quarta-feira, agosto 13, 2014

Cidadania Evangélica no Brasil

Diga NÃO!
.
aos que procuram menosprezar, discriminar, difamar e apequenar o nome de Cristo.

Esta atitude pode  trazer o respeito que comunidade cristã merece.



João Cruzué

Entre os filmes de que mais gosto há um que em português se chama "O Pastor" (The road to Freedom - The Vernon John's Story). É James Earl Jones quem protagoniza um velho pastor afro-americano da famosa Igreja Batista em Montgomery, capital do Alabama. Às voltas com as injustiças praticadas contra a comunidade negra, nos  anos 40/50, o velho pastor dava verdadeiras aulas de cidadania às suas ovelhas como, por exemplo: plantar suas próprias hortas, andar a pé para evitar a empresa de ônibus onde negros tinham que se levantar para ceder o assento aos brancos, quando chegassem. Aquelas pequenas sementes de cidadania brotaram, cresceram e mudaram a interpretação da Constituição Americana. Isto também podem trazer mudanças significativas para os evangélicos brasileiros.

Cada domingo o pastor pregava um sermão que incomodava as autoridades (brancas) da cidade. Principalmente porque o título do sermão era anunciado em frente à Igreja, com uma semana de antecedência. Não conseguindo dobrar o ânimo do velho pastor, as autoridades locais: o juiz, o xerife e o prefeito começaram a pressionar os membros do Conselho Administrativo da Igreja, que por fim, cansados e amedrontados e não conseguindo a "cooperação" do pastor, o destituíram.

Depois disso, foram procurar por um substituto que fosse jovem e "flexível", que pudesse ser manipulado e "amaciado" à vontade. Mas, no filme o tal jovem sucessor do "desbocado" ancião destituído, era nada mais, nada menos, que Martin Luther King, Jr. Aí foi que o tiro saiu pela culatra. Na verdade, o substituto era muito mais aguerrido e idealista. Este filme histórico conta um parte das conquistas que o Pastor Martin Luther King trouxe para a comunidade negra americana. Em 1964 ele conquistou a aprovação de uma emenda na constituição americana. Foi através de atitudes como resistência passiva e desobediência civil, pregadas por Henri David Thoreau e Gandhi, que o Pastor Martin Luther King conquistou sua fama e a conquista do Prêmio Nobel da Paz, naquele mesmo ano.

Trazendo agora o foco do artigo para a comunidade evangélica no Brasil, em pleno século XXI, ela também vem sofrendo com difamação e preconceitos, e pode aprender muitas coisas a aprender com Martin Luther King. Nós, os crentes em nosso Senhor Jesus Cristo, temos enfrentado aborrecimentos com um preconceito crônico instalado na mídia brasileira, onde a maioria das imagens veiculadas dos evangélicos está associada a algo ruim. Um quarto da população brasileira - 50 milhões de pessoas - são evangélicas, ou como costumo dizer, crentes em Cristo.

A imagem que a TV Globo sempre passou  das mulheres crentes são os estereótipos do "cabelão" e do "saião". Os pastores, independente de que Igreja sejam, são mostrados como charlatães, avarentos ou de indivíduos desequilibrados. O povo crente em geral é considerado como gente ingênua "bobinhos" sempre explorados por vigaristas da fé. Quando aparece uma notícia ruim, o preconceito está tão enraizado entre os jornalistas, que se a pessoa for de qualquer outra religião nada se escreve, mas se há uma família de crentes envolvida, via de regra, esta qualificação é apontada, para insinuar má fama.

Se isto não é preconceito e não vem acontecendo, por favor belisquem-me, pois, devo estar delirando!

Mas é preconceito sim. Ele nos agride e incomoda. Diante disso, as reações de nossas lideranças já são previamente conhecidas. Há os que dizem: o mundo jaz no maligno e não devemos mesmo esperar o nada, nem o respeito da sociedade. São os que  aceitam a escravidão do Egito. Outros fingem que o preconceito não existe, e procuram viver da melhor maneira possível. São os indiferentes - não estão nem um pouco preocupados. Há ainda outros que se disfarçam de incrédulos. São principalmente as crianças, adolescentes e jovens evangélicos que procuram se comportar nas escolas públicas como verdadeiros "pestinhas" apenas para que ninguém descubra que eles são crentes. É como se ainda pairasse um quê de escravidão sobre nossas cabeças.

Podemos, sim, dar um basta neste progressivamente neste preconceito e conquistar o respeito que ainda não temos diante da sociedade brasileira. Não que isto vá fazer o mundo ter paz conosco, mas se nada for feito por nos, até nossos filhos vão ter vergonha de serem cristãos. Não podemos andar de cabeça baixa, é preciso dar uma resposta. Uma resposta equilibrada, sem radicalismo, que possa ser traduzida em atitudes familiares simples, mas que no coletivo vão trazer  boas mudanças e o respeito a cidadania que por direito temos. Quer um exemplo deste tipo de reposta? Cadê aquele kit gay que o atual prefeito de São Paulo, na época, Ministro da Educação pretendia despachar para cada escola dos cinco mil e tantos municípios brasileiros? Sabe por que não fizeram a distribuição? porque tiveram medo de perder o voto dos evangélicos. Nossa atual presidente, Dilma Rousseff, também recuou de implantar a Lei do Aborto indiscriminado.

Precisamos começar a ter respeito por nós mesmos, através de uma consciência mais aguçada de cidadania. Quando olho para o Livro de Atos dos Apóstolos e vejo o efeito que as palavras de Paulo causavam tanto em em ouvidos judeus quanto romanos. Os cristãos, desde os primeiros apóstolos, sempre tiveram entre seus líderes homens cuja coragem era marca de seus caráteres, como está escrito em II Timóteo 1:7. Será que os tempos mudaram?

Há muito tenho ouvido palavras de boicote à TV Globo com suas novelas perniciosas e preconceituosas. Não sou contra a Rede Globo, mas contra as atitudes de seus gestores, que devem ter mesmo ojeriza da família brasileira. Não sou favorável a atitudes radicais e nem é de bom alvitre ter fixação em derrubar órgãos da imprensa. É preferível ter uma imprensa, às vezes preconceituosa, do que a imprensa de "chapa branca" das ditaduras cubanas, venezuelanas, argentinas, bolivianas, equatorianas... Defendo sim a liberdade de expressão, mas desde que não seja usada para ofender os direitos de cidadania de ninguém. De preferência, que não esculhambem a estrutura familiar.

Nós crentes podemos, sim, dar NOSSO RECADO de desagrado quanto ao que vai pela TV não importa qual for: se Globo, Record, SBT, Bandeirantes ou qualquer outra que venha ferir e prejudicar a consciência dos cidadãos da comunidade evangélica. Não queremos destruir, mas contribuir para o aprimoramento dessa liberdade de expressão com atitudes de resistência pacífica.

Estou sugerindo democraticamente que nos conscientizarmos desses fatos e passemos ao terreno das atitudes. Como por exemplo esta: anotar o nome das empresas que patrocinam programas que ajudem a disseminar o preconceito contra crentes ou que promovam a desestruturação familiar. Em seguida que se boicote as marcas desses produtos que patrocinam financeiramente  a difamação.

Ao chegar no supermercado, cada um de nós conscientemente, pode substituir tais produtos por marcas de outras empresas que respeitem nossa cidadania e a cultura cristã.

Irmãs evangélicas, não estou sugerindo que ninguém assista ou deixe de assistir qualquer novela. Uns reprovam, outros gostam. Mas se você tem cabelos longos, seria maravilhoso que parasse de comprar por exemplo aquele shampoo que financia novelas que procuram mostrar a mulher de "cabelão" sempre como uma crente hipócrita - de dia santa e de noite devassa - entre outras coisas ruins. Talvez o shampoo de uma novela dessas até faça mal ao seu cabelo. Mesmo que você nunca assista uma novela, antes de comprar qualquer produto no supermercado, seriam muito bom saber se ele não está por trás de programas que mostram os crentes como pessoas atrasadas, desequilibradas e hipócritas. Não basta deixar de assistir novelas. Por ignorância, você pode estar comprando produtos das marcas que estejam financiando maus costumes. É preciso estar bem-informado para não contribuir com as estratégias do diabo.

A comunidade evangélica responde hoje por mais de 25% do consumo na economia brasileira. Precisamos adquirir consciência desta força para aprender a dizer NÃO de forma pacífica, inteligente e indireta. Uma novela para ficar no ar precisa de patrocínio. O patrocínio vem das empresas que vendem produtos populares. Sabonetes, shanpoos, marcas de carros populares, remédios para dor de cabeça.

Quando os crentes começarem a ligar para os 0800 dessas empresas, para dizer que não vão mais comprar os produtos delas, porque estão patrocinando programas perniciosos ou que estejam depreciando a imagem e cidadania dos crentes - elas vão ouvir, sim senhor! Pode ser que não imediatamente, mas quando cada um de nós for além das palavras e deixar de comprar por um ano, dois anos aqueles sabonetes, shampoos, celulares, remédios de dor de cabeça.... Com certeza isto vai ser uma boa lição de cidadania. Isto é justo e honesto converse e nossa família precisa saber para adquirir uma boa consciência.

Por fim, contextualizando este artigo, quero dizer que vem aí as eleições de outubro de 2014.  O crente em Jesus não pode ter simpatia por anarquistas, que defendem o boicote ao voto. Deixar de votar. Jesus disse que devemos dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César. Ele não mandou boicotar o que era de César, e não mandou porque se este mundo perder a consciência de organização comunitária, vem a seguir o descontrole e a baderna. O caos não é de Deus. O que precisamos fazer é orar para depois escolher. E escolher pessoas que antes de serem eleitas, tenham firmado compromisso de respeitar a família brasileira. Uma nação de terceiro mundo, como a nossa,  só pode prosperar se cada família for temente a Deus e tiver costumes sadios.


Clique na figura para assistir o filme na língua inglesa.


cruzue@gmail.com

.

domingo, agosto 10, 2014

Johann Gutemberg e a palavra escrita

.

Bible, Luther Translation

"Bemühe dich darum, dich vor Gott zu erweisen

als einen rechtschaffenen und untadeligen Arbeiter,

der das Wort der Wahrheit recht austeilt."

2 Timotheus 2:15

-------------------------------------------------------------------------

Joao Cruzue

Você sabia que Johann Gutenberg era judeu e que sua invenção influenciou a vida de bilhões de pessoas, em todas as nações, durante cinco séculos? Sabia também que 35% dos laureados com o Prêmio Nobel são judeus? Tudo isto tem muito a ver com a palavra escrita e no limiar deste novo século, a partir de 1992, uma outra revolução está acontecendo onde a era da mídia impressa está sendo substituída rapidamente pela era digital. Se você ainda não edita um Blog, mas tem um compromisso de fidelidade com o Senhor Jesus Cristo, dê-me cinco minutos para lhe mostrar coisas novas que talvez ainda não sabe.

A segunda razão de tantos judeus ficarem em evidência tem uma explicação: por motivos religiosos Israel sempre focou em educação. Já na época de Cristo não havia analfabetismo em Israel. E antes disso, Deus já tinha provido meios de influenciar sucessivas gerações de judeus, escrevendo sua vontade na Torah. A Bíblia que temos hoje é o maior exemplo da prioridade divina.

Nos dias que seu filho está saindo para o campo missionário, William Carey lhe deu este conselho: Primeiro ensine o povo a ler; depois pregue o Evangelho". Naturalmente usando a palavra escrita.

Hoje, 500 e poucos anos anos depois de Gutemberg, há uma nova revolução na forma de transmitir a palavra escrita. Desde 1992 é possível abrir páginas virtuais com textos e imagens na tela de um monitor. É um formidável salto tecnológico.
Há mais de 2 bilhões de almas lá fora que podem ler a palavra de Deus através de um monitor ou celular. E este número está crescendo.

Deus tem nos dado os meios, gratuitos, para dizer aos quatro cantos da terra 
que Jesus Cristo, seu unigênito, salva os perdidos, perdoa pecadores, cura enfermos, expulsa demônios, ressuscita mortos, levanta caídos, ama os discriminados, reconcilia os distantes, alegra os tristes, batiza com o Espírito Santo, porque seu nome é Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Por um lado, há uma promessa divina de que toda palavra enviada na vontade de Deus não voltará vazia, mas irá, e prosperará, e cumprirá o propósito para que foi enviada. Por outro, ainda há falta de iniciativa ou de atitude daqueles que invocam o nome do Senhor, mas ainda não atentaram para uma das últimas oportunidades que Ele nos dá.

Ou você acha que esta revolução nas comunicações virtuais veio do nada, sendo um simples fruto do acaso? Não! O Altíssimo tem novos propósitos à medida que os séculos passam e a humanidade adquire maturidade para entender os propósitos divinos.

Eu creio, e sempre martelo está mesma visão: que toda liderança evangélica deveria publicar conteúdo cristão na Internet. Sair de uma posição confortável (leitor) para subir um degrau a mais na escala da efetividade, se tornando um publicador de conteúdo. Muitos respondem que há falta de tempo; mas na verdade a grande maioria não escreve por timidez ou receio de não escrever direito e ser criticada.

Não guarde suas experiências com Deus apenas para você. Compartilhe com o mundo. Isto mesmo! Compartilhe seu testemunho, as bênçãos que você tem recebido de Deus, as palavras que Ele tem falado ao seu coração. Outros também precisam ouvir. Isto é ir na contramão do pós-modernismo; deixar o caminho do individualismo para investir na visão de João: "Tantos como areia da praia".

O caminho mais simples para falar de suas experiências com Deus na Internet é através de um blog. Simples, gratuito, fácil de publicar, basta querer. Irmão, seu espaço na Internet ainda está vazio. Conquiste-o! E para não ficar apenas em palavras, aqui vão dois endereços para você aprender algumas dicas: Como Blogar e Curso de Blogs.


Irmão João Batista Cruzué

Associação de Blogueiros Cristãos.

cruzue@gmail.com