segunda-feira, julho 12, 2010

Para adolescentes evangélicos - O que significa orar

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CONSELHOS SOBRE ORAÇÃO

e comentários sobre os filmes de Stephenie Meier

João Cruzué

Eu imagino que haja neste momento uma multidão de adolescentes cristãos se perguntando se temos mesmo necessidade de orar, uma vez que os exemplos que temos e vemos pode nos levar a uma compreensão de que Deus não esteja ouvindo palavras tão falsas ou desprovidas de sabedoria. Assim como disse o Salmista, também digo eu: "Fui moço, e agora estou velho, mas nunca vi o justo desamparado nem a sua descendência mendigar o pão." O justo do salmo é a figura de um cristão que mantém um diálogo contante com Deus, ao mesmo tempo que evita a comunhão com o mundo.

A oração que funciona é aquela que é feita em secreto. Mateus 6.6. Você conversa com Deus, longe da atenção e da curiosidade de todos. Até isto se tornar um hábito depende de você. Nosso Paizinho (Aba Pai) se interessa pelo que vai em seu coração. Pela fé, você crê que o Senhor está lhe ouvindo, assim com fazia Davi, ao escrever seus muitos salmos. A partir de certo ponto, você sabe, no íntimo, que Deus está ouvindo seus agradecimentos, seus pedidos, suas dores, suas necessidades e seus desejos.

Para orar e ser ouvido, você precisa ser honesto(a) com Deus. Andar a uma boa distância do mundo. Sendo mais claro e bem atual: Há uma sequência famosa de filmes de vampiros no cinema. Stephenie Meier. Entenda, você tem a liberdade para assistir o que quiser, mas para andar com Deus, e ser ouvido por Ele, é bom que não coloque coisas más diante de seus olhos.

Assim como um grande amor pode ser destruído pouco a pouco pela perda de interesse comum, de ficar junto, o Espírito Santo que nos levou a reconciliar e aproximar do Senhor, fica do lado de fora, quando você entra em um cinema para assistir romances de bruxos ou vampiros. O Diabo vendeu uma "boa" ideia para Eva de que o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal era agradável e potencialmente perfeito para dar todo conhecimento. A ideia era: Deus está mentindo para você, não tem nenhuma importância tomar e comer desse fruto. Seus olhos vão ser abertos, vocês não vão morrer, pelo contrário, serão sabidos, iguais a Deus. Ele não disse que perderiam o contato, a comunhão, e que também conheceriam a dor e os espinhos. Assim também, por um simples filme, você pode deixar Deus fora de sua vida. Você é livre para escolher e fazer seu caminho.

Depois de ter lido o parágrafo acima, o que você acha
da "coincidência" da ilustração da capa do primeiro livro "Twilight"
?

Deus não nos obriga a andar no caminho estreito, mas o caminho que leva a ter uma profunda comunhão com Ele, é de fato estreito. Separado, distanciado daquilo que o mundo aprova e se alegra. Não obstante, Deus não pode ouvir as orações do mundo, porque Ele é Santo, e todos os que quiserem chamá-lo de Pai, precisam também negar-se ao mundo para viver uma vida de comunhão com Ele.

A diferença entre o caminho largo ou o moderno caminho "meio-termo" nem muito largo, com o caminho ESTREITO está tanto no dia a dia quanto no final da caminhada. No dia a dia, aquele que, voluntariamente, procurar agradar a Deus, andando em santidade, quando orar, sua oração vai ser ouvida e no tempo apropriado - respondida. As bênçãos de Deus são para esta vida e também para a vida futura. (Marcos 10: 28-30).

A pior coisa que pode acontecer na vida de um cristão nominal, que encara a santidade apenas em termos relativos é isto: no dia que orar diante de uma grande necessidade, sua oração não vai ser ouvida. Além da necessidade de arranjar tempo para conversar diariamente com o Senhor, também é preciso andar com uma consciência pura, sem acusações, diante Dele.

Tempo é algo que sempre dizemos que não temos. Isto não é verdade. Sejamos honestos. Quantas horas passamos diante de tantas coisas... Tempo para conversar com Deus, para estarmos com Ele, e separação das coisas que são valorizadas pelo mundo. Esses dois segredos são tudo o que você precisa para ser abençoado por toda sua vida.

O que significa orar para mim? Significa, hoje, orar e saber que o Senhor vai me ouvir e responder. Isso custou-me um grande preço, mas como valeu a pena. Passei por dias muito difíceis; eles não foram poucos. Foi isto que ensinou-me algo muito valioso - que O Paizinho me conhece e ouve-me as orações que faço. Eu tenho por costume ir mais cedo para o trabalho, para descer dois três kilômetros antes, para poder orar um pouco. Agradecer, abrir meu coração para compartilhar minhas preocupações e pedir pelas pessoas que me são próximas.

É claro que podemos orar em conjunto na Igreja, nas reuniões de oração, cultos, junto com a família, entretanto, foi Jesus que nos ensinou, em várias passagens do Evangelho: enquanto seus discípulos iam para suas casas dormir, ele, sozinho, às vezes, passava noites em oração. NO Getsêmane, também podemos vê-lo, a um tiro de pedra, orando em particular e reservadamente com o Pai.

O que posso dizer de orações decoradas e repetidas dezenas de vezes? Fui católico, e aprendi a rezar com minha mãe, quando era bem pequeno. Eu ganhava balas nos balcões de vendas, porque as pessoas gostavam de ver uma criança de dois três anos recitando o Pai Nosso inteirinho sem errar. Mas depois que me tornei adulto, e crente, orar para mim é como um namoro, onde palavras decoradas, repetidas, tem menos valor do que aquelas que brotam da sinceridade de um coração romântico. Orar não é isso. Orar é abrir o coração para Deus, agradecendo, chorando de alegria ou de sofrimento, as palavras têm de ser autênticas, pessoais, do fundo da alma.

Orar para mim significa dizer para Deus o que estou sentindo. precisando. E enquanto oro, também fico em silêncio ouvindo o que meus pensamentos e meus olhos têm a dizer. Eu oro menos do que preciso, mas aprendi a confiar, que quando oro o Senhor está me ouvindo.





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domingo, julho 11, 2010

Ray Kurzweil e Craig Venter

Ray Kurzweil e Craig Venter
João Cruzué

Nesta semana a repórter Gabriela Carelli trouxe uma interessante entrevista com Craig Venter na Revista Veja. Bioquímico, Evolucionista convicto, é o fundador da empresa Celera Genomics e do Instituto J. Craig Venter. Raymond Kurzweil é um inventor americano, futurista, ligado a sintetizadores, inteligência artificial, singularidade tecnológica e intersecção cerebral nos moldes do filme Matrix. Para onde nos leva estas ondas do futuro que não param que rebater na praia de nosso dia a dia, é uma boa pergunta que cada cristão deve fazer para não se manter equilibrado.

Há exatamente dez anos, J. Craig Venter ficou mundialmente
famoso com publicação do mapeamento do genoma humano. Há três anos terminou o sequenciamento genético do próprio corpo. E há poucos meses, retirou o conteúdo genétido de uma bactéria e inseriu nela um cromossomo montado em seus laboratórios.

O lado ingênuo da pesquisa cedeu lugar à realidade de que o sequenciamento não leva a lugar algum, a não ser a mais perguntas. Craig chegou à conclusão de que os 25 mil genes do Homo sapiens não funcionam de forma isolada. Eles podem se combinar para interagir, ativar ou desativar tendências. Basicamente, são mais de 25.000 "softwares" que sistematizam e regem a vida. Foi por isso que o sequenciamento trouxe ainda mais perguntas. Se não houver um histório deste o início da vida, com anotações de cada detalhe, fica muito difícil descobrir o que leva um grupo de genes ao exercício de uma ou várias funções.

Por outro lado, com as ferramentas de pesquisas disponíveis hoje, é possível sequenciar um DNA em um dia, em comparação com o Projeto Genoma que gastou mais de 50 bilhões de dólares e 15 anos de trabalho para identificar e sequenciar os 22 pares de cromossomos humanos, excluindo o 23º que determina o sexo.


Em 1965, Gordon E. Moore, o presidente da Intel, a industria dos processadores mais vendidos no mundo, disse uma frase que veio a ser identificada com a Lei de Moore: A cada 18 meses, pelo mesmo custo, seria possível dobrar o número de transistores dos chips. Daqui a cinco anos ela fará meio século, e não está previsto, ainda, que ela falhe.

Ray Kurzweil, falando sobre nano-robótica, disse: "O que mais me entusiasma é entrar no corpo humano. O ritmo no qual poderemos usar engenharia reversa nesta biologia está acelerando. Poderemos projetar coisas para serem milhares de vezes mais capazes. Significa que se você substiuir 10% das suas células sanguíneas por versões robóticas, e poderia correr incrivelmente rápido por 15 minutos sem respirar ou ficar no fundo de sua piscina por 4 horas.

Seria interessante ver o que poderíamos fazer nas eliminatórias olímpicas. Cenário para o leucócito robótico entrar em operação, por volta de 2020. Mas não são assim tão futuristas quanto parecem. Existem quatro grandes conferências sobre a construção de dispositivos para serem usados em células de sangue. Existem muitos experimentos em animais. E na verdade há um sendo testado em seres humanos. Portanto estas são tecnologias viáveis.

Se voltarmos ao nosso crescimento exponencial (Lei de Moore) da computação, com USD1,000 de investimento em computação é possível uma performance entre um cérebro de inseto e de um rato. Mais Isto via crescer ao ponto de intersectar com a inteligência humana. em termos de capacidade na década de 2020, mas esta é a parte da equação que tem a ver como hardware, mas de onde vamos conseguir o software?

Bem podemos ver dentro do cérebro humano, naturalmente, pois a resolução espacial e temporal do cérebro humano está dobrando a cada ano, e com a nova geração de ferramentas vê-las processando e sinalizando em tempo real, mas a questão não é:Ok, podemos pegar estes dados agora, mas poderemos entendê-los? Doug Hofstadter se pergunta. Talvez nossa inteligência (hoje) não seja capaz de compreender nossa inteligência. E se fôssemos mais inteligentes, bem, então nossos cérebros seriam muito mais complicados, e nunca conseguiríamos acompanhá-los".

Mas nós podemos entendê-lo. Podemos mostrar com o crescimento exponencial da quantidade de informações sobre o cérebro, e a melhoria exponencial na resolução do escaneamento do cérebro, que iremos ter sucesso na engenharia reversa do cérebro humano, também na década de 2020. Já temos modelos e simulações bem precisos de cerca de 15 regiões [do cérebro] das muitas centenas. Mas tudo é exponencial. Em termos de gerações tecnológicas que estão se desenvolvendo cada vez mais e mais rápido, teremos em 2020, 2 elevado à 25ª potência de melhorias no desempenho de preço, capacidade e largura de banda destas tecnologias o que é fenomenal. Será milhões de vezes mais poderoso que é hoje termos completado a engenharia reversa do cérebro humano.

Gastos com 1.000 dólares de computação serão muito mais poderosos que o cérebro humano em termos de capacidade bruta. Os computadores combinarão os poderes de reconhecimento sutis da inteligência humana de forma que as máquinas já sejam superiores em termos de pensamento analógico, lembrando bilhões de fatos com precisão. As máquinas podem compartilhar seu conhecimento muito rapidamente, mas não será uma invasão de máquinas inteligentes. Nós iremos nos mesclar com essa tecnologia. Estes nanos-robôs que mencionei serão usados primeiro para aplicações médicas e de saúde, limpar o meio-ambiente, fornecer células de combustível poderosas e painés solares distribuídos de forma descentralizada no ambiente.

Os nano-robôs também entrarão em nosso cérebro e vão interagir com os neruônios biológicos. Nós demonstramos os princípios chaves que nos possibilitarão fazer tudo isto. Por Exemplo, realidade virtual com imersão total dentro do sistema nervoso, os nano-robots desligam os sinais vindos dos nossos sentidos e os substituem pelos sinas que seu cérebro receberia se você estivesse em um ambiente virtual, e sentiria tudo como se estivesse neste ambiente virtual.

Você pode estar com pessoas, e ter qualquer tipo de experiência com qualquer um, envolvendo os sentidos, eu os chamo de raios de experiência, colocação do seu fluxo de experiências sensoriais, nos equivalentes neurológicos de suas emoções na internet. Você pode conectar e vivenciar como ser uma outra [avatar] pessoa, mas o mais importante será uma tremenda expansão da inteligência humana através desta mescla com nossa tecnologia, que de certa forma já estamos experimentando.

Nós fazemos coisas cotidianamente que seriam impossíveis sem a nossa tecnologia. A expectativa de vida está se expandindo. Era de 37 anos em 1800. e com este tipo de tecnologia, revoluções nano-tecnológicas, ela vai subir rapidamente nos próximos anos. Minha principal mensagem é que o progresso na tecnologia é exponencial, e não linear. Muitos, mesmo os cientistas, pensam em um modelo linear, então dizem, oh!, serão centenas de anos antes que tenhamos uma montagem nano-tecnológica auto-replicadora ou inteligência artificial.

Se você olha para o poder do crescimento exponencial, verá que estas coisas estarão à disposição em pouco tempo. e a tecnologia da informação está absorvendo cada vez mais os aspectos das nossas vidas, desde nossa música até a produção, até nossa biologia, nossa energia, nossos materiais; seremos capazes de produzir praticamente tudo o que desejarmos na década de 2020, desde informação, usando materiais brutos muito baratos através da nano-tecnologia. Estas são tecnologias poderosas. Elas viabilizariam tanto nossas esperanças quanto nossos temores, por isso temos que ter disposição de aplicá-las aos problemas certos." Ted.com

A Engenharia Reversa ER consiste em usar a criatividade para analisar uma solução já pronta para retirar todos os conceitos novos ali empregados. Seria o desmonte de uma máquina para ver como funciona. Wikipedia.

Fico espantado com a quantidade de escritos e filmes que há algum tempo descrevem aplicações futuristas. Por Exemplo, assistindo recentemente 2001 - Uma Odisseia do Espaço, o astronauta conversa com sua filha diretamente por um computador. Só que em 1968, quando o filme foi lançado, a câmera de vídeo ainda não existia. Os efeitos especiais foram conseguidos projetando um filme sobre o a tela do "monitor". Outra coisa eram as abordagens das estações espaciais, assuntos comuns em nossos dias, mas que na década de 60 ainda não funcionavam. A viagem inter-espacial mostrada no filme, ainda não estava disponível para pessoas comuns, coisa que em nossos dias já existem empresas da iniciativa privada no limiar de fazê-las.

Há uns dois anos publiquei um post sobre nano-robots israelenses em uso dentro do sistema circulatório. E sobre Inteligência Artificial IA, já existem ao menos mais de uma dezena de filmes a respeito.

O aspecto sombrio e negativo fica por conta da referência de Kurzweil: "Elas viabilizariam tanto nossas esperanças quanto nossos temores, portanto temos que ter disposição de aplicá-las aos problemas certos." Aí está o problema. Como cristão pentecostal, estou ciente da existência de um mundo espiritual. Que na bíblia fica claro que demônios podem possuir pessoas e animais. E com certeza, também, robots. E o que não dizer de softwares... É, estas coisas bem que poderiam existir apenas em nossa imaginação, mas o retrospecto dos principais inventos e descobertas feitas no campo científico, sempre teve um dualismo na aplicação. Uma tecnologia potencialmente aplicável, também pode ser potencialmente destruidora.

Que Deus nos abençoe com as melhorias e nos guarde dos efeitos ruins. A humanidade está reunindo a cada dia, milhões, bilhões de informações, desejando conhecer tudo sobre tudo. O fato curioso em tudo isso é que esta cultura não está aproximando as pessoas. É o grande paradoxo de nossos dias: sabemos tanto sobre tudo, mas não sabemos nada (e às vezes nem queremos saber) como está a família de nosso vizinho. Nem o que passa na família dos irmãos de Igreja.


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