Foto: Ron Almog
Joao Cruzué
O Natal é muito especial para mim. Quando dezembro chega, eu percebo que as pessoas ficam mais alegres, mais solidárias, generosas, comunicativas, emotivas, viajam mais; vão para junto de seus queridos.
Eu vejo o Natal sendo comemorado entre as famílias por todo mundo. Até pelos não cristãos. Também é verdade que muitos rabujentos não gostam dele. Dizem que é puro comércio, outros, que é uma festa pagã disfarçada. Cada um pode pensar como quiser, mas sinceramente eu creio que no fundo, no fundo, todos gostam dele,pois é um tempo muito especial para se dar e receber presentes.
Natal sem Jesus, não é Natal. Jesus é nosso maior presente. Por uns bons cinco anos trabalhei na Rua 24 de Maio, no Centro de São Paulo. E recentemente voltei a trabalhar de novo. Quando chega dezembro, um mar de pessoas flui por ali, principalmente na Região da Rua 25 de Março, atrás enfeites, caixas de luzes, pisca-piscas e muitos presentes. Papais-Noéis aparecem tocando sininhos nas esquinas e nas Lojas. As músicas natalinas ainda enchem o ar ao som das harpa paraguaias. É "Gingle Bell" "Meu sapatinho" e "otras cositas " o dia inteiro, o mês inteiro. Hoje, o grande movimento está na Rua 25 de Março e nos grandes Shopping Centers. Aquilo que eu já achava bom, está melhor ainda.
Por causa do Natal, surgem muitas oportunidades de emprego no comércio, e dezembro é o melhor mês de vendas. O Natal sustenta o emprego de toda uma cadeia produtiva que começa desde a pequena indústria, passando pelas grandes fábricas, atacadistas, transportadoras, terminando na rede varejista. Cada um conquista o seu dinheirinho e pode voltar feliz para sua casa no final do mês com presentes para seus queridos.
Muitas famílias entre tanta gente humilde neste país têm uma oportunidade de comprar um peru, um chester, um pernil no Natal. Posso imaginar crianças tagarelando à mesa ou pela sala com os rostinhos sujos de comida, e do outro lado, pais e mães sorridentes, guerreiros e guerreiras compartilhando com alegria o resultado, o fruto de seu trabalho.
Se o Natal fosse apenas comércio, sem ele o lixeiro, o carteiro, os porteiros dos prédios, os faxineiros não poderiam compartilhar de uma generosidade de tão curta duração. Que bom que nessa época o comércio seja mesmo forte, porque é isto que faz com que compartilhem o sustento do mesmo pão e da mesma paz, ainda que apenas uma vez por ano.
Por trás de todo este movimento, quer queira quer não, está a pessoa de Jesus Cristo.O personagem principal da Bíblia, o Filho de Deus nascido em uma manjedoura pobre pela indiferença dos antigos moradores de Belém.
Eu sei que Deus poderia ter escolhido afamília mais rica e mais abastada da Judéia para que Jesus nascesse em berço de ouro e lençóis de linho. Mas se Cristo tivesse nascido rico, o pensamento farisaico teria invertido todos os valores morais cristãos em que a riqueza nem sempre é sinal de justiça ou da bênção de Deus. Um Jesus pobre ainda é um paradoxo e a parábola do rico e do lázaro uma pedra no sapato dos pregam a fé como meio de alcançar a prosperidade financeira.
O Natal é Cristo. O filho de Deus que se humanizou para mostrar a boa vontade de Deus para com os homens. Ele veio trazer luz aos cegos, libertar os cativos, soltar os oprimidos e restautarar os quebrantados de coração. Jesus é o Emanuel. O Deus conosco, O maravilhoso, Conselhieiro, Deus forte e o Príncipe da Paz, que veio anunciar o ano aceitável do Senhor. É por meio de Cristo que Deus oferece a cada um uma opotunidade de reconciliação.
Em um mundo tão agitado e violento, é inegável a mudança que acontece no comportamento das pessoas no Natal. Uma paz, alegria e generosidade através do nascimento de Cristo. É este o significado do Natal para mim - a maior festa da humanidade.
Feliz Natal!
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