quinta-feira, julho 31, 2008

Adoniram Judson e a Bíblia de Myanmar

Evangelho segundo São João
Capítulo 1: vv. 01 ao 13 - Bíblia Judson de Myamar

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João Cruzué

A tradução da Bíblia Sagrada para a língua birmanesa foi uma das grandes contribuições que o Missionário batista americano Adoniram Judson deu para a obra missionária em Myanmar no século 18. Veja a beleza dos caracteres do idioma de Burma e perceba o enorme esforço de missões através de milhares de horas de estudos, pesquisas e horas de sono. Um projeto de 20 anos que teve começo, meio e fim, pois sempre esteve debaixo da graça do Senhor.

O primeiro convertido veio somente depois de sete anos de evangelização. Depois de nove anos de trabalho batizaram apenas 18 almas. O custo cobrado foi altíssimo: três filhos e a esposa mortos, prisões em condições subumanas. Mas veio um tempo em que seu esforço foi recompensado.

Por ocasião de um festividade budista no Pagode Dourado de Rangoon, distribuiu quase 10 mil folhetos apenas aos que lhe PEDIRAM. Algumas pessoas viajaram cerca de três meses, desde as fronteiras da China, atrás de uma Escritura porque souberam que existia um inferno eterno e queriam fugir dele. Quando Adoniram Judson presenciou aqueles dias, eu sei que ele chorou. Chorou de contentamento porque valeu a pena o esforço e o sacrifício de cada dia dos 20 anos de seu trabalho.

Em tempos de tantos crentes e de tantos projetos, uma questão sempre vem para análise: é certo que os planos de Deus existem para serem colocados em prática pelos discípulos de Cristo; como seria bom se cada um soubesse o que, como, onde e quando agir.

Considerando que o saber é de acúmulo coletivo creio que uma de nossas maiores fraquezas está na falta de diálogo melhor com as pessoas que nos cercam, pois Deus fala conosco através delas. Assim não perderíamos tempos com o secundário não nos empenharíamos esforços em portas fechadas nem desistiríamos ante à primeira derrota.

Eu sei que Deus procura os fiéis da terra: homens e mulheres; jovens e velhos; estaremos nós dispostos a esperar em oração o tempo necessário para ouvir a Sua voz e dar um passo de cada vez sem escorregar nas cascas de bananas do diabo ou tropeçar nas pedras espalhadas pela nossa própria presunção?

Precisamos investir mais de tempo para ler e meditar mais sobre a vida de dois homens simples que causaram grandes estragos na "horta" do diabo: na Índia por William Carey e na Birmânia ( Myanmar) por Adoniram Judson.

João Cruzué - para o Blog Olhar Cristão


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Minha gratidão ao Senhor e aos leitores que me tem dado.

cruzue@gmail.com


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quarta-feira, julho 30, 2008

Guiana - uma Igreja na contra-mão


Líderes cristãos da Guiana na contra-mão da abertura de cassinos

Anglican Church in Georgetown
Templo da Igreja Anglicana em Georgetown - Guiana

The Sunday Stabroek
Guiana - 11.mar.2007

Tradução de João Cruzué

A comunidade Cristã da Guiana insistiu para que o governo não legalizasse jogos de cassino durante a Copa Mundial De Cricket – 2007 ou em tempo algum; a fim de retardar as discussões do Projeto de Lei até depois da Copa para aprender com experiências baseadas em pesquisas.

Os líderes das igrejas também iniciaram um programa de atividades visando sensibilizar o público quanto ao perigo dos jogo em cassinos e sugeriram que uma ação legal também poderia ser uma opção.

O Projeto de Lei intitulado ‘Carta de 2006 para Prevenção (emenda) de Jogos”, que visa legalizar jogos de cassinos, tem previsão de sua primeira leitura no Parlamento hoje. Sheila Holder, membro do MP Aliança para Mudanças também apresentará uma moção no Parlamento para um estudo a ser conduzido que determine se a abertura de um cassino incrementaria o turismo ou agravaria a situação criminal na Guiana.

Em conferência de imprensa conjunta convocada por representantes do Conselho de Igrejas da Guiana (GCC), pela Associação Evangélica da Guiana (GEF) e Associação dos Ministros de Georgetown (GMF) no anexo da Biblioteca Nacional ontem, Pastor Marlon Hestick disse que a comunidade cristã que representa 57 % da população, é inabalavelmente contra à proposta do governo de autorizar pessoas ou instituições a dirigir jogos de cassino durante 2007 CWC e mesmo depois dela.

Lendo em um manifesto preparado, Hestick disse que os líderes das igrejas também estão propondo atividades econômicas alternativas de, em particular as relacionadas com o desenvolvimento do turismo pelo entretenimento cultural e manifestações artísticas, que descrevem como uma situação vencedora na indústria de turismo. Eles estão dispostos também a discutir com o governo as estratégias para o desenvolvimento social econômico do país.

Perguntado se já tinham se encontrado com o Presidente Bharrat Jagdeo para expressar suas preocupações, Hestick disse que em março de 2006 eles se tinham reunido com o Presidente na Casa do Estado, onde expressaram suas preocupações. O Presidente tinha-lhes dito então que haveria audiências públicas sobre a questão da abertura dos cassinos.

Os líderes cristãos produziram um documento preliminar intitulado ‘Considerações Legais, Morais, Sociais e Constitucionais’ chamando a atenção do Governo quanto às responsabilidades do Jogo de Cassinos na Guiana, cuja teor elucida as preocupações dos cidadãos Guianenses” e delineia “uma descida perigosa de Guiana quanto a sua governabilidade e questões constitucionais.”

Como uma democracia em amadurecimento, eles disseram, que as implicações das pesquisas não podem ser ignoradas. Eles começaram a distribuir este documento para alguns depositários de dinheiro de apostas.

Expressando a posição do GMF quanto ao Projeto de Lei, o Pastor Loris Heywood disse que à parte dos princípios morais, um número de crimes violentos engolfaram a sociedade Guyanense nos últimos três a quatro anos. A pesquisa, disse ele, mostra que o narcocrime associa-se com o jogo de cassino na lavagem de dinheiro produzindo uma violência excessiva, o uso do armamento mortal, descuido completo de uma vida santa, crime que transborda com ligações a redes internacionais além de corromper os sistemas e estruturas do governo incluindo o poder judiciário.

O Reverendo Ellsworth Williams do GEF disse que preferiria que o governo tivesse convidado a comunidade religiosa em conjunto para discutir o desenvolvimento de uma estratégia quanto a criação de empregos, como ajudar os mais pobres, e como encontrar soluções para os males do país em vez de apressar a carta de mudança ao Parlamento para legalizar o jogo de cassino.

O reverendo Alphonso Porter presidente da GCC disse que o jogo de cassino é moralmente pernicioso em princípio porque implica no mau uso do dinheiro onde não há troca de mercadorias e serviços. É um apelo ao risco onde os ganhos dos vencedores representam a perdas acumulada dos perdedores. Ele reiterou que um cassino é usado como capa que encobre muitas atividades criminais, acrescentando que o governo estaria promovendo esses males sociais no momento em que a AIDS está avançando e que as agências de execução legais têm sido incapazes de solucionar assassinatos. Ele disse ainda que isto é perturbador porque cria fardos adicionais para a sociedade.

O GCC, disse ele, não crê que o governo procuraria justificar a legislação de cassino por causa da geração de receita porque isso também pode trazer conseqüências sociais trágicas à nação.

O GCC representa: a Diocese Anglicana, a Diocese Católica Romana, a Igreja do Nazareno, Os Ministérios de Alcance Internacionais, A Igreja Metodista Episcopal Africana , a Metodista Episcopal Africana Zion, a Igreja Evangélica Luterana da Guiana, a Igreja Presbiteriana da Guiana, o Presbitério da Guiana, a Igreja Etiópica Ortodoxa, a Igreja Morávia, o Exército da Salvação, a União Congregacional da Guiana, a Igreja de Metodista da Guiana e a Igreja Batista Missionária da Guiana.

Tradução de João Cruzué para o Blog Olhar Cristão.
Texto integral em inglês

Comentário: Quando a Igreja participa ativamente dos assuntos políticos que dizem respeito ao bem estar social da nação, muitas das vezes tem sua atuação criticada pela imprensa ou pelo lobby dos que querem levar vantagem às custas das mazelas, cuja conta é a sociedade que acaba pagando. Não considero a participação da Igreja como "atraso", pois foi o próprio Senhor Jesus Cristo quem disse que se o sal perder a sua capacidade de salgar, para nada mais presta a não ser para o lixo. A Igreja deve mesmo usar bem e com bom senso as pressões políticas através de seus líderes e nunca deve se envergonhar do uso do Evangelho, o Sal verdadeiro de Cristo para que a sociedade não apodreça. Resumindo: de que vale uma Igreja omissa? João Cruzué.

cruzue@gmail.com


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