quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Darwin e o macaco

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CRIAÇÃO e EVOLUÇÃO

Por Cláudia Aparecida Alves*

Dois pontos de fé: um em Deus, outro no acaso.

Discorrendo sobre uma disciplina que lhe é familiar – a bioquímica – o professor Michael Behe, da Universidade Lehigh, Pensilvânia, EUA, demonstra em suas pesquisas que a teoria da evolução ( que se propôs, no século XIX, a explicar a origem da vida por meio da seleção natural ) não pôde resistir aos avanços científicos que desvendaram a complexidade do mundo celular.

Na obra A caixa-preta de Darwin: o desafio da bioquímica à teoria da evolução, o autor afirma que o desenvolvimento do microscópio eletrônico, da cristalografia de raios x e da ressonância magnética nuclear revelaram os segredos da complexa estrutura molecular da vida que, na época de Darwin, não era ainda conhecida. Nas palavras de Behe: “talvez tenhamos de pagar um preço por este conhecimento. Quando escavamos alicerces, as estruturas que neles repousam são abaladas e, às vezes, desmoronam”.

A partir de sistemas orgânicos irredutivelmente complexos – como o olho humano, a coagulação do sangue, o transporte celular – o autor revela que tais sistemas, descritos detalhadamente no livro, não podem ser produtos do acaso ou de mutações aleatórias, pois, se qualquer um dos seus componentes não existir, a função do sistema não seria alcançada, favorecendo sua extinção, e não uma suposta evolução, conforme os pressupostos evolucionistas.

De fato, existem inúmeros trabalhos científicos ressaltando o silêncio constrangedor da literatura científica sobre a origem dos mecanismos celulares e a inconsistência das tentativas de explicá-las. Indagamos: “Por que, então, a teoria da evolução ainda é a mais aceita e ensinada no meio acadêmico?”. As palavras do bioquímico podem nos nortear em busca desta resposta: “O dilema é que, enquanto um lado do elefante é etiquetado como planejamento inteligente, o outro poderia ser rotulado como Deus”.

Na realidade, qualquer evolucionista que aceitar o planejamento da criação por um ser superior poderá sentir-se frustrado, pois os mecanismos usados na produção da vida estarão para sempre fora do seu alcance. Desde a publicação de A origem das espécies houve choque entre cientistas e teólogos, o que gerou uma lealdade à disciplina científica que a coloca acima do objetivo a que deveria servir. E corrobora para isso o fato de que muitos cientistas não querem que seus conhecimentos, fruto de anos de dedicação, sejam confrontados com um conhecimento além da natureza, isto é, não desejam que um ser sobrenatural afete a natureza.

Numa época em que as publicações científicas procuram cada vez mais desacreditar as Escrituras Sagradas, vemos, com satisfação, que o conhecimento científico chegou a um impasse sobre a origem da vida e que algumas pessoas começam a reconhecer que as respostas podem estar no âmbito da teologia.

Nesta matéria, analisaremos, com franqueza, os fundamentos históricos e científicos da chamada “teoria da evolução”. Será que resistem?
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A teoria da evolução

Em 1859, Charles Darwin publicou sua obra intitulada Sobre a origem das espécies. Em 1872, já na sexta edição, o título foi mudado para A origem das espécies. Com esta obra, a teoria da evolução saiu do anonimato e entrou no cenário das idéias brilhantes. Darwin defendia que as modificações adaptativas das espécies eram provenientes de um mecanismo de seleção natural, e que essa seleção natural, ocorrendo por muitas vezes, era capaz de gerar novas espécies e de extinguir outras.

Para os humanistas e naturalistas da época, este raciocínio permitia explicar a origem da imensa quantidade de espécies de organismos vivos observados em toda a terra. Assim, em apenas trinta anos, as idéias de Darwin foram aceitas e difundidas, mesmo sem haver provas científicas adequadas que as comprovassem. A “antiga serpente” está sempre seduzindo a mente humana, oferecendo-lhe “conhecimento” enganoso. As artimanhas para infiltrar na humanidade os conceitos evolutivos vêm desde a antiga Babilônia, Egito e Grécia. No tempo de Darwin, o palco estava montado. Os pensadores queriam mais do que nunca uma explicação, em termos naturais, para a origem da vida e sua variedade.

Darwin formou-se em teologia, mas seu avô, Erasmo Darwin, era um evolucionista famoso, o que certamente contribuiu para que ele rumasse para o naturalismo. Também em 1809, um pouco antes das idéias de Darwin se tornarem conhecidas, Jean Baptiste Lamark tinha proposto que mudanças no meio ambiente eram capazes de modificar os organismos para que se adaptassem às novas condições, e que essas mudanças poderiam ser transmitidas às futuras gerações. Todavia, as idéias de Lamark não resistiram ao método científico e foram abandonadas. (ver infográfico sobre as girafas)

A diferença entre Darwin e seus antecessores é que ele argumentava em cima da chamada seleção natural, a qual somente os mais aptos sobrevivem. A partir de 1930, conhecimentos acumulados sobre mutações reforçaram as idéias de Darwin e assim surgiu a Teoria Sintética da Evolução (neodarwinismo), que afirma que o processo evolutivo é regido, principalmente, por mutações e seleção natural.

Em 1936, o russo A. I. Opárin publicou o livro A origem da vida, que foi aceito pela comunidade científica por julgarem que nele havia pensamento claro e defensável sobre como se originou a vida na terra. Opárin sugeriu que a seleção natural, proposta por Darwin para explicar a evolução orgânica das espécies, começou atuar já no plano molecular no chamado caldo primordial de onde, supostamente, teria surgido a primeira vida. Os agregados coloidais, formados por aglomeração de moléculas do caldo, competiam entre si pelas moléculas livres do meio e os agregados mais aptos, em termos de arranjo interno e composição química, prevaleciam sobre os demais. Eis aí as bases da chamada evolução química.

Os pensamentos de Darwin e Opárin colocaram um ponto final no desconforto da comunidade científica por não ter uma resposta racional sobre a origem da vida e sua imensa variedade. A resposta dos mestres da ciência tem como base a obra do acaso. A criação sobrenatural passa a ser de domínio dos ignorantes do povo, dos sem imaginação, dos fracos e dos religiosos.

Existem provas confiáveis do processo evolutivo?

As provas de que dispõem os evolucionistas são baseadas em análises de fósseis e em estudos filogenéticos relacionados à anatomia e fatores bioquímicos das espécies. As provas, se é que podemos tratá-las assim, são frágeis e envoltas em contradições, equívocos e até fraudes. As provas bem intencionadas usadas para demonstrar que a evolução das espécies é verdadeira também são questionáveis em relação à sua validade.


O documentário fóssil comprova que no passado houve formas de vida bem diferentes dessas que são observadas no presente. Por conta deste fato, os evolucionistas buscam nos fósseis a descoberta de formas de vida que apresentem características transitórias entre uma espécie ancestral e outra que possa estar um passo evolutivo adiante. Mesmo com tantos esforços para comprovar a evolução das espécies com um achado fóssil de peso, até agora nada se tem que possa ser considerado “prova incontestável”. Como certa vez declarou G.K. Chesterton, “os evolucionistas parecem saber tudo acerca do elo perdido, a não ser o fato de que ele está perdido”.

De fato, os elos perdidos, fósseis de criaturas apresentando características do ancestral e da forma evoluída, continuam perdidos. Aliás, se esses animais transitórios tivessem existido realmente, seriam verdadeiras fábulas vivas. É preciso muita fé para acreditar neles, uma vez que não se tem nenhum vestígio confiável desse tipo de vida.

Nos estudos de semelhanças anatômicas entre as diferentes espécies nada pode ser considerado conclusivo. Uma vez que para usar esses argumentos como evidências da evolução seria necessário que a própria evolução fosse comprovada ou, do contrário, é o mesmo que andar em círculos. A semelhança entre um homem e uma criança não serve como prova de paternidade, o que pode ocorrer, mediante tal observação e o depoimento da mãe, é que surja uma suspeita de paternidade. Essa suspeita tem de ser provada por meio de exame apropriado ou, do contrário, a semelhança não passa de semelhança.

Ainda dentro do conjunto de provas relacionadas à anatomia, os evolucionistas citam os chamados órgãos vestigiais que, para eles, são heranças de antepassados evolutivos. Classificam como vestigial os órgãos que aparentemente não possuem nenhuma função no organismo. O apêndice e o cóccix humano são considerados vestigiais pelos evolucionistas. O primeiro porque deixou de ser usado por não se comer mais carne crua e alimentos mais duros e o segundo, alegam, que é vestígio da cauda de antepassados que a possuíam. Entretanto, atualmente são atribuídas funções para esses dois órgãos, mas pouco se fala a esse respeito. O fato de não se entender muito bem o papel de um órgão não faz dele um órgão vestigial. Esse tipo de erro já foi observado antes na história da ciência. Quando todos os órgãos endócrinos e linfáticos foram considerados vestigiais.

As provas bioquímicas estão relacionadas à análise das proteínas presentes nos mais variados organismos. Duas espécies são consideradas parentes próximos quanto maior for a semelhança entre suas proteínas, isso porque uma proteína é um polímero de aminoácidos e a seqüência desses aminoácidos é determinada pela leitura do gene que a codifica. Um gene é um pedaço do DNA que possui a receita para que uma proteína seja feita ou expressa. No DNA de uma espécie existem muitos genes. Dizer que o conjunto de proteínas de dois organismos são semelhantes é o mesmo que dizer que seus DNA são semelhantes e, na visão evolucionista, isso é sinal de que houve um ancestral comum. O problema dessa classe de argumentos está no fato de que espécies que não deveriam mais apresentar semelhança protéica, devido à suposta distância evolutiva, as apresentam. Por exemplo, a hemoglobina da lampreia, que é um peixe, é muito parecida com a humana. O mesmo se observa em relação à clorofila de plantas e à nossa hemoglobina.

Como se vê, não há provas capazes de proteger a teoria da evolução de perguntas embaraçosas e críticas plausíveis por parte de opositores. Muitas vezes, os ataques e as críticas vêm do próprio meio evolucionista que não consegue concatenar a teoria com provas empíricas. Um exemplo relevante foi o que ocorreu no dia 5 de novembro de 1981 envolvendo o respeitado paleontólogo e evolucionista Collin Patterson, do Museu de História Natural de Londres. Patterson chocou os cientistas americanos reunidos no Museu Americano de História Natural ao perguntar para sua platéia: “Vocês podem me dizer alguma coisa sobre a evolução, qualquer coisa que seja verdade?”. Dizem que a platéia ficou muda, mas não ficou parada porque Patterson moderou seu discurso em relação à teoria da evolução. Para manter essa teoria viva, os evolucionistas precisam fazer vistas grossas para os próprios erros e reprimir opiniões divergentes até que se encontre “a prova”. O problema é que esta busca pode durar para sempre.

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A história do homem e do macaco

Era uma vez um macaco muito sabido que de tão sabido virou “gente”, mudou sua aparência, seu modo de agir e esqueceu de seus antigos parentes macacos. Construiu uma família que se tornou numerosa e dominou toda a terra. Após ter passado muito tempo, os descendentes desse “macaco” querem saber como ele era, mas a tarefa tem sido árdua, pois tudo o que sabem dele é que era meio macaco meio homem. A partir daí, o que vale é a imaginação dos descendentes do “macaco”. Vejamos as mais famosas:

1. O Homem de Nebraska: teve sua imagem reconstituída a partir de um dente com idade estimada de um milhão de anos. Após quatro anos e meio, descobriu-se que aquele dente na verdade pertencia a uma espécie de porco já extinta.

2. O Homem de Java: foi imaginado a partir de um fêmur, uma caixa craniana e três dentes molares. O mais interessante é que esses itens não foram encontrados no mesmo local e ao mesmo tempo. O fêmur foi encontrado a quinze metros da caixa craniana. Um dos dentes foi encontrado a três quilômetros do fêmur e do crânio. E, para completar o quadro, o dr. Dubois, que descobriu o material, esqueceu de mencionar em seu relatório que também encontrou restos mortais humanos na mesma camada de escavação. Ele se lembrou deste fato após ter passado trinta anos.

3. O Homem de Neanderthal: foi reconstituído a partir de um crânio quase completo descoberto em 1848 e um esqueleto parcial em 1856. Muitos estudiosos dizem que o Neanderthal era tão humano quanto qualquer um de nós. As diferenças do esqueleto são atribuídas ao fato de pertencer a um homem velho que sofria de raquitismo. Esse detalhe foi comprovado com novos achados fósseis, pois os Neanderthais sepultavam seus mortos.

4. O Homem de Cro-Magnon: segundo o dr. Duane T. Gish, professor de ciências naturais e apologética, o chamado Homem de Cro-Magnon passaria despercebido por nossas ruas se usasse a moda corrente, ou seja, nele não há nada de símil.

5. O Homem de Piltdown: foi uma fraude forjada por Charles Dawson a partir de um fragmento de maxilar, dois dentes e um fragmento de crânio. A fraude foi descoberta quarenta anos mais tarde.


Dificuldades que cercam a origem da vida na versão evolucionista

Stanley Miller ficou famoso ao publicar, em 1953, os resultados de sua experiência, realizada sob as condições da suposta atmosfera primitiva. A atmosfera primitiva, proposta no experimento de Miller, era composta por vapor d’água, metano, amônia e hidrogênio, na total ausência de oxigênio livre, pois ele sabia que o oxigênio impediria a formação das grandes moléculas orgânicas. Sob estas condições, Miller relatou que obteve formação de alguns aminoácidos. Entretanto, não existem provas de que a atmosfera primitiva fosse isenta de oxigênio livre.

Outra dificuldade para a formação da vida ao acaso está na matemática. A probabilidade estatística não é favorável à teoria da evolução. Segundo a Lei de Borel, um evento que tenha 1 chance entre mais que 1050 chances simplesmente não ocorre. Por exemplo, a probabilidade de que uma proteína de cinqüenta aminoácidos seja formada casualmente é de 1 chance entre 1065 chances, o que não é viável matematicamente. O que dizer então do complexo código genético que possui a probabilidade de ter sido formado ao acaso de uma chance em 101505 chances (o número 1 seguido de 1505 zeros)?

A Segunda Lei da Termodinâmica diz que tudo tende ao caos, à desordem e à deterioração. A teoria da evolução afirma justamente o contrário, ou seja, que moléculas simples foram gradativamente tornando-se estruturas cada vez mais complexas e ordenadas. O problema da tendência à desordem pode ser contornado se houver fornecimento de energia externa ao sistema. Em organismos vivos já estruturados, como os atuais, existem mecanismos que compensam essa tendência à desordem transformando a energia solar em energia química. As plantas convertem a luz solar em energia química, os animais comem as plantas e aproveitam sua energia armazenada. Esse ciclo de dependência energética é chamado de cadeia alimentar. Seres tão primitivos como a primeira vida não dispunham de mecanismo de captação e conversão de energia solar. Para contornar essa dificuldade, os evolucionistas apelam para o processo fermentativo, que é bem mais simples do que a captação de energia externa, mas mesmo a fermentação seria algo muito complexo para a primeira vida formada ao acaso.

Uma teoria com força de Lei

Apesar de a teoria da evolução apresentar tantas dificuldades e paradoxos, ela mantém o status de ser a teoria oficialmente aceita pela comunidade científica para explicar a origem da vida e sua diversidade. Todas as crianças, adolescentes e jovens são doutrinados nas escolas com essa teoria. Suas supostas evidências são ensinadas como se fossem provas estabelecidas e bem trabalhadas, o que muitas vezes confunde a fé da juventude cristã no Deus Criador. Diante disso, é importante ressaltar que, assim como o criacionismo, o evolucionismo também baseia suas conjecturas na fé. Fé no acaso, pois tudo o que defendem são suposições que, em circunstâncias primordiais ou normais, jamais poderiam ocorrer.

Se é racional pensar que dos peixes surgiram os anfíbios, dos anfíbios os répteis, dos répteis as aves e os mamíferos, por que não é racional pensar que Deus criou o homem do pó da terra? No mundo físico, nenhuma dessas posições pode ser provada, portanto, ambas são pontos de fé. Entretanto, ridicularizam o criacionismo e geram um sentimento de vergonha, principalmente nos estudantes cristãos, que passam a rejeitar “Adão e Eva” e a aceitar a idéia do homem-macaco. Não há nada de vergonhoso em acreditar no criacionismo, pelo contrário, é motivo de grande alegria. O criacionismo escolhe acreditar que Deus é o criador de todas as coisas, inclusive da vida. O evolucionismo acredita na obra do acaso que vai transformando uma forma de vida em outra, num processo cego e sem nenhum objetivo final. Ademais, a evolução das espécies é somente uma teoria.

Uma teoria é um conjunto de idéias estruturadas que interpretam fatos. Fatos são situações observadas em nosso mundo físico. Os evolucionistas argumentam que o processo evolutivo é um fato e que resta apenas estabelecer como se deu este fato. Mas a verdade é que não possuem fatos em si, o que possuem são interpretações usadas como fato. Para se afirmar algo usando a metodologia científica é preciso primeiro observar e registrar os fatos. Depois é preciso fazer uma generalização baseada nas observações. Em seguida, formula-se uma hipótese para predizer os fatos do mundo real. Após muitos experimentos, que confirmem os fatos preditos, surge uma teoria. Se a teoria resistir ao tempo e a novos experimentos, pode passar à lei científica. Entretanto, somente a evolução dentro de uma mesma espécie (microevolução) pode ser demonstrada pela metodologia científica. A evolução entre as diferentes espécies (macroevolução), proposta por Darwin e mantida por seus seguidores, não pode ser provada pelo método científico, no entanto, é chamada de teoria.

A criação é obra de Deus

Deus criou toda a realidade existente com um ato de sua vontade a partir do nada (criação ex nihilo). Em Romanos 4.17 está escrito que Deus “chama à existência as coisas que não existem”. Muitas outras afirmações semelhantes a esta são encontradas no Novo Testamento. No momento da criação não havia matéria preexistente, nada foi adaptado ou moldado, tudo foi original. Deus planejou e executou seu plano e a obra criada agradava a Deus, pois tudo foi declarado por Ele como sendo bom (Gn 1.1-31). O propósito das passagens bíblicas a respeito da criação não é dizer como Deus executou seu projeto, mas sim que foi Ele o seu autor e executor. Este ponto de fé a ciência não tem como substituí-lo.

Para um criacionista existem a fé, a Bíblia e a grandiosidade da realidade física criada por Deus. Não há como demonstrar satisfatoriamente um ponto de fé com provas físicas, mas muitas vezes a realidade ampara a fé e é isto que vemos no caso da criação. A grandeza e a complexidade da vida podem ser vistas em toda a terra. O corpo humano esbanja detalhes. Como explicar a obra do acaso analisando a sofisticação de órgãos como o cérebro, o olho e o ouvido? O cérebro humano é tão complexo que mesmo com toda a tecnologia moderna, somente uma pequena parte de seu funcionamento é compreendida. E o que dizer das diferentes formas de vida com tanta variedade de estrutura? Não há espaço para a ação do acaso na origem da vida, tudo foi planejado nos mínimos detalhes por Deus, o Criador. A primeira afirmação da Bíblia está em Gênesis 1.1 e nela está escrito: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. No Salmo 148.5 a Bíblia ensina que Deus deve ser louvado como o Criador.

Para os cientistas evolucionistas esse tipo de argumentação não significa nada, entretanto, não usam, a rigor, o método científico ao tentar provar a evolução das espécies e a origem da vida. A ciência se apóia na realidade, nos fatos e nas provas físicas e, seguindo estes parâmetros, o bioquímico Behe e outros sérios cientistas já classificam a teoria da evolução como uma teoria ultrapassada. Os cientistas precisam provar o que pensam e ensinar como verdade somente o que provam, inclusive os evolucionistas. Se não há fatos físicos nem provas, tudo não passa de idéias, nós, portanto, seguimos o conselho do apóstolo Paulo a Timóteo, quando disse: “Guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé” (1Tm 6.20).
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Cláudia Aparecida Alves

*Bacharel em Química/USP, Mestre em Ciência e Química Analítica/USP e doutorando em Biotecnologia Molecular Estrutural/USP. Página na Internet:

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

A maioria pode estar errada

De que lado você está?

Christ Passion
Jesus carregando a cruz de muitos
João Cruzué

A voz do povo é a voz de Deus. Não é isso que estamos acostumados a ouvir? Depois de muitas vezes repetido, será que este clichê resistirá a uma análise cristã? Sinto muito em dizer, mas vou ser um desmancha-prazeres, um destruidor de sofismas. Muito raramente, na história dos personagens bíblicos a voz do povo era a voz de Deus nem a razão estava com a maioria. Vamos analisar, então, este assunto a luz da Palavra de Deus.

Até construir, betumar e encher a arca com animais, Noé e sua família levaram muitos anos. Apesar de Deus ter ordenado que ajuntasse sete casais de animais limpos para um casal de animais não limpos, a ordem para colocá-los na arca veio somente sete dias antes do dilúvio. Pedro fala claramente que Deus aguardava com longanimidade uma mudança de atitude da maioria dos vizinhos de Noé, durante o tempo que construia a arca.. Somente oito pessoas entraram na nela, porque a maioria era incrédula. Somente percebeu que estava enganada quando nada mais podia ser feito. O dilúvio se abateu sobre todos eles, e a porta da arca estava fechada. Noé a fechou por dentro, e Deus a fechou por fora, pois o tempo da graça e da oportunidade de arrependimento tinha se esgotado.

Quando Deus prometeu a Abraão e Sara que teriam um filho na velhice, eles acharam graça da promessa. Nunca contaram para ninguém porque achavam aquilo, sinceramente, uma coisa ridícula. Quando Sara, então, ouviu essa promessa em Gênesis 18, começou a rir. Mas para que nunca se esquecesse da sua incredulidade naquele momento, um ano depois batizou o filho com o nome de Isaque, que significa riso.

O Êxodo dos judeus do Egito para terra de Canaã teve vários episódios em que a maioria ou estava enganada ou fracassou. Quando Moisés se apresentou diante do faraó do Egito para pedir que deixasse o povo de Israel ir sacrificar no deserto, a seu lado tinha apenas a Arão. O faraó simplesmente desprezou Moisés, e Jeová, o Deus de Israel, porque se achava o maior.

Quando os doze espias foram enviados para observar a terra de Canaã, dez entre os doze voltaram com um relato assustador para contar. Os outros dois, Josué e Calebe, quase foram apedrejados por discordarem do relato, ao apresentarem uma visão de fé.

Gideão era um jovem valoroso. Foi o capitão escolhido por Deus para livrar Israel dos midianitas. Dos 32.000 soldados que ele recrutou, apenas 300 ficaram para ir à batalha. Deus não contava nem confiava naquela maioria. Ao simples aviso de que os medrosos podiam voltar para casa, 22.000 não pensaram duas vezes: foram embora!

Diante do gigante Golias todo exército de Israel tremeu. Do coração do rei Saul até o do mais humilde pajem de armas. A maioria aceitava passivamente as blasfêmias e ofensas diárias do gigante de boca “suja”. Bastou apenas um jovem sem nenhuma experiência de guerra para derrubar o gigante e cortar o pescoço dele.

Noutra feita, fugindo da perseguição do sogro, Davi e seus 600 homens de armas voltavam para casa. A cidade de Ziclague, em I Samuel capítulo 30. Em lugar das famílias e dos filhos encontraram lares queimados, filhos e mulheres capturados pelos amalequitas. Seriam vendidos como escravos. Os 600 companheiros de Davi ficaram tão amargurados, tão revoltados por andarem com ele, que chegaram mesmo a pensar em matar Davi à pedradas. Diz a Bíblia que “Todavia Davi se esforçou no Senhor”. Enquanto o desespero tomava conta da maioria, Ele foi orar e consultar a Deus. Deus ouviu a oração de Davi e lhe assegurou a vitória para si e seus companheiros. Recuperariam tudo e trariam de volta as famílias. Foi exatamente isso que aconteceu, porque um homem entre 600 pensava e agiu de modo diferente. Deus não estava no desespero da maioria, estava com Davi. Um com Deus é maioria, e a maioria sem Deus é nada.

Nos dias de Jesus Cristo, as lideranças religiosas estavam distanciadas de Deus. Quando o menino nasceu não teve o teto nem o calor de uma casa para abrigá-lo. Com tanta gente e tantas casas em Belém o único lugar disponível para hospedar José e Maria fora uma estrebaria. Para revolucionar o mundo e manter seu nome como o maior homem que jamais pisou nesta terra, Cristo precisou de apenas 12 homens iletrados para iniciar a Igreja. Nos dias que antecederam a sua morte, ele foi julgado culpado pelos líderes do Sinédrio. O próprio Sumo Sacerdote produziu a prova que o mandou para a cruz, quando lhe perguntou se era o Filho de Deus, e Jesus lhe deu testemunho da boa confissão, mesmo sabendo que a resposta iria sentenciá-lo à morte.. No auge do julgamento a maioria do povo, insuflada pelos sacerdotes e príncipes, escolheu a liberdade para Barrabás e a morte cruz para o Filho de Deus. Nunca a maioria esteve tão longe da verdade.

São inúmeras as histórias e situações ao longo da Bíblia que mostram o perigo de se deixar manipular e levar pela voz da maioria. Mais exemplos: o Rei Saul tinha o mau costume de desobedecer à voz de Deus para atender ao povo. Jó enfrentou sozinho o ataque de cinco pessoas, manipuladas pelo diabo. Daniel e seus três companheiros enfrentaram muitos perigos. O profeta Jeremias era uma voz solitária entre tantos falsos profetas. O Apóstolo Paulo em seus últimos dias ficou só e abandonado pelos novos “donos” da Igreja que o consideravam um homem derrotado e sem fé. Por fim, alguém perguntou a Jesus: Senhor, são poucos os que são salvos? Ao que ele respondeu: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.

Depois de tantos fatos e acontecimentos negativos patrocinados pelas “maiorias”, vamos parar um pouco e refletir. Um cristão que se julga ser fiel, sincero, reto, íntegro, temente a Deus não deve nunca tomar decisões com base na voz da maioria. A voz do povo nunca foi a voz de Deus. Muitos irmãos neste momento estão prestes a tomar decisões erradas baseados em uma falsa sensação de segurança porque estão do lado da maioria.

Se Deus não estiver no meio dessa maioria, como normalmente não está, qual será o futuro de quem fica do lado errado? Antes de participar de algo pelo qual venha a se arrepender pelo resto da sua vida, guarde bem isso: é melhor ouvir a voz de Deus, do que a voz da maioria.


Mensagens bíblicas de cruzue@gmail.com



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