quinta-feira, junho 20, 2013

A revolução das cartolinas

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João Cruzué









Eu pessoalmente vi, na última terça-feira, o início das Manifestações do MPL (Movimento Passe Liv re) nas escadas da Catedral da Sé, às 16:40 h um jovem com uma sacola de canetas hidrocolor para colocar mensagens em um monte de cartolinas. 

Também vi, no ano passado a polícia descendo a borracha nos mesmos jovens que exigiam nas imediações da Prefeitura de  Gilberto Kassab o cancelamento do aumento da tarifa. Foram muitas vezes. Quando eles apareciam gritando no Metrô Sé, os seguranças locais ficavam ouriçados para distribuir umas borrachadas.

Mas este ano, na quinta-feira passada, cerca de 900 Policiais Militares foram escalados para "receber" as manifestações que iriam se iniciar na frente do Theatro Mvnicipal. A distribuição de borrachadas e cacetadas foi tão farta que trouxe a empatia, não só nos outros estados brasileiros, mas de movimentos de solidariedade em oito países.

O que tem a ver um blog evangélico falando dessas coisas. Tem muito a ver. Há um preço (borrachadas, cacetadas...) a pagar durante certo tempo para que um objetivo seja alcançado.  Se a paixão da Igreja hoje fosse de pelo menos 10% a do MPL, a metade do Brasil já seria do Senhor Jesus.

O Movimento Passe Livre provou que é possível mudar alguma coisa sem ter que recorrer à representação de política. O que a Igreja Evangélica precisa não é de um projeto político, mas de um projeto de evangelização. 

Se isto não acontecer, vai enfrentar problemas. Da mesma forma que hoje as lideranças petistas e pessedebistas já estão deixando de ser agentes de mudança e se tornando peças de um museu político, a Igreja Evangélica Brasileira, pode ter o mesmo destido da Igreja da Suécia e do Canadá, onde os pastores, com medo de perderam a imunidade tributária, estão celebrando bênçãos matrimoniais de casamentos gays.

É preciso ler o que está escrito nas cartolinas da juventude.

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sábado, junho 15, 2013

Tributo ao irmão Laerço dos Santos



TRIBUTO AO PAI

Por Liliane Castanha 

Sala que se cala...
Falta gargalhada alegre,
Invadindo os corações.
Sons dos passos, cansado
Que não ouve-se mais.

Gargalhadas do molho de chaves,
Como a festejar, sua entrada triunfal casa adentro.
Livros descansados na mesa da sala,
No vai e vem de suas leituras diárias.

Café da manhã... Não ouve sua voz,
Sua caneca preferida, tilintar dos talheres,
Alegria na mesa, bate-papos descontraídos,
Cadeira a esperar, aquele que já não volta.

Sons do Teclado...
Palavras a borbulhar em poesias e prosas.
Olhos cansados, mirando a tela,
Partilhando seus doces e genuínos pensamentos.

Aquela... Que por muitos é esquecida,
Por ele, muito consultada,
Lida e relida,
Recolhe-se na estante, outrora preferida.

Tilintar da tesoura, faceira
Na mão do artista preferido,
Dando forma as madeixas,
Acalentando corações entristecidos.

Poeta do amor...
Esta semente em nós plantou,
Bons exemplos nos deixou,
Ser honrado, justo e leal.
Com orgulho, seguiremos os passos seus.


Laerço dos Santos (Poeta do Amor)
(13/09/1944 – 12/06/2012)


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Comentário do Blogueiro: É verdade. Lembro-me bem do irmão Laerço,  superintendente da melhor Escola Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Capão Redondo (SP) no Jardim do Colégio. E Depois da Escola, o Evangelismo ao ar-livre  usando a bateria de minha antiga Caravan. E também do famoso café da Irmã Eliane na mesa da cozinha, às tardes de domingo. Parabéns pela Poesia. 



o.