sexta-feira, setembro 05, 2008

Um tubarão no aquário


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Autoria não conhecida
Editado e adaptado por João Cruzué

Este texto está publicado em vários endereços da WEB. Aceitei o desafio de reformatá-lo, mexer no conteúdo, sem alterar o sentido. Não que seja mestre, mas pelo prazer de um exercício com um matiz cristão. Seu autor embora desconhecido, foi de uma objetividade notável. Eis o texto

"Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas da costa japonesa não produzem mais tantos peixes há décadas. Assim, os pescadores foram desafiados à criatividade.

Para alimentar a população e ganhar dinheiro, eles construiram barcos maiores e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe pescavam, mais tempo gastavam para trazer o peixe. Depois de alguns dias, os peixes naturalmente já não chegavam mais frescos e os japoneses não aprovaram o gosto deles.

Para resolver este segundo desafio, as empresas de pesca instalaram congeladores nos barcos. Elas pescavam e congelavam os peixes em alto mar. Os congeladores permitiram que fossem mais longe e ficassem por muito mais tempo em alto mar. Mas, os japoneses notaram diferença entre peixe fresco e o peixe congelado. Eles não gostaram do peixe congelado, mesmo que o preço tivesse baixado bastante.

Para resolver o terceiro desafio, os pescadores instalaram aquários, grandes tanques , nos barcos pesqueiros. Agora eles pescavam e enfiavam os peixes nos tanques como sardinhas em lata. Com falta de espaço, os peixes paravam de nadar. Chegavam vivos, todavia apáticos.

Infelizmente, os japoneses ainda notaram uma pequena diferença no gosto. Por não se mexerem durante dias, os peixes perdiam o gosto do frescor. E os consumidores preferiam o gosto de peixe fresco, e não o de peixe apático.

Como os pescadores resolveram este último desafio? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto do mais puro frescor? Faremos uma pausa. Se você fosse consultor de uma empresa de pesca, o que recomendaria?

Mas antes da resposta vamos ponderar: quando as pessoas atingem seus objetivos, quando encontram um par maravilhoso, quando começam com sucesso um novo empreendimento, quando pagam todas as suas dívidas ou o que quer que seja, elas costumam perder a paixão. Começam a pensar que não precisam trabalhar tanto, relaxam, e também ficam apáticas.

Este é o mesmo problema de herdeiros que nunca crescem, de donas de casa entediadas, de idosos cujos assuntos não vão além de doenças e remédios, ede adolescentes viciados em Msns, Orkuts e videogames da vida.

Para esses casos, há uma solução bem simples. L. Ron Hubbard observou no começo dos anos 50, que a humanidade progride estranhamente diante de um ambiente hostil e desafiador. Quanto mais persistente e competitivo você for, mais irá gostar de um bom desafio.

Se os problemas são do tamanho correto, passo a passo você poderá vencê-los, e isso vai lhe trazer contentamento. Enquanto trabalha na solução deles, você usa mais energia e equilibra seu estresse o bastante para tentar novas soluções. Você cresce, se diverte e fica vivo - pronto para assumir desafios novos e maiores.

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas japonesas de pesca ainda colocam os peixes nos tanques dos barcos, mas usam de uma estratégia simples, barata e eficiente: colocam um pequeno tubarão no aquário. Ele come alguns, mas a maioria dos peixes chega "muito viva" e 100% fresca ao mercado.

Como princípio de vida, em lugar de evitar desafios, pule para dentro deles. Massacre-os. Se seus desafios são grandes e numerosos, não desista. Reorganize-se! Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se você alcançou esses objetivos, coloque outros objetivos maiores. Quando satisfizer as necessidades pessoais e familiares, vá ao encontro aos objetivos da sua comunidade, da sociedade, e por que não? da humanidade."

Não se acomode. Você pode ter habilidades recursos e talentos desconhecidos que podem aflorar em meio a um bom desafio e ser uma bênção para você e para outros. Se Deus pôs um “tubarão” no seu aquário é porque confia na sua capacidade que você tem, mas ainda não sabe.

A Bíblia ensina que temos de administrar e trabalhar com os talentos que Deus nos confiou. Enterrar o talento é uma atitude de timidez que não se coaduma com um espírito cristão. Deus não nos deu espírito de timidez, mas de força, amor e temperança. II Timóteo 1:7. Os tímidos ficarão de fora no Reino de Deus.


João Cruzué
cruzue@gmail.com
Blog Olhar Cristão




quinta-feira, setembro 04, 2008

O caso da morte do Pastor Luiz Carlos Soares da Costa


Pr. Luiz Carlos Soares da Costa

Caro Senhor João Cruzue!

"Cumprimentando-o, respondo-lhe que não sou cristão. Como perito legista detectei inúmeras falhas havidas no inquérito. Em face do que lhe escrevi, autorizo-o, caso queira, publicar o texto que lhe enviei. Aliás, esse texto também enviei à OAB-RJ. E, em 16.07.2008, após receber contato telefônico do GLOBO ONLINE, em que me foi solicitado escrever um artigo sobre o ocorrido com Luiz Carlos, encaminhei o texto que lhe mando em anexo.

Diante da barbárie cometida por aqueles policiais militares e diante da grande erronia que foi a conclusão do inquérito, como homem de ciência forense há 28 anos, jamais poderia silenciar diante de tantos absurdos. Luiz Carlos foi brutalmente assassinado e entendo que devo lutar pela verdade científica, dentro do meu modesto papel.

Agradeço-lhe pela atenção e pela a oportunidade de nosso contato.

Saudações... Leví Inimá de Miranda."

Foto: Fábio Motta/AE
O enterro do pastor Luiz em julho de 2008


A PERPLEXIDADE DO PERITO

Texto recebido de Leví Inimá de Miranda

RIO DE JANEIRO - "Causam perplexidade os rumos havidos no caso do assassinato do administrador LUIZ CARLOS SOARES DA COSTA. A uma, o delegado JOSÉ DE MORAES FERREIRA, sumariamente inocentou os policiais militares, considerando que se tratava de “TENTATIVA DE HOMICÍDIO CONTRA OS POLICIAIS E ROUBO SEGUIDO DE MORTE CONTRA LUIZ CARLOS” – os policias, então, reagiram a uma “injusta agressão”, ao tempo em que Luiz Carlos, decerto, foi morto pelo bandido que, igualmente, também morreu, restando este inimputável pela mor te daquele (?!). Tudo muito simples. A duas, que a promotora PATRÍCIA GLIOCHE devolveu o inquérito no último dia trinta, um dia após o delegado ter recebido o Laudo Cadavérico dando contas que LUIZ fora morto por tiro de fuzil. Sua excelência também quer saber de onde, afinal, vinha LUIZ CARLOS e se fora ele efetivamente seqüestrado (?!).

Diante da inépcia da polícia judiciária e dos questionamentos do Ministério Público, LUIZ CARLOS morre a cada novo dia. Ele foi rendido e seqüestrado – um dos policiais militares, daquela fatídica guarnição, assim declarou. O veículo, com o criminoso ao volante e LUIZ CARLOS no banco do carona, foi perseguido por cerca de 2 Km.

Durante a perseguição, nenhum apoio foi pedido a outras viaturas, nenhum cerco foi realizado e muito menos preocuparam-se com a possibilidade de haver um inocente dentro daquele veículo. Por fim, desfecharam oito tiros pelo setor traseiro do carro e por sua lateral, ferindo mortalmente o bandido e matando LUIZ CARLOS, cujo corpo foi arrastado, de forma animalesca, para fora do veículo e ainda chutado por um dos policiais militares. Como se não bastasse, eles desfizeram o Local de Crime, de forma absolutamente dolosa, retirando o carro da posição de imobilização final, invertendo-o com relação ao sentido da pista. A viatura policial estranhamente apresentava duas perfurações por projéteis, à esquerda do setor dianteiro, no pára-choque e um pouco acima deste.

O inquérito foi efetivamente conduzido de maneira desidiosa; e isso é claro de se concluir: os dois projéteis que teriam atingido a viatura policial não foram recolhidos e, conseqüentemente, não houve confrontamento balístico, para se poder dizer que eles saíram da arma do criminoso; a quantidade de tiros desferidos pelos policiais militares, atingindo o veículo Siena de trás para frente, foi absurda, não só em termos numéricos – oito tiros -, mas precipuamente pelo fato de terem sido de trás para frente; O Local de Crime foi dolosamente desfeito, mas o delegado nem se incomodou com o fato; o delegado JOSÉ DE MORAES concluiu o inquérito antes mesmo de receber o Laudo Cadavérico de LUIZ CARLOS; não foi realizada Pesquisa de Resíduos de Tiro nas mãos do criminoso; não foi realizada Reprodução Simulada de Local de Crime, como prescrito no Código de Processo Penal, em seu Art. 7°; e sequer o delegado anexou ao inquérito as cópias da filmagem do repórter cinematográfico do SBT e do circuito interno do posto de combustíveis. Há que se destacar que a janela da porta direita estava totalmente fechada, enquanto que a janela da porta esquerda - a do motorista - estava pouco aberta - cerca de 4 dedos. Então, como o bandido teria atirado na viatura policial e como teria ele jogado a arma para fora do veículo e à direita deste?

E, agora, vem sua excelência, a promotora, questionar de onde vinha LUIZ CARLOS e se fora ele realmente seqüestrado? Diante de tantas obscuridades, falhas e omissões, ela quer investigar a vida pregressa da vítima? Não; é muito absurdo! Por isso LUIZ CARLOS tem morrido a cada dia, mesmo depois de sua morte. Primeiro, foi a morte física – a finitude da vida. A seguir, vem a morte conceitual, em que a vítima resta desprezada por tudo e por todos: pela polícia judiciária; pela autoridade policial; pelo Ministério Público; pela Justiça; e, porque não dizer, também pela própria imprensa e por seus colegas de profissão, visto que era ele funcionário do INFOGLOBO. À imprensa, fica a séria e inconcebível responsabilidade pela inexplicável fragmentação da notícia, o que permite distorções, esquecimentos e injustiças. Depois da manchete, o esquecimento. Vida que segue!

Vivemos tempos de absoluta e total anomia, tão bem discernida pelo pai da sociologia moderna: ÉMILE DURKHEIM. E a “consciência coletiva”, que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar, faz com que a vida continue, sem que as pessoas se abalem com fato de tamanha invergadura. A desgraça alheia não mais nos atinge ou deprime. Assim, a morte de LUIZ CARLOS torna-se em vão. Foi brutalmente assassinado por agentes do Estado, que deveriam nos protejer a todos, mas que, mercê da falta de preparo, de instrução técnica, de treinamento, de supervisão e de comando tornaram-se frios verdugos, sem qualquer compromisso com a legalidade. Não obstante, agora, LUIZ CARLOS vê-se investigado, mesmo tendo transcendido a vida. A morte sem luto diante desses vergonhosos desdobramentos.

Dr. Leví Inimá de Miranda – CEL MED REF (EB)

Perito Legista aposentado da Polícia Civil do RJ"

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Para entender melhor leia: Polícia do Rio mata pastor evangélico por engano.

Nota: a imagem do policial segurando o pastor ainda vivo é do SBT



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