domingo, novembro 16, 2014

John e Elizabeth Price, uma história de missões no Brasil


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Bem-aventurado o homem que teme o Senhor, 
que em seus mandamentos  tem grande prazer!
Seus descendentes serão poderosos na terra e
 uma geração abençoada de homens íntegros.''
Salmos 112:1-2


Missionários John e Elizabeth Price

A partir do século XIX, o Brasil começou a ser um campo missionário de protestantes vindos da América e da Europa. Conheça a linda história de um desses casais missionários que foram pioneiros do Evangelho no Brasil: Reverendo Dr. John Price e Elizabeth Price e os frutos que deixaram em sua descendência. Conheça a seguir esta abençoada história. 

Desde a primeira década do século XIX, os missionários protestantes, de diversas tradições, chegaram e se estabeleceram no Brasil. Esses desbravadores do Evangelho de Cristo semearam nos quatro cantos da nação brasileira e investiram as suas vidas para que o Brasil hoje pudesse ser um celeiro missionário para o mundo inteiro. 

Todavia, eles não foram os primeiros protestantes que chegaram no Brasil, pois nos séculos XVI e XVII, de formas pontuais aqui estiveram cristãos protestantes oriundos da França (Huguenotes) e da Holanda  (Reformados). A partir do século XIX, porém, alcançariam uma permanência definitiva em terras brasileiras. 

As primeiras organizações protestantes que atuaram junto aos brasileiros foram as sociedades bíblicas Britânica e Estrangeira (1804) e Americana (1816). O binômio “evangelizar e educar” caracterizava a estratégia missionária dos protestantes que se instalaram no Brasil durante o século XIX. 

A partir desse momento histórico, o Brasil passa a ser transformado e profundas mudanças ocorrem na história do país. Hoje, segundo dados do censo demográfico do IBGE (2010), os evangélicos já somam mais de 42,3 milhões de fiéis ou 22,2% da população brasileira. Ainda hoje somos testemunhas oculares desse mover do Espírito de Deus sobre a nação e que se deve em grande parte ao sacrifício e dedicação dos pioneiros do Evangelho que investiram suas vidas em favor da evangelização desse país.

Um dos pioneiros do Evangelho na nação brasileira foi o casal de missionários Rev. Dr. John Watkin Price e Elizabeth Wittmann Price. Eles chegaram no Rio de Janeiro em 25 maio de 1896, a bordo do Navio “Coleridge” vindo do Brooklyn em Nova Iorque, enviados pela Igreja Metodista Episcopal dos Estados Unidos da América. A partir dessa data uma grande obra missionária se iniciava em solo brasileiro. O casal de missionários norte-americanos durante mais de 35 anos investiu suas vidas em favor da causa do Evangelho no Brasil, deixando um legado espiritual imensurável para as gerações futuras. 

Segundo  artigo “O Apóstolo” publicado no jornal de Porto Alegre (RS) em Janeiro de 1939 escrito pelo Rev. A.M.Ungaretti, o médico Rev. Dr. John Price destacou-se como um missionário de grande envergadura em sua época. Ele e sua esposa pastorearam e fundaram várias igrejas locais  nos estados do Rio Grande do Sul , Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,  destacando-se as igrejas de Porto Alegre, Santa Maria, Cruz Alta, São Lucas e Rio da Prata. 

Como missionário e evangelista, trabalhou com sua esposa em diversos outros projetos sociais no Brasil tendo fundado também escolas e hospitais, deixando profundas marcas espirituais por onde viajavam. Outro admirador e cooperador do Rev. John Price, João P. Flores, descreve em sua biografia um artigo dedicado ao casal de desbravadores publicado no Jornal “Expositor Cristão” de 1938, dizendo: “Aqui no Brasil muitos serão os corações que se lembrarão do agradável casal que deixa uma rica herança entre nós. 

O casal Price dedicou mais de 35 anos de suas vidas na obra de Deus em nosso favor.” O missionário Rev. John Price era um homem de ferro e não media esforços para o bem da causa do Evangelho. Ele viajava montado a cavalo e não se importava com o inverno, nem com o calor sufocante nos dias de verão. Ele e sua esposa eram uma só carne e aspiravam o mesmo objetivo: a expansão do Reino de Deus. 

Em muitas ocasiões, o casal de missionários se sacrificava e investia seus  próprios recursos para sustentar as ações sociais e a manutenção das escolas nas cidades onde  plantavam igrejas. A perseguição e hostilidade ao protestantismo eram notória naquela época. Em algumas cidades os comerciantes eram orientados pelos líderes religiosos locais a não venderem alimentos para o casal, nem tão pouco podiam se comunicar com eles. 

Mas, o chamado de Deus em suas vidas falava mais alto. O casal Price prosseguiu incansavelmente na obra evangelizadora, inclusive na zona colonial e encerraram seu ministério em solo brasileiro na cidade de Porto Alegre (RS) após 35 anos de ininterrupta obra missionária na nação que escolheram para amar e servir.   


Eu e minha casa serviremos ao Senhor
Josué 24.15


Aprouve ao Senhor Deus em sua presciência na genealogia do casal de missionários reascender no século XXI a chama sacerdotal e missionária na família Price. Hoje, o bisneto do casal missionário, Pastor Mauricio Price juntamente com sua esposa, Cristina Price, servem no Ministério Cristão e prosseguem com a obra evangelística de seus antecessores e referenciais.  

Com o mesmo espírito missionário e empreendedor de seus bisavós, desejam contribuir com a expansão do Reino de Deus. Ao longo de sua vida, o Pr. Mauricio Price  tem se dedicado integralmente em favor da Causa da Bíblia no RJ e no Brasil, bem como ao pleno exercício do Sacerdócio Pastoral e da Medicina. 

Foi batizado em águas, em outubro de 1992 no Rio Jordão em Israel e ordenado ao Ministério da Palavra no dia 21 de Maio de 2006.  Como Presidente do Diretório Estadual no RJ e Conselheiro Nacional da Sociedade Bíblica do Brasil(SBB) e Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil serve também no ministério cristão universitário desde 1997, tendo idealizado a Capelania Evangélica Universitária (CEU) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), movimento cristão universitário, onde atua com o segmento jovem fluminense. 

É Ministro do Evangelho filiado a CEADER da Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil (CGADB). Em sua trajetória profissional, o Pr. Price, seguindo a formação de seu ascendente, graduou-se em Medicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ) em 2002 tendo ingressado no mesmo ano nas fileiras da Marinha do Brasil como Oficial Médico do Corpo de Saúde(CSM), obtendo o segundo lugar geral de sua turma. 

Como pastor e como médico militante, o Pr. Price, seguindo o exemplo deixado por seus bisavós, juntamente com toda sua família tem  adotado como lema de sua vida,  o que está escrito no livro de Josué 24.15:“ Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. 

Em sua mensagem de gratidão pela homenagem ao receber a Medalha Pedro Ernesto na solenidade de comemoração do “Dia da Reforma Protestante” na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o jovem pastor finalizou dizendo: 

“Sou simplesmente fruto da fidelidade e da abnegação de meus bisavós que amaram esse país em favor da expansão do Evangelho. Louvo ao Senhor pela vida deles e pelo exemplo que são para mim e toda a minha família. Tal como meu bisavô, minha vida tem sido uma jornada de dedicação, esforço e serviços prestados em favor do Evangelho e da Pátria. Dou graças a Deus por tudo o que Ele tem feito em minha vida, família e ministério. Deus é fiel! Creio que serviço a Igreja do Senhor e ao Senhor da Igreja é o maior privilégio que um homem pode alcançar nessa vida. A Deus seja dada toda a honra e glória!” 






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quinta-feira, novembro 13, 2014

Coral da Assembleia de Deus canta no Hospital do Campo Limpo



PERFORMANCE DO CORAL MANANCIAL
DA IGREJA ASSEMBLÉIA DEUS - SETOR SEIS - SANTO AMARO - MIN.BELENZINHO
NO HOSPITAL MUNICIPAL DO CAMPO LIMPO.
domingo de 11.05.2008 - Dia das Mães

Foto: David Ramos

Coral Manancial - S.06 AD STO AMARO
Regência: Maestro Geniton

Foto: David Ramos
Coral Manancial S06 - AD Sto Amaro
Intervalo: Coral Manancial intercedendo pelos enfermos do Hospital do Campo Limpo
junto com o Presbítero Isauro e o Maestro Geniton.

Foto: David Ramos
Coral Manancial Ass.Deus Sto Amaro
De volta ao louvor, no espaço da futura Brinquedoteca do Hospital



IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS

SETOR - 06 - SANTO AMARO

Pastor Astrogildo Adolfo Américo







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terça-feira, novembro 11, 2014

A benção e os nativos das Ilhas Salomão

Princesa Kate Middleton em visita as ilhas Salomão

Wilma Rejane


Foi assistindo ao belo filme "Como estrelas na terra, toda criança é especial" que ouvi pela primeira vez a referência sobre o método utilizado pelos nativos das ilhas Salomão para derrubar árvores. É uma história curiosa e apesar de meu esforço em pesquisa para  comprovação cientifica , nada encontrei a não ser artigos repetidos dando a ideia de que se trata de mais uma lenda a circular pela internet. Em todo caso, farei uso da "lenda" para extrair lições reais. 

No filme, um professor apaixonado e dedicado, luta para desenvolver as aptidões intelectuais e emotivas de um garotinho com dislexia (Ishan de 9 anos). Uma criança mal compreendida e traumatizada pelos maus tratos verbais de seu pai que não percebe que as dificuldades do filho são de ordem patológica. Em uma das conversas com o pai de Ishan, o professor diz: "Você conhece a história dos nativos das ilhas Salomão? Quando uma árvore é de grosso caule e difícil de ser derrubada, por 30 dias os nativos se põem ao redor da árvore pronunciando maldições contra ela até que morram,sem sequer serem tocadas por um machado, apenas pela força das palavras". 

Não se preocupe que o objetivo do artigo não é convocar o leitor à pratica da confissão positiva, porque acredito que a priori vem a fé, depois a confissão, o contrário disso seria superstição. Contudo, ignorar o poder das palavras seria ignorar o mundo, afinal somos movidos a linguagem e nada foge a essa regra, mesmo no silêncio, apreendemos mensagens que nos chegam em diferentes formas: desenhos, gestos, símbolos, cores, odores, sabores, pensamentos. O mundo é linguagem onde se procura as palavras certas para viver. A história das ilhas Salomão tem sua verdade e eu não quero ser o nativo, nem a árvore.

Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Tiago 3: 8.9,10.

Abençoar a si e aos outros é um exercício edificante quando envolve sinceridade e amor. Em qualquer circunstância a benção tem efeito revigorante e motiva o perdão, Jesus disse: "Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos vossos inimigos, para que sejais filhos de Deus Pai que está nos céus" Mateus 5:44, 45. A benção dizima o ódio, porém é sempre mais difícil construir que destruir, por isso tantas vezes  escolhe-se acusar e falar mal ao invés de abençoar.

Abençoar , no hebraico, é “barach”. A raiz da palavra “barach” possui alguns termos derivativos, como: vrachá (benção); berech ( ajoelhar); b’rekah (tanque ou reservatório). Assim, benção inclui prece e reserva um mundo de coisas boas. Ao abençoarmos alguém, estamos desejando que essa pessoa conquiste prosperidade, paz e felicidade, por meio de Deus. Abençoar vai além do que se pode alcançar com as próprias forças, é uma invocação  Divina. Deus disse para Abraão:"Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoares", Gn 12:3. Portanto, ao abençoarmos os outros, somos também abençoados. Plantando e colhendo.

Como cristã e educadora, tenho usado a benção na fé de que através desse ato, Deus de fato, transforma mau em bem. E já que iniciamos o artigo falando sobre o poder da benção no ato de educar e motivar, incluo aqui uma de minhas experiências em sala de aula. Ano passado, tive um aluno por nome Raimundo. 17 anos, primeiro ano do ensino médio. Em uma conversa com professores das disciplinas de inglês e história ouvi: "Raimundo não assiste minha aula e nem faço questão, pois a sala fica bem melhor sem ele e: em minha aula o ponho para fora da sala, se quiser bagunçar fica logo do lado de fora". Depois me perguntaram: E na sua aula, professora Wilma? Bem, Raimundo não apenas assiste todas as minhas aulas, como ainda é um dos melhores alunos, respondi. Surpresa geral. 

O segredo estava na benção. Eu orava por Raimundo, elogiava seu desempenho em sala e o resultado foi surpreendente. No final do ano, dei de presente ao Raimundo um livro meu autografado e ele ficou muito feliz: " Nunca tive uma professora escritora, nem professor que achasse que eu merecia algum premio". Raimundo era um aluno inteligente, mas revoltado e queria chamar a atenção para si, em minhas aulas, acabou fazendo isso de forma positiva. Esse é um singelo exemplo do que a benção pode gerar.

Vou ficando por aqui com a lição dos nativos das ilhas Salomão e as recomendações Bíblicas sobre abençoar. Se você já pratica a benção, amém. E se ainda não, que tal começar hoje?

Deus o abençoe.