terça-feira, fevereiro 13, 2018

Qual é o valor de um centímetro



Homenagem a Maurren Higa Maggi Medalha de ouro no 
salto em distância nos Jogos Olímpicos de Beijing 2008


Maurren Maggi
Por João Cruzué


"É por minha filha Sophia que estou aqui. Tenho certeza que Deus traçou um caminho diferente para dar tudo certo. Minha preciosidade está em casa para me acompanhar nesta vitória".  Maurren Maggi.

Eu sabia que esta moça estava motivada o suficiente para saltar o que fosse preciso para ganhar sua medalha. Em 2003 ela estava por cima. Então veio o pesadelo: seu exame anti-dopping deu positivo para uma substância proibida. Ela foi suspensa por dois anos, sempre alegando inocência. Explicava que uma pomada de cicatrização fora a causa involuntária do resultado positivo nos exames.

Desanimada abandonou o esporte, parou de treinar, amasiou-se, ficou sozinha, com a única coisa boa que aconteceu em sua vida no período 2004-2006: sua filha Sophia.

"Eu achei que fosse experiente, madura, mas vi que não sabia nada. Consegui bons resultados rápido, porque tive força de vontade e determinação. A volta foi dolorosa, tanto na parte física como mental. Mas por Sophia valeu a pena!"

Em 2007 ela recomeçou. Ergueu-se, sacudiu a poeira das derrotas e humilhações e voltou a treinar e competir. Ganhou  medalha de ouro no Pan do Rio 2007. Uma medalha de prata veio no Mundial Indoor da Espanha. Em junho de 2008 disputou o Troféu Brasil e levou a medalha de ouro, com o segundo melhor salto do mundo, na época: 6,99 m.

--"Tenho muito que melhorar, não posso posso me iludir. O que não posso fazer é errar em Pequim". E ela não errou. Chegou humilde, concentrada, não usou nem maquiagem para a final do salto em distância. Enquanto suas adversárias se produziram para fazer bonito, ela foi de cara limpa mesmo.

No primeiro salto Maurren conquistou 7,04m. A russa Tatyana Lebedeva, sua maior adversária, queimou quatro saltos, mas no último cravou 7,03m e a vitória veio por um centímetro! É conquistou a medalha de ouro e o nosso respeito. 

De todos os troféus conquistados pelos atletas brasileiros em Pequim 2008, sua medalha tem um sabor especial. 

Ela conquistou o meu respeito e de todos os brasileiros. Não porque ganhou, mas porque suportou a humilhação; tinha desistido, mas recomeçou, e recomeçou para ficar melhor forma que antes. Ela demonstrou que há algo mais por trás do aspecto físico. E este algo mais para mim tem um nome: a fé em Deus. 

Deus é especialista em transformar derrotados em pessoas vitoriosas.

O que é um centímetro? 

É a menor das diferenças. No caso de Maurren foi a diferença entre a prata e o ouro. Entre a humilhação e o respeito. Entre o passado e o futuro. De onde ela tirou forças para virar o jogo da sua vida? Com certeza, da crise pessoal. E o que faz uma pessoa se erguer da derrota, começar de novo no mesmo caminho e superar todas as expectativas? Uma mudança de pensamento, uma mudança de atitude e tentar de novo.

Maurren provou com humildade e "raça" que a vitória está esperando por nós depois da curva da derrota. Os que creem nisso focam no futuro. Já os conformados sempre estão chorando enquanto culpam os outros pelas derrotas do passado, que não conseguem esquecer.

Que o exemplo de luta de Maurren Maggi seja copiado por nós cristãos. Há muito o que fazer para ganhar o Brasil para Cristo. Se crermos teremos a vitória e o galardão de Jesus. Levantemos e andemos, pois ainda não é tempo de desistir.






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O papel dos pais na educação dos filhos

Filhos da graça

Por Cleuza da Silva Nogueira
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"Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos. " (Deuteronômio 11:18).

"E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando- te;" (Deuteronômio 11:19)

De tudo o que tenho aprendido na Bíblia sobre a educação espiritual da criança, sem desmerecer e nem diminuir o papel da igreja, a educação espiritual das crianças é, sobretudo, obrigação dos pais. Os pais são orientados biblicamente a, primeiro viver a Palavra e depois esmerar-se em ensiná-la aos seus filhos. Vemos em Deuteronômio que a criança precisa ser ensinada em todo o tempo para não se desviar dos caminhos do Senhor.

Tenho visto muitos pais reclamarem que criaram seus filhos na igreja e que depois seus filhos desviaram. Levar os filhos à igreja na Escola Dominical e nos cultos à noite e, às vezes, uma vez durante a semana, não faz da criança um servo do Senhor.

O exemplo em casa, a piedade no lar, culto doméstico, ensino na Palavra, o culto a Deus na Igreja ensinando a criança a fazer parte do Corpo de Cristo, o entusiasmo dos pais por Deus, pela obra no Calvário, pela igreja e pela obra de Deus, o compromisso dos pais com a verdade, o ensino de princípios e valores bíblicos, ensinados através do exemplo e da vida mesmo com Deus, o acompanhamento do crescimento espiritual dos filhos na Escola Dominical, e nos trabalhos da igreja, fazem dos filhos, verdadeiros servos de Deus. - "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." (Provérbios 22:6).

Não estou culpando os pais de Eloá, ou quem quer que seja pelo desfecho em sua vida, mas estou aproveitando para lembrar que os pais não podem e não devem deixar a educação espiritual dos seus filhos somente à cargo da igreja.

A maioria dos pais evangélicos que conheço, passam a semana inteira sem ler um versículo bíblico com seus filhos. Nunca perguntam aos professores da Escola Bíblica Dominical como seus filhos estão se desenvolvendo. Não os acompanham quando alguma atividade da EBD é enviada para casa. Mas não deixam de olhar o dever da escola secular deles. O filho pode faltar da EBD porque está cansado, coitado, mas da escola secular não pode faltar de forma alguma. Acham que fazem muito em levá-lo à igreja no domingo à noite. Compram livros, revistas e todo tipo de informação secular para formação intelectual dos seus filhos, mas às vezes não são capazes de adquirir nem a revistinha da EBD. Não investem nada na vida espiritual dos filhos. Não compram livros, revistas, jogos bíblicos, nada. Ainda reclamam em casa do pastor, da igreja, dos irmãos e do culto. Mas criou o filho na igreja.

A Igreja tem sua cota de responsabilidade e precisa cumprir bem seu papel, mas cabe aos pais situarem-se no processo.






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