domingo, agosto 25, 2013

Amor e hipocrisia


Lírio do  meu quintal
João Cruzué


Amar em termos cristãos, no sentido lateral, é fazer o bem ao próximo sem pensar em reciprocidade. Isto, está bem claro na parábola do bom samaritano. Em sentido mais profundo é estar atento à voz do Espírito para fazer o bem a alguém que necessita de algo no lugar e tempo certos.  A hipocrisia é uma das formas da negação do amor. O hipócrita exalta o bem, mas não tem  um compromisso sincero com a justiça. Sua justiça é apenas uma capa que esconde o egoísmo - o pântano onde brota todo tipo de pecado.

Jesus era movido pelo  amor de Deus. Estava sempre atento à voz do Espírito Santo. Não era assim automático. Ele separava deliberadamente tempo para estar na presença de Deus em momentos de oração e comunhão. Era por isso que chegou à cidade de Nain no exato momento em que a viúva levava o filho morto para o cemitério. E quem foi que mandou o paralítico à beira do Poço de Betesda se levantar e carregar a cama? E, por que ele decidiu pousar na casa de Zaqueu, o corrupto chefe dos Publicanos da cidade de Jericó?

O maior hipócrita da Bíblia, é satanás. Sabe o que é o bem, mas procura nos outros os defeitos e falhas que lhe finge não ter. Quando Deus falou que Jó era um homem justo, procurou  difamá-lo e mostrar os defeitos. Mania de perfeição, mas só de aparências. Ainda existe este tipo de gente nas Igrejas. A primeira coisa que procuram em um novo irmão é onde estão as suas falhas, fraquezas e defeitos. Um hipócrita procura manter o foco nas falhas do mesmo jeito que um abutre procura pela carniça.

Amar é procurar ser útil, solidário, compassivo. É lavar a louça que suja, tendo consciência de que alguém irá fazer tudo em silêncio porque os outros não fizeram a sua parte. O que tem a ver louça suja com amor? De certa forma, o sangue de Jesus foi o "sabão" que limpou os pecados de muitas "vasilhas" imprestáveis., tendo eu sido uma delas. Eu nunca pensei nisto  antes, mas de hoje em diante vou estar consciente disso.

Não é tão fácil amar, principalmente quando você tenta aconselhar alguém que não quer lhe escutar. E o que é escutar? É uma coisa fácil? Não! não é. Eu sei que Deus fala conosco, mas nossos ouvidos costuma estar destreinados para reconhecer sua voz. Certa vez, uma parente meu  me fez a seguinte pergunta: João, quantas vezes Deus chamou o adolescente Samuel, até que ele respondesse "Eis-me aqui Senhor"? Eu disse: Três vezes, mas foram quatro. Por três vezes Deus chamou-o, mas ele não conhecia a voz de Deus. Ele pensava que era a voz de Eli, o Sacerdote.

Vozes parecidas. Este é um grande perigo.  Jesus, na tentação do deserto, depois de 40 dias de jejum, teve fome. Seus olhos foram dirigidos para algumas pedras, ao ouvir uma voz macia e desafiadora: "Se tu és o Filho de Deus, diga a esta pedra que se transforme em pão". Creio que há uma multidão de vozes aparentemente proféticas nos dias de hoje aceitando aquilo que Cristo recusou a fazer.

Estamos vivendo os tempos em que um Evangelho com foco no Velho Testamento está sendo pregado.  O Evangelho da Prosperidade já ficou para trás. Jesus foi muito claro quando disse que não podemos servir a dois senhores. Parece normal, mas não é, ver pastores e Bispos acumulando riquezas em meio a tanta gente com fome de pão e de justiça. Podem dizer que é uma grande besteira, mas é isto que vem ao meu coração neste momento: acumular riquezas pode ser uma forma de escapulir da dependência de Deus. Como posso dizer que a presença de Deus é comigo, se fecho os olhos para tanta miséria e me deito em paz com jatinhos, mercedinhos e apartamentos em Miami?

Será que amar é conhecer a existência da miséria e acumular muitos bens para o futuro? Na verdade, eu considero que de tanto pregar que o cristão não precisa viver na pobreza para ser um discípulo de Cristo, os pregadores do meu tempo acabaram acreditando em um sofisma. E se Deus, da mesma forma que respondeu ao mancebo de qualidade, disser: Vai vende tudo que tens, dá aos pobres e, depois, segue-me - farão eles isto?

É por isso que temo acreditar na mensagem desse evangelho de meus dias. Parece tudo bem racionalizado e explicado, mas estou vendo o povo cristão com um rosto triste, apesar de ricos. E esta tristeza bem disfarçada, escondida, desconfio que seja frieza. E esta frieza só acontece quando a voz do Espírito de Deus não está sendo ouvida. Quando o Espírito fala de um jeito e o povo quer escutar outras coisas, o resultado é o vazio, o frio e a tristeza de coração. E a receita para curar isto está em II Crônicas 7:14.

Amar é abrir os olhos para o que está acontecendo com o nosso próximo. E não importa se ele é meu vizinho, colega de trabalho ou se encontra ferido e faminto nas descidas para Jericó. 

Nota: Fiquei por um bom tempo sem ter vontade de escrever. Acho que devagar eu volto






Marcelinho tinha 13 anos



Marcelinho
João Cruzué


Eu fui um dos que custaram a acreditar que um garoto de 13 anos pudesse ter uma pontaria tão mortal. Imaginei que adultos teriam feito o massacre e que o garoto está sendo usado como boi de piranha. Bode expiatório. Mas, infelizmente eu - e muita gente - estávamos errados.  Este fato, acontecido na Vila Brasilândia - Zona Norte da Capital Paulista, chocou, e por muito tempo, vai assustar o Brasil inteiro.

Como religioso, estou preparado para ouvir fatos que são o resultado do incremento do poder destrutivo do mal chocando a sociedade. Estas coisas podem até trazer-me comoção, mas suas previsões estão bem detalhadas na Bíblia Sagrada.  Uma sociedade avessa as coisas de Deus é uma presa fácil para as desgraças que acontecem em momentos inesperados.

Já ouvimos notícias de esquartejamentos. Assassinatos de pais, mães, filhos e bebês. O que é diferente no caso da Vila Brasilândia, é que um adolescente de 13 anos, sem nenhum motivo, raiva ou ódio, pegou uma pistola ponto 40 e  matou quatro pessoas com tiros na nuca. 

Sei que isto tem a ver com possessão demoníaca, pois o demônio não deixou o serviço incompleto. Depois de destruir a família, voltou para destruir o instrumento da matança que muitos dizem, ser o próprio Marcelinho.

Como é que pode um garoto tão carinhoso, ainda cheirando a fraldas, com os olhos tão meigos chegasse a perpetrar uma barbárie dessas? Eu não tenho as respostas. Algumas considerações:

1) Em lugar do pai de Marcelinho ensinar o filho a ler um Bíblia, ou levá-lo na Escola Dominical ou Catecismo, soube que foi ele quem ensinou Marcelinho a atirar. Foi um bom professor...

2) Não sei quantas pessoas os pais de Marcelinho já mataram por ofício da profissão. Mas sei que o sangue de qualquer morto clama por vingança e a lei da semeadura é clara: O que você semear, também vai colher. Isto é muito bem exemplificado no caso Eloah Pimentel, cujo pai era um assassino de aluguel. Plantou, e teve uma colheita muito triste.

3) A inspiração de Marcelinho para planejar a morte dos pais veio de um jogo violento de videogame. As pessoas que vendem videogame alegam que muitos garotos jogam, e não mataram os pais. É... mas nem todos tem uma mente normal. Quem não se lembra daquele caso, do estudante de medicina Mateus da Costa Meira que assassinou muitas pessoas no cinema do Morumbi Shopping? Pois é ele também teve "inspiração" em um jogo violento de videogame.  Nem todas as mentes sabem distinguir faz de contas com a realidade. Jogos violentos de videogame, podem sim abri a porta para demônios destruidores que se apossam de mentes receptivas para realizar o que mais sabem: Matar, roubar e destruir.

Por fim, quero deixar minhas considerações.

Não ensine seu filho manusear uma arma. A vítima pode ser a sua família. Compre e lhe dê de presente uma Bíblia. Construa um muro em volta da sua mente, do seu coração. Na verdade, este muro que constrói é Deus, desde que você invista na vida religiosa dele.  Ensinar o temor de Deus a um filho nunca foi coisa de babaca. O temor de Deus é o princípio da sabedoria. Se ele aprender  a temer a Deus, vai ser útil para si, para a família e para a sociedade.

Minhas filhas sempre gostaram de videogame. Testaram alguns em casas de amigos, mas nós nunca compramos um eletrônico de games. Nem sentimos falta deles em nossa casa. Acho inconcebível ter em casa games violentos de assassinados, atropelamentos, UFC e congêneres. Isto traz muito lixo. E não estou falando de poluição ambiental, mas de poluição espiritual. Lugar de porcaria não é dentro de um lar. Da mesma forma que do meio do lixo de navegação pode entrar um vírus, cavalo de troia ou um malware, do meio de muito filme, game e Youtube pode vir junto um espírito maligno destruidor.

Quem destruiu toda a família de Marcelinho foi um demônio. Mas ele era impotente para fazer tudo sozinho. O problema é que abriram uma porta para que ele entrasse. O resultado foi que uma criança de 13 anos matou o pai, a mãe, tia e avó e depois se suicidou.  Este caso não vai ser o mais chocante por muito tempo. Infelizmente não há limite para graus de maldade, quando o agente da possessão é um espírito maligno com grande poder de destruição.

É tempo de abrir uma porta para Deus dentro das casas em que seu Nome e sua Palavra nunca forma levados a sério. Aceite Jesus. Leve seu filho/filha à Igreja mais perto da sua casa para aceitar Jesus também. Feche a porta para o diabo.




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