sábado, abril 26, 2008

Carta a um universitário cristão

Caro irmão em Cristo,

Alderi Souza de Matos*

Você tem o privilégio de freqüentar um curso superior, algo que não está disponível para muitos brasileiros como você. Todavia, esse privilégio implica em muitas responsabilidades e em alguns desafios especiais. Um desses desafios diz respeito a como conciliar a sua fé com determinados ensinos e conceitos que lhe têm sido transmitidos na vida acadêmica.

Até ingressar na universidade, você viveu nos círculos protegidos do lar e da igreja. Nunca a sua fé havia sido diretamente questionada. Talvez por vezes você tenha se sentido um tanto desconfortável com certas coisas lidas em livros e revistas, com opiniões emitidas na televisão ou com alguns comentários de amigos e conhecidos. Porém, de um modo geral, você se sentia seguro quanto às suas convicções, ainda que nunca tivesse refletido sobre elas de modo mais aprofundado.

Agora, no ambiente secularizado e muitas vezes abertamente incrédulo da universidade, você tem ficado exposto a idéias e teorias que se chocam frontalmente com a sua fé até então singela, talvez ingênua, da infância e da adolescência. Os professores, os livros, as aulas e as conversas com os colegas têm mostrado outras perspectivas sobre vários assuntos, as quais parecem racionais, científicas, evoluídas. Alguns de seus valores e crenças parecem agora menos convincentes e você se sente pouco à vontade para expressá-los. Para ajudá-lo a enfrentar esses desafios, eu gostaria de fazer algumas considerações e chamar a sua atenção para alguns dados importantes.

Em primeiro lugar, você não deve ficar excessivamente preocupado com as suas dúvidas e inquietações. Até certo ponto, ter dúvidas é algo que pode ser benéfico porque o ajuda a examinar melhor a sua fé, conhecer os argumentos contrários e adquirir convicções mais sólidas. O apóstolo Paulo queria que os coríntios tivessem uma fé testada, amadurecida, e por isso recomendou-lhes: “Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem a si mesmos” (2 Co 13.5). As dúvidas mal resolvidas realmente podem ser fatais, mas quando dão oportunidade para que a pessoa tenha uma fé mais esclarecida e consciente, resultam em crescimento espiritual e maior eficácia no testemunho. O apóstolo Pedro exortou os cristãos no sentido de estarem “sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês” (1 Pe 3.15).

Além disso, você deve colocar em perspectiva as afirmações feitas por seus professores e colegas em matéria de fé religiosa. Lembre-se que todas as pessoas são influenciadas por pressupostos, e isso certamente inclui aqueles que atuam nos meios universitários. A idéia de que professores e cientistas sempre pautam as suas ações pela mais absoluta isenção e objetividade é um mito. Por exemplo, muitos intelectuais acusam a religião de ser dogmática e autoritária, de cercear a liberdade das pessoas e desrespeitar a sua consciência. Isso até pode ocorrer em muitos casos, mas a questão aqui é a seguinte: Estão os intelectuais livres desse problema? A experiência mostra que os ambientes acadêmicos e científicos podem ser tão autoritários e cerceadores quanto quaisquer outras esferas da atividade humana. Existem departamentos universitários que são controlados por professores materialistas de diversos naipes – agnósticos, existencialistas e marxistas. Muitos alunos cristãos desses cursos são ridicularizados por causa de suas convicções, não têm a liberdade de expor seus pontos de vista religiosos e são tolhidos em seu desejo de apresentar perspectivas cristãs em suas monografias, teses ou dissertações. Portanto, verifica-se que certas ênfases encontradas nesses meios podem ser ditadas simplesmente por pressupostos ou preconceitos anti-religiosos e anticristãos, em contraste com o verdadeiro espírito de tolerância e liberdade acadêmica.

Você, estudante cristão que se sente ameaçado no ambiente universitário, deve lembrar que esse ambiente é constituído de pessoas imperfeitas e limitadas, que lidam com seus próprios conflitos, dúvidas e contradições, e que muitas dessas pessoas foram condicionadas por sua formação familiar ou educacional a sentirem uma forte aversão pela fé religiosa. Tais indivíduos, sejam eles professores ou alunos, precisam não do nosso assentimento às suas posições anti-religiosas, mas do nosso testemunho coerente, para que também possam crer no Deus revelado em Cristo e encontrem o significado maior de suas vidas.

Todavia, ao lado dessas questões mais pessoais e subjetivas, existem alegações bastante objetivas que fazem com que você se sinta abalado em suas convicções cristãs. Uma dessas alegações diz respeito ao suposto conflito entre fé e ciência. O cristianismo não vê esse impasse, entendendo que se trata de duas esferas distintas, ainda que complementares. Deus é o criador tanto do mundo espiritual quanto do mundo físico e das leis que o regem. Portanto, a ciência corretamente entendida não contradiz a fé; elas tratam de realidades distintas ou das mesmas realidades a partir de diferentes perspectivas. O problema surge quando um intelectual, influenciado por pressupostos materialistas, afirma que toda a realidade é material e que nada que não possa ser comprovado cientificamente pode existir. O verdadeiro espírito científico e acadêmico não se harmoniza com uma atitude estreita dessa natureza, que decide certas questões por exclusão ou por antecipação.

Mas vamos a alguns tópicos mais específicos. Você, universitário cristão, pode ouvir em sala de aula questionamentos de diversas modalidades: acerca da religião em geral (uma construção humana para responder aos anseios e temores humanos), de Deus (não existe ou então existe, mas é impessoal e não se relaciona com o mundo), da Bíblia (um livro meramente humano, repleto de mitos e contradições), de Jesus Cristo (nunca existiu ou foi apenas um líder carismático), da criação (é impossível, visto que a evolução explica tudo o que existe), dos milagres (invenções supersticiosas, uma vez que conflitam com os postulados da ciência), e assim por diante. Não temos aqui espaço para responder a todas essas alegações, mas perguntamos: Quem conferiu às pessoas que emitem esses julgamentos a prerrogativa de terem a última palavra sobre tais assuntos? Por que deve um universitário cristão aceitar tacitamente essas alegações, tantas vezes motivadas por preferências pessoais e subjetivas dos seus mestres, como se fossem verdades definitivas e inquestionáveis?

O fato é que, desde o início, os cristãos se defrontaram com críticas e contestações de toda espécie. Nos primeiros séculos da era cristã, muitos pagãos acusaram os cristãos de incesto, canibalismo, subversão e até mesmo ateísmo! Foram especialmente contundentes as críticas feitas por homens cultos como Porfírio e Celso, que questionaram a Escritura, as noções de encarnação e ressurreição, e outros pontos. Eles alegavam que o cristianismo era uma religião de gente ignorante e supersticiosa. Em resposta a esses ataques intelectuais surgiu um grupo de escritores e teólogos que ficaram conhecidos como os apologistas e os polemistas. Dentre eles podem ser citados Justino Mártir, Irineu de Lião, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes, que produziram notáveis obras em defesa da fé cristã.

Em nosso tempo, também têm surgido grandes defensores da cosmovisão cristã, tais como Cornelius van Til, C. S. Lewis, Francis Schaeffer, R. C. Sproul, John Stott1 e outros, que têm utilizado não somente a Bíblia, mas a teologia, a filosofia e a própria ciência para debater com os proponentes do secularismo. Além deles, outros autores têm publicado obras mais populares acerca do assunto, apresentando argumentos convincentes em resposta às alegações anticristãs. Dois bons exemplos recentes são o livro de Lee Strobel, Em Defesa da Fé (www.editoravida.com.br), que possui um capítulo especialmente instrutivo sobre uma questão até hoje não aclarada pela ciência, ou seja, a origem da vida, e o livro de Phillip Johnson, Ciência, Intolerância e Fé (www.ultimato.com.br), cujo subtítulo já diz muito: “A cunha da verdade: rompendo os fundamentos do naturalismo”. É importante que você, universitário cristão, leia esses autores, familiarize-se com seus argumentos e reflita de maneira cuidadosa sobre a sua fé, a fim de que possa resistir à sedução dos argumentos divulgados nos meios acadêmicos.

Outra iniciativa importante que você deve tomar é aproximar-se de outros estudantes que compartilham as mesmas convicções. É muito difícil enfrentar sozinho as opiniões contrárias de um sistema ou de uma comunidade. Por isso, envolva-se com um grupo de colegas cristãos que se reúnam para conversar sobre esses temas, compartilhar experiências, apoiar-se mutuamente e cultivar a vida espiritual. Muitas universidades têm representantes da Aliança Bíblica Universitária (ABU) e de outras organizações cristãs idôneas que visam precisamente oferecer auxílio aos estudantes que se deparam com esses desafios. Não deixe também de participar de uma boa igreja, onde você possa encontrar comunhão genuína e alimento sólido para a sua vida com Deus.

Em conclusão, procure encarar de maneira construtiva os desafios com que está se defrontando. Veja-os não como incômodos, mas como oportunidades dadas por Deus para ter uma fé mais madura e consciente, para conhecer melhor as Escrituras, para inteirar-se das críticas ao cristianismo e de como responder a elas, para dar o seu testemunho diante dos seus professores e colegas, por palavras e ações. Saiba que você não está só nessa empreitada. Além de irmãos que intercedem por sua vida, você conta com a presença, a força e a sabedoria do Senhor. Muitos já passaram por isso e foram vitoriosos. Meu desejo sincero é que o mesmo aconteça com você. Deus o abençoe!

Nota:
1. Entre os livros de John Stott, leia Por Que Sou Cristão , recém-lançado pela Editora Ultimato.

*Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da igreja Presbiteriana do Brasil.

cruzue@gmail.com

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Blog Ojo Protestante


A CONTRAREFORMA
O maior genocídio de todos os tempos

Stephanie Dañeiluk & Daniel Dañeiluk

"A cincuenta años del inicio de la Reforma, esta se había consolidado en la mayor parte del territorio europeo. Casi toda Alemania, Suiza, Escandinavia, los Países Bajos, Inglaterra, Escocia, Bohemia, Austria, Hungría y parte de Francia estaban embebidas del Protestantismo. Esta situación, en extremo grave para la Iglesia de Roma, que veía escurrírsele por entre los dedos más de mil años de dominación, debía tener una respuesta a la medida.

En 1540, se le había encargado a Ignacio de Loyola la creación de una fuerza especial contrarreformista. Nació así la Compañía de Jesús , llamándoseles a sus integrantes "jesuitas". Sus miembros, cuidadosamente elegidos y probados, además de guardar los votos usuales de la vida religiosa (obediencia, pobreza y castidad), debían jurar especial fidelidad a la Santa Sede, estar dispuestos a ir a donde el Papa los enviase, y hacer cualquier cosa en aras del objetivo asignado.

La Compañía de Jesús cumplió sus objetivos con malévola eficiencia. Este organismo paramilitar, apelando a actividades de espionaje, sobornos, secuestros, torturas, asesinatos, y todo tipo de calamidad imaginable, operó con total impunidad en pos del exterminio de la Reforma, sobre todo a partir del aval otorgado por el Concilio de Trento (1545-1563)

Los Jesuitas como organizadores, más la Inquisición y los ejércitos de los reyes leales a Roma (especialmente la casa de los Habsburgo), constituyeron el tridente que atacaría la Reforma.

Si la Reforma se caracterizó por acercar al pueblo y a sus líderes la idea de la valoración del hombre, de la libertad, del progreso y de la tolerancia a pesar del disenso; siendo sus principales armas las palabras y las letras, y la espada (y salvo excepciones) solo para la legítima defensa; la Contrarreforma se caracterizó por un objetivo: La aniquilación sistemática de las personas sospechosas de ser partidarios protestantes.

El resultado de la Contrarreforma fue el genocidio más grande de todos los tiempos. Los católicos retomaron el control del sur de Alemania, Bohemia, Austria, Hungría, Polonia y Bélgica, y se consolidaron definitivamente en los países meridionales como Portugal, España e Italia.

Y como para muestra solo hace falta un botón, vaya este dato: Para el año 1600, los protestantes constituían cerca del 80% de la población de Bohemia, estimada en unas 4 millones de personas. Luego de las operaciones contrarreformistas quedaron solo unas 800 mil, todas católicas".

Stephanie Dañeiluk - Daniel Dañeiluk
El Ojo Protestante blog


MOMENTOS DA REFORMA
A Derrota da Invencível Armada


"Para fines de del siglo XVI, la Contrarreforma ya se había organizado y el catolicismo recuperaba terreno otrora ganado por los protestantes. Por supuesto, no sería a fuerza del convencimiento, sino de la aniquilación sistemática.

Pero hubo un punto en la historia que definiría el destino de la Reforma, su consolidación o su desaparición.

Desde 1556, reinaba en España Felipe II, de la casa de los Habsburgo, aliados de Roma y archienemigos de los protestantes. En el apogeo de su poder, decidió invadir Inglaterra, en ese entonces un bastión protestante. Especialmente con ese objetivo, preparó una colosal fuerza naval que fue llamada “La Armada Invencible”.

El 20 de Mayo de 1588 partieron de Lisboa rumbo a Inglaterra, 130 buques, con 8.253 marinos, 2.088 remeros y más 19.295 hombres de guerra. Las posibilidades británicas eran escasas, pero no la decisión de la Reina Elizabeth I. Lejos de cualquier idea de acuerdo o capitulación ordenó la defensa y convocó a una campaña de oración. Y lo impensable ocurrió.

Las fuerzas de Felipe II fueron sorprendidas en medio del más terrible de los temporales. Cuentan algunos historiadores que el clima era tan adverso y la confusión de tal magnitud, que las fuerzas españolas fueron dispersadas, al tiempo que algunas de sus naves impactaban entre sí. Mientras tanto, en la costa inglesa, el clima se mostraba más tranquilo y con vientos mar adentro que favorecían el alcance de los cañones y la maniobrabilidad de sus barcos de menor porte. La Armada Invencible fue destrozada, de tal manera, que los ingleses tardaron bastante tiempo en darse cuenta de la magnitud de los daños que habían sufrido los frustrados invasores.

Como resultado de esta batalla, cambió el balance de fuerzas hasta hoy en día. Entre otras consecuencias, los ingleses pasaron a dominar los mares, y el destino de desaparición de la Reforma en Europa fue abortado.

Luego de la catástrofe, Felipe II dijo: “Yo envié a mis naves a luchar contra los hombres, no contra las tempestades.” Por su parte, la Reina Elizabeth I hizo grabar una inscripción que decía: «Dios sopló y fueron dispersados»."

Daniel E. Dañeiluk
El Ojo Protestante blog


Comentário: apresento aos amigos mais um excelente blog.
João Cruzué - Blog Olhar Cristão - cruzue@gmail.com


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