terça-feira, julho 14, 2009

Carta a uma adolescente

Anne Hathaway

De João Cruzué

Eu sei que você cresceu; tem quase minha altura... que é muito bonita, mas quando se olha no espelho ainda se acha um patinho feio. Por que tanta insatisfação e tanta preocupação consigo mesma? Sabe, ja lhe disseram isto, mas é sempre bom lembrar Jesus tem um amor muito grande por você.

Por que se preocupar tanto com namorados, aborrecendo-se com as outras, se basta apenas um - aquele especial - preparado por Deus para você? Já dizia o Rei Salomão: Para tudo, há o seu tempo determinado. Vá mais devagar, não precisa correr.

A edificação segura da vida sentimental de uma jovem, tem grande importância no futuro. Em provérbios 18:22 diz: Quem acha uma ESPOSA encontra a felicidade pois recebeu uma bênção de Deus, o SENHOR. A recíproca, em nossa cultura, também é verdadeira: Quem acha um ESPOSO encontra a felicidade pois também recebeu uma grande bênção do Senhor.

Quem deve estar à frente de sua vida sentimental é o Senhor Jesus. A direção deve ser dEle, direto a você; sem intermediários, sem "profetas" encomendados. De um lado, não se desespere porque ainda não arranjou um namorado. Por outro não é correto namorar um "gato" atrás do outro para descobrir qual será o melhor. O escolhido. Você nunca saberá com segurança, e pode se frustrar. O segredo de tudo isso está na oração. Jesus ama você. Se contar isso para ele, não vai se decepcionar. A vitória vem do Senhor.

Nascemos incompletos. No Senhor, o esposo e a esposa, amparam-se, amam-se, completam-se, harmonizam-se e prosperam. Desde que lá atrás, esperaram no Senhor. O que o Senhor prepara é mais precioso que um grande diamente. Só o Senhor sabe quem é o escolhido.

Por que está tão apressada, preocupada, gastando tanto tempo em arrumar os cabelos, comprando mais e mais sapatos, roupas e mais roupas... sempre se olhando no espelho para ver se há ainda há alguma coisinha para ser melhorada? Cuide-se bem, mesmo! Mas não faça disso uma neurose. Se embelezar faz parte da essência feminina, mas não precisa exageros.


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De novo, não se esqueça: o Senhor Jesus a ama.

Não tome a frente Dele. Não se apresse. Não ache que Ele está muito devagar, que não está se preocupando com você; que você está sozinha. Isso não é verdade. Olha, a insastifação é como uma casca de banana, ela pode nos levar a escolher coisas ruins. Olhe, como é difícil alguém ficar contente com o que tem, não é mesmo? Mas Deus quer que você agradeça a Ele aquilo que tiver. Quem é agradecido, pode receber bênçãos quando pedir. "Paizinho, o Senhor já me deu isso e aquilo. Eu estou satisfeita com o que me deu. Mas, olhe, eu estava precisando de uma outra coisa..."

Agradecer o quê?: agradecer pelos pais, pela escola, pelo seu rosto, olhos, cabelos, família, finanças... pela sua Igreja. Quem sabe você anda tão aborrecida com as pessoas da sua Igreja, da escola, da sua família, com a simplicidade da casa dos Pais? Pode ser que nada melhorou, porque que talvez você não tenha dado graças por isso. Quem sabe ainda não aprendeu a tirar um tempo para agradecer a Jesus por tantas coisas boas que você tem. Por favor, não concentre sua atenção apenas em coisas ruins: "Falta isso, falta aquilo, isso está quebrado, aquilo é muito feio... É assim mesmo que o inimigo espera que você murmuere. Ele sabe que o aborrecimento traz o desânimo. O desâmimo a murmuração, e a murmuração entristece o Espírito Santo.

As grandes mulheres de fé do passado e presente eram e são mulheres de oração. Não dá para conquistar bênçãos de outra forma.

O que é orar? Orar é parecido com namorar. Vou dizer uma coisa: quando você separa um cantinho especial para conversar com Jesus, posso vê-lo sorrindo para você. Cada palavra que fala, ele vai está atento. Quando você ama alguém deseja ficar perto e a conversa nunca acaba, por que há prazer em conversar. Orar também assim. Jesus gosta da sua presença, gosta de sua voz. Gosta de sua oração. Tudo que vai em seu coração, deve contar para ele. Faça de Jesus seu amigo e confidente.
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Pela terceira vez, vou repetir: que Jesus ama muito você.

Nas mãos Dele estão: a sua Universidade, seu emprego, seu futuro esposo, sua casa, sua futura família, os filhos e alegria no lar. Tudo isso será seu se tiver mais paciência, se orar um pouco mais e resmungar menos. Se parar de ser tão competitiva, tão agressiva. Imagina um Jesus tão bom, com tantos coisas boas para lhe dar, e você sempre aborrecida, mau humorada, insatisfeita.

Faça de Jesus o seu maior amigo. Sempre converse com ele.

Sua família deve ser sempre considerada, respeitada e ouvida. Principalmente se seus pais são cristãos. O lar onde você nasceu foi preparado por Deus. Confie na sua família. Faça de sua mamãe sua amiga e confidente. Se aconselhe com ela antes de tomar alguma atitude. Isso mesmo - antes! Quando alguém ama de verdade, diz não, quando é tempo de dizer não! As pessoas que não são de nossa família costumam dizer coisas que queremos ouvir, em lugar daquelas que precisamos ouvir. Quem despreza o conselho de uma mãe cristã estará na verdade desprezando a voz do próprio Deus.

De nenhuma maneira abra seu coração para contar seus sentimentos e sua intimidade para pessoas não são crentes ou "meio-crentes". O coração de uma pessoa ímpia ou desviada, não é habitação do Espírito Santo. Ali habitam outras coisas. Não ponha seu pé no laço do diabo fazendo amizade com incrédulos. Colegas de trabalho e colegas de escola não são amigos de verdade - são apenas colegas.

Amizade é uma coisa mais profunda. Amigos são pessoas que fazem qualquer coisa para nos ajudar quando estamos em dificuldades. Geralmente são os pais, irmãos e famíliares bem próximos. Nossa família são nossos principais amigos.

Cuidado com as amizades na Internet. Não dê seu endereço para ninguém. Se seu colégio está nas comunidades do seu Orkut - adicione mais uns três colégios para você se proteger. Se apenas a sua Igreja está lá, adicione outras. Nunca dê informações sobre sua família ou documentos a pessoas por telefone. Seja prudente.

Tudo o que quiser fazer, primeiro consulte Jesus em oração e sua família. Se o seu coração estiver agitado - retarde a decisão. No Livro de Colossenses no capítulo 3; 15 diz : Que a paz de Deus seja o ÁRBITRO em vossos corações. Isto quer dizer - com dúvidas, nunca siga em frente.

Quando seu coração estiver completamente em paz, tranqüilo, aí vá em frente.

Você já perguntou ao Senhor que propósito Ele tem para você? Enquanto Ele não lhe der a resposta, ocupe-se com as coisas dEle na sua Igreja. Se você louva, ensaie bastante para louvar melhor, se você é musicista, melhore cada dia sua performance no instrumento; se não louva nem é musicista, se ocupe com alguma coisa - nunca fique parada.

Deus não costuma entregar bênçãos para ociosos. Nunca vá para um culto de mãos vazias, contribua sempre com algum dinheiro. A mesquinhês é muito comum hoje. É raro ver adolescentes contribuindo. Ainda que seja uma moedinha, não vá de mãos vazias cultuar ao Senhor. Isso é muito importante.

Antes de terminar. Cuidado com o pecado. Não copie o que vê no mundo para agir da mesma forma. O namoro mundano é maldição. Não se prenda muito à novelas, não se vicie em MSM e ORKUT. não ponha pornografia diante dos olhos, não procure baladas evangélicas. Se o Espírito de Deus não pode ir aonde você vai, então não vá. Não confie em quem aprova estas coisas. Se ela é crente - talvez já esteja desviada. A santidade agrada ao Senhor. Ah! mas isso é caretice! coisa do tempo da bisa. É verdade! Só que namoro indecente, pornografia e sensualidade são mais velhos ainda - são do tempo do diabo.

Quando o mundo diz: deixa de ser careta crente! ele está querendo dizer: venha ser tão imunda quanto nós. Veja: Sem santidade não há bênção. "E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem. Mateus 7:14.

Nunca marque encontros com alguém que conheceu por MSN ou ORKUT . Há pouco tempo uma jovem fez isso. Além de todo tipo de atrocidades que sofreu, ainda teve o crânio afundado por espancamentos.

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Se você ouvir e guardar estas palavras, vai agradar Jesus. E, se você agradar a Ele, no tempo certo você vai ter a sua Universidade, o seu noivo, o seu emprego, alegria e Paz no Senhor. O preço disso é uma vida cristã verdadeira. Quando as bênçãos começarem a chegar em sua vida as pessoas que diziam que você era quadrada, antiquada, crente carola, vão morrer de inveja. E você com certeza vai sorrir dizer consigo mesma: como é maravilhoso ouvir e obedecer a Voz do Espírito Santo.

Um beijo carinhoso de um pai, que aceitou Jesus quando era adolescente e que nunca se arrependeu disso. Todas as promessas que esse pai escreveu nesta mensagem, se cumpriram na vida dele. O curso superior, a vida profissional, a esposa, filhas, a casa, o carro novo, passar num concurso público - Jesus lhe deu! E tudo isto aconteceu porque ele aprendeu a esperar o tempo do Senhor.


autor
: joão cruzué

www.olharcristao.blogspot.com




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segunda-feira, julho 13, 2009

Jesus Cristo com as mulheres


Sinner woman
A pecadora aos pés de Jesus


"COM AS MULHERES"

Autor: Paulo Brabo


"–Está vendo essa mulher?

Eu entrei na sua casa e você não me ofereceu

água para lavar os pés.

Ela, no entanto, lavou meus pés com lágrimas,

e enxugou-os com os seus cabelos.

Você não me cumprimentou com um beijo,

mas ela, desde que entrou,

não parou de beijar-me os pés.

Você não me derramou óleo sobre a cabeça,

mas ela passou essência perfumada nos meus pés.
"


Lucas 7:44-46


"A distância cultural nos impedirá para sempre de apreender a extensão da sua influência e a absoluta novidade da sua postura, mas é certo que nenhuma outra figura masculina da antiguidade oriental – seja no domínio da realidade ou da ficção – sentiu-se mais à vontade entre as mulheres do que o Jesus dos evangelhos. Nenhum outro personagem do seu tempo, e talvez de tempo algum, fez mais para corrigir a distorção das lentes culturais através das quais a imagem da mulher era interpretada – e em muitos sentidos permanece sendo.

A singularidade de Jesus nesse aspecto não é menos do que tremenda. Acho notável ao ponto do milagroso que as posturas de Jesus diante das mulheres, conforme descritas nos evangelhos, não tenham sido censuradas posteriormente por homens menos preparados do que ele para abraçá-las.

É preciso lembrar o óbvio, que não faz cem anos que as mulheres alcançaram status social igualitário no ocidente, e que os evangelhos descrevem o que ocorreu há dois mil.

Numa época em que um marido não deveria dirigir-se à própria esposa em lugar público e homem algum deveria trocar palavra com uma mulher desconhecida (em ambos os casos para proteger a sua honra, não a dela), o rabi de Nazaré buscava a companhia amistosa de mulheres, puxava conversava com elas, tratava-as com admiração e naturalidade, interessava-se sem demagogia pelos seus interesses, deixava que tocassem publicamente o seu corpo e o seu coração.

O Filho do Homem não se constrangia em ser sustentado por mulheres, não virava o rosto à possibilidade de ser acarinhado por elas, não hesitava em recorrer a imagens que diziam respeito ao seu dia-a-dia, não sonegava histórias em que mulheres eram (muito subversivamente, na ótica do seu tempo) exemplo de humanidade, de integridade, de engenhosidade e de virtude.

Falamos de um tempo, num certo sentido não muito distante, em que os homens que não denegriam abertamente a imagem da mulher soterravam-na por completo debaixo de idealizações simplistas. Dependendo de quem estava falando, a mulher era vista como incômodo necessário, como homem imperfeito, como criança, como objeto mecânico de desejo, como objeto idealizado de poesia, como animal fraco e sensual; figura às vezes inocente, às vezes desejável, normalmente imprevisível, normalmente indigna de confiança, invariavelmente inferior.

Contra esse cenário, o rabi de Nazaré resgatou uma mulher adúltera das garras da justiça e da morte sem recorrer ao que seria o mais fácil e popular dos argumentos antes e depois dele, o que afirma que a mulher é criatura de mente obtusa e vontade fraca, particularmente suscetível às sensualidades da carne. Num único golpe eficaz ele transferiu a culpa da mulher acuada para os seus acusadores, todos eles homens e emblemas de poder e desenvoltura, até serem publicamente dissolvidos pela mão de Jesus. A vítima, a transgressora, foi ao mesmo tempo salva da condenação e tratada, talvez pela primeira vez, como ser humano independente e responsável (João 8:1-11).

Aqui estava um homem que, irresistivelmente, olhava para as mulheres sem rebaixar-se a preconceitos ou recorrer a idealizações. Jesus lia as mulheres como seres humanos, e foram necessários séculos para que o mundo arriscasse repetir a sua ousadia. Ainda hoje, transcorridos milênios ineficazes, não há homem que esteja imune a ler a mulher através de estereótipos novos e velhos; ainda somos tentados a enxergar o homem incompleto, a flor de pureza, a criança sem rédea. Mas ali, nas esquinas empoeiradas de um canto do mundo, as estruturas do mundo social haviam sido abaladas para sempre.

Para mim não há evidência maior de que o espírito subversivo de Jesus permaneceu vivo nos primeiros discípulos, logo após a ressurreição, do que a descrição da comunidade de seguidores em Atos 1:14: “Todos estes [homens] perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele”.

Este com as mulheres me pega desprevenido todas as vezes, tanto pela sua necessidade quanto pelo impensável que representava no seu tempo. Em retrospecto é difícil avaliar o quanto está sendo efetivamente dito aqui, mas é preciso lembrar constantemente que naquela cultura as esferas de atividade de homens e mulheres eram divididas ao ponto do incompatível. Essa fenda corria de uma ponta à outra o tecido da sociedade, mas seu ponto nevrálgico talvez residisse na esfera religiosa, na qual era preciso ser homem para ter participação eficaz – isto é, para ter acesso verdadeiro e relevante à divindade.

Na visão de mundo vigente, homens e mulheres habitavam espaços separados no universo; essa incompatibilidade era espelhada na sociedade e prontamente celebrada através de espaços diferenciados de adoração. Tanto o Templo quanto as sinagogas tinham áreas separadas para homens e mulheres, e os recintos reservados para os homens ficavam invariavelmente mais próximos de Deus. Era uma sociedade em que não ocorreria a ninguém colocar homens e mulheres compartilhando voluntariamente de um mesmo espaço, muito menos um espaço religioso.

Agora que Jesus havia subido ao céu e os homens de branco haviam dito que mantivessem os olhos fixos na terra, os discípulos viram-se diante de um problema e de um embaraço. Jesus, o amigo das mulheres, havia partido, mas as mulheres haviam ficado. Deveriam eles, homens de respeito e maridos de boa fama, retornar ao antigo e unânime padrão social, devolvendo as mulheres ao seu devido lugar? Agora que Jesus não estava mais ali para efetuar a sua mágica, não seria inevitável que restabelecessem a fenda social que ele havia coberto temporariamente? Quando a multidão de seguidores retornasse a Jerusalém (onde Jesus dissera que aguardassem) deveriam o grupo de discípulos e o de discípulas “perseverar unanimemente” em recintos separados?

Escolher o contrário, escolher o abraço comunitário e a convivência santa nos padrões inaugurados por Jesus, seria nadar contra a corrente de todas as instituições sociais em efeito no seu tempo. Um observador só encontraria um modo razoável de interpretar uma reunião voluntária e regular entre homens e mulheres: como ocasião para licenciosidade. Foi efetivamente dessa maneira que as reuniões cristãs “de amor” foram interpretadas por seus antagonistas ao longo de seus primeiros séculos. Tinham que ser desculpas para sexo – porque, que mais poderia um homem querer fazer com uma mulher?

A momentosa decisão encapsulada nesse único verso demorou a encontrar compreensão e aceitação, tanto dentro quanto fora do grupo. Escolhendo reunir-se regularmente no mesmo recinto, tanto homens quanto mulheres abriram voluntariamente mão da ficção da “boa fama” em troca da generosidade, da inclusão e da convivência. Escolhendo sentar-se de modo criativo ao lado de um Outro com quem não criam ter nada em comum, romperam um véu ancestral e convidaram o mundo a explorar um universo de possibilidades inimaginadas. Nos dois casos, seguiam o desafio formidável deixado pelo exemplo de Jesus".


Fonte: Bacia das Almas - Paulo Bravo




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