sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Um tubarão no aquário

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Autoria não conhecida
Editado e adaptado por João Cruzué

Este texto está publicado em vários endereços da WEB. Aceitei o desafio de reformatá-lo e mexer no português e no conteúdo, não que seja mestre, mas pelo prazer de um exercício e para trazê-lo ao nível do que sei com um matiz cristão. Seu autor embora desconhecido para nós, foi de uma objetividade simplesmente notável.

"Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas da costa japonesa não produzem mais muitos peixes, há décadas. E os pescadores foram desafiados a desatar este nó.

Assim, para alimentar a população e ganhar dinheiro, eles construiram barcos maiores e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe pescavam, mais tempo gastavam para trazer o peixe. Depois de alguns dias, os peixes naturalmente já não chegavam mais frescos e os japoneses não aprovaram o gosto deles.

Para resolver este segundo desafio, as empresas de pesca instalaram congeladores nos barcos. Elas pescavam e congelavam os peixes em alto mar. Os congeladores permitiram que fossem mais longe e ficassem por muito mais tempo em alto mar. Mas, os japoneses notaram diferença entre peixe fresco e o peixe congelado. Eles não gostaram do peixe congelado, mesmo que o preço tivesse baixado bastante.

Para resolver o terceiro desafio, os pescadores instalaram aquários, grandes tanques , nos barcos pesqueiros. Agora eles pescavam e enfiavam os peixes nos tanques como sardinhas em lata. Com falta de espaço, os peixes paravam de nadar. Chegavam vivos, todavia apáticos.

Infelizmente, os japoneses ainda notaram uma pequena diferença no gosto. Por não se mexerem durante dias, os peixes perdiam o gosto do frescor. E os consumidores preferiam o gosto de peixe fresco, e não o de peixe apático.

Como os pescadores resolveram este último desafio? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto do mais puro frescor? Faremos uma pausa. Se você fosse consultor de uma empresa de pesca, o que recomendaria?

Mas antes da resposta vamos ponderar: quando as pessoas atingem seus objetivos, quando encontram um par maravilhoso, quando começam com sucesso um novo empreendimento, quando pagam todas as suas dívidas ou o que quer que seja, elas costuma perder a paixão. Começam a pensar que não mais precisam trabalhar tanto, relaxam e também ficam apáticas.

Este é o mesmo problema de herdeiros que nunca crescem, de donas de casa entediadas, de idosos cujos assuntos não vão além de doenças e remédios e de adolescentes viciados em Msns e Orkuts da vida.

Para esses casos, a solução é bem simples. L. Ron Hubbard observou, no começo dos anos 50, que a humanidade progride, estranhamente, diante de um ambiente hostil e desafiador". Quanto mais persistente e competitivo você for, mais irá gostar de um bom desafio.

Se os problemas estão do tamanho correto, e Deus diz que sim, passo a passo, você poderá vencê-los, e isso lhe trará contentamento. Quando trabalha na solução deles, você usa mais energia, equilibra seu estresse o bastante para tentar novas soluções. Você cresce, se diverte e fica vivo - pronto para assumir desafios maiores.

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas japonesas de pesca ainda colocam os peixes nos tanques dos barcos, mas usaram de uma estratégia simples, barata e eficiente: colocam um pequeno tubarão no aquário. Ele come alguns, mas a maioria dos peixes chega "muito viva" e 100% fresca ao mercado.

Como princípio de vida, em lugar de evitar desafios, pule para dentro deles. Massacre-os. Se seus desafios são grandes e numerosos, não desista. Reorganize-se! Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se você alcançou seus objetivos, coloque objetivos maiores. Quando satisfizer as necessidades pessoais e familiares, vá ao encontro aos objetivos da sua comunidade, da sociedade, e por que não? da humanidade."

Não se acomode. Você pode ter habilidades recursos e talentos desconhecidos que podem aflorar em meio a um bom desafio e ser uma bênção para você e para outros. Se Deus pôs um “tubarão” no seu aquário é porque confia na sua capacidade que você tem, mas ainda não sabe.

A Bíblia ensina que temos de administrar e trabalhar com os talentos que Deus nos confiou. Enterrar o talento é uma atitude de timidez que não se coaduma com um espírito cristão. Deus não nos deu espírito de timidez, mas de força, amor e temperança. II Timóteo 1:7. Os tímidos ficarão de fora no Reino de Deus.


João Cruzué
cruzue@gmail.com
Blog Olhar Cristão




quarta-feira, janeiro 30, 2008

O cristianismo no Japão


Centenário da Imigração
Japonesa
BANZAI!

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Monte Fuji

João Cruzué

texto revisado

O cristianismo chegou ao Japão em 1542 levado pelo sopro dos ventos que impulsionavam as caravelas portuguesas. Comerciantes e jesuítas portugueses aportaram na Ilha de Kyushu levando duas coisas bem diferentes: armas de fogo e a religião cristã.

O Shogum,
(sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à polvora, eles concluiram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.

Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas do shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas. Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso quebrar a força dos monges budistas e do shintô.

Por volta do
fim do século XVI, uma idéia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuitas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Já não eram mais vistos com bons olhos.

Por isso, em 1587,
o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki.

Depois dele
outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram o exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, da família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. No ano seguinte - 1638 - o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão.

Em 1853, o Japão
saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.

A restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal para se tornar uma potência mundial nas décadas a seguir. Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a capital imperial, para estabelecer sua residência oficial no Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa. O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.

A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas; os cristãos são apenas cerca de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões.

Os símbolos cristãos
têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.

Por outro lado
há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final da missa/culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico. Leia aqui: A História do Pentecoste no Japão

Fontes de pesquisa
: textos em inglês na WEB de autorias não conhecidas.




João Cruzué
Para o Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com