João Cruzué
Gosto de escrever sobre este assunto, pois ele provoca reações nos leitores. Principalmente nos leitores que escrevem, mas que acima de tudo pensam. E quando começamos a pensar somos levados a analisar o que produzimos e para que e para quem produzimos.
Cada um é livre para escrever e publicar o que quiser em seu próprio blog. E como individualista que é, todo blogueiro evangélico busca construir seu castelo e nele ser rei. Exatamente o pensamento Ocidental. Livre para construir a própria identidade e escrever sobre que der na telha. Mas será que isto vai levar aos lugares mais altos? Qual é o verdadeiro tamanho da colina onde fica o meu blog?
Eu penso que não. O individualismo não combina com o pensamento cristão original. Eu estive lendo recentemente um sermão de Martin Luther King, que espero ter tempo para traduzir em breve, e ali eu vi uma crítica sua sobre a existência de mais de 300 denominações evangélicas na América, nos anos 60. Se de um lado a Igreja Católica pecou por centralizar demais a liderança e com isso a partir de certo tempo introduziu uma verdade diferente da Verdade de Deus, por outro lado, o pecado das eternas divisões evangélicas tem gerado um corpo onde cada célula procura ser independente e separada.
O curioso é que as organizações seculares: empresas, partidos políticos e nos esportes coletivos, a força não está no individualismo, mas na ação coletiva.
Estamos diante de uma oportunidade ímpar. A Internete tem democratizado um acesso global a todas os povos, línguas, tribos e nações. As próximas gerações não vão se informar mais por jornais e revistas comprados nas esquinas. Os seus filhos e os meus netos vão preferir a informação disponível em seus celulares, iPods e iPads. Um novo equipamento vai surgir desse meio para assumir as funções de telefone, computador, televisão, jornal, fax, email, catálogo de compras, etc.
Estamos preparados para isso? A grande imprensa já está trabalhando nisso há anos, acossada pelos googles , microsofts e apples da vida. É a lei da selva. Ou da sobrevivência. Uma coisa já ficou clara neste meio. Noventa e nove porcento do conteúdo dos blogs não é produção original. São comentários e repercussão de originais. A imprensa organizada produz as notícias que os blogueiros comentam. Os blogs, como parasitas, dependem do trabalho de outros. Mas, é possível melhorar este quadro. Estou sugerindo mais originalidade e menos trabalho fácil.
A blogosfera evangélica no Brasil é relativamente nova. Tem pouco mais de cinco anos. Meu objetivo neste texto é exatamente provocar. Precisamos abrir os olhos para ver o que nos rodeia. Se pudermos ver, também poderemos escrever. Quando todos os blogs buscam o caminho fácil, quero sugerir o outro caminho, pois é muito mais interessante ler o original do que se contentar com uma cópia. E se levarmos isto a sério, vamos produzir formadores de opinião. As fontes de informação de nossos filhos e netos. E dos filhos e netos de todos brasileiros.
Minha sugestão é que podemos escrever conteúdos sobre matérias e assuntos que ninguém antes escreveu ou que não veio da Revista Veja do domingo passado. Sim, isto é mesmo uma crítica. O que acontece na sua Cidade? O que acontece com as populações mais carentes da sua comunidade? Seus olhos de blogueiro só conseguem enxergar o que passa nas quatro paredes de sua Igreja ou seu foco está apenas nos movimentos do Bispo Macedo, Pastor Waldemiro ou no Pastor Silas Malafaia?
Eu também tenho um sonho.
E para realizar este sonho, preciso brandir com força este martelo. Nós podemos produzir coisas melhores que cópias. Coisas melhores que comentários de assuntos da Revista Veja. Nossos blogs não podem ser como a roupa do rei. Uma roupa tecida com os finíssimos fios de ouro que só os "inteligentes" podem ver. Estamos muito aquem do que precisamos fazer.
Conteúdo original produzido com excelência. Isto vale a pena.
Gosto de escrever sobre este assunto, pois ele provoca reações nos leitores. Principalmente nos leitores que escrevem, mas que acima de tudo pensam. E quando começamos a pensar somos levados a analisar o que produzimos e para que e para quem produzimos.
Cada um é livre para escrever e publicar o que quiser em seu próprio blog. E como individualista que é, todo blogueiro evangélico busca construir seu castelo e nele ser rei. Exatamente o pensamento Ocidental. Livre para construir a própria identidade e escrever sobre que der na telha. Mas será que isto vai levar aos lugares mais altos? Qual é o verdadeiro tamanho da colina onde fica o meu blog?
Eu penso que não. O individualismo não combina com o pensamento cristão original. Eu estive lendo recentemente um sermão de Martin Luther King, que espero ter tempo para traduzir em breve, e ali eu vi uma crítica sua sobre a existência de mais de 300 denominações evangélicas na América, nos anos 60. Se de um lado a Igreja Católica pecou por centralizar demais a liderança e com isso a partir de certo tempo introduziu uma verdade diferente da Verdade de Deus, por outro lado, o pecado das eternas divisões evangélicas tem gerado um corpo onde cada célula procura ser independente e separada.
O curioso é que as organizações seculares: empresas, partidos políticos e nos esportes coletivos, a força não está no individualismo, mas na ação coletiva.
Estamos diante de uma oportunidade ímpar. A Internete tem democratizado um acesso global a todas os povos, línguas, tribos e nações. As próximas gerações não vão se informar mais por jornais e revistas comprados nas esquinas. Os seus filhos e os meus netos vão preferir a informação disponível em seus celulares, iPods e iPads. Um novo equipamento vai surgir desse meio para assumir as funções de telefone, computador, televisão, jornal, fax, email, catálogo de compras, etc.
Estamos preparados para isso? A grande imprensa já está trabalhando nisso há anos, acossada pelos googles , microsofts e apples da vida. É a lei da selva. Ou da sobrevivência. Uma coisa já ficou clara neste meio. Noventa e nove porcento do conteúdo dos blogs não é produção original. São comentários e repercussão de originais. A imprensa organizada produz as notícias que os blogueiros comentam. Os blogs, como parasitas, dependem do trabalho de outros. Mas, é possível melhorar este quadro. Estou sugerindo mais originalidade e menos trabalho fácil.
A blogosfera evangélica no Brasil é relativamente nova. Tem pouco mais de cinco anos. Meu objetivo neste texto é exatamente provocar. Precisamos abrir os olhos para ver o que nos rodeia. Se pudermos ver, também poderemos escrever. Quando todos os blogs buscam o caminho fácil, quero sugerir o outro caminho, pois é muito mais interessante ler o original do que se contentar com uma cópia. E se levarmos isto a sério, vamos produzir formadores de opinião. As fontes de informação de nossos filhos e netos. E dos filhos e netos de todos brasileiros.
Minha sugestão é que podemos escrever conteúdos sobre matérias e assuntos que ninguém antes escreveu ou que não veio da Revista Veja do domingo passado. Sim, isto é mesmo uma crítica. O que acontece na sua Cidade? O que acontece com as populações mais carentes da sua comunidade? Seus olhos de blogueiro só conseguem enxergar o que passa nas quatro paredes de sua Igreja ou seu foco está apenas nos movimentos do Bispo Macedo, Pastor Waldemiro ou no Pastor Silas Malafaia?
Eu também tenho um sonho.
E para realizar este sonho, preciso brandir com força este martelo. Nós podemos produzir coisas melhores que cópias. Coisas melhores que comentários de assuntos da Revista Veja. Nossos blogs não podem ser como a roupa do rei. Uma roupa tecida com os finíssimos fios de ouro que só os "inteligentes" podem ver. Estamos muito aquem do que precisamos fazer.
Conteúdo original produzido com excelência. Isto vale a pena.
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