E Jesus ensinava no sábado em uma sinagoga, quando veio ali uma mulher encurvada, que há 18 anos sofria daquela enfermidade. Eu sei que depois desse encontro, o Senhor comparou o Reino de Deus a uma semente de mostarda.
É impossível encontrar na história alguém que conheça melhor os detalhes da miséria humana do que o Senhor Jesus Cristo. A causa da enfermidade daquela mulher era um espírito maligno enviado pelo diabo. Muitos não creem na sua existência, mas está claro em Lucas 13:15-17 que Satanás trazia presa aquela mulher há 18 anos. Todo esse tempo com uma coluna encurvada era uma maldade sem limites. Foi por isso mesmo que Cristo veio para desfazer as obras do diabo.
A mulher encurvada foi até a sinagoga por causa de Cristo. A fama dos seus milagres chegou aos ouvidos e ela desejou vê-lo. Dezoito anos de encurvamento era um longo tempo. Longo tempo de baixa autoestima, de ouvir fuxicos, receber olhares curiosos. Deus estava atento a isto, como estava atento à mulher do fluxo de sangue - 13 anos! Ao paralítico do Tanque de Betesda - 38 anos! A falta de um herdeiro para Abrão - 99 anos!
Em meio a tanta gente importante, procurou um cantinho para ouvir. Mas Jesus não chamou os importantes presentes na reunião. Ele olhou ao redor e viu o sofrimento daquela mulher. Depois de olhar, a chamou: Mulher estás livre da tua enfermidade. Com esta ordem as correntes do diabo quebraram-se. Não contente com isto, impôs sobre ela as mãos e ela se endireitou e começou a glorificar a Deus.
E quando Deus começou a ser glorificado, o chefe da sinagoga, em lugar de compartilhar daquela alegria, irritou-se ao ponto de repreender publicamente a Jesus. Ele disse: Seis dias há que se pode trabalhar. Vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não nos sábados. E até hoje, os seguidores do sábado continuam glorificando o sábado em lugar do Criador do sábado.
Certa feita, passa eu, escritor deste blog por um tempo muito difícil de falta dinheiro e emprego. Minha esposa e eu tínhamos um pequeno comércio na garagem de nossa casa. Perto dali um salão da Igreja Adventista foi aberto. E todo domingo, vinha um senhor de idade tentar nos re-envangelizar ao sabatismo.
Sabedor de que éramos crentes, ele insistia a apresentar um Cristo que sempre eu soube foi muito perseguido por causa dos sábados. Ao recusar sua literatura pois já era cristão, o insistente "vovô" adventista começou a bater a poeira de seu sapato na calçada de nossa casa, em frente a dezenas de pessoas que passavam, acrescentando mais um prego a nossa angústia.
Naquele mesmo mês, eu recebi uma dívida antiga. Foi o bastante para pagar todas as nossas dívidas e ainda sobrar para algo mais. Não me lembro de quanto tempo o salão adventista permaneceu aberto. Mas ele não prosperou e fechou.
De volta ao assunto do post, aquela mulher foi àquela sinagoga outras vezes, nunca alguém percebera que o diabo era o causador da sua enfermidade. Nem tiveram qualquer compaixão por ela. Então, depois de dizer o que pensava, o chefe da sinagoga ouviu de Jesus o que não queria: “Hipócritas! cada um de vós não abre a porta do curral ao seu boi ou ao jumento para levá-lo a beber? Por que motivo não deveria eu também livrar esta filha de Abraão a quem Satanás trazia presa há 18 anos?
Foi uma resposta tão constrangedora que ninguém ousou responder mais nada!
Isso mostra quão destrutivos podem ser uma religião e um líder religioso desviado dos caminhos de Deus. São como uma laranja seca. Uma bela aparência por fora e um conteúdo seco.
A mulher encurvada recebeu sua cura porque no dia da sua bênção não ficou em casa. Nesses dias de tanto desânimo é muito comum ficar em casa. E fica-se em casa, hoje, porque a liturgia do culto será a mesma daqui a dez anos. Um desânimo alimentando o outro. Também era assim naquele tempo. Mas a fama dos milagres de Cristo foi atraindo as multidões por onde ele passava. E no dia que Cristo passou, a mulher encurvada pensou que deveria valer o sacrifício de se aprontar e visitar a sinagoga.
Ela saiu de casa encurvada, mas voltou ereta; saiu triste, mas voltou glorificando a Deus. Todos seus vizinhos devem ter se alegrado e chorado com ela.
O Reino de Deus, Cristo comparou como um pequeno grão de mostarda, que um hortelão semeia na sua horta. Ele brota, ele cresce tanto, e em seus ramos aninham-se os pássaros.
Aquela mulher quando saiu para a sinagoga levou consigo o seu grão de mostarda. Também continue carregando o seu, pois, mas cedo do que pensa ele vai brotar.
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