Homenagem a Maurren Higa Maggi
Medalha de ouro no
salto em distância nos Jogos Olímpicos de Beijing 2008
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Maurren Maggi |
Por João Cruzué
-"É por minha filha Sophia que estou aqui. Tenho certeza que Deus traçou um caminho diferente para dar tudo certo. Minha preciosidade está em casa para me acompanhar nesta vitória". Maurren Maggi.
Eu sabia que esta moça estava motivada o suficiente para saltar o que fosse preciso para ganhar sua medalha. Em 2003 ela estava por cima. Então veio o pesadelo: seu exame anti-dopping deu positivo para uma substância proibida. Ela foi suspensa por dois anos, sempre alegando inocência. Explicava que uma pomada de cicatrização fora a causa involuntária do resultado positivo nos exames.
Desanimada abandonou o esporte, parou de treinar, amasiou-se, ficou sozinha, com a única coisa boa que aconteceu em sua vida no período 2004-2006: sua filha Sophia.
"Eu achei que fosse experiente, madura, mas vi que não sabia nada. Consegui bons resultados rápido, porque tive força de vontade e determinação. A volta foi dolorosa, tanto na parte física como mental. Mas por Sophia valeu a pena!"
Em 2007 ela recomeçou. Ergueu-se, sacudiu a poeira das derrotas e humilhações e voltou a treinar e competir. Ganhou medalha de ouro no Pan do Rio 2007. Uma medalha de prata veio no Mundial Indoor da Espanha. Em junho de 2008 disputou o Troféu Brasil e levou a medalha de ouro, com o segundo melhor salto do mundo, na época: 6,99 m.
--"Tenho muito que melhorar, não posso posso me iludir. O que não posso fazer é errar em Pequim". E ela não errou. Chegou humilde, concentrada, não usou nem maquiagem para a final do salto em distância. Enquanto suas adversárias se produziram para fazer bonito, ela foi de cara limpa mesmo.
No primeiro salto Maurren conquistou 7,04m. A russa Tatyana Lebedeva, sua maior adversária, queimou quatro saltos, mas no último cravou 7,03m e a vitória veio por um centímetro! É conquistou a medalha de ouro e o nosso respeito. De todos os troféus conquistados pelos atletas brasileiros em Pequim 2008, sua medalha tem um sabor especial. Ela conquistou o meu respeito e de todos os brasileiros. Não porque ganhou, mas porque suportou a humilhação; tinha desistido, mas recomeçou, e recomeçou para ficar melhor forma que antes. Ela demonstrou que há algo mais por trás do aspecto físico. E este algo mais para mim tem um nome: a fé em Deus. Ele é especialista em transformar derrotados em pessoas vitoriosas.
O que é um centímetro?
É a menor das diferenças. No caso de Maurren foi a diferença entre a prata e o ouro. Entre a humilhação e o respeito. Entre o passado e o futuro. De onde ela tirou forças para virar o jogo da sua vida? Com certeza, da crise pessoal. E o que faz uma pessoa se erguer da derrota, começar de novo no mesmo caminho e superar todas as expectativas? Uma mudança de pensamento, uma mudança de atitude e tentar de novo.
Maurren provou com humildade e "raça" que a vitória está esperando por nós depois da curva da derrota. Os que crêm nisso focam no futuro. Já os conformados sempre estão chorando enquanto culpam os outros pelas derrotas do passado, que não conseguem esquecer.
Que o exemplo de luta de Maurren Maggi seja copiado por nós cristãos. Há muito o que fazer para ganhar o Brasil para Cristo. Se crermos teremos a vitória e o galardão de Jesus. Levantemos e andemos, pois ainda não é tempo de desistir.
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