sábado, julho 31, 2010

Divórcio entre casais evangélicos.

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João Cruzué

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Está faltando autoridade, temor de Deus

e orações nos púlpitos e em muitos lares evangélicos
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Li recentemente uma pesquisa feita sobre divórcio em relação a religião das pessoas. O resultado mostrou que os índices de separação eram idênticos tanto para católicos, evangélicos, espíritas, judeus e muçulmanos. A mesma proporção entre a população religiosa estimada e a quantidade de divórcios. Como sou evangélico desde os 18, 27 anos de casado e 54 anos de idade, creio que tenho alguma experiência e autoridade para abordar o assunto.

Deus tem um compromisso com o casamento. Isso é inegável.Foi Deus quem criou a instituição do casamento, o compromisso assumido entre um homem e uma mulher, diante de suas famílias, amigos e autoridades, em todas as culturas e religiões. A forma pode ser diferente, mas os princípios, compromissos e familiares são os mesmos.

Quando um casal se separa, produz um mau exemplo, potencialmente "copiável" pelas gerações seguintes. Quando pai abandona sua esposa, está ensinando para o filho que é o compromisso com a família é relativo. E do filho para o neto, mais relativo ainda. Quando os limites são quebrados, já não restam mais limites. É isso que está acontecendo no meio evangélico. Quando os jovens membros de uma Igreja presenciam os filhos da "segunda" subirem no colo da repudiada, os valores do matrimônio são desmerecidos e o púlpito perde autoridade e respeito.

Uma Igreja de faz de contas. É exatamente isso que tenho a dizer e aquele versículo de Hebreus 12:5 passa de fato a ter a seguinte redação: "Desprezado seja entre vós o matrimônio, e o leito maculado não faz mal." E por deixar passar um boi, o púlpito acaba deixando passar um rebanho inteiro, pois a moral e a Bíblia foram relativizadas.

Um casamento não se sustenta apenas por sexo. Daí a importância do jovem insistir com Deus em oração para se casar com a pessoa certa. E o Senhor comunica conosco que é esta pessoa, se e somente se, andemos em santidade. Tem que andar direito com Deus para receber respostas de Deus. Orações de ímpios, profanos e pecadores não são respondidas. O conselho está bem claro em II Crônicas 7:14. Para se aproximar de Deus e receber respostas à oração é preciso andar com um coração reto, e esta comunhão com Deus traz a noiva/noivo escolhido ao encontro um do outro, da mesma forma que Eliézer encontrou Rebeca para Isaque.Amor não significa apenas sexo. O prazer de tocar e abraçar o corpo do cônjuge.

Amor conjugal é sacrifício. E sacrifício é perdoar, desculpar, esquecer, criticar e ficar calado dependendo das circunstâncias. Amar é valorizar o cônjuge, levá-lo a alcançar posições mais altas nos estudos, na Igreja, na vida profissional. Nisso é preciso uma análise mais profunda. Uma abordagem do caráter de muitos cristãos, que têm o péssimo defeito de criticar em 100% do tempo. Precisamos tomar cuidado com isso, pois quanto a crítica é um atributo preponderante em nosso caráter, espelhamos mais a personalidade do diabo que a de Deus. Em rápidas palavras, uma pequena ilustração: Se Zaqueu estivesse na árvore, e o diabo estivesse passando, diria: Vejam todos o homem mais corrupto, ladrão e traidor da cidade de Jericó. E Cristo, ao passar, não disse uma palavra sobre a vida de Zaqueu, suas palavras, ao contrário, levaram o "ladrão" a se arrepender e mudar de vida. Da mesma forma, elogios ausentes e críticas frequentes, fazem com que certos cônjuges desenvolvam o pior lado de seus caráteres.

O sexo é muito presente nos primeiros anos do casal, mas ele deixa de ser preponderante à medida que envelhecem. É quase impossível que não aconteça rusgas e divergências sérias , mas se Jesus é o Senhor (em tese) de um lar cristão, o perdão cristão e a "borracha" do esquecimento devem ser bastante utilizados.

O mais importante que tenho a dizer nesta ocasião é que poucos sabem o que fazer na hora mais difícil que casal cristão é posto à prova. Eu passei por onze anos de desemprego, onde chegou a faltar muitas coisas em minha casa. E o problema financeiro prolongado afetou muito meu casamento. Mas em todas ocasiões difíceis que minha esposa e eu passamos, quando parecia que não as coisas chegavam perto de um ponto final, nós orávamos e pedíamos ajuda ao Senhor. E foram estas orações, e são estas orações, que Deus precisa ouvir para nos ajudar. Muitos perdem seu casamento, porque se esquecem na hora decisiva de dobrar os joelhos de entregar o problema nas mãos de Jesus.

Um casal cristão somente se divorcia, se e somente se, quando deixa de ter fé no Senhor Jesus. Quando os dois se esquecem de orar e manter Jesus em suas vidas, o lar naufraga mesmo. Pois quando Jesus é expulso, a capacidade de perdoar acaba, a fé vai embora e o diabo vem e toma posse. Primeiro destrói o lar dos pais, depois leva os filhos à fornicação, a usar de engano no namoro. Quando a geração dos netos chega à adolescência, a promiscuidade já tomou conta da família. O divórcio é o resultado de vários erros que poderiam ser evitados se houvesse mais temor de Deus tanto na nave quanto no púlpito da Igreja.

Que o Senhor tenha misericórdia, e atenda as orações de quem está neste momento em dificuldades. Quando tudo mais falha, a oração nunca perde seu valor, pois mantém aberta a porta do socorro de Deus, bem presente nas horas de aflição. Antes de jogar tudo fora, peça ajuda ao Senhor e espere pela vitória.

Assim, entendo que o divórcio entre casais evangélicos se tornou comum em nosso país por causa da falta de temor de Deus e do hábito de orar em secreto a Deus. O mau exemplo tem sido tolerado pelos púlpitos, que tem feito (com raras e honrosas exceções) vista grossa para o pecado que acontece debaixo de seu "nariz". E quando o matrimônio é relativizado, as pesquisas de sobre divórcio vai mesmo mostrar que não existe diferença na quantidade de divórcios entre crentes, católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, incrédulos, ímpios, etc. Está faltando autoridade, temor de Deus e orações nos púlpitos e em muitos lares cristãos.




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100.000 blogs evangélicos até 2013


Arts with numbers by joao cruzue

100.000 blogueiros evangélicos
João Cruzué

Há mais ou menos um ano, tenho escrevido sobre a necessidade da massificação do uso de blogs no meio evangélico. Quanto mais penso no assunto, mais vejo que ele é potencialmente interessante. Quando adentro a uma grande livraria e vejo os best sellers do momento, tais como: Stephanie Meier, J. K. Howling, Dan Brown, Zibia Gasparetto, Rick Riodan, Willian Young, etc., percebo que eles em algum tempo começaram a escrever, fracassaram muitas vezes, mas insistiram, até que as coisas começaram a dar certo, e só depois triunfaram. Nenhum deles, que eu saiba, é cristão. Mas poderiam ser. Reconheço que nem todos nós, blogueiros, chegaremos a escritores, mas que os blogs são excelentes oficinas para desenvolvimento de habilidades com as palavras, eles são. Podemos aproveitar esse movimento atual de popularização dos blogs, para usá-los em um propósito diverso do que a maioria vê.

Se cada blogueiro evangélico de (relativo) sucesso ficasse preso ao próprio casulo, com o tempo ou ficaria no ostracismo ou levaria o tédio aos seus leitores. Já deu para perceber que a cultura de blogs evangélicos repercute apenas idéias pessoais. Nós que fazemos parte da cultura ocidental, perdemos a cada dia a capacidade de participar de projetos de cunho comunitário para seguir um caudilhismo egoísta e intolerante. Esta não é uma cultura cristã, cujo primeiro princípio é a comunhão, gostar de andar junto, de ter prazer em participar com os outros irmãos em assuntos inerentes a Igreja.

Creio no uso de blogs como oficinas que podem produzir uma geração escritores, em lugar de apenas uma porta de comunicação individual, onde o blogueiro expressa uma idiossincrasia às vezes rebelde à cultura de sua Igreja. Assumir apenas o papel de protesto na blogosfera não vai de modo algum produzir um movimento e muito menos uma "revolução" na cultura atual das lideranças de nossas Igrejas. No Brasil, por enquanto, é a TV que opera o milagre da comunicação com as massas. Mas, à medida que a sociedade vai ficando mais culta, a TV vai deixar de ser a principal comunicadora e formadora de opinião no país. Precisamos estar atentos, e não só isso, mas experientes, mestre em comunicação e publicação na Internet.

Um blog como uma oficina de palavras escritas. Você propõe um desafio a você mesmo, para melhorar seus textos, escrever sobre um assunto a partir de outros ângulos. Produzir notícias, em lugar de apenas comentar sobre elas. A isto se junta um verdadeiro interesse em investir mais e mais no domínio da Língua Portuguesa. Descobrir o que pensam seus leitores, aprender com suas críticas. Se a carreira de um escritor começa, digamos depois do quinto ou sexto quilômetro, é com um blog que podemos dar os primeiros passos. Penso assim.

Voltando ao leito original. Cem mil blogs - por quê? Porque há espaço para muito mais. Porque é de graça, tanto criar um blog (ou 100) quando a hospedagem dele(s). Porque o alcance de um blog é global. Porque a internet está cheia de "porcarias" e precisa de mais conteúdo da palavra de Deus. De mais testemunhos do que Deus tem feito por nós.

Há milhares de líderes evangélicos neste momento ensinando, evangelizando, pregando, indo para o campo missionário, que não publicam uma palavra do que sentem, veem, e falam. Uma atitude pouco sábia, considerando que estamos diante de oportunidades de enorme potencial. Pessoalmente, já percebi que é bem difícil convencer tais líderes a criar seus blogs. Eles não conseguem ver importância nesta alternativa.

Se eu disser que 1,3 bilhão de chineses estão saindo mundo a fora em busca de fornecedores de insumos e de clientes para seus produtos? Que o eixo financeiro do mundo está se deslocando para o Leste? Que o Evangelho segue pelo mesmo caminho aberto pelo comércio mundial? E por último, QUEM vai prover os textos de leitura e formar as opiniões desses novos atores do comércio mundial e da geração atual de crianças desta nação que já nasce mexendo no teclado de um computador? Espero sinceramente que sejam nossas lideranças evangélicas, e o que temos disponível para começar chama-se Blog.

Nós, evangélicos, temos muito a ver com isso. Se quisermos deixar nas mãos de pessoas não cristãs o destino das crianças de hoje, inclusive as de berço evangélico. Temos que considerar a possibilidade de que somos, sim, responsáveis por ocupar os espaços criados pela tecnologia que Deus tem permitido aos homens que a descubram, dominem e disponibilizem para uso global.

Imprensa, telégrafo, telefone, telex, fax, computador, internet, portais de relacionamento social e plataformas de criação de blogs. A oportunidade de levar o Evangelho aos quatro cantos do mundo a custos baixíssimos à velocidade da luz.

As lideranças das Escolas Dominicais precisam analisar o potencial dos Blogs na Evangelização. Há um interesse sempre crescente de ler o que as pessoas veem, sentem e experimentam. Os textos são feitos de palavras. As palavras podem ser trabalhadas nos blogs e Deus tem um particular interesse na divulgação da sua palavra escrita.

Mais do que nunca é preciso começar, e levar outros para que aprendam a trabalhar com as palavras e publicar textos. Que ninguém se envergonhe, pois a causa é justíssima. Cem mil blogueiros evangélicos trabalhando em suas "oficinas" e convencendo muitos outros publicar na NET.


Convite: faça sua inscrição de amigo da: Associação de Blogueiros Cristãos

Concurso literário: A Associação está patrocinando um concurso para incentivar a criação e publicação de blogs. O participante que escrever o melhor texto, ganhará uma pequena lembrança - R$500,00 em dinheiro. Veja as regras no link "Concurso". Se você criou um blog a partir de 2008, faça sua inscriação.

Perguntas sobre Blogs
: Se precisar de algum esclarecimento sobre blogs, escreva para mim cruzue@gmail.com . Terei grande prazer em ajudá-lo(a).


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