domingo, maio 15, 2011

O poema de Maiacovsky e a ditadura gay


É PRECISO AGIR

De Maiacovsky


Na primeira noite eles se aproximam

colhem uma flor em nosso jardim.

E não dizemos nada.



Na segunda noite, já não se escondem:

pisam as flores, matam o nosso cão,

e não dizemos nada.



Até que um dia, o mais frágil deles,

entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,

e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.



E, porque não dissemos nada,

já não podemos dizer mais nada.

Nota: o poeta falava dos comunistas em sua terra, a Rússia



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Paródia I:
Pastor Martin Niemöller
símbolo da resistência aos nazistas na Alemanha.


É PRECISO AGIR II


"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.

Como não sou judeu, não me incomodei.



No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho comunista.

Como não sou comunista, não me incomodei .



No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.

Como não sou católico, não me incomodei.


No quarto dia, vieram e me levaram;

Já não havia mais ninguém para reclamar..."

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Paródia

Autor: João Cruzué


É PRECISO AGIR III



Uma noite vieram

E começaram a dizer que a Bíblia era um livro homofóbico.

E os pastores da Igreja Evangélica ficaram quietos.



Na segunda noite vieram

e conseguiram que o STF reinterpretasse nossa Constituição

Sem que o Legislativo tivesse votado qualquer mudança.

E as pastores da Igreja continuaram quietos.



Na terceira vez, vieram pela manhã.

E começaram a entregar manuais de homossexualismo nas escolas

Mas os pastores e bispos não se importaram e continuaram quietos.




Até que um dia

a porta da Igreja, com um estrondo, foi derrubada

para que o pastor fizesse "na marra" um casamento gay.




E porque as lideranças da Igreja ficaram quietas quando deviam agir,

agora ninguém pode dizer mais nada, porque a ditadura gay chegou.






Nota:
Da mesma forma que aconteceu em outros países, isto tambémestá a um passo de ser aprovado no Brasil.









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Homofobia e Heterofobia


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"O que os defensores desses movimentos não notaram,

hoje, é que eles viraram um movimento fascista,

de conotação totalitária e que exigem à submissão total

da sociedade às suas teses e às suas vontades.

Isso é patético."

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Júlio Cesar de Lima Prates*

Blog do Jornalista Prates

Poucas pessoas, dentro da sociedade santiaguense, tiveram uma posição tão clara quanto a minha no campo dos direitos civis. Sempre opus-me a discriminações das minorias, nunca tive medo de assumir minhas posições, sempre defendi o direito de escolha das pessoas e até paguei um preço muito alto por viver numa sociedade conservadora.

Agora, ontem observando a histeria daquela senadora do PSOL contra o direito do deputado Jair Bolsonaro ser contra o movimento gay, fiquei refletindo seriamente. O que esse movimento gay e petista quer, hoje, é que todo mundo pense igual, não aceitam divergências, todos têm que aceitar o que eles dizem e o que eles querem e mandam para o pelotão de fuzilamento quem pensa diferente.

Pelo amor de Deus, eu não concordo em quase nada com o Bolsonaro e nem como as pessoas que estão com ele, mas eles tem o absoluto e sagrado direito de serem contra os gays, legalização civil de pessoas do mesmo sexo e tudo mais. O que os defensores desses movimentos não notaram, hoje, é que eles viraram um movimento fascista, de conotação totalitária e que exigem à submissão total da sociedade às suas teses e às suas vontades. Isso é patético.

O que eu vi, em todos os canais de televisão, foi a senadora do PSOL agredindo ao deputado Bolsonaro. E mais: vi ele ser xingado... e ouviu tudo calado. E ele estava apenas externando sua posição, a qual, todos nós - realmente democratas - devemos lutar e assegurar. É só o que falta uma pessoa não poder mais se manifestar contra práticas gays e afins, ainda mais um deputado federal, investido de mandato e legitimado pela expressão dos seus eleitores. E a maluca ainda disse que vai representar contra e todo mundo silencia. Mas que ditadura é essa que estamos criando em nosso pais?

Eu acho legítimo e ninguém me tira da cabeça isso, as pessoas poderem ser contra ou a favor de uma determinada tese em debate na sociedade. Ninguém é obrigado a aceitar casamento gay, ninguém é obrigado a aceitar casamento heterossexual, ninguém é obrigado a nada.

Acendi uma luz dentro de mim. Tem alguma coisa errada no meu Brasil. Salvo engano, o fascismo está correndo solto e eu ainda não tinha notado.



Júlio César de Lima Prates, é jornalista gaucho da cidade de Santiago; graduado em Sociologia e Direito; pós-graduado em Produção Textual e autor de seis livros.



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