quinta-feira, abril 04, 2013

Ponto de Inflexão





Ponto de inflexão

João Cruzué

Quando estava no segundo ano da faculdade, meu professor de matemática ensinou sobre o "ponto de inflexão". Depois disso, também ouvi uma mensagem sobre "O momento da virada", em I Samuel 30:6. Foram palavras muito úteis para mim que na época enfrentava os anos mais difíceis de uma longa provação: 11 anos de desemprego. Eu escolhi o mesmo tema para escrever algumas palavras sobre o ponto de inflexão, analisando o "momento da virada" na vida de Davi, para trazer uma palavra de ânimo.

A luta com Golias trouxe uma fama repentina para Davi. A partir daquele ato de bravura ele começou a ser olhado com maus olhos pelo próprio rei Saul. Foram poucos dias de fama os seus. Inimigo do trono, Davi foi caçado como um animal. E no calor da perseguição ele escreveu um salmo que diz assim: "Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! "Salmo 42:1". Este cervo, o Orix, fugia e se escondia nas rochas mais altas dos montes. Quando chegava no limite da sede, ele descia bramando de angústia , diante dos caçadores, em busca de água. A sede o fazia decidir procurar por água mesmo sab
endo que seus algozes estariam lhe  esperando.

Davi conhecia, na própria pele, este este detalhe. 
E, Davi foi descendo da fama para ser um foragido. O inimigo sabia do propósito de Deus em sua vida e procurava levá-lo a erro ou a matá-lo pelas mãos de Saul. Davi era ungido de Deus, mas seus dias de glória ainda estavam no futuro. Quanto ao presente, ele andava se escondendo por cavernas
, desertos e até entre os inimigos, os filisteus.

A ele, foram se juntando os homens aflitos, endividados, amargurados; se fez chefe de 400 desses homens.
 
O momento da virada na vida de Davi aconteceu quando ele passava por uma aflição duríssima.

Estando fora da cidade, onde pousavam, vieram os inimigos amalequitas e deram com ímpeto sobre a cidade de Ziclague, incendiando todas as casas e levando cativas as famílias de Davi e de seus 40
0 seguidores.

Quando estes homens viram a cidade queimada, saqueada, suas famílias levadas cativas, entraram em um desespero tão grande que deciram apedrejar Davi. Eles o culpavam pela má sorte. Seguiam um homem azarado.
 

Enquanto eles procuravam por pedras, Davi chegou ao seu limite. Mas ele era diferente. Naquela hora de desespero ele tomou a decisão correta: foi buscar a face do Senhor. Mandou chamar o sacerdote Abiatar, que colocou o éfode, e Davi consultou ao Senhor: Perseguirei e alcançarei esses amalequitas? E o Senhor respondeu: Persegue, porque, decerto, os alcançarás e tudo libertarás! E foi assim mesmo que aconteceu.

Ah! meu amigo como esta palavra fez bem ao meu coração em meus dias de aflição...
Foi naquele momento, que Davi foi posto a última prova, antes de seguir para um reinado de 40 anos. O diabo apertou Davi na beira do "precipício", mas saiu "derrotadíssimo" porque Davi em vez de murmurar, blasfemar, se desesperar, ele foi buscar a presença do Senhor.


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Foi o momento da virada na vida de Davi. Ali, ele parou de descer e começou a subir. Dias depois, Saul morreu. Davi foi aclamado rei de Judá. Sete anos mais tarde, rei de todo Israel. 

Ele tinha razão, quando escreveu:" Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Salmo 46, 1-2. 

Esta mensagem foi escrita para quem estiver em situação parecida.

Se você ceder ao desespero diante do seu limite, seu adversário - o diabo, vai se alegrar, vai gargalhar às escondidas da sua derrota enquanto você vai estar culpando a Deus pela sua queda. Mas se em lugar de se desesperar, você se levantar da poeira e buscar a Deus, como Davi buscou, quem vai beijar a poeira vai ser o seu inimigo!
 
Amigo leitor quem sabe você esteja em luta duríssima, igual a de Davi.

Pela fé, eu posso ver rosto Deus sorrindo quando você buscar a face Dele e clamar por ajuda! 
E, este também será o momento de sua virada! 







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terça-feira, abril 02, 2013

A parábola dos dois cachorrinhos




João Cruzué


A falta de visão de alguns líderes evangélicos, quando o assunto é a juventude da Igreja, pode ser tendenciosa. Observo que pastores mais antigos veem os jovens como fontes de problemas e falta de compromisso com Deus e com a Igreja. Isso nem sempre é verdade. 

Acontece que os oficiais das Igrejas costumam ter preconceito com a juventude. E com esta visão deturpada, de pitaco em pitaco vão envenenando os ouvidos do Pastor contra os jovens.

Em "homenagem" a esses míopes vou repetir o texto da parábola dos dois cachorrinhos.

Certa família estava  preparando-se para viagem. Como naquela casa tinha dois filhotes de beagle, concordaram em pagar certa importância ao vizinho, para que ele cuidasse bem dos animais. Água, ração três vezes ao dia, não deixar o portão aberto... pouca coisa.

E a família viajou.

E quando voltou, ficaram muito tristes, pois faltava o filhote mais bonito.

--Olha, justificou o vizinho: "Eu não tive culpa. Aquele cachorrinho era muito rebelde. Ele saiu à rua e foi atropelado. Caro leitor, se você fosse jugar esta causa, diga-me: De quem seria a culpa? Do filhote que fugiu e foi atropelado ou do vizinho que foi imprudente e deixou o portão aberto?

Moral da história: É muito fácil racionalizar que a juventude evangélica de hoje é rebelde e não tenha o mesmo compromisso com Cristo dos jovens da geração anterior. 

Jovem por jovem, eu acho que a maioria dos moços da geração passada era ímpia na sua época. Muitos Viviam na prostituição e nos vícios. Depois a graça os alcançou e converteram-se. 

Como é que, agora, depois de terem sido alcançados pela graça, ainda têm a cara de pau de atirar pedras nos moços de hoje, inclusive falando mal deles para o pastor da Igreja?


"A existência de jovens na Igreja de hoje é um milagre de Deus."
(Pastor Luiz Vicente Branco - in memoriam)

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