sábado, fevereiro 02, 2008

O Pentecoste no Japão

HISTÓRIA

das Assembléias de Deus do Japão
Nihon Assenburiizu obu Goddo Kyodan

Do Pentecoste ao período da II Guerra
tradução concluída

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ADJ - Tokyo

As Assembléias de Deus estão oficialmente no Japão desde 1913; este é seu portal digital com endereços de 200 igrejas: http://www.ag-j.org/index-e.html. Ao procurar sua história, deparamos com um artigo acadêmico publicado por Masakazu Suzuki. Demandou três dias a tradução com conclusão prevista e realizada no feriado de carnaval de 2008. Enquanto o mundo sambava, traduzimos um arquivo de 29 páginas, contendo parte substancial dos primórdios do pentecoste no Japão, para homenagear a comunidade evangélica japonesa e o Centenário de sua imigração para o Brasil. João Cruzué

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Seminário Teológico Ásia Pacífico - APTS
formando ministros para a Assembléia de Deus do Oriente


"UM NOVO OLHAR NA HISTÓRIA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS
NO PERÍODO ANTERIOR À SEGUNDA GUERRA MUNDIAL"

Por Masakazu Suzuki

Tradução de João Cruzué

cópia não autorizada

1. INTRODUÇÃO

"Existem dois livros publicados sobre a historia das JAG-Assembléias de Deus do Japão. Um foi escrito em comemoração ao 30º ano da fundação do grupo e o outro por ocasião do seu Jubileu de Ouro. A descrição do segundo livro é quase a mesma do primeiro. Ao ler os dois tive a impressão de que alguma coisa estava incompleta, pois havia ambigüidade neles; parecia como se alguma coisa a mais estava faltando do apenas detalhes. Em resposta, com minha pesquisa esperava conseguir um pouco mais de clareza nessa história. Mas fiquei perplexo ao encontrar outros incidentes significativos, os quais na verdade aconteceram mas foram completamente excluídos dos dois livros de história publicados pela JAG.

O propósito deste artigo é oferecer um esboço sobre os missionários do Pentecoste a fim de examinar a historiografia das JAG - Assembléias de Deus do Japão e propor uma estrutura para o período histórico do pré-guerra o qual poderá ser usado como ajuda para entender nosso exame futuro desta história.

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2. Problemas de Historiografia

Ambigüidade
e incoerência - eu afirmei que encontrei nas duas historiografias disponíveis, ambigüidade e incoerência devido em grande parte a certas áreas e pessoas dentro da história cujos nomes têm sido omitidos e excluídos. Como exemplo desta exclusão, examinaremos em detalhes, ao manuseiar dos dois livros de missionários do período pré-guerra.


Tadashi Sakurai, um historiador de igrejas japonesas, escreveu em 1933 “Kyohabetsu Nihon Kirisutokyoshi” (A História Cristã do Japão segundo as Denominações) e na sua descrição da Nihon Pentekosute Kyokai, ele escreveu que: “ Em 1911 a Nihon Pentekosute Kyokai começou sua missão no Japão, antes da fundação de sua organização missionária, quando Mary Taylor, uma senhora britânica começou evangelizar policiais em Kanda”. Sakurai continuou escrevendo que Mary Taylor foi seguida em 1912 por Estella e Beatrice Bernauer, e por C. F. Juergensen e família em 1913. Apesar disso, Sakurai escreveu que “Este grupo tinha se auto-denominado "Nihon Pentekosute Kyokai", e depois alterou em 1929 para "Nihon Seisho Kyokai".


A descrição contida em Kiriosuktokyo Nenkan de 1927 sobre a “Nihon Seisho Kyokai” apóia a reclamação de Sakurai, que a primeira missionária pentecostal diretamente associada com este grupo de igrejas, foi a Senhora Mary Taylor, no entanto, qualquer memória tanto de Taylor quanto de Estella e Beatrice Benrnauer foi completamente esquecida entre o círculo da JAG, e somente a do terceiro missionário - C. F. Juergensen e Esposa – permanece; os nomes das duas primeiras famílias de missionárias não são nem mesmo mencionados nas duas histórias publicadas.


Some-se
a esta discrepância, o número de missionários registrados nos livros de história da JAG e no Anuário Cristão do Japão, difere substancialmente. Nos livros históricos da JAG constam apenas os nomes de apenas 16 missionários e casais do pré-guerra em sua listas. Todavia, encontrei os nomes de 29 missionários ou casais de missionários da missão das Assembléias de Deus no Anuário Cristão do Japão, sendo que sete deles, registrados nos livros, voltaram como missionários da das Assembléias de Deus depois da guerra.


Como
podemos ver, comparando as listas, 12 nomes de missionários foram apagados da história das Assembléias de Deus do Japão. Esta discrepância indica claramente quanto coisa está faltando em seus livros históricos .


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3. Missionários Pentecostais para o Japão


As três ondas de missionários pentecostais
- Em 1907 veio a primeira onda com a chegada de M. L. Ryan e seu grupo: “Luz Apostólica ou Movimento da Fé Apostólica”, vindos de Spokane – Washington – EUA. A segunda onda foi a chegada dos missionários pentecostais independentes, depois de 1910. E, a terceira onda veio com a chegada dos missionários denominacionais - começando em 1919.

3.1 A Primeira Onda – 1907 a 1909
Com M. L. Ryan e seu grupo
– "Luz Apostólica ou Movimento da Fé Apostólica". M. L Ryan trouxe diretamente a mensagem do pentecoste moderno da Rua Azusa, Los Angeles, via Oregon e Washington para o Japão. Seu grupo, era composto de seis famílias, chamado de Luz Apostólica ou Movimento da Fé Apostólica no Japão. Eles não tinham suporte de qualquer organização específica, em vez disso, era de suas próprias famílias que eles conseguiam seu sustento.


Devido a falta
de registros disponíveis, não pudemos traçar muita coisa de seu ministério no Japão. Eles trabalharam principalmente em Yokohama e nas vizinhanças de Tokyo enquanto estiveram no Japão, com exceção de um casal – os Coylors, que seguiram para Sendai, ao Norte. Segundo o Anuário Cristão do Japão de 1909 somente os Ryans permaneceram, do grupo original "Luz Apostólica". A maioria dos outros membros ou seguiram para a China ou retornaram à América. Já no Anuário Cristão de 1910, encontramos que eles ordenaram um japonês para ministro e três senhoras japonesas para evangelistas.


Eles também
tinham uma igreja com cerca de 100 membros. Todavia, os Ryans também deixaram o Japão e depois de pouco tempo nós não conseguimos traçar qualquer conexão entre este grupo e a Nihon Pentekosute Kyokai que mais tarde se desenvolveu.

3.2 A Segunda Onda – 1910 – 1918
Missionários e leigos independentes vieram ao Japão antes da formação oficial das organizações pentecostais em seus países de origem. As denominações pentecostais reivindicam a origem de suas missões no Japão com estes missionários independentes. Por Exemplo, o Conselho Geral das Assembléias de Deus declara que seu primeiro missionário é C. F.Juergensen, que chegou no Japão em 1913. As Assembléias Pentecostais do Canadá reivindicam ter começado seu ministério no Japão em 1910, reconhecendo o trabalho de Munroe, que foi a negócios ao Japão em 1910.

Uma vez no Japão
estes missionários uniram-se para formar a missão chamada as" Assembléias de Deus no Japão", por volta de 1915. O Senhor William T. Taylor e sua esposa Mary Taylor; Estella Bernauer, C. F Juergensen, F. H. Gray foram os membros da missão original. B. S. Moore, L. W. Coote, Alexander Munroe juntaram-se ao grupo pouco tempo depois. Destes missionários, somente Marie Juergensen – que na verdade era ainda uma criança no início – e Leonard Coote, continuaram seus ministérios depois da guerra. Mas segundo o Conselho apenas Marie Juergensen ficara.


Leonard Coote
tinha fundado um novo grupo – A Igreja Apostólica do Japão, bem antes. Somado a isto, Mary Taylor voltou ao Japão para se juntar à Igreja Apostólica do Japão em 1950.
Existiram outros missionários que tiveram algum contato com a missão das Assembléias de Deus, tais como R. Atchison, Yoshio Tanimoto, Margaret Piper, Herman Newmark, Gussie Booth e Dorothy M. Mills. Seus nomes aparecem nas edições da revista “Pentecostal”. Apesar disso, Fred Able foi um missionário que veio ao Japão em 1914, mas nunca foi afiliado ao Grupo do Conselho Geral das AG; pois ele era unitariano.

A fim de examinar
a razão por quê alguns missionários tiveram seus nomes excluídos da lista atual da JAG, faremos um breve esboço dos missionários negligenciados.

3.2.1 - Taylor
William e Mary Taylor
eram naturais da Grã-Bretanha e vieram ao Japão em 1905 com a Banda de Evangelização do Japão. Por volta de 1911, desembarcaram em Nagasaki como missionários da União dos Missionários Pentecostais. Os Taylors iniciaram um ministério chamado “A Porta da Esperança”, em Kobe, que era uma base de missões para pobres, moças caídas e proscritos. Além deste trabalho em Kobe, eles também tinham um ministério em Okayama, onde treinavam moças para o trabalho de evangelização.


Sua cooperadora,
Nikki, recebeu o Batismo com o Espírito Santo quando era batizada em águas, em algum tempo antes de 1914. Ela deve ter sido uma dos primeiros japoneses que tiveram esta experiência. Os Taylor formaram sua própria missão, também chamada de “Porta da Esperança”, em 1921. Entre 1921 e 1922 a senhora Mary Taylor estava na América, e depois, voltando ao Japão, eles estiveram associados, a maior parte do tempo, com os Missionários das Assembléias de Deus até o final dos anos 30.


Eles tiveram
ajuda de muitas pesoas da Inglaterra que vieram ajudar seu ministério, tais como Esther Keene, Nettie Barton e Mae Straub. Parece, entretanto, que eles não levavam em conta certas diferenças teológicas, como por exemplo, suas relações muito próximas com Leonard Coote.

Durante a II Guerra, a Senhora Taylor estava na América e trabalhava entre japoneses nos campos de concentração. Depois da guerra, em lugar de se juntar às Assembléias de Deus do Japão, ela decidiu unir-se à Igreja Apostólica do Japão - unitariana.

3.2.2 – Bernauer

Estella Bernauer
foi salva em 1898 e converteu-se da idolatria, ao ouvir um sermão de Anna Proser. Em 1910, Yoshio Tanimoto veio para a cidade onde ela vivia naquele tempo. Depois que Estella testemunhou para ele, recebeu o batismo com o Espírito Santo e ela sentiu que sua chamada seria para o Japão. Então ela partiu, deixando sua filhinha com a mãe na América e desembarcou em Yokohama em abril de 1912. Sua base missionária em Tokyo era chamada de “Missão Apostólica.” Bernauer ministrou para universitários e pessoas carentes. Ela frequentemente tinha problemas financeiros. Sua filha, Beatrice, juntou-se com ela mais tarde ajudando-0 como sua intérprete, assim que crescera.


Mais tarde,
Bernauer ganhou um operário japonês chamado Ichitaro Tanigawa. Ele foi batizado pelo Espírito Santo em dezembro de 1914 e ordenado ministro em dezembro de 1915. Ele foi uma das primeiras pessoas a receber o Batismo com o Espírito Santo no Japão. Além disso, foi um dos primeiros japoneses pentecostais a ser ordenado pastor.


As atividades
de Estella Bernauer e seu relacionamento com as Assembléias de Deus eram complicados. Parecia que ela tinha deixado o grupo por volta de 1919, mas logo se reintegrou entre 1924 e 1925. Também é provável que ela seja uma dos missionários da Assembléia Pentecostal Mundial - o grupo unitariano, apesar de que negasse a crença nesta teologia, em 1916. Além disso, parece que ela e a filha Beatrice tenham permanecido mais ou menos independentes por alguns anos.

3.2.3 Gray
F. H. Gray
e sua esposa vieram para Yokoham em 1914, e depois de estudar a língua, rumaram para Koga, Tochigi. Eles trabalharam entre as operarias de uma fábrica de seda, começando uma missão nesta cidade. Enquanto outro casal de missionários, Os Moore, estiveram de licença em 1918, eles cuidaram da missão de Yokohama. Os Gray tiveram dificuldades para cuidar das duas missões – a deles em Koga e a dos Moore em Yokohama. Por aquele tempo, Leonard Coote veio para Yokohama e foi de grande ajuda para os Gray na missão ali. No ano seguinte, 1915, uma enfermidade da senhora Gray os obrigou a voltar par a América. Naquele tempo, eles deixaram seu ministério e ambas as missões nas mãos de Coote.


Enquanto
estiveram no Japão, os Gray faziam parte da Missão das Assembléias de Deus. Entretanto, seus nomes aparecem registrados, entre 1919 e 1920, na Assembléia Pentecostal Mundial. Além disso em 1937, ele voltou para o Japão com o grupo unitariano de Coote – A Missão Apostólica do Japão.


3.2.4 Coote

Leonard Coote era um negociante inglês. Ele veio para o Japão em 1913 e trabalhou por quatro anos em uma fábrica de sabão. Ele tornou-se um cristão nascido de novo e recebeu o batismo com o Espírito Santo em 1917. Coote tinha decidido ir para a África, mas foi forçado a ficar no Japão por causa da II Guerra. Ele foi para Yokohama e ajudou os Gray, tanto quanto a outros missionários pentecostais em Tókio, tais como Bernauer e C. F. Juergensen.

Os relatórios mostram que Coote era um pregador dinâmico e tinha uma unção do Espírito Santo muito forte. Ele organizou várias reuniões especiais para Gray, Juergensen e outros missionários pentecostais. Depois daquelas reuniões nós vamos encontrar algumas pessoas que receberam o batismo com o Espírito Santo. Coote foi o principal vaso para o derramamento do Batismo com o Espírito Santo entre as Assembléias de Deus do Japão durante esse período. Entretanto, em algum ponto, sua teologia começou a mudar e ele adotou um credo unitariano. Depois de casar-se com Miss Keene, que veio para ajudar o trabalho dos Taylor em Kobe, a teologia unitária de Coote tinha se solidificado, causando sua saída da associação dos missionários trinitarianos em 1920.

Depois desta separação, no princípio de 1920 ele fez uma série de reuniões em tendas em Yokohama. O ministério teve um grande impacto, mas recebeu um escandaloso tratamento dos jornais. Depois do terremoto de 1923, que arrasou a cidade de Yokohama, Coote decidiu mudar-se para Osaka, levando o remanescente de seu rebanho. Em 1929 ele abriu uma Escola de Treinamento Bíblico em Ikoma - Nara, e permaneceu trabalhando ali até a eclosão da II Guerra Mundial. Em 1929 ele fundou a missão da Igreja Apostólica do Japão. Voltou para os Estados Unidos durante os anos da Guerra e retornou ao Japão em 1950 para recomeçar o trabalho de Ikoma.

3.3 A terceira onda 1919-1941
Os missionários de Denominação Pentecostal - Missionários do Conselho Geral, tais como J. W. Juergensen, Jessie Wengler, e Ruth Johnson chegaram em 1919. A primeira ação destes missionários recém-chegados foi fundar Distrito do Conselho Geral no Japão. Isto conduziu a fundação da Nihon Pentekosute Kyokai, uma igreja pentecostal sustentando uma clara teologia trinitariana. Depois de fundar este grupo denominacional, a missão pentecostal deixou a posição de ser uma ampla associação de missionários para se tornar um grupo denominacional estreitamente definido.

3.3.1 Johnson
Ruth Johnson veio ao Japão em algum tempo antes de 1919, mais tarde ela se tornou uma amiga de colega de quarto de Jessie Wengler, uma das missionárias do Conselho Geral que veio para o Japão em 1919. Johnson e Wengler moravam próximas dos Moore. Johnson foi uma dos membros primeiros membros que fundaram o Conselho do Distrito do Japão. Sela voltou para os EUA com os Moore de licença em 1921, mas desistiu de um casamento marcado para voltar ao Japão.

3.3.2 Barton
Nellie Barton de Peckville, Pennsylvania esteve no Japão de 1924 a 1927. Ela cooperou com o trabalho de Straub. Straub era um missionário do Conselho Geral que veio para assistir o trabalho dos Taylor. Os Taylor a indicaram para dirigir o “Lar das Crianças” em Kobe. Mas devido a uma saúde muito debilitada, Barton retornou para a América.

3.3.3 Dithridge
Harriett Dithridge, anteriormente uma missionária batista, chegou no Japão em 1910. Depois retornou aos EUA, tornou-se pentecostal, e em 1924, voltou ao Japão como uma missionária do Conselho Geral. Ela iniciou uma Escola de Treinamento Bíblico para mulheres japonesas que foi aprovada como uma das escolas do Conselho Geral. Entretanto, devido a fundação de outra Escola Bíblica, ela foi notificada para fechar a sua; sentindo-se incapaz de fechar a escola, em vez disso ela abandonou as Assembléias de Deus, tornou-se uma missionária independente e continuou seu ministério no Japão. Ela ficou no Japão mesmo depois da explosão da II Guerra. Depois de ser enviada para um campo de concentração dentro do Japão em 1942 e ser mantida ali por um ano; ela foi repatriada para a América. Pelo resto da guerra ela trabalhou nos campos de concentração de japoneses no oeste dos EUA. Ela voltou para o Japão depois da guerra.

3.3.4 Rumsey
Mary Rumsey esteve no Japão de 1927 a 1930. Ela esteve ali ajudando o ministério de Dithridge e aprendendo japonês, antes de ir para a Korea. Ela começou um trabalho pioneiro para o movimento pentecostal na Korea.

3.3.5 Smith
H.E, Smith, sua esposa e filha Marie eram da Austrália e estavam no grupo “Rebanhos Pentecostais do Mundo” um Grupo de Coote no Japão. Eles estiveram sediados em Kyoto de 1926 a 1927. Entretanto, foram classificados como das Assembléias de Deus da Austrália de 1936 a 1938. Marie voltou para o Japão depois da Guerra, em 1960. Como conseqüência, somente Marie, mas não seus pais, esta contada como missionária das Assembléias de Deus no Japão no pré-guerra.

3.3.6 Randall
Arthur E. Randall do Canadá ficou em Ikoma onde estava a Escola de Treinamento Bíblico de Coote, e estava com o grupo de Coote, a Igreja Apostólica do Japão, de 1924 a 1934. Ao mesmo tempo, enquanto ele estava em Ikoma, o Anuário Cristão do Japão o classificava como um missionário das Assembléias de Deus do Canadá. Detalhes menores, tais como seu comparecimento ao casamento de John Clement, mostra sua associação com missionários de outra Assembléia de Deus.

Não obstante, seu nome não aparece no livro das Assembléias de Deus do Canadá, e considerar sua associação com Coote e o trabalho em Ikoma, fica difícil de entender a razão porquê ele foi classificado pelo Anuário Cristão Japonês como um dos missionários das Assembléias de Deus do Canadá.

Por outro lado, sua participação na missão de Coote no Japão não é diferente das atividades de Marie Smith. Que ela estaria contada com um dos missionários do Conselho Geral e ele não parece inconsistente.

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4. De uma ampla associação para denominações

4.1 Associação ampla
Nós temos visto que ao menos alguns dos primeiros missionários uniram-se para formar uma missão chamada “Assembléia de Deus”. Nós encontramos evidências de outros contatos entre missionários. For exemplo, em 1917 alguns missionários pentecostais ajuntaram-se para uma reunião em Gotemba. Foram eles: B. S Moore de sua esposa – de Yokohama, F. H. Gray e sua esposa – de Tókio, C. F. Juergensen – de Tokyo e Margaret Piper – de Osaka.

Esta foi uma ampla associação de missionários pentecostais, mas é difícil chamá-la de tentativa para formar um grupo. Durante o primeiro período, os missionários pentecostais sabiam geralmente que outros missionários também pentecostais estavam no Japão, mas que trabalhavam mais ou menos de forma independente. Além do mais, mesmo que fossem todos pentecostais, suas visões teológicas variavam grandemente.

4.2 Crescimento Denominacional.
Esta ampla associação dividiu-se em dois grupos principais na fundação do Conselho do Distrito do Japão das Assembléias de Deus, em 1920. Estes foram os 12 missionários presentes na reunião do distrito: Alex Munroe e sua esposa, C. F. Juergensen e sua esposa, Agnes e Marie Juergensen, J. W. Juergesen e sua esposa, B. S. Moore e sua esposa, Jessie Wengler e Ruth Johnson.

Na lista dos missionários da Assembléia de Deus do Anuário Cristão do Japão de 1919, Beatrice Bernauer, Estella Bernauer, Coote, Frank H. Gray e sua esposa, e William Taylor e sua esposa estavam faltando agora neste novo grupo.

Os sete novos nomes foram todos missionários da terceira onda com a infalível doutrina trinitariana. Isto implica que, com a chegada dos missionários do Conselho Geral e a fundação do Distrito do Japão, a ampla organização missionária pentecostal, que existira até aquele ponto, fora quebrada. Muitos membros do grupo original que não se uniram ao Conselho do Distrito do Japão do Conselho Geral das Assembléias de Deus, muito provavelmente discordaram com este novo grupo sobre a sua infalível doutrina da trindade.

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5. Nova Ordem

Sabemos que a Nova Ordem foi o ponto de cizânia dos missionários no Japão por volta de 1920; isto foi a poucos anos depois de conflito similar na América. Aqui e ali encontramos menção deste assunto nos relatórios dos missionários no Japão. Moore freqüentemente expunha sua teologia ortodoxa. Ele mesmo enfatizava sua posição escrevendo que, quando dirigiu um culto de batismo, batizava “ em nome do Pai, Filho e do Espírito Santo”

Estella Bernauer escreveu para a Assembléia Pentecostal o seguinte: “Por favor permita-me agradecer outra vez pelos preciosos escritos, os quais são um bênção real para minha alma e também afirmar bem aqui: que de todas as novas e estranhas doutrinas que estão sendo impostas, eu não aceitei nenhuma. A preciosa Palavra diz a mesma coisa para mim como falava há cinco anos atrás”.

Ao escolher a doutrina unitariana, Coote uniu-se em 1920 à Assembléia Pentecostal Mundial, o grupo unitariano do Japão, desde sua fundação. Em 1927 havia dez missionários na lista das Assembléias de Deus. O Anuário Cristão do Japão de 1927 tinha outra lista com oito missionários para a “Rebanhos Pentecostais do Mundo” no Japão”. E assim encontramos duas fortes correntes de rivalidade entre os missionários.

No todo o velho companheirismo foi cortado e o Conselho Geral dos Missionários não manteve ligações com o grupo unitariano depois de 1920, apesar de que havia algumas exceções. Os Tailor permaneceram na Assembléia de Deus, embora eles continuassem com um estreito relacionamento com Coote. Mary Taylor sugeriu a Dithridge que convidasse Coote para algumas reuniões especiais.

As palavras de Dithridge revelam a situação dos missionários pentecostais em 1924. Ela escreveu: “Naquele tempo eu não sabia que havia vários grupos pentecostais crendo em certos pontos [teológicos] de maneiras diferentes. Entretanto, se uma pessoa é pentecostal, está tudo bem para mim. Então no inverno quando voltei para Hachioji eu mandei buscar o irmão Coote para manter uma série de encontros especiais em nossa pequena sede”.

Desta maneira, Dithridge, mesmo sendo da Assembléia de Deus também mantinha sua amizade com Coote. Após se tornar independente em 1929, ela aparece no grupo de Coote, aqui e ali. Além disso, Mary Taylor uniu-se com a Igreja Apostólica do Japão, depois da guerra, em vez de se unir com o Conselho Geral.

Outros poucos missionários obscurecem a clara distinção que se formara entre os dois grupos. Por exemplo: Emma Gale, que veio da Inglaterra para o Japão estava no “Rebanhos Pentecostais do Mundo” com Coote de 1926 a 1927. Mas na maior parte do tempo que esteve no Japão ela era uma missionária independente. Entretanto ela era tão próxima das Assembléias de Deus que foi tratada com participante da historiografia das Assembléias de Deus do Japão.

Outros exemplos incluem H. E. Smith da Austrália e Arthur Randall do Canadá, ambos dos que estiveram anteriormente com Coote, mas que foram mais tarde considerados missionários das Assembléias de Deus de seus respectivos países.

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6 – Quem foi apagado da História e por quê?

No início deste artigo, mostrei que 12 missionários foram deletados ou omitidos da lista de missionários das Assembléias de Deus no Japão. Nenhum deles tinha voltado ao Japão como missionário do Conselho Geral depois da guerra. Penso que houve quatro razões para esta omissão.

6.1 Porque tinham uma visão teológica diferente.
Coote, Gray, Estella e Beatrice Bernauer adotaram a doutrina unitariana.

6.2 Porque eles não eram íntimos
das pessoas que fundaram a Nihon Assemburiizu obu Goddo. Os Taylor, que tinham seu ministério a “Porta da Esperança” em Kobe, estavam fisicamente distantes daquelas pessoas e não mantiveram relações estreitas com eles. Por outro lado, estavam fisicamente perto tanto quanto em boa convivência com Coote. E, significativamente, apesar de que mantiveram uma longa filiação com a AD antes da guerra, depois dela Mary Taylor decidira unir-se ao grupo de Coote.

6.3 Porque eles não ficaram tempo o bastante para ser lembrados.
Harriett Dithridge, Ruth Johnson, Nettie Barton e Mary Rumsey foram missionários das Assembléias de Deus por apenas poucos anos.

6.4 Porque eles missionários do Conselho Geral.
São eles: Arthur Randall do Canadá e H. E. Smith da Austrália. Eles não voltaram ao Japão depois da guerra. Seus laços como missionários das Assembléias de Deus foram também muito curtos.

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7. Organização e estrutura da Igreja Japonesa

Tendo reconhecido a exclusão dos nomes de certos missionários do registro histórico, eu gostaria de propor uma estrutura para o período pré-guerra da história da JAD, a qual poderia ser usada como uma ajuda para entender nosso exame futuro desta história. Sugerimos que a organização e estrutura das Assembléias de Deus passaram por sete estágios de desenvolvimento, com seis etapas separando estes estágios. Três destas etapas entre as seis, foram pontos de conflito ou no mínimo de divisão entre os líderes do grupo. Como vimos no exame dos nomes dos missionários antes da formação do distrito do Japão, a associação pentecostal no Japão era bem ampla. Depois da formação do Distrito do Japão, a Pentekosute Kyokai (Kyokai = Igreja) começou a sobressair, organizada sobre uma teologia especificamente trinitariana. Era assim quando o primeiro estágio começou.

7.1 Primeiro Estágio
A Nihon Pentekosute Kyokai (Igreja Pentecostal do Japão)
Eles tinham um credo com cinco grandes confissões de fé: “Crer na Bíblia como a Palavra de Deus; crer na regeneração; crer na santificação; crer no enchimento interior com o Espírito Santo e crer na segunda vinda de Jesus. Além disso, a teologia da trindade era a base de seu credo.

O primeiro ano da Nihon Pentekosute Kyokai foi 1911, quando os Taylor chegaram ao Japão. Mas o corpo de missões da Assembléia de Deus via 1908 como seu ano inicial, talvez possa ter alguma conexão com a chegada dos primeiros missionários pentecostais.

7.2 Segundo Estágio
A organização da Nihon Seisho Kyokai ( Igreja Bíblica do Japão)
Em 1929, o novo governo da igreja era formado com os missionários ainda na sua liderança, mas com um pouco mais de envolvimento de obreiros nativos. A recém formada Nihon Seisho Kyokai é a Igreja japonesa do Distrito do Japão, do Conselho Geral das Assembléias de Deus [dos Estados Unidos]

O ano inicial da organização da missão foi trocado outra vez de 1908 para 1914 fundada na América. O Nome – Nihon Seisho Kyokai, existiu até sua união com a Nihon Kirisuto Kyodan (Igreja Unida de Cristo no Japão) por imposição do governo em 1941, em tempos de guerra. Embora esta Nihon Seisho Kyokai não fosse uma organização estável e seguisse por várias mudanças de curso em um curto período de tempo.

7.3 O Terceiro Estágio
A reorganização da Nihon Seisho Kyokai
e a cisão da Takinogawa Seirei Kyokai ( Igreja do Espírito Santo de Takinogawa). Em 1937, a Nihon Seisho Kyokai foi reorganizada. E esta reorganização ajudou a criar uma forte campo unindo os missionários do Conselho Geral e suas igrejas com as de outros cristãos pentecostais. Esta mudança foi discutida em agosto de 1937. Porem, ela trouxe um resultado inesperado para o grupo do Conselho Geral, que foi a cisão do grupo de igrejas do grupo Takinogawa e o surgimento da Takinogawa Seirei Kyokai.

Lendo as informações dadas pelo “Anuário Cristão do Japão”, embora a Nihon Seishoi Kiokay tivesse feito a divisão, o corpo da missão não parecia ter se dividido. A Takinogawa Seirei Kyokai deixou o grupo das igrejas chamadas Nihon Seisho Kyokai. Ela era liderada por C. F e Marie Juergensen e Kyoma Yumiyama, no final de 1937. A Takinogawa Serei Kyokai declarou que tinha começado em 1925, por C. F. Juergenesen com a cooperação de Kiyoma Yomiyama. Este foi o ano em que a Takinogawa tinha comprado sua propriedade. Esta Igreja manteve-se no Japão até 1941.

A maioria dos crentes da Igreja anterior - Nihon Seisho Kyokai - permaneceu com ela depois que foi reorganizada, sob seus novos líderes: Norman Barth e Jun Murai. Esta recém fundada Nihon Seisho Kyokai era diferente, por natureza, das organizações anteriores. Até ali, este grupo era a igreja japonesa do Conselho Geral. Entretanto, depois de reorganizar-se, o novo grupo foi formado com a união de cristãos vindos de diferentes grupos pentecostais trinitarianos. Este grupo mudou sua origem de 1914 para 1937, salientando o derramamento do Espírito Santo na Tokyoi Nihon Seisho Kyokai, em Nishi Sugamo em julho de 1933. De fato, este derramamento foi uma das principais causas da união por trás desta nova organização.

7.4 Quarto Estágio
A Nihon Seisho Kyokai Nativa.
Em 1940, a Nihon Seisho Kyokai declarou sua intenção de cortar os laços que a ligavam com a missão estrangeira, e assim tornou-se uma organização independente, consagrando Jun Murai como seu bispo. A tensão do tempo de guerra forçou os missionários a deixarem o Japão e retornar para casa. Por isso, o corte dos laços com os missionários estrangeiros não é talvez compreensível. A posse de Murai como bispo, entretanto, foi uma transição súbita. Naquele momento a Nihon Seisho Kyokai passo a ser a Igreja de Jun Murai.

7.5 Quinto Estágio
A saída de Murai da Nihon Seisho Kyokai
Começando em 1941, a Lei dos grupos religiosos foi imposta pelo governo japonês e as igrejas cristãs foram obrigadas a se unirem tornar-se uma só igreja – A Igreja Unida de Cristo no Japão. A Nihon Seisho Kyokai também foi preparando-se para juntar a esta Igreja Unida. Mas antes de fazê-lo, outra grande mudança ocorreu: a saída de Jun Murai e seus seguidores do que restou da Nihon Seisho Kyokai.

Os líderes ministeriais da Nihon Seisho Kyokai estavam viajando em Taiwan em 1941, e ali estiveram em contato com a “Igreja Verdadeira de Jesus” de Taiwan, que esposava a doutrina unitáriana. Entre estes líderes da Igreja do Japão, estava Jun Murai e um outro que aceitaram esta doutrina.

Murai fundou depois uma nova igreja ou alterou o nome da antiga, dependendo do ponto de vista. A “Iesu no Mitama Kyokai ( Igreja do Espírito de Jesus) e manteve-se como bispo. E eles continuaram a reivindicar que a data de origem do grupo foi no grande derramamento do Espírito Santo na Igreja de Nishi Sugamo em 1933. Este grupo não se juntou com a “Igreja Unida de Cristo no Japão” e permaneceu independente durante a guerra. O rebanho que saiu da Nihon Seisho Kyokai ou não seguiu Murrai ou ficaram espalhados até sua junção com a Igreja Unida de Cristo no Japão.

7.6 O Sexto Estágio
A União sob a Nihon Kirisuto Kyodan
A Igreja Unida de Cristo no Japão. Ambos os rebanhos remanescentes da Nihon Seisho Kyokai e Takinogawa Seirei Kyokai individualmente uniram-se como décimo departamento da Igreja Unida de Cristo no Japão, em junho de 1941. Durante a guerra as duas igrejas permaneceram na Igreja Unida.

7.7 O Sétimo Estágio
A fundação da Assemburiizu obu Goddo Kyodan
As Assembléias de Deus do Japão. Depois da guerra, os líderes da antiga Nihon Seisho Kyokai quiseram deixar a Igreja Unida de Cristo no Japão e estabelecer uma nova Igreja Pentecostal, a qual uniria os membros dos dois grupos anteriores – da Nihon Seisho Kyokai e da Takinogawa Seirei Kyokai. Como resultado, a Nihon Assemburiizu obu Goddo Kyodan – As Assembléias de Deus do Japão - foram fundadas em 15 de março de 1949, com a ajuda dos missionários do Conselho Geral [EUA] unindo os cristãos pentecostais. Havia no início, 19 ministros de 17 grupos [ou congregações] e aproximadamente 800 membros, no total. E as Assembléias de Deus adotaram a chegada de C. F. Juergensem [1913] como ano inicial da IADJ.

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8. Os três nós - os maiores pontos de conflitos ou divisão

Deixe-me sugerir que foram três os maiores nós, que turvaram a historiografia sem explicações, causando espaços em branco ou pontos de ambigüidade na história da ADJ.

8.1 O primeiro nó – (por volta de 1920).
O primeiro nó foi uma divisão dos missionários com base no credo teológico deles. Em 1920, Por causa da fundação do Distrito do Japão do Conselho Geral, aquela ampla associação dos missionários pentecostais porque os não-trinitarianos deixaram o grupo.

8.2 O Segundo nó – (1937)
O segundo nó foi a cisão da Takinogawa Seirei Kyodai da Nihon Seisho Kyokai. Esta divisão foi mencionada resumidamente, de passagem, na segunda historiografia da ADJ, e não em absoluto na primeira. Como resultado obteve-se uma imagem distorcida e o registro das atividades do grupo tornou-se ambíguo, turvando e dificultando a compreensão. A razão e as conseqüências desta cisão vão permanecer como tópicos para um estudo posterior.

8.3 O terceiro nó – (1940 – 1941)
Acontecido dentro da nova Nihon Seisho Kyokai, este nó tem duas dobras. Uma aconteceu em 1940, depois do corte de relacionamento entre a missão estrangeira e o grupo japonês, quando Jun Murai foi empossado como bispo. A outra foi na saída de Murai e seus seguidores da Nihon Seisho Kyokau, em 1941.

Dentro das [duas] historiografias da ADJ nada é mencionado a respeito do relacionamento do grupo japonês com os missionários [estrangeiros], nem quanto a primeira situação de Murai com Bispo. Além disso, enquanto é mencionado que a saída de Murai foi devido às diferenças teológicas, o que aconteceu com o grupo da igreja depois de sua saída nada ficou registrado.

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9. Por que ao recontar alguma parte da história foi perdida?

Só um pequeno grupo de líderes "japoneses" ainda estava vivo na fundação da ADJ em 1949. Dos missionários do pré-guerra: Marie Juergensen, Jessie Wengler, Florence Byers, John Clement e sua esposa, estiveram presentes na fundação da nova ADJ. Entre eles, Marie Juergensen que foi a primeira a vir para o Japão, em 1913. Por isso, Marie Juergensen teve o papel principal de contar a história do grupo.

Os historiadores dos dois livros da história oficial da ADJ tentaram organizar informações passadas por Marie Juergensen. Por isso, é natural que a história do pré-guerra nos tempos da ADJ sob o ministério de C.F. Juergensen [fosse lembrada] e o trabalho de outros missionários ignorado.

Atualmente, [2001] a ADJ possui 208 congregações e 9.626 membros. Mas quando recomeçou, em 1949, consistia de 13 congregações; a maioria delas vindas da antiga Nihon Seisho Kyokai ( Igreja Bíblica do Japão) e da Takinogawa Seirei Kyokai (Igreja do Espírito Santo de Takinogawa), mais algumas Igrejas Independentes, e de poucas igrejas recém-formadas.

A fim de examinar [corretamente] a história do pré-guerra da ADJ, precisamos traçar algumas linhas de origem para encontrar a obra de alguns missionários, assim como o trabalho de obreiros nativos, que foram omitidos ao longo do curso no registro da história da ADJ. Para fazer isso, necessitamos olhar de uma vista mais ampla o quadro inteiro do movimento pentecostal no Japão.

Existe uma atitude subjacente do contador da história em deletar da sua história ou minimizar o papel de qualquer missionário, obreiro nativo ou membro da igreja, que mais tarde deixa a comunidade. Isto resulta no completo desaparecimento de algumas pessoas da historiografia, (p.ex.: Taylor).

Em outros casos, o papel da pessoa é considerado bem menor, deixando uma impressão distorcida de sua significância dentro da história da igreja (p.ex.: Murai). Estas coisas acontecem mesmo naqueles casos em que estas pessoas foram figuras chaves dentro do grupo.

Esta é uma das razões pelos espaços em brancos na historiografia da ADJ - a memória dos historiadores. Este é o problema fundamental nos registros históricos da ADJ. Os contadores da história e os livros históricos da ADJ não conseguiram mostrar o quadro inteiro, e não fizeram menção, nem explicaram com detalhes suficientes os pontos de conflito e cizânia.

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10. Conclusão

Neste artigo tentei examinar a história do pré-guerra das ADJ - Assembléias de Deus do Japão, preenchendo alguns buracos e apontando outros, em áreas de divisão e controvérsia ainda ambíguas. Devido a falta de informação preservada no Japão tanto quanto a falta de confiança em outras que estão disponíveis, esta não foi uma tarefa fácil. Não obstante, foquei especialmente os missionários que foram omitidos da história da ADJ. Não explorei, entretanto, os obreiros nativos que foram esquecidos. Para os missionários do pré-guerra, foi importante ter intérpretes, obreiros nativos e mulheres de Deus. Com a omissão dos missionários, os obreiros nativos que trabalhavam com eles também foram esquecidos da ADJ. Houve muitas mudanças e divisões e seus registros são freqüentemente ambíguos quando não todos apagados das historiografias da ADJ. Muitas das ambigüidades e deleção ainda estão em áreas intocadas tópicos clamando por estudos posteriores.

Antigamente, as historiografias da ADJ focavam sobre o ministério de C. F. Juergensen e seu grupo. Mas se nós enfatizarmos demais o ministério deste grupo missionário – não importa quão fervoroso, dedicado e frutífero ele tenha sido, nós perdemos muito da história e vamos terminar pintando um quadro fragmentado e borrado. Um modo de corrigir este problema deve ser, primeiro, traçar a história de diferentes missões e Igrejas iniciadas por todo missionário com seus obreiros nativos e então examinar o quanto destes ministérios estão relatados e intra-relatados. Se tal tarefa for de fato possível, e se for executada com sucesso, nós poderíamos então restaurar nitidamente um quadro histórico completo.

Uma vez que os borrões e os brancos existem, nossa compreensão da história da ADJ permanece incompleta. Como um prefácio, espero que este estudo tenha começado a espalhar uma luz sobre áreas da história, as quais têm até agora permanecido envoltas na escuridão. Pode ser, todavia, o primeiro passo para guiar-nos à verdade sobre o nosso inteiro passado. Porque não posso duvidar que esta compreensão da verdade sobre nossa história nos levará, em última instância, a um entendimento mais firme da identidade da ADJ. E estou igualmente convencido de que ganhar tal entendimento é necessário para nos guiar em como prosseguir para edificar a Igreja de Deus neste século”.
Leia aqui a história do cristianismo no Japão

Tradução concluída.
Tempo: três dias
Conclusão - 00:14 - Quarta -06.02.2008


Tradução de João Cruzué
para o Blog Olhar Cristão
Cópia não autorizada

cruzue@gmail.com

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Abandonados no deserto

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Dia 31 de janeiro, foi publicado um artigo do ex-ministro da Educação, Senador Cristovam Buarque no Jornal Folha de São Paulo, página 3A, sob o título - "País Ameaçado". Ali o Senador usou dados da base estatística dos eleitores brasileiros publicados pelo TSE para fazer uma análise de seis tópicos. Esse artigo sobre o abandono da educação no Brasil vem martelando minha mente e quero dizer algo mais abaixo, depois da análise de quem é do ramo.

O Tribunal Superior Eleitoral - TSE , segundo o ministro, mostra os seguintes dados: 104 milhões de brasileiros - no momento do cadastramento - declararam não possuir o ensino médio completo; deles, 72 milhões, que não tinham concluído o ensino fundamental, e destes: 28,8 milhões declararam-se analfabetos.

Dr. Cristovam afirmou que o Brasil está ameaçado por um exército de 72 milhões de adultos, que serão os agentes de desagregação social nos próximos 30 anos, não por culpa deles, mas por falha do governo que abandonou a educação do Brasil. Em seguida veremos sua análise em seis parta depois resumir e tecer nossos comentários.

Democracia - O ministro disse que o eleitor sabe votar corretamente, mas sem educação, não tem alternativas de emprego e precisa de soluções imediatas para seus problemas - a famosa pirâmide de Abraham Harold Maslow ( 1908 - 1970). Em vez de votar naquele candidato que propõe mudar o quadro do futuro da saúde, vai votar naquele que lhe oferece uma caixa de remédios, por causa de uma doença atual. "É um voto inteligente" - disse ele, mas que fragiliza a democracia e leva ao aumento da corrupção.

Corrupção: O pleito democrático em que participam eleitores sem alternativas induz a compra e venda de votos, daí vem o descompromisso do eleito com o eleitor e o uso do cargo em benefício próprio. O eleitor que não tem qualificação perde o direito de cobrar do seu representante.

Economia: Hoje não há futuro para uma economia cuja mão de obra não seja altamente qualificada, com trabalhadores preparados para para operar maquinas e instrumentos modernos. Também não há futuro para uma economia que não é capaz de criar know-how. Sem reposição de recursos humanos qualificados nas universidades não haverá o desenvolvimento de técnicas com base nas ciências que o mundo de hoje exige.

Emprego: a empresas estão trocando empregados por operadores, pessoas qualificadas para operar ferramentas inteligentes, através de computadores. Isso exige, no mínimo, segundo grau completo, uso de idiomas , inclusão digital.

Segurança: é possível que a maldade seja uma característica inerente em maior grau entre educados que iletrados. Mas, sem alternativa de emprego, estes últimos ficam sem renda par sobreviver e mais facilmente caem na tentação de pequenos crimes - se ficarem impunes, terão incentivo à criminalidade; se forem presos, cairão no "colo" das universidades do crime, que são as cadeias e presídios superlotados deste país.

Desigualdade: Os dados do TSE não mostram a desigualdade entre o nível de educação do eleitor pobre e do eleitor rico. Eles mostra, sim, a desigualde regional do acesso à educação. O aumento da desigualde entre as pessoas e entre as regiões são favas contadas, a julgar pelos dados. Alguns conseguem educar-se, têm alternativas, empregos, renda. Outros ficam excluídos.

O Ministro concluiu: " O pior é que os educados não despertam para os riscos que o país corre. Uma parte nem deseja mudanças, outra defende o voto dos analfabetos sem defender a erradicação do analfabetismo; defende que o capital do patrão deve passar para às mãos dos trabalhadores, mas não defende que a escola do filho do operário seja tão boa quanto a do filho do patrão - como venho defendendo. Aos eleitores sem alternativas pela falta de acesso à educação podemos perdoar suas opções eleitorais, aos eleitores educados não há perdão pela imoral tolerância quanto a mãe de todos os problemas: o abandono da educação."

Nossos comentários

Vamos
comentar a análise do ministro sob o ponto de vista estritamente cristão, que é um olhar compassivo, pragmático, crítico, oferecendo sugestões e alternativas a luz da Bíblia. Dito isto, agora podemos ir aos fatos e comentar sobre a importância da análise dos seis pontos que o ex-Ministro da Educação, Cristovam Buarque fez.

Iniciamos, dizendo que uma análise foi feita por quem de fato entende do assunto. Antes, dizíamos - um raio-x - hoje podemos afirmar: que foi realizado uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada. Temos uma boa análise.

Quanto aos dados estatísticos, á primeira vista poderíamos dizer que não seriam reais, uma vez que são dados obtidos na data do cadastramento de cada eleitor. A quantidade de analfabetos, com certeza deve ter caído muito. Mas de acordo com a realidade brasileira, sei que há milhões de eleitores aprenderam a ler, mas não entendem o texto. Trocando seis por meia dúzia não discordaria dos elementos estatísticos usados pelo Senador..

Como contador público, na área da saúde; lido com orçamentos, empenhos, licitações, balanços - entendo um pouco de finanças públicas, e sei onde estão os dados. Segundo o relatório Anexo II do RREO - Relatório Resumido da Execução Orçamentária com dados até novembro de 2007 - publicado na página 14/52 pela Secretaria do Tesouro Nacional o Governo Federal (exclusive estados e municípios) gastou de janeiro a novembro deste ano: 229,3 bilhões em previdência,
40,5 bilhões em saúde e 20,1 bilhões em educação - de um orçamento da despesa fixada para 2007 em 1,5 trilhão. Eis os números.

Em outra averigüação, vi que gastou-se uma fortuna em programas para ensinar o brasileiro a ler. Ele de fato lê, mais isto é muito pouco em relação a ter educação disponível onde ele está, e na qualidade demandada pela economia mundial em guerra tecnológica constante. O subdesenvolvimento significa estar sempre um ou mais passos atrás dos outros países.

Irrita-me aquele verso do Hino Nacional brasileiro que retrata nossa situação: "Deitado eternamente em berço esplêndido. Foi ótimo o empenho do governo nos últimos dez anos para erradicar o analfabetismo no país. Isto é louvável. Mas segundo os dados analisados pelo ministro temos 72 milhões de analfabetos tecnológicos - quase a metade da população brasileira. Eles vão ganhar pouco, comprar pouco, produzir pouco, contribuir pouco e ter pouca qualidade de vida e podem ser, diante das circunstâncias, massa de manobra de políticos espertos.

Atuei tanto em comundades católicas quanto evangélicas em programas de erradicação de analfabetismo recentes. Minha esposa e eu, como professores, tivemos muitas alegrias em observar que muitos alunos nossos concluíram o segundo grau, e alguns deles estão se graduando em cursos superiores. Na Igreja onde servi como pastor, lutei contra o analfabetismo ensinando alguns irmãos a ler e escrever com aulas em horários definidos. A mesma coisa aconteceu em todo o Brasil por empenho de pessoas de todos os credos. Sei que muitas empresas também se preocuparam com as instrução de seus coloboradores e os ensinaram a ler e a entender o que liam.
Fizemos o nosso dever de casa.

Mas nossa tarefa não terminou. Voltando agora para um ângulo de visão religioso e observando com olhos cristãos estamos diante de uma nação cujo povo por falta de acesso a um ensino de qualidade equivalente aos países desenvolvidos está com seu futuro comprometido quanto aos próximos 30 anos, pois 72 milhões de pessoas não vão utilizar todo o potencial que poderiam por falto de capacitação educacional.

A menos que demos graças por isso, o que me recuso a fazer, a previsão do ministro pode cumprir-se integralmente. Deus exige de nós, as pessoas letradas, como também disse o ministro, uma atitide de bons samaritanos. Pelo que eu saiba, não havia analfabetos entre os judeus do tempo de Cristo. Ainda, que os judeus depois da diaspóra, sempre se viravam bem onde quer que estivessem pois nunca foram analfabetos diante da ciência de cada época. Jesus deve ter aprendido a ler com rabinos da sinagoga de Nazaré. A escrita é uma bênção, saber entender o que está escrito é uma bênção maior, e entender os escritos a luz das ciências de nossos dias é um objetivo a ser realizado. Não podemos ser felizes sem amar o próximo, e um dos conceitos cristãos do amor é dar algo sem exigir nada em troca.

Jesus deu sua vida para nos libertar da miséria do pecado. Ele disse: "E conhecereis a verdade e ela vos libertará". Não há liberdade sem a instrução necessária. E São João escreveu: "E conhecemos o amor nisto: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos." Esta é uma verdade terrível: 72 milhões de brasileiros saíram do analfabetismo do"Egito", e no momento estão perambulando, ainda sem direção, no "deserto do Sinai". Para chegar em "Canaã" além de crer no Senhor Jesus é preciso da atuação de muitos "Josués"

Até que ponto existe um comprometimento cristão entre as lideranças evangélicas quando ao desenvolvimento educacional de seus rebanhos? Existe algum tipo incentivo e conselhos de conscientização dos pastores para com a membresia de suas Igrejas? Uma coisa é certa: o que for bom para o fiel, também o será para a Igreja. Um investimento em conselhos e conscientização para com as ovelhas que têm mais necessidades além de ser uma atitude de amor não é de maneira nenhuma tempo perdido. A mudança poderá vir de pequenas atitudes que somadas alcançarão resultados significativos.

Sei que os leitores deste blog participam da inclusão digital. Alguns exercem cargo de liderança em suas comunidades. Suas palavras podem produzir grandes mudanças nos corações das pessoas, assim como aconteceu no relato dos espias, também pode acontecer hoje. Os crentes vêm aos cultos e nós pregramos as palavras de vida eterna para eles. Os verbetes "vitória" e "conquista" estão muito em evidência nos sermões. Então, sabendo que o conhecimento da verdade é causa e a liberdade consequência, o povo cristão precisa saber que há 72 milhões de brasileiros com o futuro comprometido pelos proximos 30 anos, conforme disse o ministro.

E foi assim que Deus falou a Josué: Todo lugar que pisar a planta do seu seu pé, vo-lo tenho dado. Esforça-te Josué, e tem bom ânimo, porque tu farás este povo herdar a terra que jurei a seus pais que lhes daria. É tempo de conscientizar o povo de que a solução não virá do governo, mas do esforço de cada um. Quem ficar esperando vai morrer no deserto - a pouca distância de Canaã.

João Cruzué
para o blog olhar Cristão
cruzue@gmail.com