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João CruzuéSe você é negro e possue um carro de classe média - cuidado! Você corre o risco de apanhar ou até ser assassinado por seguranças mal treinados em supermercados, shoppings ou Casas comerciais da Grande São Paulo. Estes tristes episódios vêm acontecendo com tanta frequência que não podem mais passar incólumes diante de nossos olhos. Hoje vou comentar sobre a humilhante e vergonhosa agressão que o irmão Januário Alves Santana, 39 anos, negro, evangélico e servidor público da USP - Universidade do Estado de São Paulo sobre dentro das dependências do supermercado Carrefour em Osasco.
Ele foi cercado, humilhado, agredido no estacionamento do Carrefour. Depois levado para a "salinha" da segurança da Empresa Nacional de Segurança onde continuou apanhando. Bateram em sua boca. Quebraram seus dentes. Seu "crime" era ser dono de um Ford Ecosport. Inadmissível para os seguranças do supermercado. Quem o encontrou todo ensanguentado no chão foi sua esposa, irmã Maria dos Remédios Santana, também servidora da USP. E não houve o mínimo socorro médico pelo supermercado Carrefour - que diga-se de passagem, tem capital francês, terra da "Liberdade, igualdade e fraternidade."
Para comprovar que estas agressões são rotineiras na Região, quero relembrar aquele outro episódio ainda mais triste que este - a morte do professor da Casa do Zezinho, Alberto Mifonti Junior, 23 anos, que foi morto por um segurança dentro das Casas Bahia do Capão Redondo. Ele, prata da casa, um valoroso zezinho formado dentro da Casa da Tia Dag.
Eu não escrevi esta reportagem apenas para registrar dois fatos criminosos.
Quero ir além. É preciso melhorar o treinamento dos seguranças, cada dia mais numerosos em uma terra onde o crime não para de crescer. Não treinamento com bala, revólver ou porrete. Mas com aulas antirracismo! Isso mesmo. E quem deve exigir esta capacitação são os supermercados, órgãos públicos, grandes magazines. Comércio em geral. É tão frequente os abusos por racismo que não sei por que não existe uma lei que obrigue as empresas de vigilância e segurança a capacitar melhor seus funcionários com aulas de conscientização antirracismo. Infelizmente isso é um desvio cultural enrustido que precisa ser condenado da sociedade
Não vou terminar sem antes relatar um outro episódio deplorável envolvendo também seguranças da empresa Nacional. Foi no Hospital do Campo Limpo. Um coral evangélico foi convidado a se apresentar naquela instituição. Era um dia de sábado. Chovia forte. Uma senhora evangélica CADEIRANTE, corista, procurou de todas as formas entrar no local para cantar no coral. Mesmo sabendo que o evento acontecia no 6º andar dO Hospital, os seguranças da Nacional obstruíram seu intento, não permitindo que o carro que a transportava estacionasse mais perto para que escesse. Estava chovendo forte e ela era paraplégica. Depois de mais de uma hora de espera, ela foi embora tristíssima.
A continuar assim não sei o que será pior: se a bandidagem ou a ação de seguranças despreparados, racistas, contratados para mal-tender, com "salinhas" de "recepção" conhecidas e toleradas até mesmo por grandes supermercados - como o Carrefour! Isto é uma vergonha!
Ele foi cercado, humilhado, agredido no estacionamento do Carrefour. Depois levado para a "salinha" da segurança da Empresa Nacional de Segurança onde continuou apanhando. Bateram em sua boca. Quebraram seus dentes. Seu "crime" era ser dono de um Ford Ecosport. Inadmissível para os seguranças do supermercado. Quem o encontrou todo ensanguentado no chão foi sua esposa, irmã Maria dos Remédios Santana, também servidora da USP. E não houve o mínimo socorro médico pelo supermercado Carrefour - que diga-se de passagem, tem capital francês, terra da "Liberdade, igualdade e fraternidade."
Para comprovar que estas agressões são rotineiras na Região, quero relembrar aquele outro episódio ainda mais triste que este - a morte do professor da Casa do Zezinho, Alberto Mifonti Junior, 23 anos, que foi morto por um segurança dentro das Casas Bahia do Capão Redondo. Ele, prata da casa, um valoroso zezinho formado dentro da Casa da Tia Dag.
Eu não escrevi esta reportagem apenas para registrar dois fatos criminosos.
Quero ir além. É preciso melhorar o treinamento dos seguranças, cada dia mais numerosos em uma terra onde o crime não para de crescer. Não treinamento com bala, revólver ou porrete. Mas com aulas antirracismo! Isso mesmo. E quem deve exigir esta capacitação são os supermercados, órgãos públicos, grandes magazines. Comércio em geral. É tão frequente os abusos por racismo que não sei por que não existe uma lei que obrigue as empresas de vigilância e segurança a capacitar melhor seus funcionários com aulas de conscientização antirracismo. Infelizmente isso é um desvio cultural enrustido que precisa ser condenado da sociedade
Não vou terminar sem antes relatar um outro episódio deplorável envolvendo também seguranças da empresa Nacional. Foi no Hospital do Campo Limpo. Um coral evangélico foi convidado a se apresentar naquela instituição. Era um dia de sábado. Chovia forte. Uma senhora evangélica CADEIRANTE, corista, procurou de todas as formas entrar no local para cantar no coral. Mesmo sabendo que o evento acontecia no 6º andar dO Hospital, os seguranças da Nacional obstruíram seu intento, não permitindo que o carro que a transportava estacionasse mais perto para que escesse. Estava chovendo forte e ela era paraplégica. Depois de mais de uma hora de espera, ela foi embora tristíssima.
A continuar assim não sei o que será pior: se a bandidagem ou a ação de seguranças despreparados, racistas, contratados para mal-tender, com "salinhas" de "recepção" conhecidas e toleradas até mesmo por grandes supermercados - como o Carrefour! Isto é uma vergonha!
2 comentários:
Prezado irmão João Cruzue, seus artigos são sempre muito interessantes, de fato é um absurdo nos dias de hoje ainda nos depararmos com cenas como essas que você descreveu. Unu-me a você neste protesto.
Lhe convido também a nos visitar e conhecer nossos artigos. o dessa semana tem por título: Qual a nossa motivação em servir a Deus?
Em Cristo, Marcos Paulo Correia.
www.ministeriogeracaodedavi.blogspot.com
Infelizmente reflete uma realidade, já presenciei casos assim, indo buscar na delegacia amigos meus, médicos angolanos que tiravam fotos em pontos turísticos em São Paulo, pois estavam "em atitude suspeita".
Para piorar tudo, é a empresa permitir o uso de suas dependências para prática de tortura, no mais puro estilo DOPS.
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