terça-feira, julho 26, 2022

Pensar pode ser perigoso

 

Gnus

João Cruzué

De repente, percebo que estou ficando mais velho e solitário. Talvez por isso, possa perceber com mais clareza muitas coisas. Sabe, cresci em um mundo menos complexo e mais solidário, com famílias maiores, a disciplina dos pais, uma boa infância,  os padrões morais do certo e errado mostrava o rumo. Muitos livros, nada de smartphones nem  WWW. A Igreja e a Escola ajudavam muito nossos pais a conseguir um forte estrutura familiar, que por sua vez, as retroalimentava. Sendo a família como uma célula, unida a outras, cria e mantém um corpo, um povo uma nação em busca de prosperidade em tempos de paz.

Não tão de repente, pois nisso temos uns 30 anos, começei a notar o surgimento de velhas ideologias, embrulhadas com papéis brilhantes, utilizando-se do potencial de todos os conflitos, para introduzir um código de comunicação parecido com o a Torre de Babel. Ninguém consegue entender ninguém. Muito individualismo, consumismo e um desejo não contido de virar pelo avesso, a família, a escola,  a pessoa, a  nação, estabelecendo conflitos em um plano sorrateiro (mas não tanto) para desconstruir tudo que estiver de pé.

Quando o ser não mais souber se é homem ou mulher, quando a Igreja perder a presença de Deus por inércia ou poder, quando a Escola for o berço para embalar todo tipo de filosofia, quanto os políticos só pensarem em si mesmos, quando for costume de uma nação pisar sobre uma Bandeira como se fosse um tapete na porta da sala, quando o bem for chamado de mal e todos os valores ficarem invertidos, então,  essa nação terá todos seus muros de proteção derrubados e qualquer hiena que aparecer vai reinar e se alimentar fartamente de uma grande manada de "gnus'.

Pensar pode ser perigoso, pois aguça a visão. 

E quando a visão se torna mais clara, podemos enxergar  com clareza uma cobra à beira do caminho ou uma "hiena" falando na TV. Se a visão da realidade nos choca,  é bom sair da inércia,  abrir a boca com a vizinhança, não aceitar velhas ideologias que pertubam a aprendizagem na escola,  exigir mais Evangelho e menos política dentro Igreja e, principalmente, para mostrar os perigos do caminho largo e a segurança da porta estreita no seio da  nossa família. 

Ebenezer. Maranata.



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Um comentário:

Eliseu Antonio Gomes disse...

A vida está cada vez mais complicada, não só em território nacional. É preciso orar para que o povo brasileiro tome a dose suficiente de conscientização antes da chegada das eleições. Deus não vota, nós votamos.