segunda-feira, maio 26, 2008

Bem-aventurados os que sonham


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João Cruzué


Outro dia fui caminhar à tarde, no intervalo do almoço e, como de costume aproveitei para orar. Ao final da caminhada tive a visão de escrever uma vez mais sobre como é importante sonhar. É claro que não vou tecer um rol de frases cheias de palavras como: conquistas, vitórias e afins, pois creio que isto cansa principalmente àqueles que de fato precisam muito de uma resposta – muito esperada - mas que nunca chega. Sei que no Sermão das Bem-aventuranças não está incluso literalmente o tema deste artigo “Bem-aventurados os que sonham”, mas que ele está implícito em outros contextos do Evangelho, isso com certeza está.

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis;
batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe;
o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á”
Mateus 7.7-8.

O sonho não pode morrer. Ele precisa da fé para continuar vivo. E ter fé é teimar em acreditar, mesmo quando não existe a mais remota chance de sucesso. É teimando, insistindo em seus sonhos, que você vai encontrar a porta, vai bater nela, quantas vezes precisar até que consiga realizá-los. O Senhor concede a oportunidade de realizar grandes sonhos apenas para os mais teimosos, os mais insistentes, aqueles que sempre se levantam do pó de uma batalha perdida e continuam até ganhar a guerra. Há vários personagens da Bíblia que travaram batalhas e venceram suas guerras. Vamos citar quatro exemplos.

Abraão não tinha herdeiro. Ele era próspero, tinha um lar, uma esposa, amava e era amado por ela, tinha muitos criados, gado sem conta e o respeito dos vizinhos. Apesar de tudo isso ele tinha uma grande frustração. Faltava-lhe uma coisa, que todos tinham, e ele não – um filho. Quanto ao sonho, se algum dia teve, já o havia sepultado definitivamente. Não havia mais a mínima possibilidade de que Sara e ele, já velhos e secos, tivessem um filho natural. E por isso o Senhor mandou Abraão contar as estrelas do céu para ressuscitar o sonho morto. E um dia, muitos anos à frente, Isaque encheu de riso o lar de um casal de velhos. Ao ser provado pela última vez, quando Deus pediu sacrificasse Isaque em holocausto, não titubeou. Se no passado andou vacilando e mentindo, agora esbanjava fidelidade.

José teve dois sonhos. O sonho de um molho de trigo que se levantava enquanto os molhos de seus irmãos inclinavam-se diante dele, e o sonho do sol a lua e onze estrelas que também se inclinavam diante dele. Os sonhos eram de Deus e mesmo que José não insistisse sobre o assunto, o Senhor os cumpriu literalmente na sua vida. De filho minado a escravo; de escravo a governador do Egito. José não se embaraçou com mágoas, pois tinha um coração perdoador.

Neemias ouviu uma triste notícia a respeito da cidade de Jerusalém, cujo povo vivia em grande miséria, desprezo e os muros estavam fendidos e suas portas queimadas a fogo. E ele chorou, e orou, e jejuou, mas a seguir começou a pensar na reconstrução da cidade. Por trás daquela tristeza de Neemias estava trabalhando a vontade de Deus. Ele, como simples copeiro do rei, tinha pouquíssimas chances de realizar aquele sonho, mas não ficou apenas no choro e nas lamentações. Insistiu em oração e jejum, para que o Senhor preparasse o tempo de falar com o Rei. O impossível ficou por conta de Deus, que um dia, dispôs o coração do rei não apenas para ouvir mas para suprir com materiais e dinheiro exatamente o que fosse necessário para reparar os muros da cidade de Jerusalém e suas portas. Neenias mostrou-se um homem compassivo e não se portava com indiferença diante das necessidades de seu povo e de sua pátria.

E como último exemplo, a viúva do profeta, que além de endividada, ficou desesperada quando o credor veio bater a sua porta para avisar que levaria seus dois filhos para a servidão. Em seu desespero não conseguia ver uma saída, e nunca iria descobrir que só um pouco de azeite, dentro de uma simples botija, daria para pagar todas as dívidas e ainda que sobraria o bastante, para viver do resto. Uma virtude ela possuia: a do não-conformismo e também sabia o que fazer, pois foi reclamar com a pessoa certa - o profeta Eliseu - homem de Deus.

Não julgue inconveniente as grandes frustrações ou aflições de sua vida. Elas podem levar a dois destinos: ao atoleiro da murmuração de onde ninguém sai ou para o caminho da realização de seus sonhos.

Abraão era frustrado. José do “Egito” sofreu com o desprezo dos próprios irmãos. Já Neemias fazia parte de um povo envergonhado e aparentemente abandonado pelo próprio Deus, por causa do pecado. E a viúva de 2 Reis capítulo 4, não aceitava o fato de que, tendo servido a Deus com seu esposo por tanto tempo, viria ficar além de viúva, endividada e desamparada dos filhos.

Frustração, desprezo, vergonha e dívidas. Qual destes espinhos ferem dolorosamente sua alma? Sei que é muito difícil conviver com qualquer um deles, mas o Senhor instruiu a minh'alma para escrever sobre este assunto e prontamente lembrá-la(o) de que há uma porta por abrir, e que isso depende de você. O Senhor também lhe pergunta: O que queres que eu te faça?

O que você quer do Senhor? Onde é a sua dor? Qual é o motivo da sua tristeza? Talvez já tenha contado ou reclamado sobre ela para muitas pessoas ou quem sabe nunca falou sobre isso para ninguém. Mas o Senhor quer que você conte para Ele. Acredite.

Se você já fez isso e nada aconteceu, é sinal de que é preciso ir em frente. Comece a fazer planos, ou volte a sonhar com eles; sonhe com coisas grandes que possam resolver seus problemas, coloque pessoas amigas dentro de seus sonhos - pare de lamentar a sua situação.

Li um sermão há pouco tempo em que o pregador ensinava que não devemos levar causas pequenas diante do Senhor, pelo fato de que ninguém solicita uma audiência com o Presidente apenas para levar ao conhecimento dele algo pequeno. Não é o Senhor maior que qualquer rei ou presidente? Mostre seus grandes sonhos a Ele. O Senhor sabe tudo, mas está lhe perguntando: O que queres que Eu te faça? Seja teimosa(o), insistente.

Não existe nenhuma bem-aventurança em frustrações, desprezo, vergonha e dívidas. Mas bendito será você se aproveitar a oportunidade que elas trazem tanto para aumentar sua comunhão com Deus quanto para receber dele as grandes bênçãos. De todos os exemplos citados nesta mensagem, os problemas serviram de causa a grandes e maravilhosas bênçãos.

Então, volte a pedir, a buscar e a bater. Há uma bem-aventurança declarada na palavra do Senhor para você. Quem pede, recebe; quem busca, acha; e quem bate, a porta abrir-se-lhe-á. É Por isso que ainda vale a pena voltar a sonhar.

João Cruzué
http://olharcristao.blogspot.com
cruzue@gmail.com

domingo, maio 25, 2008

Portugal - Congresso Mundial Assembleias de Deus


1. Pressões mundiais: o desafio da emigração

A população e a sua mistura étnica está a mudar em muitos países do mundo através da emigração. As seguintes perguntas requerem uma resposta da Igreja:

  1. Emigração – O que fazemos com eles?
  2. Emigrantes pentecostais, porque muitas vezes falham na integração com a igreja nacional – O que podemos sobre isto?
  3. Muçulmanos – Estão eles fora da grande comissão? Onde estamos nós a alcançá-los com sucesso?

O que é uma igreja internacional?

Orador: Juan Carlos Escobar (Espanha)





2. Ministérios vocacionais - ministros no local de trabalho
Comprometer os lideres das igrejas a equipar, endossar e desenvolver os membros das suas igrejas dentro das regras fundamentais na comunidade e local de trabalho.

Orador: Lyndon Bowring (Reino Unido)




3. Treinamento de líderes emergentes

A história reflecte que muitas vezes os líderes “antigos” falham no treinamento à próxima geração de líderes. Isto conduziu-nos a uma lacuna onde a continuidade de crescimento e desenvolvimento na igreja ficou “estática” enquanto se espera que a próxima geração a apanhe. Como podemos rectificar isto e termos uma próxima geração de líderes qualificada e experiente a aguardar nas asas da Igreja para descolar?

Orador: António Gonçalves (Portugal)





4. Mantendo-se frutífero após o avivamento

Muitas vezes após um genuíno mover do espírito de Deus numa Igreja local, a igreja fica em pior estado que estava antes do mover do espírito. Isto é muitas vezes reflectido num maior declínio. Haverá alguns segredos a aprender sobre como evitar isto e o que fazer para encontrar “atitude” frutífera após o reavivamento?

Orador: Bonifes Adoyo (Quénia)





5. O marco efectivo para o líder do séc. XXI

O Sec. 21 clama por um tipo diferente de líder do que o do Sec. 20.
Quais são a diferenças e como podemos preparar novos líderes para lideranças de sucesso e relevo no Sec. 21?

Orador: Ron McManus (EUA)




6. Ministrar estilos de vida alternativos

Muitas vezes a Igreja firma-se na verdade e ao mesmo tempo marginaliza a igreja das pessoas que praticam certas formas de pecado. Como pode a igreja agarrar as suas crenças mas ultrapassar a linha de demarcação para alcançar este tipo de pessoas para Cristo?
Painel

1. Ministrar a prostitutas: Patricia Greene (Nova Zelândia)
2. Ministrar para Homosexuais: Peter Sleebos (Holanda)
3. Ministrar para Motards: Edi Fernandes (Portugal)





7. Criar impacto na comunidade através dos ministérios de compaixão

Como podemos inspirar e ajudar e de uma forma pratica ajudar as igrejas para criarem impacto na comunidade com programas sociais de compaixão, que permita à igreja local ter uma palavra e uma acção para a sua comunidade. Como pode a igreja apontar a necessidade aberta que mais ninguém endereça?

Orador: Mirco Andreev (Macedónia)





8. Abraçando as mudanças eclesiásticas para a missão da igreja no séc. XXI

Acreditamos que missiologia determina eclesiologia. Como podemos ver igrejas locais e denominações reformadas na sua estrutura para encontrarem o desafio do Sec. 21? Quais são as áreas principais que necessitam de mudança?

Orador: Peter Sleebos (Holanda)





9. Missões mundiais como um desafio de cooperação

O potencial das Assembleias de Deus à volta do mundo é muitas vezes minimizado pela não cooperação nacional. Isto muitas vezes é relacionado com o facto de serem consumidos com uma curta visão. Como podemos descobrir a chave para mudar e quais os passos para encontrar reais parcerias com as AD e com o resto do corpo de Cristo?

Oradores: Peter Kuzmic (Croácia)


FONTE: http://www.cadp.pt/congresso2008/pt/esplideres.html#sem7


COMENTÁRIO: Participação de preletores brasileiros no evento: ZERO! A razão mais provável pelo "esquecimento" foi o tratamento recebido pelos portugueses (e muitos outros) no Congresso Mundial realizado no Brasil - segundo informação em off da própria direção da AD em Portugal. Em consulta efetuada hoje aos jornais de Portugal sobre notícias do evento o resultado também foi Zero! Nada mais a comentar. João Cruzué.