quinta-feira, abril 09, 2009

No limite da esperança


Jesus and a Woman of Issue
Jesus e a mulher do fluxo de sangue

Myer Pearlman

"Às vezes, Deus retarda a resposta de nossa oração para que cheguemos no limite da esperança. O Senhor não age assim com seus filhos apenas para deixá-los em suspense, Ele quer, antes de mais nada, fortalecer-lhes a fé, e deixá-los ver claramente que o socorro vem somente de Deus.

Quando Jesus foi convidado para ir à casa de Jairo foi tocado pela mulher do fluxo de sangue. Jesus podia ter adiado seu entrevista com ela para depois que voltasse da casa de Jairo. Mas deliberadamente esperou até que não houvesse mas oportunidade de socorro humano àquele pai.

Quando Abraão se preparava para sacrificar Isaque, o anjo não interferiu até que o cutelo estivesse prestes a descer sobre o moço. Quando Jacó lutou com o anjo, a bênção não foi dada até que raiasse o sol. Quando Jesus esteve em Caná, só transformou a água em vinho após o suprimento ter-se esgotado.

Não temos qualquer garantia de ficarmos isentos das dificuldades desta vida, mas de uma coisa estamos certos: o Senhor estará conosco enquanto as enfrentamos. Crentes e descrentes igualmente, enfrentam as crises comuns a esta existência – adversidades, decepções, doenças e a morte. Ambos terão de passar pelos portais escuros da existência, mas aquele que anda com Jesus pode confessar: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo”

Na opinião dos descrentes as aparências das coisas materiais contradizem o que se diz das coisas espirituais. O lema deles é ver para crer. Mas na esfera espiritual é preciso crer para ver. O homem espiritual não é influenciado pelo que vê, mas por aquilo que crê.
"

Se creres verás a glória de Deus.


Myer Pearlman (1898 -1842) foi um judeu que se converteu a Cristo. A história de sua breve vida de apenas 44 anos, é um verdadeiro romance. Myer Pearlman, pela sua extrema simplicidade cristã e dedicado amor a Jesus, de quem foi um dos mais ardorosos discípulos, ainda vive no coração de milhares de seus admiradores.

Quando visitar uma livraria cristã, não deixe de aquirir seus livros.




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Barack Obama e o Mundo Muçulmano


"O APELO DE OBAMA NO MUNDO MUÇULMANO"

Barack 4 peace
Obama para a paz

YASSER KHALIL

Tradução: João Cruzué

"Cairo – O Senador Barack Obama representa um fenômeno que tem chamado a atenção global e cativado as mentes de muçulmanos pelo mundo pois ele empreende uma campanha animada para se tornar o próximo presidente dos Estados Unidos.

Apesar do debate aquecido da campanha e um pouco de retórica controvertida quanto ao Islã, grandes segmentos da população muçulmana aqui permanecem fascinados com a eleição e se tornaram grandes fãs do Senador Obama.

Este nível de apoio a um candidato presidencial americano é sem precedentes no mundo muçulmano. Que isto venha no meio de uma sensação quase unânime de indignação e raiva quanto à política exterior dos Estados Unidos – em particular no Iraque e os territórios palestinos – torna isso ainda mais notável.

A explicação é simples: muitos muçulmanos vêem uma nova razão para esperança na aproximação política de Obama e de seus conselheiros. Sua ânsia evidente para reunir mais suporte internacional à política dos Estados Unidos, e até falar "com os inimigos" da América, é a causa do otimismo. Imagine o que a política global pareceria no Iraque, Sudão, Afeganistão, se uma visão como a de Obama tivesse influenciado as lideranças dos Estados Unidos, antes.

Como um árabe muçulmano do Egito, afetado pela política externa dos Estados Unidos, acredito que uma aproximação de Obama ajudaria a resolver os problemas acumulados entre muçulmanos e americanos que ficaram ainda mais agravados desde os ataques terroristas de 11 de setembro. Técnicas novas e mais criativas para tratar com extremistas em lugar dos métodos controvertidos usados pela administração atual dos Estados Unidos também podem tirar da Al-Qaeda e de outros grupos iguais o pretexto para recrutar novos membros. Então, talvez, os extremistas perderiam os argumentos que fornecem o combustível a sua máquina criminosa que os leva a destruir a gente inocente.

Existem, naturalmente, aqueles no mundo muçulmano que se opõem a Barack Obama. Eles argumentam que a Política dos EUA não mudará com um novo presidente. Para eles eu digo que Obama tem já provado há espaço para balançar o barco. Ele se opôs à decisão de invadir o Iraque e está fazendo recomendações lógicas e concretas para que se retire as tropas dos Estados Unidos de lá.

Os muçulmanos cínicos argumentam que todos os políticos americanos, inclusive Obama, são influenciados na direção de Israel à custa de Árabes. Mas nós devemos diferenciar entre o suporte de um candidato por um estado judaico e um viés inerente em direção a ele. A amizade dos Estados Unidos com o Israel não tem de ser uma ameaça, especialmente se ele tomar uma posição mais ativa ao criar tão somente uma política justa para o resto do mundo árabe.

Depois houve o debate apóstata. Quando Obama foi descrito como um apóstata muçulmano em potencial, muitos muçulmanos reagiram com espanto e curiosidade. Obama disse que nunca foi muçulmano, em primeiro lugar, ainda que algumas pessoas o consideraram assim, por parte de pai. Para mim, é claro que o Islã é um ato de livre escolha, não hereditário.

Outras campanhas pela Internet exploraram pretensos links muçulmanos de Obama retratando a América como "um país racista" cujos cidadãos e os políticos nunca permitiriam a Obama ganhar, porque ele é negro e tem raízes muçulmanas. O esforço malogrou-se, mas todavia trouxe para o candidato até mais compaixão entre mundo muçulmano.

A negativa de Obama de ser um muçulmano não significa que ele o vê como uma acusação, em vez disso, ele está distanciando-se de acusação formal de engano e hipocrisia. É tempo de sair desses debates desnecessários e julgar este promissor candidato presidencial sobre suas visões políticas e capacidade para equilibrar os interesses globais muçulmanos com aqueles deseus partidários e amigos.

Abraçando o diálogo com países muçulmanos como a Síria e o Irã, e saltos iniciais dos esforços diplomáticos dos Estados Unidos , Obama abrirá portas que foram fechadas – e trancadas– nos últimos anos. É do interesse de todos os países muçulmanos que o presidente dos Estados Unidos tenha tal aproximação construtiva, mesmo enquanto mantém um alto grau de amizade com o Israel e poderes que o apoiam nos EU e exterior.

Em desempenho racional, abrangente, e políticas criativas, Obama pode continuar eficaz enquanto ainda supera obstáculos que impedem o caminho da coexistência e de uma paz global."

Tradução: João Cruzué

Yasser Khalil é pesquisador e jornalista egípcio.
Artigo do The Christian Science Monitor


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