terça-feira, outubro 19, 2010

Os Rolos Mar Morto e o Centro de Estudos "Orion Center" de Israel

.

Faq - Perguntas mais frequentes

Orion Center
Qumran
Vasos de argila de Qumran.

ORION CENTER

Tradução de João Cruzué



1 - Quem escreveu os Rolos do Mar Morto?

Os manuscritos conhecidos por "Rolos do Mar morto" são constituídos por mais de 900 escritos separados. Alguns deles foram escritos por [religiosos] judeus sectários que formavam a comunidade de Qumran. A maioria fazia parte da rica literatura que circulava largamente na Judeia durante o período do Segundo Templo e foi trazida para o sítio pelos sectários. Alguns destes trabalhos, tais como o Primeiro Livro de Enoque e o Livro dos Jubileus, já eram conhecidos de outras fontes. Assim, os documentos de Qumran trouxeram uma visão não apenas da produção literária da seita do Mar Morto em si, mas também de um contexto mais abrangente e a cosmovisão do Judaísmo do [período] Segundo Templo.


2 - O que os Rolos do Mar Morto dizem a respeito de Jesus?

Está é uma pergunta muito comum feita por pessoas que não estão familiarizadas com os Rolos. O conjunto da literatura conhecida por "Rolos do Mar Morto" predatam aproximadamente de 80 anos do tempo de Jesus e como consequência disso, não há referências diretas sobre sua vda e ensinamentos.


3 - Em que línguas os rolos foram escritos?

A maioria dos rolos foram escritos (90 - 95%) na língua hebraica em blocos de escrita assíria. No meio deles, há alguns casos em que foi usado o Paleo-Hebraico (exemplo: o 4PaleoExodus). Além destes textos em hebraico, existem outros textos escritos em aramaico e grego.


4 - Do que eram feitos estes rolos?

Grande parte dos rolos foram feitos de pele de animais (pergaminhos), mas também há alguns feitos de papiro. A maior exceção entre eles é um rolo de cobre.


5 - Quando mais cavernas ficarão disponíveis no Turismo das Cavernas?

O tour das cavernas no momento está passando por uma transformação: para um turismo virtual de Qumran. Esta nova zona estará equipada com fotos, audio e vídeo exibições para que o browser possa dar uma experiência completa de Qumran. Um novo site será produzido tanto para o noviço quanto para o estudioso. Mesmo aqueles que não tenham interesse especial pelos "Rolos do Mar Morto" terão muitas coisas para apreciar no novo site.


6 - É possível receber uma cópia dos Rolos do Mar Morto?

O Orion Center para estudos dos Rolos do Mar Morto é principalmente uma fonte de recursos para estudantes e estudiosos dos "Rolos do Mar Morto". Ele provê uma modesta biblioteca de referência para eruditos que moram em Jerusalém. Além disso, o Web Site do Orion Center oferece informação básica e links de outros sites, que provêm uma variedade de recursos para qualquer um que tenha interesse nos rolos ( incluindo fotos e alguns dos vários fragmentos de rolos). O Orion Center não vende nem remete textos nem empresta sua biblioteca. Entretanto, os manuscritos não-bíblicos dos "Rolos do Mar Morto" estão agora disponíveis em várias traduções em inglês de custo inexpressivo, que podem ser adquiridos em livrarias locais ou através de livreiros online. Cheque página de alguns autores e títulos: recursos para iniciantes


7 - Eu posso encontrar fotos ou traduções online dos Rolos?

Por ora, somente fotografias de rolos isolados (que podem ou não estar acompanhadas da tradução) estão disponíveis através da internet; muitas estão acessíveis através da página "Outside links". Algumas dessas fotografias, agora disponíveis, estão associadas com a exibição dos Rolos do Mar Morto em web sites; se você usar a busca do Google para um Rolo em particular (e.g., Dead Sea Psalms Scroll, Isaiah Scroll) tais fotos irão aparecer. Tenha em mente que em muitas instâncias (incluindo o web site do Orion Center) as fotos estão lá com as restrições de direitos autorais, e se você quiser usá-las, terá que pedir permissão aos donos do site ou publicadores das fotos (No caso do Orion Center, elas estão listadas sob um link de termo de ciência. Por ora, a melhor fonte de fotografias dos Rolos estão nas edições de eruditos, ou várias recentemente publicadas em CDs (veja em: http://orion.mscc.huji.ac.il/resources/links.shtm). Estes podem estar disponíveis em Bibliotecas de Universidades locas, ou na pior das hipóteses, através de empréstimo interbibliotecário. Traduções podem ser facilmente encontradas em livreiros locais ou online. Veja isso de novo em recursos para iniciantes para buscar autores e títulos.


8 - Onde eu posso ver a exposição dos Rolos do Mar Morto?

A maioria dos Rolos estão expostos aqui em Jerusalém no Santuário do Livro do Museu Nacional de Israel. Alem dele, também existem alguns fragmentos de Rolos expostos na Universidade de Chicago. Para informação sobre exposições ocasionais fora de Israel, por favor veja o boletim do Orion Center e o site do Museu de Israel.


FONTE: Orion .mscc.huji.ac.il



Tradução feita em 19.10.2010.


Para copiar, solicite minha autorização




.



.

segunda-feira, outubro 18, 2010

O azeite, o vinho e o fermento


Barco
Barco à vela
João Cruzué

E um certo doutor da Lei levantou-se e disse: Mestre que farei para herdar a vida eterna? E Jesus devolveu a pergunta: O que está escrito na Lei? E então o doutor citou o grande mandamento: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo."

-- Faze isto e viverás! Disse Jesus.

-- E quem é o meu próximo? Insistiu o doutor.

E na sequência o Senhor Jesus Cristo expôs uma parábola, mais tarde entitulada "A Parábola do Bom Samaritano". Hoje pela manhã quando ia para o trabalho, passei pela região do Viaduto do Chá, no Centro de São Paulo. E neste trajeto veio a mim escrever alguma coisa sobre esses três elementos: O azeite, o vinho e o fermento.

Nós encontramos o azeite no Velho Testamento na botija da viúva endividada; no reservatório do candeeiro da Casa do Senhor. Na unção de Davi, ainda adolescente, no quinto verso do Salmo 23, e, entre tantos outros, na visão do profeta Zacarias. Azeite fala de sabedoria; azeita pode ser um rosto brilhando pelo perdão de Deus; azeite é uma bênção surpresa quando tudo o mais se acabou. Azeite é o gosto da vitória; azeite é a unção da promessa de Deus.

Na parábola do samaritano o vinho foi usado para limpar as feridas.

Azeite e vinho falam de solidariedade, de compaixão, de cuidados. Azeite e vinho são as atitudes do cristão verdadeiro que vai além das palavras; além da teologia. A sequência de uso é azeite e vinho. Primeiro a unção do Espírito em seguida a alegria do Espírito. O azeite amacia e refresca um coração ferido e o vinho lava as impurezas e a maldade do pecado. Para adquirir deste azeite e deste vinho é preciso ir à fonte da misericórdia e da compaixão. É preciso depender de Jesus.

Quem ama vai atrás, busca e procura até achar. Quem tem azeite e vinho anda na presença de Deus e navega como um barco cuja vela se faz cheia sob o vento da vontade do Espírito Santo. Isto não se aprende com a leitura de compêndios e comentários. Não vem junto com um canudo de teologia, mas em andar com o Senhor.

O fermento é a substância que incha, estufa, azeda, que enche de vento uma massa. O fermento para fazer efeito precisa ser misturado. Espiritualmente falando o fermento é o mundo sendo misturado no coração cristão. O fermento é a hipocrisia. É uma santidade de aparências. É uma cristã falsificada, mascarada.

O sacerdote e o levita viram o ferido, mas a sua religião estava acima de qualquer coisa. Sabiam o sagrado, mas não tinham mais o Espírito de Deus. Eram vazios de sentimentos, de compaixão. O sacerdote e o levita eram como barcos cujas velas já tinham apodrecido pela falta de uso.

Coisa interessante. Esta parábola é muito atual. Está surpreendentemente contextualizada em nosso tempo e país. Uma geração de sacerdotes e levitas têm ltrabalhado em nossas Igrejas. Eles estão muito ocupados com o que acontece no mundo. Estão encantados com o poder, com a política, com o dinheiro. O fermento já arruinou a vida espiritual deles. Nã têm mais tempo para a compaixão. Não se preocupam mais com os feridos nem com os perdidos, pois já não há mais sinal de azeite e vinho em seus corações. O Espírito Santo já foi apagado de suas vidas, de tantas atitudes mesquinhas, avarentas, falsas aparências. O óleo da unção já não brilha mais em suas faces. É muito provável que também estejam perguntando: E quem é meu próximo? Por que já se esqueceram.

E se eu não tomar cuidado, posso me tornar hipócrita do mesmo jeito. Por isso o exercício da compaixão deve ser sempre lembrado, praticado. Não basta ter uma biblioteca cristã na cabeça, é preciso muito mais que isso para ser um bom samaritano: manter a alegria de servir, de visitar, de sorrir e chorar junto, de ajudar, de amar, de perdoar pela presença do Espírito Santo.



SP 28.09.2010



.