sábado, fevereiro 28, 2009

Jesus fará o milagre em sua vida


Poço Betesda
"Então, lhe disse Jesus:

Levanta-te, toma o teu leito e anda."

João Cruzué

Hoje é sábado, 28 de fevereiro. Fui caminhar um pouco pela manhã para deixar em ordem o físico que Deus me deu e que já passou dos 53 anos. O sol estava maravilhoso e o dia bem quente às 10h. Por onde caminho tem uma calçada na avenida com mais de um km de extensão, com marcas numeradas de 50 e 100m. Na ida o trecho é uma subida. Dias desses eu cometi uma loucura correndo uns 500 metros e o coração quase saltou pela boca - he he he! Na semana seguinte continuei "louco" e corri todo quilômetro. No final deste trecho, à direita tem outra rua com o nome de Albert Sabin, uma rampa íngreme com exatos 500m que para subir é ainda pior que correr o trecho anterior.

Eu estava precisando disso, pois em meu novo trabalho o calor do Centro de São Paulo. E no dia de hoje, eu fui caminhar, correr o quilômetro da ida, subir a rampa, descer, correr o mesmo quilômetro na volta - terrível - até chegar em casa. Quase morto. Se Deus quiser, amanhã será um belo domingo, e tenho pretensões de repetir a caminhada, e semana que vem, até perder um pouco de peso enquanto ganho mais disposição.

Como gosto de fazer toda semana, fico orando e esperando que o Senhor me dê inspiração para escrever um bom texto, de preferência um texto que a voz dele fale primeiro comigo, para que eu tenha certeza que falará também com outros. Parece coisa antiga, mas eu ainda me guio desta maneira: Se eu ouvir a voz de Deus em um texto, sei que meus leitores também ouvirão. E a palavra que moveu meu espírito hoje, foi um trecho muito conhecido que está na Bíblia em São João Capítulo cinco - O paralítico do Tanque de Betesda.

Eu trabalho na área da saúde. Sou um contador público e lido com pagamentos de várias coisas, principalmente remédios, materiais hospitalares, terminologias que já acostumei ouvir, tudo ligado a tratar de doenças e problemas físicos. No Hospital, uma romaria constante de todo tipo de enfermos, de certa forma parece um pouco com o Tanque de Betesda da Bíblia, onde os médicos procuram fazer o trabalho do anjo. São tantos males e tantas doenças que certamente todo orçamento anual da Cidade de São Paulo não conseguira dar solução. Se estamos vivos em meio a tudo isso, é porque Deus ainda faz milagres em nossa vida, e muitas vezes nem percebemos.

Jesus Cristo foi a forma que Deus planejou para se humanizar e revelar seu grande amor para com as nossas mazelas de cada dia. Jesus é Deus. Se alguém quiser saber um pouco sobre o amor de Deus, precisa ler e meditar no que está escrito e no que não está no seu Evangelho escrito por Marcos, Mateus, Lucas e João. Jesus é o cumprimento da profecia de Isaías: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

Quando Jesus abordou o paralítico junto ao Tanque de Betesta, não estava apenas interessado em um simples deficiente, atrás daquele gesto, Jesus estava dizendo o quanto nos ama, embora não contamos com isso. Imagine aquele homem no desconforto de não poder andar... hoje eu estava caminhando, correndo, subindo e descendo, eu fui e eu pude voltar. Graças a Deus! É com muita alegria que lhe faço um convite para meditarmos junto no milagre que Jesus fez na vida do paralítico do Tanque de Betesda.

A primeira coisa que vamos meditar é que o paralítico nunca imaginou que iria ter um encontro pessoal com Deus. Deus para ele era algo distante, um Deus ocupado com outras coisas, outras pessoas, pessoas importantes: reis, ministros, governadores, presidentes.

A segunda análise é que podemos fazer é que o conhecimento científico de hoje, 2.000 anos depois, ainda não é capaz de fazer o mesmo paralítico. E que mesmo a terapia com células tronco, em que a medicina tem apostado alto, receio que não vá funcionar. Li, há poucos dias, que clínicas russas têm atraído muitas pessoas doentes e ricas com tal tratamento. O resultado foram dois cânceres, um em cada lugar da espinha onde foram injetadas. E agora?

Deus tem o manual do corpo, da alma e do espírito humano. O Criador não espalhou vírus nem qualquer forma destrutiva de saúde. Foi pelo engano e astúcia de Satanás que a fonte de todas formas e espécies de destruição age na humanidade pela brecha aberta pelo pecado na vida de cada um. Deus abomina o pecado porque ele destroi a beleza e o futuro das pessoas.

Entre a multidão de enfermos, cegos, coxos e paralíticos, à beira do tanque, estava o paralítico. Além de paralítico ele não tinha amigos. Ele reclamou para Jesus: Senhor não tenho ninguém que me ponha no tanque. Sempre desce outro antes de mim. Se ele tinha família, entendo que era um peso inútil para ela. De manhã alguém o levava, e talvez à noite alguém ia buscá-lo.

Por que Deus fez o milagre na vida daquele homem paralítico, solitário, peso morto da família? Existiria uma razão para que entre tantos doentes somente ele recebesse o milagre da cura? A resposta é sim. Para Deus fazer o milagre em sua vida, ele o atributo necessário: ânimo! Há 38 anos estava paralítico, mas sua presença à beira do tanque sinalizava que ele não queria morrer paralítico. Para Deus fazer um milagre em nossa vida é preciso que tenhamos algo. O paralítico não tinha pernas, não tinha companhia, sabia que outros desciam primeiro que ele, mas ele estava lá. Se tem uma coisa que comove o coração de Deus são os nossos sonhos. Ele tinha um grande sonho: o sonho de voltar a andar.

Sem sonhos não há milagres. Você precisa abrir o baú e retirar de lá seus velhos sonhos. Não perca seu tempo reclamando, odiando, se drogando, se matando. Você precisa voltar a sonhar. Sonhar como aquele paralítico. De todos os que estavam à beira do poço ele estava no fim da fila. Mas ele sonhava. Sonhou por 38 anos que iria andar - e andou!

Se você sonhar, não importa quantos anos passem, um dia você vai ouvir a voz de Deus em sua alma, daquela forma que só Deus sabe falar, Ele vai lhe dizer: Levanta, tome o teu "leito" e ande!



Aceite Jesus em uma Igreja Evangélica

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O Cristianismo no Japão

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João Cruzué

O cristianismo chegou ao Japão em 1542 levado pelo sopro dos ventos impulsionando as caravelas portuguesas. Comerciantes e jesuítas portugueses aportaram na Ilha de Kyushu levando duas coisas bem diferentes: armas de fogo e a religião cristã.

O Shogum, (sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à polvora, eles concluiram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.

Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas do shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas. Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso dobrar a força dos monges budistas e do shintô.

Por volta do fim do século XVI, uma idéia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuitas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Já não eram mais vistos com bons olhos.

Por isso, em 1587, o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki.

Depois dele outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram o exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, da família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. No ano seguinte - 1638 - o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão.

Em 1853, o Japão saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.

A restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal para se tornar uma potência mundial nas décadas a seguir. Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a capital imperial, para estabelecer sua residência oficial no Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa. O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.

A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas; os cristãos são apenas cerca de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões.

Os símbolos cristãos têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.

Por outro lado há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final da missa/culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico.

Fontes de pesquisa: textos em inglês na WEB de autorias não conhecidas.

Continuaremos com artigos sobre igreja cristã japonesa do século XX em diante.


João Cruzué
Para o Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com