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Dove |
Por João Cruzué
O título desta postagem, na verdade, é uma provocação. Até hoje, depois de muito procurar, não encontrei um versículo na Bíblia que contenha esta expressão: línguas estranhas. Então, se você quiser vir comigo, vamos analisar, juntos, este assunto com mais profundidade.
Estatisticamente falando, a palavra "línguas" aparece 42 vezes, em 40 versículos da Bíblia. Usei como referência de contagem, a Bíblia América versão 12.2 pró, editada gratuitamente pelo irmão Eliseu Ferreira Araujo Junior.
Em Marcos 16:17, a expressão "novas línguas" aparece pela primeira vez no Novo Testamento.
Em Atos dos apóstolos 2:4, está escrito que todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em OUTRAS línguas, conforme o Espírito Santo concedia que falassem, às nove horas da manhã .
Naquele dia, havia uma grande peregrinação em Jerusalém. Judeus, que viviam espalhados pelo mundo, vieram até a Cidade Santa para adorar o Deus Eterno no Templo. A maioria poderia ser comerciantes que por lá se estabeleceram havia muito tempo. Em Atos 2: vv. 8 ao 11 está registrado de onde tais peregrinos vieram:
8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia,
10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
Eles estavam presenciando um ajuntamento de galileus, fazendo o maior barulho, falando em línguas diferentes parecendo bêbados. Essa gente era desprezada e considerada inculta, habitantes da região norte de Israel.
E que línguas eles estavam falando?
Estranhas? Não!
Eles falavam das grandezas de Deus nas línguas dos povos das terras onde aqueles peregrinos vieram: Partia, Média, Pérsia, Mesopotâmia, Capadócia (Turquia), Líbia, etc. (Geografia Bíblica). Os peregrinos ouviam galileus sem instrução dando glória a Deus em NOVAS línguas. Novas porque não eram as línguas faladas em Israel. Ali, as línguas conhecidas eram o aramaico, o grego, o latim e talvez a língua falada no Egito. As velhas línguas. As novas línguas eram as dos países distantes.
Eles falavam das grandezas de Deus nas línguas dos povos das terras onde aqueles peregrinos vieram: Partia, Média, Pérsia, Mesopotâmia, Capadócia (Turquia), Líbia, etc. (Geografia Bíblica). Os peregrinos ouviam galileus sem instrução dando glória a Deus em NOVAS línguas. Novas porque não eram as línguas faladas em Israel. Ali, as línguas conhecidas eram o aramaico, o grego, o latim e talvez a língua falada no Egito. As velhas línguas. As novas línguas eram as dos países distantes.
Os discípulos cheios do Espírito Santo falavam em línguas "estranhas" à população local mais CONHECIDAS pelos peregrinos, porque eram os mesmos sons dos povos das terras onde estavam morando. Estas línguas eram um sinal para pessoas que não pertenciam ao grupo dos discípulos. Eram algo que maravilhou os visitantes.
Um conhecido irmão nosso foi missionário na Albânia logo após a queda do comunismo. Jesus batizou com o Espírito Santo, na igreja "dele", uma senhora albanesa.
Sabe em que língua ela falou?
Falou das grandezas de Deus no mais claro e erudito PORTUGUÊS sem nunca ter frequentado uma escola. Este foi um sinal de Deus para o missionário brasileiro. Ela falou uma nova língua, desconhecida pelo povo da Albânia, mas para os ouvidos do missionário, era a língua da sua terra natal, o Brasil.
Sabe em que língua ela falou?
Falou das grandezas de Deus no mais claro e erudito PORTUGUÊS sem nunca ter frequentado uma escola. Este foi um sinal de Deus para o missionário brasileiro. Ela falou uma nova língua, desconhecida pelo povo da Albânia, mas para os ouvidos do missionário, era a língua da sua terra natal, o Brasil.
É com muito respeito e temor que vou dizer isto: Nos dias de hoje, grande parte, senão a maioria das línguas que ouvimos nos púlpitos de nossas Igrejas Pentecostais, não são línguas concedidas pelo Espírito Santo, mas uma repetição de sons copiados de outros crentes. Quer um exemplo: O que me diz dos "charabacandas" que um "monte" de pregadores repetem nos púlpitos, no meio das suas mensagens? Se isto fosse mesmo resultado de que estariam CHEIOS do Espírito, já imaginou a quantidade de curas, renovações e batismos? Isso tem acontecido? Não!
Certa vez, uma senhora bêbada parou na frente da casa de um membro da Igreja e disse assim: Eu já fui crente, mas continuo a falar em línguas estranhas. Aí, sapecou uma dúzia de palavras, um repertório de sons muito ouvidos dentro de nossas Igrejas. Minha esposa e eu, de vez em quando nos lembramos de um moço que possuía um bar e se convertera da para Cristo. Durante um bom tempo ele ainda continuou com o estabelecimento. Era tão focado com o falar em línguas que compôs um "hino" cujo coro era cantado em "línguas estranhas"
..."Ele foi maltratado, humilhado, crucificado... Oriandei, oriandei ondestás."
..."Ele foi maltratado, humilhado, crucificado... Oriandei, oriandei ondestás."
Ao meu sentir, para que serve o dom de línguas? Vejo dois propósitos.
O primeiro está evidente em Atos 2. Um sinal da presença de Deus para pessoas não crentes (I Cor. 14:22). Eu posso dar um exemplo: Um casal de tios evangelizaram-me. Minha tia disse-me que na sua Igreja os crentes falavam em línguas (variedade de línguas), por curiosidade eu fui lá conferir. Saí maravilhado.
O segundo propósito é para a prática da oração. O dom de línguas tem como propósito edificar a vida do próprio crente. A presença de Deus quando é sobre ele, a sua boca glorifica a Deus com palavras que ele não entende, mas que Deus conhece o significado. Então, não são línguas estranhas.
O primeiro está evidente em Atos 2. Um sinal da presença de Deus para pessoas não crentes (I Cor. 14:22). Eu posso dar um exemplo: Um casal de tios evangelizaram-me. Minha tia disse-me que na sua Igreja os crentes falavam em línguas (variedade de línguas), por curiosidade eu fui lá conferir. Saí maravilhado.
O segundo propósito é para a prática da oração. O dom de línguas tem como propósito edificar a vida do próprio crente. A presença de Deus quando é sobre ele, a sua boca glorifica a Deus com palavras que ele não entende, mas que Deus conhece o significado. Então, não são línguas estranhas.
Em minha interpretação particular, línguas estranhas, são palavras desconhecidas faladas sob a inspiração de um espírito estranho, que não o Espírito Santo. Daí, penso que a maioria tem origem na própria carne.
Em I Cor. 14: 14, está escrito: Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Uma língua desconhecida para a própria pessoa que ora. Os discípulos, quando ficaram cheios do Espírito Santo, falaram em outras línguas. Estas línguas eram desconhecidas para eles, mas muito familiares aos ouvidos dos peregrinos que estavam em Jerusalém.
Por ainda existe crente sai por aí repetindo que o pentecostal fala em línguas estranhas? Desconfio que seja porque não haja um exame sincero da palavra de Deus com profundidade e o amor necessários. No salmo 119:11 está escrito: Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti.
E quanto às pessoas que saem por aí generalizando que as línguas que o povo pentecostal fala têm origem maligna?
Se os críticos forem pessoas que têm profundo conhecimento bíblico (evangélicos tradicionais), na verdade, podem cair na armadilha da sua própria soberba e pecar contra o Espírito Santo. Da mesma forma, alguns judeus tentaram explicar o barulho dos discípulos, zombando deles e dizendo que estavam cheios de "mé". Eram da mesma escola que ofendiam Jesus dizendo que ele expulsava os demônios por Belzebu (Lc. 11).
Se os críticos forem pessoas que têm profundo conhecimento bíblico (evangélicos tradicionais), na verdade, podem cair na armadilha da sua própria soberba e pecar contra o Espírito Santo. Da mesma forma, alguns judeus tentaram explicar o barulho dos discípulos, zombando deles e dizendo que estavam cheios de "mé". Eram da mesma escola que ofendiam Jesus dizendo que ele expulsava os demônios por Belzebu (Lc. 11).
Este assunto não se esgota com esta reflexão. Há muito mais para meditar. Paulo aconselhou aos pastores da Igreja que não proibissem o falar em línguas. Mas o pastor que perceber que um membro da sua Igreja está fazendo muito barulho e produzindo pouco na obra de Deus, alguma coisa pode estar errada. Se a língua é concedida pelo Espírito Santo, um crente cheio deste Espírito, com certeza, deve ir muito além das palavras.
Glória a Jesus!