter qualquer relacionamento, por menor que seja, com Ele. Pensando nisso, entendi que uma "boa vida" não exige necessariamente a presença de Deus. Muitos "vivem" sem ele. E muitos vivem muito bem, alcançam postos elevados, são respeitados e admirados...

Com isso, pensando nessas pessoas que, aparentemente, têm tudo mas não vivem Deus, conclui que quando Jesus disse que nada se podia fazer sem ele, ele se referia a um grupo de pessoas diferenciadas. Pessoas dependentes!

Então, pensei na humanidade dividida em dois grupos distintos: primeiro, aqueles que são felizes e conseguem tudo sem Deus e de outro lado aqueles que nada podem sem Deus.

Imediatamente me perguntei: Em qual grupo eu quero estar?

Sem pestanejar respondi pra mim mesma: eu quero sempre, todos os dias da minha vida, estar no grupo que não faz nada sem Jesus, que não dá um passo sequer sem a sua presença.

Pode parecer estranho, mas a coisa mais linda e mais satisfatória nesse mundo é depender de Deus. Eu explico. Em outras reflexões, entendi a origem da minha dependência de Deus.

Primeiro, todos temos limites, certo? Por mais inteligentes, espertos ou bem articulados que sejamos, nós temos limites. Uns conseguem mais e outros menos, mas o fato é que todos são limitados. Em algum momento eu alcançei o meu limite e o meu Deus me levou além. Com seu amor, fez com que eu ultrapasse barreiras que eu sozinha não podia. Com isso, fui para um lugar maior que eu.

Dai por diante não parei mais. Ele foi me levando à lugares maiores, mais altos, indo mais longe do que eu podia sequer imaginar. Nesses lugares eu não poderia andar sozinha, até porque não havia chegado ali sozinha. Eu não conseguiria caminhar sem que ele estivesse comigo!

Em outras palavras, Deus me levou a lugares que eu só poderia estar se estivesse com Ele. Lugares além das minhas possibilidades, e por estar aquém de tudo isso, a presença de Deus me acompanhando era indispensável pra minha própria existência, tal como era.

Por isso, afirmei sem pensar que eu só posso estar no grupo daqueles que dependem de Deus, de Jesus e do Espírito Santo, todos os dias em que eu viver!

Não posso viver sem ele. Ele é quem me sustenta, me guia, quem me faz andar por lugares mais altos do que eu, quem me leva além dos meus limites.

Desde pequenos buscamos independência. Com o passar do tempo, as referências vão mundando, mas a busca é a mesma. Queremos fazer do nosso jeito, queremos ter autonomia para andarmos segundo nosso entendimento.

Queremos ser donos de nós mesmos. Nesse contexto é díficil enterdermos como "ser dependente" pode ser bom. Sei porque vivi isso, sonhava em fazer a minha vontade. Quando criança e adolescente, pensava em crescer e tomar as rédeas da minha vida.

Mas Deus me surpreendeu e mostrou que mais fascinante do que escrever a minha história, era viver a história que ele já havia escrito pra mim, antes mesmo de abrir meus olhos neste mundo pela primeira vez.

Desde que eu entreguei as direções da minha vida em suas mãos, tenho vivido milagres e sobrenaturais que eu quase nem posso acreditar. É lindo! Maravilhoso! Incrível! Não há nada melhor do que depender de Deus!

Se todos pudessem se desprender do visível, se pudessem crer e se disponibilizar a entrar no grupo daqueles que nada fazem sem Jesus, viveriam milagres e coisas sobrenaturais em suas vidas. Experimentariam um novo fundamento e teriam suas vidas transformadas para sempre!


Alinye Korine é estudante.



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