O patriarca JÓ na Escola de Pós-Graduação de Deus

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Jó 19;25

JOÃO CRUZUÉ

Conta-se que Jó estava muito satisfeito com a vida que levava diante dos homens e de Deus. Era rico, sábio, abençoado, o homem mais respeitado da sua região. Diante dele até os príncipes ficavam calados. O capeta morria de inveja e  tinha de vontade incontrolável de arrebentar com Jó e tudo que ele possuía. Deus sabia disso, e aproveitou a oportunidade para fazer duas coisas de uma vez só.

O Todo Poderoso, um dia, estava olhando para Jó e disse para si: "Jó tem se saído muito bem na Escola da Prosperidade, mas agora chegou o tempo de se pós-graduar em minha Escola de Compaixão e Humildade". E  foi assim que aconteceu na vida de Jó. Para estudar na escola de especialização de Deus, Jó teve que prestar um tipo de "ENEM".

E tudo começou assim:  O capeta foi fazer uma visita no céu e trouxe,  pela milésima vez, seu velho um surrado plano que Deus já sabia de cor. 

--JEOVÁ, do jeito que o Senhor protege Jó, até eu posso ficar crente. O Senhor colocou aquele muro envolta dele e da sua família, ser crente assim é uma moleza. Ele ora, o Senhor responde. Jó pede , o Senhor dá. Jó bate uma única vez na porta e o Senhor abre! Assim, disse o capeta, qualquer um pode ser crente. Deixa eu tirar uma "casquinha" da vida dele, que o Senhor vai ver. Ele jogar na SUA cara que o Senhor é um Deus que não serve mais para ele...

E Deus disse ao capeta: "Eu sei que Jó é um servo fiel. Ele é reto, sincero, temente a Deus e sempre foge do mal. Você, sempre vem com aquela velha denúncia debaixo do braço. Pois bem, vou tirar de Jó o muro da minha graça, você  só não terá licença para tirar a vida dele".

O tempo passou. O capeta  foi e recrutou alguns demônios para colocar em ação um plano perfeito. 

E sucedeu que um dia deram de surpresa sobre a casa de Jó. E, em apenas um dia os demônios invisíveis do mal  agiram. Para tomar as 500 juntas e bois e 500 jumentas, demônios   possuíram a mente da tribo dos sabeus.  Para destruir as  sete mil ovelhas de Jó,  demônios fizeram cair fogo do céu sobre elas.  Para roubar os 3.000 camelos de Jó,  outros demônios dominaram a mente de três bandos dos caldeus e os instigaram a fazer o serviço. E para arrematar a destruição, o capeta em pessoa foi até a casa do primogênito de Jó. Ali toda a família de Jó, exceto sua esposa, estava reunida na comemoração de um aniversário. O capeta ordenou, e seu demônio mais destruidor trouxe um vento forte que derrubou a casa em cima de todos os filhos, netos e bisnetos de Jó.

Aí, a situação de Jó começou mudar para pior.

Ninguém viu o capeta. Também não foi visto nenhum demônio. Na invisibilidade da dimensão espiritual ele agiu para manipular coisas e pessoas para executar  os três maiores propósitos malignos, que é para matar, roubar e destruir. Foi assim que Jó começou a ser atingido. Ele era crente? Era!. Mas por que isto estava acontecendo com ele? Por que Deus ia dar uma lição no diabo e ao mesmo tempo preparar Jó para andar, todo dia, na presença de JEOVÁ.

Aí, o capeta parou e ficou esperando Jó abrir a boca para murmurar e amaldiçoar o nome de Deus. Mas tudo que ele ouviu foi: Nu eu nasci e quando morrer não vou precisar de roupa. Deus deu - graças a Deus. Deus tirou, graças a Deus também! E Jó fez uma coisa que deixou o capeta ainda mais irritado: foi, dobrou os joelhos, colocou o rosto em terra e disse:Bendito seja o nome do SENHOR!

O capeta voltou e jogou na cara de Deus: Ele ainda é fiel, porque o Senhor não deixou quebrar a saúde dele. Garanto que depois dessa, Jó fará qualquer coisa para não perder a vida. E Deus respondeu ao capeta:  Eis que ele está na sua mão, você só não vai poder tirar a a vida do meu servo Jó.

Mal saiu da presença de Deus, o capeta foi e chamou os vírus e micróbios da terra para arrebentar de vez com o corpo de Jó. A Bíblia diz que em um instante, o corpo de Jó foi cheio de uma chaga MALIGNA, do alto da cabeça à planta do pé.

Depois destas duas provas, ainda faltava mais uma - a prova oral, para que Jó enfrentasse o ENEM de DEUS para se especializar em humildade e compaixão, matérias sem as quais ninguém pode dizer que anda mesmo na presença do SENHOR.

E a terceira fase do plano do capeta envolvia o círculo mais íntimo dos parentes e amigos do Patriarca Jó.  Sua mulher, depois de presenciar toda aquela carnificina e doença vou bem pragmática: Jó, este Deus que nós servimos não presta! Como é que ele pode deixar uma coisa dessas acontecer com você... Amaldiçoa Ele e morre!

E Jó, mesmo em momento de sua pior fragilidade respondeu: Receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Mulher, o que você falou é loucura. E Jó deve ter pensado: Se eu abandonar Deus agora, eu vou perder a minha vida, a última coisa que me resta. Filhos, Deus tem poder para me dar outros. Minha saúde, se for da vontade de Deus, eu a recupero. Mas se eu desistir de Deus agora, não vai me restar nenhuma esperança.

Como o capeta falhou, usando por um momento, da boca da mulher de Jó, ele tentou algo mais promissor. Quando os três melhores amigos de Jó chegaram, eles ficaram horrorizados com a situação de Jó. Por sete dias e sete noites eles choraram com Jó, sem dizer uma palavra. Jó falava da sua dor e miséria, mas eles durante sete dias não deram um pio. Depois disso, eles começaram a se irritar com a cantilena de Jó. 

Aí devia ter coisa, eles pensaram. Deus não pode abandonar ninguém deste jeito. Imagina, em um só dia perder tudo que uma pessoa tem, e se por acaso ainda fosse pouco, um chaga maligna e mal-cheirosa desse jeito! E, de repente o capeta colocou um pensamente maligno na mente dos três. Jó, só poderia ter um pecado escondido... sim, era isto. Por trás de toda aquela aparência de santidade, lá do fundão do coração, Jó poderia ter um pecado horroroso escondido, e agora tinha chegado o tempo da cobrança de Deus. E foi aí, que despercebido, o capeta deu o seu recado. E aquele pensamento, foi aceito como lógico na mente de seus três amigos. O capeta não falou, mas usou a boca daqueles três homens, que até aquele momento, eram os maiores amigos de Jó.

E foi assim que Jó se sentiu completamente só. Sem Deus, sem família e sem amigos. 

No capítulo 29 do Livro, Jó resumiu como ele era próspero, rico, poderoso, sábio e como as pessoas o honravam e respeitavam, ele tinha tudo. No capítulo 30,  Jó perdera tudo. Sua situação de fragilidade era tamanha, que se ele andasse pelas ruas, até os filhos dos loucos atirariam pedras nele. Jó estava, literalmente, no fundo do fundo do fundo do poço. Não tinha mais nada, a não ser uma teimosa confiança em Deus. 

A prosperidade tinha abandonado a Jó, mas a graça de Deus, não. Se o Espírito de Deus não estivesse com Jó, ele também perderia a fé. No meio de toda aquela tribulação  O Espírito de Deus ainda tomava a boca de Jó para glorificar a Deus: Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda  que em carne viva eu verei a Deus. Vê-lo-ei com os meus próprios olhos e é por isso que eu sinto um meu coração arder de esperança. O que era isso?  Jó não chegou a descobrir, mas era a ação do Espírito Santo de Deus.

Ele perdera os filhos, os bens, a família, os amigos, nunca chegou a desconfiar que o agente invejosos por trás de seu sofrimento era o diabo. Deus não lhe revelou isso, para que não passasse o resto da vida focado em capetas. A Bíblia fala que Jó passou meses nesta situação. Deus também não falou, que se não fora a ação da sua graça, pelo socorro do seu Espírito, Jó, há muito teria perdido a esperança.

E depois de ter resistido às acusações do diabo, pela boca dos amigos - que não eram homens maus, Deus ficou satisfeito e o capeta, mais uma vez envergonhado. 

O livro de Jó mostra que o mal existe e age por trás do desconhecimento das Pessoas. Que o diabo pode manipular e levar pessoas a agirem  e  se expressarem de .acordo com o querer invejoso dele. A Bíblia fala em São João, que o diabo veio para roubar, matar e destruir. Ele rouba, mata e destrói usando pessoas que não têm temor de Deus como seus instrumentos. Instrumentos do diabo.  Essas pessoas, mesmo não acreditando que o mal existe, não deixam de ser manipuladas por ele. A ignorância das coisas espirituais é a situação ideal para o trabalhar do cão.

Infelizmente, também os meio-cristãos também são acessíveis ao diabo. São acessíveis, por falta de vigilância e profundidade na palavra e na obediência à palavra de Deus. Sem a graça de Deus, padres, pastores e bispos podem abrir a sua boca a serviço do diabo. A frieza espiritual também deixa um cristão vulnerável aos planos do capeta. Dependemos de Deus em tudo.

Jó comentou como era a vida dele era muito próspera, antes, e como ela se se tornou depois que ficou sem nada. Não aparece na Bíblia o comentário da terceira fase da sua vida, tempo em que conquistou o dobro de tudo que havia perdido. 

Só que, depois de ter passado pelos testes desde ENEM espiritual, Jó estava em um outro patamar de conhecimento. Ele passou a conhecer Deus de mais perto. Com certeza não mais apreciava receber honra "exagerada" das pessoas, nem os primeiros lugares nas festas, Jó não estava mais com seu coração em camelos, juntas de bois, jumentas e ovelhas. Contextualizando: carros de luxo, mansões granfinas, roupas de grife ou smartphones da Apple, etc.

Por isso, se você já é conhecido de Deus, anda em seus caminhos, e por uma coincidência está passando por um sofrimento muito grande, fique atendo ao que esteja ouvindo em seu coração. Se é uma voz de esperança que, lá de vez em quando diz no seu íntimo: O Senhor vai mudar esta situação, saiba que você não foi abandonado pelo Senhor. Mas se no seu coração só tem revolva e reclamação com o estado que "Deus"  lhe deixou - cuidado! Esta não é a voz de Deus.  Um conselho: Sujeitai-vos, pois a Deus,  resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.

Não pense que Deus vá permitir que sua vida seja próspera ou miserável todo os seus  dias. O trabalhar de Deus é como o trabalhar de uma ostra: Ele transforma um grão de areia de pouco valor em uma pérola preciosa. E o sofrimento é parte importante neste processo de crescimento espiritual. Se você está por baixo, fique firme. Confia no Senhor, e ouça a voz do Espírito de Deus. Pode vir o que vier, passar o que passar, que a vitória vem pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo e pela vontade de Nosso querido PAIZINHO CELESTIAL.

(Este texto, deve ter alguns erros. Em cada leitura eu vou revisando, por isso peço suas desculpas)

Os três amigos de Jó e o profeta velho

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Os amigos de Jó

João Cruzué

Estive lendo outro dia o final do Livro de Jó e uma coisa chamou a minha atenção:  A dura cobrança de Deus aos três amigos do patriarca por causa  das palavras maliciosas que falaram. Hoje voltei ao mesmo texto para concluir minha meditação.

Por inveja do diabo Deus permitiu que ele fustigasse a Jó para que negasse o nome de Deus. Primeiro o diabo matou  os filhos de Jó pela espada dos sabeus. Depois queimou as ovelhas e seus pastores com fogo vindo do céu. E ainda,  incitando três bandos de caldeus para roubar os camelos e matar os guardadores. E por fim fez com que um grande vento derrubasse as paredes da casa onde os filhos de Jó estavam reunidos.

Mas não ficou só nisso.

Jó ainda continuava fiel e temente a Deus. O diabo então pediu licença para tocar na saúde de Jó. Tão logo o diabo saiu, o corpo de Jó foi ferido com uma  chaga maligna desde a planta do pé até o alto da cabeça.

A mulher de Jó ao ver tanta desgraça, aconselhou: Amaldiçoa a Deus e morre!

A seguir, no mais profundo desespero, Jó recebeu a visita de seus três amigos mais íntimos:  Elifaz, o tenamita; Bildade, o suita e Zofar, o naamatita. E eles ficaram em silêncio contemplando a profunda desgraça de jós por sete dias e sete noites. E passado este tempo, cada um começou a cobrar de Jó um concerto com Deus, porque chegaram os três a uma conclusão: Jó tinha pecados escondidos e Deus agora o estava castigando.

Interessante é notar que depois do capítulo dois, o diabo volta para a penumbra e deixa de ser protagonista no texto, mas continua manipulando a visão das pessoas próximas de Jó para empurrá-lo na cova. Se ele forçou o vento e fez cair fogo do céu, se ele enviou demônios para levar os sabeus e os caldeus para destruírem os herdeiros e o patrimônio do patriarca, da mesma forma sou levado a entender que a fala da esposa e as repreensões dos três amigos mais íntimos tinham também a mão do gato do diabo.

A Bíblia não fala do destino da mulher de Jó. Mas fala da ira de Deus sobre seus três amigos: Elifaz, Bildade e Sofar. E por que será que Deus acendeu sua ira contra os três? Em primeiro lugar eu penso que eles, em nenhum momento perceberam quem foi o autor das desgraças de Jó. E por que o Espírito de Deus não falava pela boca daqueles três homens? E por que o diabo tinha tanta facilidade em usar suas mentes e bocas para fazer um  serviço sujo? Imagino que a resposta pode estar no primeiro capítulo: Sinceridade, retidão, temor de Deus e desvio do mal. 

Deus cobrou falta de retidão nas palavras dos três. E que palavras eram essas? A princípio cheias de verdade e de sabedoria divina, mas sua fonte era perversa, embora tivessem aparência de santidade tinha origem no coração do diabo. Foram inspiradas para concluir o serviço.

Imagino que os três ficaram muito surpresos quando Deus apareceu e os repreendeu duramente. Mas não estavam eles repetindo corretamente as verdades bíblicas? Sim, estavam. Mas, as estavam falando para a pessoa errada.  As palavras que Deus tinha no coração para que falassem eles nem chegaram perto de conhecer, porque seus corações estavam embotados pelo mau. Religiosos a serviço do diabo. Faz me lembrar a história daquele profeta velho de 1 Reis capítulo 13, em cujo coração só havia cinzas da presença do Espírito Santo de Deus.

Infelizmente, nas Igrejas também há profetas velhos cujo coração há muito está corrompido e quando o diabo precisa de um mensageiro para enganar alguém estão sempre disponíveis. Eles acham que andam na presença de Deus, pensam que estão na presença de Deus, ouvem versículos que os chamam de homens de Deus, mas em seus corações há algo estranho, como que  um vazio e uma tristeza que não tem outra tradução a não ser a ausência do Espírito da alegria de Deus. 

E Deus teve misericórdia dos três amigos de Jó. Tanto teve que os repreendeu e ordenou que levassem sete bezerros e sete carneiros para sacrifício de expiação que somente seria aceito com a oração de um homem que andava - de verdade - na presença de Deus. Este homem era nada mais nada menos que Jó. O amigo que eles falsamente acusaram de ter um pecado escondido.

E Jó orou e Deus aceitou sua oração em favor dos três amigos linguarudos e loucos. Loucos, sim, pois Deus  considerou como loucura as palavras de acusação que falaram contra Jó. 

E o que mais interessante posso ver no capítulo 42, foi que Deus virou o cativeiro no momento que orava pelos três "amigos". A palavra cativeiro mostra que a má sorte repentina de Jó foi causada pela inveja do diabo, mas dentro da permissão de Deus. Certa vez, diante de um milagre, os discípulos perguntaram para Jesus se a causa daquele mal era um pecado familiar, ao que o Senhor respondeu que não, e sim uma ocasião para revelar a glória de Deus.

Eu sei que há muita gente ferida por aí, depois de ter ouvido besteiras de alguém em cima de um púlpito. Jó teve a má sorte virada quando orava por três faladores de coisas indevidas. Se Jó guardou alguma mágoa das palavras destruidoras de seus amigo, ele logo as esqueceu quando os três vieram pedir oração. E mesmo que não viessem, coração de um homem de Deus não pode ser um ninho de mágoas e ressentimentos, sob pena de perder as bênçãos futuros por falta de liberação de perdão.

Jó voltou a andar com muito mais honra e intimidade diante de Deus porque praticou o perdão. E perdoar é a chave que abre os ferrolhos do cativeiro maligno. O diabo manipula na penumbra pessoas próximas para nos ferir e prejudicar. Com isso ele espera que nos desviemos e, consequentemente, deixemos de receber as maiores bênçãos de nossa vida. 

E isso pode acontecer quando julgamos errado. Se os amigos de Jó fossem mesmo homens de Deus, orariam e viriam a saber que a causa da provação de Jó não eram o que eles estavam pensando, mas opressão maligno.  

Quando eles decidiram pela culpa de Jó, não perceberam a presença do diabo. E se não perceberam, era por que eram "profetas velhos" que já tinham perdido a comunhão com Deus, e agora estavam colaborando com o diabo, espalhando maus conselhos para acabar com a autoestima dos outros.



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