sexta-feira, maio 28, 2010

UD 3191 - Deus é fiel



Um Chevette Hatch 1980

João Cruzué

UD 3191 era a placa amarela de um Chevette Hatch, cinza, ano 80, comprado em 87 Cz$4.100.000,00 e vendido em 2002 por R$200,00. Se você está precisando ouvir a voz de Deus por causa de tempos dífíceis, este testemunho vai fortalecer seu coração. Os protagonistas foram minha esposa e eu.

Em 1987, minha esposa vendia bordados de Ibitinga, cidade do interior paulista, próxima de Araraquara, famosa pelas colchas, toalhas, lençóis e outros bordados. Ela orou por um carro, para vender de porta em porta.

Alguns dias depois, achamos um Chevette Hatch prateado, lindo, usado,pelo preço Cz$4.100.000,00. Havia tantos zeros na moeda que não mais me recordo se eram milhões cruzados ou cruzados novos. Era de uma época, em que o ex-presidente José Sarney começava seu discurso assim: "Brasileiras e Brasileiros..." E quando fazia discurso na TV, todo mundo corria aos postos porque o preço dos combustíveis ia aumentar.

Como já testemunhei, de agosto de 1992 a julho de 2003, fiquei desempregado e minha casa e eu passamos por muitas provações. Naquele período devo ter enviado mais de 500 currículos e participado de dezenas de entrevistas cujo resultado eram apenas portas fechadas. Daí, procuramos nos virar das mais diversas maneiras possíveis e decentes, à medida que as oportunidades iam aparecendo. Em 1995, abrimos um comércio ( em tempo errado) que depois não deu certo. Trinta mil de prejuízos. Também plantei tomates e depois mandiocas no sítio dos meus pais no Estado das Gerais - para não ficar ocioso.

Depois da fase dos "bordados", ajudei minha esposa a levar pessoas em excursões "bate e volta" para o Paraguai. Depois ganhamos nosso pão ornamentando eventos. Fui vendedor de planos de saúde da Unimed Paulistana, atividade que o Senhor preparou para me fazer mais otimista. Eram muitas aflições, e também muitas orações.


Fomos dezenas de vezes com ele na "Feira de Flores" que acontece nas madrugadas de terças e sextas-feiras, no Ceasa de São Paulo. Duas da madrugada. Ao dobrar o banco traseiro, cabia muita coisa em um Cehvette Hatch. Rosas vermelhas: "dalas" e "vegas"; rosas champangne: "oceânias" e "versilhas". Crisântemos: "margarida" e "polar". Lisiantos brancos e lilazes. Tuyas, maços de gipsófila, paulistinhas, smailacs, heras, tangos, caixas de espumas florais, orquídeas, lírios para buquês, cestas, argila.Ufa!

De 1992 até 2002, nosso carro não foi licenciado. Com os recursos sempre lá embaixo, lembro-me do dia que orei ao Senhor mais ou menos assim: "Pai, eu preciso de ajuda. Nosso dinheiro dá suprir apenas nossas necessidades básicas. Gostaria que o Senhor cuidasse de nós neste aspecto, porque o dinheiro do licenciamento vai nos fazer falta. E Deus foi fiel. Nunca fomos abordados, em nenhuma blitz, em nossos caminhos para levar nossas filhas, todo dia, para suas escolas em Santo Amaro, para ir aos cultos na Igreja, para comprar roupas no Largo do Cambuci de vez em quando. Enquanto o modelo das placas dos carros já eram brancas e com três letras, a daquele Chevete sempre ficaram nas amarelas.

Um dia, precisando ir na Vila dos Remédios para buscar um arco de ornamentação com grandes colunas eu orei. "Senhor, a Vila dos Remédios é muito longe. Nosso carro ainda está com essas placas amarelas. Vou pedir uma bênção. Quero ir e voltar em paz. À noite eu darei um oferta de agradecimento. Fui buscar o arco.

Passei pela Avenida João Dias, depois da ponte, para abastece. Adiante do antigo Banco Bamerindus, hoje HSBC, dobrei à direita para pegar a "Marginal". Sabe quem estava lá na frente? Um guarda de trânsito. Voltar eu não podia; correr não ia dar certo. Vi um motorista parado junto ao guarda, e tive uma idéia. Também parei ao lado dele e perguntei: Seu guarda, como faço para pegar a Marginal? E ele, muito prestativo ensinou: vai em frente, dobra para a direita depois esquerda,...faça assim e assim. E foi desse jeito, com muita classe, que passei com um carro velho, com placas amarelas proibidas diante do guarda. Não estou me gabando de esperteza, mas testemunhando que Deus é fiel e responde orações.

Fui à Vila dos Remédios, e trouxe o arco duas colunas para ornamentação, enormes, dentro daquele Chevette - não sei como, mas coube. Voltei em paz, feliz da vida e cumpri meu voto. Uma oferta de gratidão na Igreja. Deus não precisava do meu dinheiro, mas aprovava minha liberalidade.


O Chevette foi se deteriorando à medida que a "grana" ficava ainda mais curta. A ferrugem foi aumentando e comendo tudo. Era viciado ém óleo. Toda semana precisava de litro de óleo. Me tornei um mecânico razoável. As velas, pastilhas de freio, sangrias, eram por minha conta. A coisa piorou tanto que uma pedaço de ripa de madeira se transformou máquina do vidro da porta do motorista.

O escapamento eram ruim. Quando minha esposa saía da garagem acelerando, aquela "bagaça," o ronco era ensurdecedor. Em 1994 fomos cuidar de nossa primeira congregação - a Assembléia de Deus do Parque Santo Antônio. Nosso carro era o mais feio de todos. Eu cheguei a ouvir um comentário de ó possível saber quem está chegando à Igreja só pelo barulho do carro. O nosso tinha um ronco inconfundível.

E, nós continuávamos esperando com paciência pelas bênçãos que "nunca" chegavam. Infelizmente, de vez em quando, também ouvíamos pregações "cotovelando" o testemunho de certos crentes que estão sempre debaixo de lutas.

Pasmem! o velho chevette caindo aos pedaços, foi roubado. Isso mesmo roubado! E achado, uma semana depois na calçada da subida da curva da Figueira Grande, Estrada do M'Boi Mirim. Passou uma semana, como ninguém mexeu no carro, nem puseram fogo nele, fomos lá, pusemos gasolina, uma bateria e ainda nos serviu por quase de um ano buscando flores do Ceasa e carregando os equipamentos de decoração. Eu estive caminhando nesta curva recentemente (2009) e o montinho de concreto onde o diferencial ficou preso - ainda está lá. Isto já faz sete anos! Deus é fiel.

E por fim, um sitiante comprou aquela "relíquia" por R$200,00.

Em julho de 2003, depois de onze anos sem um sustento fixo, o Senhor nosdeu uma oportunidade de ser contador num grande Hospital público do Município de São Paulo. Depois veio o concurso e passei . Estávamos sem carro há um ano e meio. Minha esposa também havia conseguido uma oportunidade como professora substituta em uma escola estadual.

Em Dezembro de 2004, o Senhor nos concedeu a oportunidade de comprar nosso primeiro carro 0km, um Celta 2004 - DMJ 8496. Ficamos com ele pagando prestações até outubro - 2006. Na terceira semana de outubro/06, nós o trocamos por um Corsa também novinho em folha - sem dívidas. Na segunda semana de outubro 2008, trocamos o Corsa por um Renault Logam 1.6.Também sem dívidas. Mas nunca nos esquecemos daquele Chevette.


Foi através dele que Senhor nos provou e preparou para nos as bênçãos dos anos seguintes. É por isso que precisamos dar graças pelos dias de "deserto" porque é o tempo de ser provado no pouco. Se não aprender a ser agradecido pelas pequenas bênçãos do dia a dia, como vai saber ser grato pelas grandes?

Dê graças em tudo. Aguarde orando, porque o Senhor também vai virar o seu "cativeiro". Fiquei desempregado durante 11 anos ( julho/92 a julho/2003). Não passava em nenhuma entrevista. Mas as coisas mudaram. Em 2004, Passei em um concurso para contador em uma Autarquia da Saúde do Município de São Paulo. Em 2009, Passei em uma entrevista com o Secretário de Finanças do Município de São Paulo para um cargo bem melhor. Mas não fui para lá, pois recebi um telegrama em casa para tomar posse de um cargo em umTribunal de Contas Estadual. Vaga conquistada por concurso. Uma bênção enorme. Há dois dias, recusei outra vaga, de contador no Tribunal de Justiça de São Paulo, também conquistada por concurso, mas de salário menor. Mas durante 0nze anos eu não tive nada - a não ser Jesus, que tudo observava.


Ao Senhor Jesus toda glória! As mesmas bênçãos que ele me deu, também dará a você. Fique firme, continue orando esperando, pois dias virão que você vai orar e agradecer chorando por bênçãos tão grandes, que não merecia. Isto aconteceu comigo e vai acontecer com você.


Se este testemunho foi importante para sua vida, ore por mim. cruzue@gmail.com



O Código da Vinci sob um olhar cristão

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A Última Ceia - quadro de Leonardo Da Vinci

Roger Cotton
Tradução: João Cruzué

"O Código da Vinci não passa de um romance, e como tal, descobri que é muito pernicioso. Induziu a uma busca recentemente pelo Santo Graal e o que ele propõe realmente são documentos secretos, mostrando que Jesus era casado com Maria Madalena e que produziram uma linhagem de sangue real. O uso de um narrador comentando teologicamente e filosoficamente sobre a vida, religião e Igreja – e usando uma linguagem de exageros - soa, com aquelas afirmações dentro do romance, como "verdades" que nós deveríamos considerar – verdades secretas que precisaríamos recuperar para libertar nós mesmos das mentiras da igreja. Isto chama a atenção das pessoas e vende livros.

Entretanto, o diretor de estudos do Novo Testamento, Bem Witherington II, em seu livro O Código do Evangelho (Inter Varsity, 2004) respondendo ao Código Da Vinci, disse: “Ele pode ser bastante divertido, tanto quanto é corruptor". Nós devemos tratar este livro como ele realmente é – não uma ficção histórica mas quase uma inteira ficção, pelo menos quando ele traz suposições e afirmações quanto a Jesus, Maria Madalena e os primórdios do cristianismo.

Eu gostaria de esclarecer alguns dos seus maiores enganos em relação à história da Igreja e à Bíblia, bem como os pontos básicos de nossa fé cristã nas escrituras, os quais são opostos às idéias desse livro. Eu fico em débito com a excelente pesquisa de Witherington sobre estes fatos.

A primeira e maior ficção defendida no livro é que há muitos outros documentos iguais ou melhores que os quatro Evangelhos, que a igreja tem suprimido, que exaltariam uma “divindade feminina” e ensinam que Jesus é apenas humano e não divino. A verdade é que os tais documentos (20, e não 80) foram claramente escritos depois da composição do Novo Testamento. Eles estão fora dos grupos da corrente principal dos primórdios da Igreja. E quanto aos rolos do Mar Morto, eles são judaicos e nada dizem sobre Jesus.

Os Evangelhos gnósticos a que Brown, freqüentemente se refere, na verdade ensinam que o mundo material jaz no maligno, incluindo o sexo, e que o homem está em posição de autoridade sobre a mulher. Estas idéias são o contrário do que o livro de Brown ensina, todavia ele reivindica que estes documentos dão suporte as suas idéias, as quais estão em oposição à Bíblia. Brown diz que aqueles documentos claramente afirmam que Jesus foi casado com Maria Madalena, mas Witherington mostra que ele os cita erroneamente. Além do mais, eles nunca estiveram em qualquer lista de escrituras inspiradas e oficiais.

A segunda maior ficção diz que Constantino e a Igreja no Concílio de Nicea, trouxeram textos novos, antibíblicos, ensinando que Cristo era divino, e suprimindo a "verdade", por decisão no voto, sobre Sua humanidade, o "casamento" com Maria Madalena, e eliminaram os livros que ensinavam estas coisas. A verdade é que o Concílio nunca propôs as crenças afirmadas em seus credos ou a lista de escrituras do cânon, mas formalizou as que a maioria já há de muito cria. O Novo Testamento sempre ensinou claramente que Jesus é Deus: João 1:1-3, 18; Romanos 9:5; Filipenses 2:6-11; Hebreus 1:2,3 e I João 5:20.

A terceira ficção é que a Igreja foi ameaçada pela idéia de Jesus tendo uma esposa e filhos, porque assim Ele poderia não ser divino e a Igreja perderia sua mais poderosa reivindicação de ser o único caminho para Deus. Pelo contrário, a Bíblia claramente afirma que Jesus é o único caminho para Deus e que a Igreja não controla tal caminho (João 14;6; Atos 4:12). Sobre o outro ponto, a Bíblia ensina que Jesus, a encarnação do Filho de Deus, é totalmente Deus e totalmente humano. Assim é que, Ele poderia ter se casado e também ter filhos, mas escolheu não fazê-lo, dentro do plano de Deus.

Com relação a idéia de uma divindade feminina e santidade do sexo, a Bíblia e o Cristianismo não rebaixa o sexo, mas afirma que ele é muito especial e somente diz respeito ao casamento. Entretanto, ele não é um caminho para realizações espirituais e experiências com Deus, como se afirma no livro. A Bíblia inteira é contrária a utilização do sexo dentro da adoração, como os pagãos têm feito desde os tempos antigos. A Bíblia claramente se opõe a toda adoração de deusas. O Único e Verdadeiro Deus não é nem masculino nem feminino, porém Jesus usou o termo “Pai” e nos ensinou a fazer o mesmo. Uma outra razão maior para não se referir a Deus como mãe, como Elizabeth Achtemeier mostrou, em “Por que Deus e não Mãe?” – [Revista] Christianity Today, 16 de agosto de 1993, é que isso conduz à idéia de um Deus dando-nos à luz, e por esta razão O rebaixando para ser um como nós e com a natureza de nos criar para ser deuses.

O Código Da Vinci expressa muito das idéias populares atuais de nosso mundo e nos ajuda a ver onde estão os pontos de debate para nossa fé. As atitudes encorajadas por esse livro, as quais são a mais séria oposição à verdade que Deus tem revelado nas escrituras são as seguintes: despersonificar Deus, trazendo-O para baixo, para o nosso nível e nos elevando à deidade – enquanto elimina Sua santidade; para negar a necessidade de um salvador fora de nós mesmos e a necessidade de arrependimento que nos mostra como mortos sem Cristo; para tratar Jesus apenas como um grande homem; para negar que as escrituras são a palavra inspirada de Deus; para fazer do sexo uma parte da adoração; para roubar o maior objetivo da lei moral; para negar que há uma verdade absoluta; para fazer de nossas experiências a única autoridade religiosa ou espiritual para nossas vidas, e para desconsiderar a história de qualquer valor.


As principais verdades
bíblicas, que creio devemos deixar bem claro e afirmar continuamente são as seguintes: 1) Deus é uma pessoa, atuando para o nosso bem no mundo, o qual Ele criou e do qual Ele é totalmente distinto, comunicando abertamente conosco em linguagem humana real, escrita na Bíblia e não em códigos secretos. 2) Deus nos fez, nos ama e quer restaurar o relacionamento pessoal, íntimo e sem fim, que nós quebramos com ele através de escolhas egoístas. Ele providenciou o único caminho para Ele através da encarnação, morte e ressurreição de seu Filho, Jesus, o Cristo, que é totalmente Deus e totalmente humano. Ele deu significado e propósito para nossas vidas. 3) Ele nos fez para desfrutar de grandes realizações em uma vida de harmonia com Sua vontade, caráter e valores através do Espírito Santo. Isto inclui guardar a intimidade e o ato sexual dentro de um relacionamento marital (macho-fêmea) vitalício e exclusivo.


Em conclusão,
o melhor antídoto é ler e meditar sobre a verdade nas Escrituras e guardar nosso relacionamento com o Senhor de forma santa. E aqui estão algumas das mais claras afirmações das Escrituras que dão algumas das crenças básicas da fé cristã: Mateus 16:13-20; Lucas 24:36-49; João 1:1-5, 10-12, 14, 18; 3:16-18; 14:6, Atos 4:12; 10:34-43; 17:30-31; Romanos 1:16-25; 1 Coríntios 15:1-8; 17-19; 2 Timóteo 3:15-16; Hebreus 1:1-3; 1 John 1:2,3, 5-2:2; 4:1-16; 5:1-5, 11-12, 18-21; Apocalipse 22:12-17".


Autor: Dr. Roger Cotton

Perfil: http://www.agts.edu/faculty/cotton.html
Fonte: Enrichment Journal - Springfield - USA
Tradução: João Cruzué - SP 09/02/08 -00:00h



Comemoração das 70 mil visitas alcançadas em 31 jan 2008.
E mais de 1.000.0000 em 27 de maio de 2010

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