sábado, junho 07, 2008

Beco sem saída


Elevo os olhos para os montes:
de onde me virá o socorro?


Photobucket

"Tudo o que o Pai me dá virá a mim;
e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora".
"Jesus"

João Cruzué

Uma das ações mais eficientes do inimigo é soterrar nossa mente com uma montanha de pensamentos tristes e impossibilidades. Mas ele nunca terá a última palavra nisso, pois não estamos sozinhos. Estou escrevendo esta mensagem, pois sei que você pediu para que o Senhor fale com você. Sei que uma palavra de ânimo é tudo que precisamos para levantar nossa cabeça e olhar para cima. Eu não encontrei muitas palavras de ânimo durante os 11 anos que estive no vale da frustração de um desemprego longo. É por isso que estou aqui, em nome de Jesus, para dizê-las ao seu coração.

Aprendi com um velho pastor, em seus noventa e poucos anos, que devemos vigiar nossa mente, pois dali procedem nossos pensamentos. E esses pensamentos também podem ser, não sei como, plantados, manipulados, repetidos pelo diabo. Se a presença de Deus nos traz alegria, contentamento, satisfação e paz, um espírito maligno quando nos persegue procura nos oprimir com sentimentos e pensamentos de destruição, amargura e auto-destruição. Quando esta onda de amargura se abate sobre nós, precisamos estar cientes de quem esteja por trás dela.

O diabo perde sua capacidade de engano quando sua presença é identificada. É por isso que Tiago escreveu: Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo e ele fugira de vós. Quando você estiver sentindo-se a mais inútil das pessoas, a mais desprezada das pessoas, a mais detestada das pessoas, a mais abandonada nas pessoas, etc., cuidado! Esses pensamentos podem estar sendo plantados e manipulados em sua mente. Não dê "mole" para o diabo.

Apresento dois conselhos: você precisa defender-se em duas frentes: cuide da sua saúde indo ao médico, pode ser alguma disfunção hormonal ou coisa parecida. Na outra frente você precisa dedicar-se regularmente à oração. Não qualquer oração, mas aquela que Jesus sempre fazia. Ele procurava um lugar onde pudesse estar sozinho na presença do Pai, para abrir seu coração. Você pode fazer o mesmo: abra seu coração para Jesus. Lembre-se de que no tempo em que Jó estava sendo massacrado pelo diabo, nunca soube da verdade. Ele achava que Deus era o responsável pelas suas desgraças, entretanto, camuflado por trás de tudo estava o dedo e a inveja do diabo. Até hoje isso não mudou. O ódio deste ser maligno e seus demônios é espalhar a falta de esperança que eles têm.

Houve dias que eu me sentia muito angustiado, deprimido, se a terra se abrisse eu queria ser coberto por ela. Cheguei mesmo a desejar a morte. Mas eu tinha aprendido a identificar os pensamentos de autoria maligna e como tinha por hábito fazer caminhadas, caminhava enquanto orava. Lembro-me perfeitamente bem das vezes que venci a tristeza e os pensamentos malignos através da oração: Jesus, eu sei que amanhã o Senhor vai mudar esta situação, que este período vai passar, e vou poder alegrar-me de novo na sua presença. Glória seu o nome de Jesus! Louvado seja o nome do Senhor. Sabe o que acontecia? Em cinco minutos eu saía de uma situação de depressão e amargura para outra onde um sorriso de vitória já começava a se desenhar em minha face.

Não existe beco sem saída, pois Jesus Cristo disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, Ele veio para desfazer as obras do diabo. Se o diabo tenta fazer você acreditar que é um trapo de pessoa, mascarada, infiel, com um passado vergonhoso, saiba que quando você aceitou Jesus como Salvador de sua alma, de verdade, seus pecados foram perdoados, apagados. Você já foi liberto(a) do seu passado. Não há mais nada a fazer por lá.

Olhe para o futuro. Quando Jesus disse que nem só de pão vive o homem ele estava dizendo que a Palavra de Deus é alimento para nossa vida espiritual. Assim como o leão que quando caça escolhe sua vítima entre aquelas que ficam para trás com sinais de fraqueza, o diabo também sabe que aqueles que não se dedicam à leitura e meditação nas promessas da palavra de Deus são presas fáceis. Leia constantemente a Bíblia.

Fique firme. Creia que há uma boa razão para se manter firme na batalha. Deus criou você para ser uma bênção, não uma bênção qualquer, mas uma bênção especial. É por isso que o inimigo procura de todas as formas impedir sua comunhão com o Espírito Santo para roubar a bênção.

Quem na verdade estão num beco sem saída é o diabo e seus anjos malignos. Nós temos uma esperança viva em Jesus Cristo, e que se orarmos ele nos ouve.

SALMO 121
"Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel. O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O SENHOR te guardará de todo mal; guardará a tua alma. O SENHOR guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre".



Mensagem de João Cruzué
SP - 07.06.2008
cruzue@gmail.com

.

sexta-feira, junho 06, 2008

História do Cristianismo no Japão


1908 - 2008
Centenário da Imigração Japonesa
BANZAI!
Photobucket

João Cruzué

O cristianismo chegou ao Japão em 1542 levado pelo sopro dos ventos que impulsionavam as caravelas portuguesas. Comerciantes e jesuítas portugueses aportaram na Ilha de Kyushu levando duas coisas bem diferentes: armas de fogo e a religião cristã.

O Shogum,
(sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à polvora, eles concluiram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.

Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas do shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas. Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso quebrar a força dos monges budistas e do shintô.

Por volta do
fim do século XVI, uma idéia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuitas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Já não eram mais vistos com bons olhos.

Por isso, em 1587,
o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki.

Depois dele
outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram o exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, da família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. No ano seguinte - 1638 - o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão.

Em 1853, o Japão
saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.

A restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal para se tornar uma potência mundial nas décadas a seguir. Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a capital imperial, para estabelecer sua residência oficial no Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa. O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.

A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas; os cristãos são apenas cerca de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões.

Os símbolos cristãos
têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.

Por outro lado
há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final da missa/culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico.


João Cruzué
Para o Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com