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João Cruzué
O movimento funk carioca chegou à periferia da Capital paulista há pelo menos oito anos. Como foi difícil aguentar durante alguns meses o som alto das caixas tocando uma música chamada "bonde do tigrão". Mais recentemente, nos fins de semana, a coisa evoluiu. As caixas deixaram as janelas abertas das salas e foram para os porta malas ou mesmo dentro dos carros com potências turbinadas, para tocar funk a qualquer hora do dia, da noite e da madrugada. O febre do funk definitivamente "pegou" na "perifa" de Sampa.
O som alto, entretanto, não é o que mais me incomada no Funk. São as letras com palavras chulas despersonificando a mulher que me assustam. Um dia desses, alguns moços do bairro escolheram o começo da minha rua, para colocar o carro na calçada com o porta malas aberto e dali começou um batuque funkeiro em volume máximo. Apesar de, a esta altura de meus 53 anos, já estar um pouco surdo, por causa de barulho, o batuque não incomodava tanto. Mas uma letra "chulíssima" invadia a privacidade de todas as casas da vizinhança, ofendendo todas as mulheres, inclusive minha esposa e minha filha. Era um tal que passar a mão ali... sendo este "verso" um dos mais "castos", entremeado com gritos de orgasmos femininos, palavrões, entre outras coisas que não mencionar aqui. Reclamei, quase apanhei, mas mais o carro não foi mais foi colocado ali.
Como cristão preciso analisar a assnto sob dois ângulos. Pela ótica de um cidadão, posso dizer que tomei uma atitude de resistência pacífica, sem aceitar a provocação para um confronto físico, graças a Deus, foi uma surpresa não ter apanhado para resolver o problema. Pelo lado espiritual, há outras coisas envolvidas que de agora em diante vou analisar. pois diz repeito ao ao propósito do texto.
Não posso dizer que a música funk seja do diabo, mas quanto as suas letras - posso sim! Elas partem do pressuposto de que toda mulher é uma prostituta, pois usam as palavras e palavrões desse meio. Não estou desprezando prostitutas, são dignas de ouvir o Evangelho, mas estou referindo-me a um linguajar que não é próprio fora do meio. Uma comunidade inteira fica exposta a ouvir este som móvel até se acostumar com ele, goste ou não. Estas letras sujas do funk tiraram a mulher de uma condição que já era ruim, para a condição de animal inferior. De objeto de desejo sexual, para uma cadela disposta à cruza. A diferença entre o sexo conjugal cantado em pura poesia bíblica em Cantares de Salomão para uma letra horrorosa e porca da música funk fica muito bem comparada usando apenas duas frases. "Amada minha" x "cachorras e preparadas".
Eu estive conversando com minha filha casada, e ela me disse uma coisa muito triste. Na sua opinião aquelas adolescentes da periferia que estão hoje "quebrando" e balançando o traseiro no meio da rua, daqui a um futuro não muito distante vão estar grávidas. Seus bebês muito provavelmente não conhecerão o pai e serão criados por avós. Crescerão revoltados, agressivos, doidos, não porque lá no fundo sejam isso, mas porque usam desse artifício para encobrir a despersonalização. Quando olham outras crianças andando com os pais, e sentindo a falta de um que não conheceram, deparam-se com um vazio que não conseguem suportar. Eles são o produto do desamor, não de um ato conjugal, mas de uma "cruza" entre um "tigrão" e uma "cachorra."
Conheço alguém de um projeto social contando histórias para crianças de periferia. Em sua roda de leitura tinha um garoto terrível, perturbado e malvado. Conversando com ele, ela conta que descobriu que ele era super carente de amor. Sua maior frustração era não poder conhecer o pai. Nem sua mãe sabia quem ele era. Aliás, foi criado pela avó, uma vez que a mãe casou-se e tem outra família. Conta ainda, que em determinado dia, pediu às crianças da roda, que levassem algum brinquedo para uma melhor interação livro-criança. na próxima roda. Uns levaram carrinhos, outros celulares de verdade, bonecas etc. Como não tinha nada, o garoto "malvado" levou uma tesoura de costura velha!
Assim, em um país tão mal administrado, onde as receitas públicas são gastas primariamente com juros a banqueiros e agiotas, o enfraquecimento econômico da família nas classes baixas é real e aviltante. Cada família enfraquecida não consegue estudar seus filhos, sem estudos não há como romper com a miséria. Na periferia das cidades grandes eles encontram diversão no Funk. Eu critico as letras do funk que depreciam a mulher, porque suas palavras chulas e movimentos obscenos só fazem aumentar a miséria já existente quando usam a música para roubar sua dignidade.
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O movimento funk carioca chegou à periferia da Capital paulista há pelo menos oito anos. Como foi difícil aguentar durante alguns meses o som alto das caixas tocando uma música chamada "bonde do tigrão". Mais recentemente, nos fins de semana, a coisa evoluiu. As caixas deixaram as janelas abertas das salas e foram para os porta malas ou mesmo dentro dos carros com potências turbinadas, para tocar funk a qualquer hora do dia, da noite e da madrugada. O febre do funk definitivamente "pegou" na "perifa" de Sampa.
O som alto, entretanto, não é o que mais me incomada no Funk. São as letras com palavras chulas despersonificando a mulher que me assustam. Um dia desses, alguns moços do bairro escolheram o começo da minha rua, para colocar o carro na calçada com o porta malas aberto e dali começou um batuque funkeiro em volume máximo. Apesar de, a esta altura de meus 53 anos, já estar um pouco surdo, por causa de barulho, o batuque não incomodava tanto. Mas uma letra "chulíssima" invadia a privacidade de todas as casas da vizinhança, ofendendo todas as mulheres, inclusive minha esposa e minha filha. Era um tal que passar a mão ali... sendo este "verso" um dos mais "castos", entremeado com gritos de orgasmos femininos, palavrões, entre outras coisas que não mencionar aqui. Reclamei, quase apanhei, mas mais o carro não foi mais foi colocado ali.
Como cristão preciso analisar a assnto sob dois ângulos. Pela ótica de um cidadão, posso dizer que tomei uma atitude de resistência pacífica, sem aceitar a provocação para um confronto físico, graças a Deus, foi uma surpresa não ter apanhado para resolver o problema. Pelo lado espiritual, há outras coisas envolvidas que de agora em diante vou analisar. pois diz repeito ao ao propósito do texto.
Não posso dizer que a música funk seja do diabo, mas quanto as suas letras - posso sim! Elas partem do pressuposto de que toda mulher é uma prostituta, pois usam as palavras e palavrões desse meio. Não estou desprezando prostitutas, são dignas de ouvir o Evangelho, mas estou referindo-me a um linguajar que não é próprio fora do meio. Uma comunidade inteira fica exposta a ouvir este som móvel até se acostumar com ele, goste ou não. Estas letras sujas do funk tiraram a mulher de uma condição que já era ruim, para a condição de animal inferior. De objeto de desejo sexual, para uma cadela disposta à cruza. A diferença entre o sexo conjugal cantado em pura poesia bíblica em Cantares de Salomão para uma letra horrorosa e porca da música funk fica muito bem comparada usando apenas duas frases. "Amada minha" x "cachorras e preparadas".
Eu estive conversando com minha filha casada, e ela me disse uma coisa muito triste. Na sua opinião aquelas adolescentes da periferia que estão hoje "quebrando" e balançando o traseiro no meio da rua, daqui a um futuro não muito distante vão estar grávidas. Seus bebês muito provavelmente não conhecerão o pai e serão criados por avós. Crescerão revoltados, agressivos, doidos, não porque lá no fundo sejam isso, mas porque usam desse artifício para encobrir a despersonalização. Quando olham outras crianças andando com os pais, e sentindo a falta de um que não conheceram, deparam-se com um vazio que não conseguem suportar. Eles são o produto do desamor, não de um ato conjugal, mas de uma "cruza" entre um "tigrão" e uma "cachorra."
Conheço alguém de um projeto social contando histórias para crianças de periferia. Em sua roda de leitura tinha um garoto terrível, perturbado e malvado. Conversando com ele, ela conta que descobriu que ele era super carente de amor. Sua maior frustração era não poder conhecer o pai. Nem sua mãe sabia quem ele era. Aliás, foi criado pela avó, uma vez que a mãe casou-se e tem outra família. Conta ainda, que em determinado dia, pediu às crianças da roda, que levassem algum brinquedo para uma melhor interação livro-criança. na próxima roda. Uns levaram carrinhos, outros celulares de verdade, bonecas etc. Como não tinha nada, o garoto "malvado" levou uma tesoura de costura velha!
Assim, em um país tão mal administrado, onde as receitas públicas são gastas primariamente com juros a banqueiros e agiotas, o enfraquecimento econômico da família nas classes baixas é real e aviltante. Cada família enfraquecida não consegue estudar seus filhos, sem estudos não há como romper com a miséria. Na periferia das cidades grandes eles encontram diversão no Funk. Eu critico as letras do funk que depreciam a mulher, porque suas palavras chulas e movimentos obscenos só fazem aumentar a miséria já existente quando usam a música para roubar sua dignidade.
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7 comentários:
Primeiramente gostaria de agradecer pelo comentário!
Parabéns pelo BLOG ,EXCELENTE !!
Sem dúvida temos vivido dias de total desrespeito as mulheres, e o pior é que algumas não percebem isso e em nome da liberdade acabam se expondo e sofrendo como consequência frustração,solidão,depressão...
Que possamos como igreja,restaurar a posição da mulher segundo a palavra: mulheres sábias,inteligentes,sensíveis e cheias do Espirito Santo...
Acesse www.upanemaparacristo.blogspot.com e se informe sobre o meio evangélico a nível local, nacional e mundial.
Se for possível colocar o link no seu blog, ficarei muito grato.
Deus te abençoe!
Meu irmão em Cristo!
Muito bom o nível dos textos de seu BLog. Textos sérios, ricos e percebi nesse texto um olhar de compaixão ao invés de crítica somente.
Que Deus continue lhe dando muita sabedoria e Graça!
Graca e paz,querido irmao!!
Quero parabeniza-lo pelo qualidade e conteudo do seu blog.Deus o abencoe!
Amigo bom dia!!
Concordo com vc em genero número e grau, não sou evangelica, acredito em DEUS sobre todas as coisas e como costumo dizer o resto é o resto.
Lamento muitooooo a inversão de valores, principalmente no comportamento dos jovens, as vezes tenho a impressão que o mundo ta de ponta cabeça, não se respeita mais nada,tudo é permitido sem nenhuma noção de valores morais. Lamento muitooooooo por tudo que vem acontecendo no meu pais, no meu estado e na minha cidade.
Concordo como você!
O funk realmente tem letras que desvalorizam a mulher de um jeito terrível!
Eu, como mulher, me sinto humilhada quando escuto uma música que se refere a mulher como uma "cachorra".
Termo mais que baixo esse!
Parabéns pelas palavras!
Seu blog é muito bom! :D
É complicado defender a mulher nas inumeras agressões que sofrem, seja através de músicas depreciativas ou pelo olhar machista de nosso modelo social. É complicado porque grande parte das mulheres gostam do tratamento discriminatório que recebem estão subordinadas a condição de objeto. A mulher tem toda uma estrutura social que a protege e defende seus direitos, vemos a mulher como sexo frágil, e mesmo assim com estão se perdendo na imoralidade. É comum o entendimento de que direitos iguais significa apenas o revide a uma traição ou a suposta vantagem de ser libertina como alguns homens.
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