TESTEMUNHO de CONVERSÃO
Jojó de Olivença
"O mar sempre me fascinou, mas eu não queria nada com o Criador do mar porque tinha vergonha de me converter em um cristão. Achava que no dia em que me ligasse na de Cristo eu me transformaria em um cara chato, e teria de abandonar o surfe e tudo que eu mais gostava: garotas, festinhas e drogas.
Mas no fundo minha vida era mesmo muito sem graça... um círculo vicioso que não me dava satisfação. Uma alegria que durava pouco, e eu sempre voltava ao mesmo vazio de sempre. Meus pais me falavam muito do evangelho. Eu achava que esse papo de ser crente não colava comigo. Eu sabia que havia um Deus e que precisava de um encontro pessoal com Ele, mas só quando estivesse bem velhinho...
Quando já era surfista profissional, tive que visitar meu irmão. Ele estava se tratando do vício das drogas internado em uma casa de recuperação chamada Desafio Jovem de Feira de Santana. Lá eu vi uma pá de gente com rostos transformados, eles tinham uma alegria e paz tão contagiantes que saí de lá irremediavelmente contaminado. Foi então que comecei a sentir o medo da morte e de partir para a eternidade sem Deus.
Então decidi entregar-me a Jesus de verdade. Convidei-O para entrar na minha mente, no meu coração e no meu sangue. Fiquei cheio da presença dEle em minha vida. Comecei a ler a Bíblia e a praticar. Imaginei que seria proibido de andar sem camisa! Ir à praia, então, nem se fala!", receava eu... Mas ao mesmo tempo tinha a convicção de que surfar era o que Deus reservava pra minha vida.
Enquanto orava e me encucava se surfar era bênção ou maldição, Deus deu-me uma resposta instantânea: o título de campeão brasileiro de surfe, em 1988. Eu não era ninguém, mas Deus me pôs lá. Foi um presente e tanto! Deus me dera o dom de saber ficar sobre as ondas e isto seria motivo de bênção pra mim e muito mais gente. Fui viciado durante oito anos. Mexi com maconha, cocaína e enchia a cara pra valer.
Quando conheci a Jesus e descobri que confiar nele é o maior barato. Meus olhos se abriram e percebi que tudo o que eu tinha antes era uma máscara muito grande. Com isso, a máscara caiu na hora e fui liberto. Para quem era tão pobre que só pegava onda em tábuas de madeirite e ganhou sua primeira prancha como prêmio numa competição, Deus deu o título de campeão brasileiro. Para um cara feio, magro e triste por causa das drogas, Deus deu alegria, muita saúde, energia física e a beleza do brilho no olhar. Para quem era escravo do sexo sem ter um amor de verdade, Deus deu Adriana, uma jóia rara, com quem me casei e constituímos uma linda família.
Hoje, aos 37 anos de idade, estou casado, temos dois filhos e dirijo uma academia de surfe no Guarujá. Participo da Missão "Surfistas para Cristo" que conta com cerca de 1.500 membros e opera em toda costa brasileira. O que realmente desejo é que muitas pessoas tenham um verdadeiro encontro com Jesus Cristo.
Quero dizer que Jesus foi o primeiro surfista que nunca precisou de prancha para sulcar as ondas. Ele caminhou sobre as águas para salvar seus amigos que estavam aterrorizados diante de uma tormenta. Hoje, nós sulcamos as ondas em nossas pranchas, mas o fazemos como pessoas salvas e inspiradas por Ele".
Fontes: Sociedade Bíblica Espanhola e Atletas de Cristo.
cruzue@gmail.com
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