domingo, outubro 19, 2014

Os cinco segredos da Educação na Finlândia

Thomaz Favaro


A Finlândia é um país do norte europeu, tem uma população de 559 mil habitantes e ocupa hoje o topo do ranking da qualidade no ensino com base em testes da OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. No teste de 2006, enquanto o Brasil amargava as últimas posições no resultado, a Finlândia ficou em 1º lugar em Ciências, 1º  em Matemática e 2º lugar em Leitura. O Brasil cravou os 52º, 53º e 48º lugares.


Os estudantes finlandeses são os mais bem preparados do mundo e aqui estão os cinco segredos da Escola finladesa:

1 . O professor - o vestibular para professor é um dos mais disputados do país. De cada 10 candidatos, apenas um é aprovado. A Exigência dos professores é muito alta; o mestrado é pré-requisito para lecionar em cursos posteriores à pré-escola.

2 . Qualidade igual para todos - O desempenho das escolas em todo o país apresenta a mínima variação, a menor do mundo. O governo tem um sistema sigiloso de avaliação das escolas, enquanto seus diretores estão informados quanto ao desempenho de cada uma.

3 . Os alunos com dificuldades não são deixados para trás. Dois em cada dez alunos recebem aulas de reforço. Os índices de repetência são baixos e a auto-estima bem cuidada.


4 . Grade curricular ampliada - além do currículo padrão, há aulas de música, ecologia, artes, economia do lar e ética. O ensino de duas línguas estrangeiras é obrigatório; a critério do aluno, ele ainda pode optar por mais duas. 

5 . Prazer de estudar - Os diretores e professores são responsáveis pela criação de um ambiente agradável aos estudantes. A carga horária é bem dosada. A partir da 7ª série, os alunos estão livres para escolher algumas disciplinas com as quais têm maior afinidade.

Fonte para o artigo: Veja/20/02/08



João Cruzué
cruzue@gmail.com

sábado, outubro 18, 2014

Meditação em Mateus 21


Templo em Jerusalém
Por João Cruzué


Jesus saiu da Galileia para Jerusalém. Provavelmente, havia alguma festa religiosa e muitas pessoas estavam no Templo. Em Mateus 21; 23, o evangelista começa a descrever uma cena em que ele estava ensinando, quando as autoridades do Templo, os príncipes dos sacerdotes e anciões do povo decidiram questionar sua autoridade. Neste contexto,  dá-se um diálogo entre duas maneiras diferentes de interpretar o sagrado. De um lado, as autoridades do templo e os anciões do povo; de outro aquele que tinha a visão da realidade das coisas. Um confronto entre a presunção e o formalismo contra a verdade.

Disse Jesus: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida"

Para dar um calaboca em Jesus, os filhos dos sacerdotes chegaram e perguntaram:

--Com que autoridade fazes isto e quen lhe deu tal  autoridade? Ou seja: Quem lhe deu o direito de ficar ensinando aqui no pátio do Templo, se você não é dos nossos nem tem o nobre  sangue levita?

E Jesus respondeu assim: 

--Eu também vos perguntarei uma coisa. Se reponderes, também eu vos responderei a pergunta. O Batismo de João donde era: do céu ou dos homens?

Como os príncipes dos sacerdotes e os anciões não tiveram a coragem de dizer o que pensavam, Jesus não precisou dizer com que autoridade ensinava no Templo, área de influência e domínio dos questionadores.

Mas Jesus não permitiu que eles saíssem sem ouvir uma verdade que provou ser absoluta cerca 48 gerações depois. (29dC  até  1948dC).

Primeiro contou a parábola dos dois filhos. O pai mandou os dois trabalharem na vinha. Um disse que não ia, arrependeu-se e depois, foi. O outro, disse com a maior cara de pau que iria, e depois, não foi. O primeiro da parábola simboliza os publicanos e meretrizes  que eram pecadores, mas quando ouviam o Evangelho se arrependia. O Segundo dilho, o que disse que ia e não foi, simbolizava os príncipes dos sacerdotes e seus cupinchas políticos - os anciões do povo.

Não contente com uma só parábola, Jesus emendou outra: a parábola dos lavradores maus. Aqueles que receberam uma vinha recém-formada e bem aparelhada com uma vala no entorno, um lagar e uma torre. O proprietário da vinha decidiu arrendá-la e combinou que quando chegasse o tempo da colheita,  enviaria alguém para receber  parte dos frutos da vinha. 

Foram três os primeiros servos enviados para receber a parte do proprietários, Um ficou muito ferido, o outro foi apedrejado e o terceiro, morto. Então, o proprietário da vinha enviou outros em maior número, que foram, igualmente apedrejados, espancados e alguns, mortos.

Daí, decidiu enviar seu próprio filho para receber os frutos da vinha. Então, aqueles arrendatários da vinha receberam a visita do filho do dono da vinha. Pensando em ficar definitivamente com a propriedade, arrastaram aquele herdeiro para longe e mataram cruelmente.

Aí, Jesus concluiu que o proprietário da vinha voltaria e tiraria a posse dos arrendatários avarentos e criminosos e daria a vinha para outros lavradores que fossem fiéis de trato.

A esta altura da mensagem, os príncipes dos sacerdotes e os anciões do povo já estavam com suas orelhas vermelhas e concluíram quem eram os bandidos da parábola. Pensaram reagir, mas temiam o povo que estava no Templo, que consideravam Jesus um profeta.

Meditação: Sabemos que a vinha era a nação de Israel. E que esta nação ao assassinar Jesus selou toda profecia da parábola dos lavradores maus que arrendaram a vinha. A vinha era a nação e os arrendatários, sua liderança política-religiosa. Duros com o povo, e corruptos no trato com os romanos, para não saírem do poder. O poder ao custo da presença de Deus.

Na parábola está bem claro, que Deus tinha enviado três grandes profetas para advertir a LIDERANÇA religiosa do povo. Não surtiu resultado. Enviou outros profetas em maior número, e não houve mudança de comportamento de comportamento dos líderes religiosos. Por fim, Deus enviou Jesus Cristo, e foram as lideranças religiosas de |Israel que pediram a crucificação de Jesus.

O resultado foi que um geração depois, Jerusalém e o Templo foram reduzidos a pó. Cumprindo o que está  em Mateus 21;44. A nação de Israel foi desterrada, e somente voltou a possuir um território a partir de 1948, cerca de 47 gerações (de 40 anos) depois.

Reflexão: As lideranças religiosas cristãs, com o passar do tempo se apoderam da "Vinha", usurpando o senhorio do SENHOR YHWH. Trocam a obrigação de cuidar da vinha, por interesses políticos culturalmente mundanos. Usam de suas lideranças religiosas para alcançar a liderança política e ampliar o número de pessoas sobre as quais querem mandar. Aceitam dobrar o joelho diante da oferta de mandar sobre os reinos deste mundo - coisa que Jesus ouviu, mas recusou.

Conclusão: Nem todo que o que fala em sua boca o Nome do Senhor, tem temor do Senhor. Pode ser que ele use o Nome do Senhor para usurpar o mando na Casa do Senhor. E depois, apegando-se ao poder, almeja mandar em toda a nação. Esta usurpação tem um alto preço e não ficará sem cobrança.

Quem tem juízo atente bem e não faça como fizeram os anciões do povo, mencionados em Mateus 21. Eles sustentavam e apoiavam as ações dos príncipes dos sacerdotes, porque temiam passar necessidade e fome se rompessem com a filosofia de vida daqueles. Em nossos dias,  isto não mudou.














sábado, outubro 11, 2014

A política na cosmovisão evangélica


Por João Cruzué

Quando  os fariseus perguntaram a Jesus Cristo se era lícito pagar tributo a César, Ele foi pedagógico em sua resposta.  A questão envolvida tinha um viés político e a resposta também foi da mesma natureza. Hoje é 11 de outubro de 2014; estamos a duas semanas do segundo turno da eleição presidencial, então quero refletir sobre esta questão: O exercício da política é coisa do diabo ou de Deus?

Considerando que o Brasil é um país que  possui características que podem mantê-lo entre as cinco maiores economias mundiais, mesmo tendo muitos problemas de injustiça social, se olharmos para o contexto bíblico, podemos aprender com o posicionamento de Deus quanto a Israel, e de lá transportar nossas considerações para o presente e futuro do Brasil..

Antes, porém, é bom ver a grandeza de nosso país no contexto mundial:

EXTENSÃO TERRITORIAL:
Nosso país está classificado na quinta posição em extensão territorial; tem 8.515.767 km².  
Em primeiro vem a Rússia com 17 125 187 km²; 
em  segundo, o Canadá com 9 984 670 km²; 
em terceiro, a China com  9 596 961 km² e
em quarto, os Estados Unidos da América com  9 371 174 km².

POPULAÇÃO
Em população, o Brasil também está em quinto lugar, com  203.256.456 [1] (11/10/14, 11:14 h)
1º: China - 1.339.724.852 
2º: Índia - 1.210.193.422
3º: EUA - 318.892.103
4º Indonésia: 257.609.643

PRODUÇÃO DE RIQUEZAS
PIB - Produção de Riquezas , base 2012 - moeda: dólar americano
1º EUA: 16.244.600.000.000
2º China: 8,358,399,572,299
3º Japão: 5,960.180.293,678
4º Alemanha: 3,425,956,470,874
5º França: 2,611,221,274,736
6º Reino Unido: 2,471.600.098,476
7º Brasil: 2,254,109.312,134
Fonte: UN Stats (leitura: números acima de 2 trilhões de dólares)

COMPARATIVO DE INSTRUÇÃO  
Brasil: adultos sem  diploma universitário:  94,37%
Brasil: adultos com diploma universitário: 5,63%
Fonte: TSE (2014)
Estados Unidos: Adultos com diploma universitário: 38,29%.
Fonte: census.gov


POPULAÇÃO  DE  EVANGÉLICOS
População evangélica estimada para dezembro de 2014 : 51.210.103 crentes  (25%)


Tendo feito esta contextualização, e demonstrado a grandeza deste país,  vamos verificar, agora, conceito ATUAL de Política.  Enquanto  o pensamento grego, com Aristóteles, pensava a política como a forma dos governantes lidarem com os interesses da cidade e vice-versa, já no pensamento moderno, Norberto Bobbio [I] (1904-2004), conceituou a política com uma ideia de poder.  Poder exercido sobre a sociedade. Em um país democrático, este poder é consensual, outorgado pelo pelos cidadãos por meio do voto. Esta relação foi analisada por Rousseau na obra "Contrato Social" [II]. Em troca da satisfação de  necessidades  (segurança, educação, saúde, assistência social, etc) o cidadão aceita pagar tributos em troca da tutela do Estado.



Quando o Altíssimo, Deus de Israel, planejou abençoar todas as famílias da terra através de Jesus Cristo, Ele começou com a escolha de uma família (Sara e Abraão), que foi ampliada em 12 tribos (Jacó), que se tornou uma nação (Israel), que foi governada por Juízes e Reis, depois, espalhada pelos quatro cantos da terra. Apesar de ser um povo pouco numeroso e uma nação pequena, Israel é próspero e poderoso. Eu Deuteronômio 28:14 Deus repetiu para os filhos de Israel, lá no deserto, que
eles seriam  estabelecidos por cabeça (e não por cauda) entre as nações, mas só permaneceriam por cima se obedecessem os mandamentos do Senhor.

Para ser cabeça é preciso primeiro aprender a Lei do Senhor. O César Augusto da Bíblia somente veio à existência por permissão de Deus. César era o poder político, relativo. Deus é o poder absoluto, que mantêm o controle da terra. Feito estas considerações, para ser CABEÇA, é preciso aprender a exercer o mando e o  mando é  poder. Não com tirania, não de forma patrimonialista (eu sou o Estado e o Estado é meu) mas servindo, administrando, compartilhando, distribuindo as riquezas, eliminando a ignorância e a miséria, dois fatores que retiram a liberdade da pessoa.

O exercício da política no temor de Deus é tudo o que um país precisa. O exercício da política de forma egoísta,   com o aparelhamento das repartições públicas por nepotismo é vergonhoso. O exercício da política para roubar o direito e o recurso dos pobres e miseráveis, isto sim é que é uma política do diabo.

Quando Jesus pediu para mostrar a moeda do tributo, teve a intenção de reconhecer dois tipos de autoridade: Autoridade Política e o senhorio de Jeová. Em nenhum momento de sua vida terrena ele
divulgou opiniões que desrespeitassem as autoridades constituídas. Não fez isto com César, nem com as autoridades religiosas do Templo. Ele combatia, sim,  a hipocrisia dos fariseus e saduceus, mas a Bíblia não registra nenhuma frase do tipo: "Fora César" ou "Fora Fariseu". Jesus não era anarquista nem omisso. Ele tinha uma missão, e não mudou de foco.

Em todos os livros dos profetas do antigo testamento, uma verdade fica bem evidente: A vontade de Deus sendo martelada através da palavra de um homem santo, que exercia também uma função política: repreender, advertir, corrigir, abençoar, amaldiçoar, a nações e reis, Nos dias de hoje, a crítica aos rumos de um país não é mais feita por profetas, mas pela visão contrária de opiniões e partidos.

Deixar que um país inteiro seja representado somente por ímpios, só porque um irmãozinho acha que a política é coisa do diabo, é exatamente isso  que o demo mais deseja. É o que acontecia no meio pentecostal até a década de 80. A omissão é  uma das formas mais ignorante ou covarde de pensamento. O mundo jaz no maligno, isto é fato, mas a terra e seus habitantes não são propriedades do demo.

O exercício da política passa, sim,  por um caminho perigoso. Na tentação do deserto, quando o diabo mandou Jesus Cristo dobrar os joelhos diante dele para ganhar o poder de mandar em todos os reinos da terra, demonstrou  o desejo de ter poder absoluto para mandar nos outros, de usurpar a posição  de Deus, tem natureza maligna. É o brotar da soberba, a exaltação do egocentrismo,  o desprezo ao semelhante. Temos visto por aí muitos parlamentares crentes caindo nesta cova, e outros seguiram pelo mesmo caminho.

Tendo consciência dessas coisas, nós, evangélicos temos de levar em consideração duas coisas: com mais de 50 milhões de crentes, ou seja, um quarto da população brasileira,  não mais podemos aceitar aquele pensamento sofismático, diabólico, de que o senhor da política é o diabo. Por outro lado, não se pode dar lugar ao diabo exercendo a política de forma corrupta. Dependendo do exercício da política de seus governantes,  um povo pode ser levado à destruição e à miséria, como também pode ser guiado à prosperidade e à melhoria das condições de vida.

Se Deus falou no passado que a posição natural do crente é ser a cabeça e não, a cauda, devemos sim estar preparados para o exercício da política, tanto na esfera representativa, quanto participativa. Ser cabeça, quer dizer liderar. Ser cauda, significa aceitar a espora da impios,  em consequência de não andar segundo a vontade de Deus.



.



.