quinta-feira, abril 24, 2008

Quando falta visão


"Não havendo visão, o povo perece"

Provérbios 29:18a
Sun

João Cruzué

A companhia americana Xerox poderia ter dominado o mercado mundial de micro-computadores. Todavia, décadas atrás, vendeu suas patentes porque seu presidente acreditava que NÃO haveria demanda popular o bastante para o futuro do negócio. Assim, a Xerox permaneceu apenas no ramo da fotocópia.

A era digital trouxe nesta década uma mudança tão abrupta nas comunicações interpessoais, que as formas usuais de comunicação do Evangelho pela Igreja ficaram obsoletas. A primeira geração de crentes comunicava o Evangelho de uma forma que o pecador entendia e sentia o peso dos pecados, chegando à convicção de que precisava - mesmo - de um Salvador. Depois, com o neopentecostalismo veio outra forma de mensagem que enfatizava os benefícios do Evangelho: "Crê no Senhor Jesus e prosperará tú e a tua casa."

E agora, no final da primeira décado do IIIº Miliênio, o que fazer diante de uma nova realidade onde as pessoas estão estudando, comunicando-se, negociando, falando e se vendo através de um computador ou mais rencentemente, de um telefone celular?

Como vamos usar as ferramentas digitais disponíveis para que o Evangelho seja comunicado de forma virtual e ao mesmo tempo produza regenerações reais? É importante analisar bem o futuro, para decidir corretamente agora, pois não há como voltar ao passado para corrigir erros de falta de visão. Para tudo há o seu tempo próprio de decisão.

Sei que a acuidade da visão cristã depende da oração, mas não posso desprezar nenhuma oportunidade, quanto mais aquelas que revolucionam o comportamento das pessoas. Jesus é o Senhor e o único Salvador; isto deve ser comunicado de todas as formas, em todas as línguas, para todos os povos, tribos e nações.


joão cruzué - cruzue@gmail.com

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Geopolítica do século XXI

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BRICs*

“O Século 21 é asiático. A afirmação da embaixadora Regina Dunlop, do Ministério das Relações Exteriores, revela a importância que a aproximação com a China, Índia e outros países asiáticos tem para o Brasil. China e Índia são as nações abordadas no oitavo tema da série Política Externa, tratado pelo Em Questão.

Brasil, Índia e China compõem, juntamente com a Rússia, um bloco de países conhecido por Bric que, na última década, vem aumentado seu peso na economia mundial. Juntas, essas economias superaram, já em 2007, a previsão de que em 2010 seriam responsáveis por 10% do produto mundial. Em razão disso, acordos e parcerias com esses países são fundamentais, mas, de acordo com a embaixadora, elas não podem se limitar apenas aos países que compõem a sigla.

É preciso “prestar atenção” na potencialidade de outros países asiáticos, como Coréia e Vietnã, por exemplo. “Os coreanos já vêm investindo no Brasil em setores como o de automóveis e indústria naval e demonstram interesse por outras áreas como o de trens de alta velocidade”, diz a embaixadora. Já o Vietnã destaca-se por ter sido o segundo país que mais cresceu na Ásia (7%) em 2007, perdendo apenas para a China. Todos eles desenvolveram suas economias aproveitando brechas de negócios deixadas pela China, que cresce, há 28 anos, a uma taxa anual de cerca de 10%. “A China faz um esforço de desenvolvimento louvável e é interessante também para o Brasil que ela continue a se desenvolver”, avalia a embaixadora.

Parcerias – Para Dunlop, os brasileiros têm muito a aprender com os asiáticos, mas também a ensinar. A embaixadora menciona, como exemplo, o conhecimento brasileiro na exploração de petróleo em águas profundas e a experiência na implementação de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Em 2004, a China se tornou o segundo principal parceiro comercial do Brasil e os dois países assinaram acordos em diversas áreas, como saúde, esportes, segurança sanitária e fitossanitária. Outro destaque de parceria é o programa de cooperação no lançamento de satélites: três já foram lançados. “Graças ao programa, o Brasil deixou de ser comprador de imagens para monitoramento de desmatamento e ocupação de terras”, diz a embaixadora.

A aproximação com a Índia também se intensificou nos últimos cinco anos. Em 2003, foi criado o Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (IBAS), mecanismo de concertação política sobre grandes temas da agenda internacional. E, na relação bilateral, o Brasil e a Índia têm acordos na área de pós-graduação, pesquisa, educação profissional e cursos de educação à distância. Além disso, de acordo com a embaixadora, as possibilidades de acordos com os indianos na área energética são promissoras".

Entrevista - Embaixadora Regina Dunlop

Comentários: Os fatos mostram que nas relações comerciais entre países há também uma porta aberta para trocas culturais, por exemplo: religião; indo ao ponto: missões. Quem não se lembra das construtoras operando no Iraque, quando milhares de brasileiros estiveram trabalhando por lá? Pois, em meio àqueles brasileiros estavam muitos evangélicos que se reunião periodicamente para celebrar cultos. Que a Igreja Evangélica brasileira esteja atenta a estas oportunidades. Com os Estados Unidos no topo da geopolítica mundial, o cristianismo teve um impulso mundial, já a partir do começo do século XX. O que acontecerá se Índia, China e Rússia desequilibrarem esta ordem e deslocarem o centro do poder para o Oriente? João cruzue

* BRICs = Brasil, Rússia, Índia e China

cruzue@gmail.com


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