Mostrando postagens com marcador TSE. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador TSE. Mostrar todas as postagens

domingo, setembro 21, 2014

Brasil: 500 anos de atraso na Educação.


POR JOÃO CRUZUÉ

Em fevereiro de 2008, eu publiquei um comentário sobre o discurso do Senador Cristovam Buarque entitulado: País Ameaçado. Na ocasião o ex-Ministro fazia um Raio-x da situação educacional brasileira e dizia que o Brasil sofreria a invasão de 72 milhões de pessoas que por não possuir nem o ensino fundamental poderiam engrossar nos anos seguintes as estatísticas de violência, corrupção, baixa produtividade e falta de capacidade para criar capital/conhecimento. Ele dizia tudo isto com base nas estatísticas eleitorais de 2008. O que mudou de lá para cá? É esta a nossa proposta de análise.

Vou começar apresentando um quadro comparativo de instrução entre o Brasil e Estados Unidos. As bases de comparação são as seguintes: No Brasil, a base é a estatística eleitoral de 2014 do TSE. A base dos Estados Unidos é de 2013, população com 18 anos para cima, publicada pelo census.gov, o ibge americano. Na minha opinião as bases são aceitáveis para uma comparação de índices.

Tabela de João Cruzué
(em milhares)
.
BRASIL

Grau de Instrução

ESTADOS UNIDOS
Eleitorado
%
%
18 anos e +
7.389
  5,17
Analfabeto
  0,35
837
67.791
47,47
Sem ensino fundamental
  8,00
18.966
105.603
73,94
Sem ensino médio
12,56
29.759
23.839
16,69
Ensino médio completo
29,54
69.985
134.783
94,37
Sem curso superior
61,71
146.211
8.039
  5,63
Graduados e +
38,29
90.718
142.822
100
Total
100
236.929
BRASIL: http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2014-eleitorado - acesso em 7.9.2014
EUA: http://www.census.gov/hhes/socdemo/education/data/cps/2013/tables.html - acesso em 7.9.2014


Vamos iniciar, comparando o déficit de instrução dos dois países. Enquanto nos EUA há 61,71% de pessoas que ainda não possuem graduação superior, no Brasil este índice chega a 94,37%. A tradução disso fica mais fácil assim: para cada 100 americanos, 38 possuem graduação superior. No Brasil  há somente 6 brasileiros graduados em cada 100. Uma vergonha!

A primeira Universidade brasileira, a Universidade Federal do Paraná foi instituída em 1912,ou seja 412 anos depois do descobrimento do Brasil. Harvard, a primeira faculdade americana foi fundada em 1636, passando a ser chamada de Universidade em 1780.

Em 25 de junho de 2014 foi aprovado o novo Plano Nacional de Educação do Brasil, com vigência até 2024. Segundo o Senador Buarque, o Brasil já está gastando 300 bilhões de reais por ano na Educação. Nesta toada, em 10 anos serão despejados no ensino nacional 3 trilhões de reais. A julgar pelos índices do IDEB de 2013, recém divulgados pelo INEP, o país corre o sério risco de ficar estagnado ou mesmo regredir na avaliação dos próximos 10 anos, mesmo despejando 3 trilhões de reais na educação.

Há vários fatores que contribuem para isto. Por exemplo, o magistério do ensino básico é um profissão que ganha um dos menores salários. Em países que se primam por uma educação de alta qualidade (Coreia do Sul, Finlândia) o cargo de professor é cobiçado porque alcança uma das melhores remunerações. Por outro lado, para pertencer ao magistérios nestes dois países, a disputa é acirrada. Somente os que concluem sua graduação entre os 10% melhores são recrutados para o magistério na Finlândia, enquanto que na Coreia do Sul a exigência é ainda maior: entre os 5% melhores. Alta remuneração, para alta qualificação.

Para melhorar o ensino básico no Brasil é preciso contrariar grandes interesses corporativos: os sindicatos de professores, por exemplo. Se hoje fosse decidido que o recrutamento de professores seguisse um padrão "Finlândia" por exemplo, o edital do concurso seria declarado nulo. E se fosse melhorar o salário do professor subindo para 10 mil reais por mês, com base na qualidade de sua formação, os sindicados iriam exigir o mesmo salário para todos, independentemente de formação, graduação ou performance.

Enquanto isso acontece aqui, o mundo lá fora estuda e fala no mínimo duas línguas: a nativa e o inglês.

Desse jeito, sem agregar conhecimento científico à mão de obra,  vamos continuar vendendo uma tonelada de minério de ferro por  R$ 194  reais e comprando um kg de computador por R$ 500 reais.

O mais curioso de tudo isto é que há mais de 130 anos, Rui Barbosa  foi convidado pelo Imperador Dom Pedro II para uma reunião no Palácio. O jovem Rui, militante do Partido Liberal, escrevera o Primeiro Plano Educacional brasileiro, trazia tudo anotado e comentado.  Mesmo sendo da oposição, impressionou sua Alteza Real, que em pouco tempo mandou condecorá-lo com o título de Conselheiro do Império. Sabe qual era o argumento de Barbosa para criação de um curso secundário voltado para o ensino técnico industrial? Que embora os Estados Unidos fossem um país agrícola, lá havia escola para capacitar os moços americanos para processar os alimentos produzidos com a finalidade de agregar-lhes valor. Com isto, em lugar de vender o produto in natura a preço baixo, vende-lo-ia já processado e mais caro.

Infelizmente, hoje, em pleno século XXI ainda estamos vendendo comodities (soja, café, carne e minério de ferro) e importando produtos industrializados - inclusive, 891 mil toneladas de gasolina no último semestre deste ano. Isto com certeza é resultado de termos apenas 6 brasileiros em cada 100, com diploma de nível superior. O outro dado é o recrudescimento da violência, previsto pelo Senador Buarque.





.

quinta-feira, setembro 04, 2014

Opinião sobre a distribuição do kit gay nas escolas

.


João Cruzué

Quero dizer que sou cristão e baseio minhas opinião na Bíblia Sagrada, o livro que possui regras para minha fé e prática. Tenho 58 anos, sou avô, e sempre respeitei e fui respeitado por homossexuais desde o colégio, passando pelo trabalho e até na Igreja. Minha discordância fica no campo das opiniões. Como pessoa não me sinto nem superior nem inferior a ninguém. Dito isso, vou dizer porquê não aprovo a distribuição de manuais de apologia ao homossexualismo dentro das escolas brasileiras.

1. FATOR EDUCACIONAL O Brasil inaugurou sua primeira Universidade no começo do século XX. A Educação em nosso país só se tornou prioritária de poucas décadas para cá. Foram 400 anos de uma cultura colonialista e patrimonialista em que ler e pensar eram coisas malvistas, contrárias as práticas de dominação. O controle político através da ignorância. A exclusão do voto aos analfabetos. Hoje, 25% do orçamento de cada um dos 5.565 municípios brasileiros, obrigatoriamente, deve ser aplicado na educação básica (educação infantil+ ensino fundamental).

Mas ainda somos um país de ignorantes. Nossas escolas não conseguem ensinar bem, por exemplo, a Matemática. Os melhores alunos, ao contrário de outros países, não têm interesse no Magistério porque é uma das funções menos remuneradas no Brasil. Não temos nenhum Universidade entre as 200 melhores do mundo. 


Baseado nas estatísticas eleitorais da base de dados julho.14 do TSE, temos a seguinte situação:

- 70 milhões (em uma base de 141 milhões de eleitores) ainda não completaram o ensino fundamental  (da 1ª a 8ª série) ou primeiro grau.

- 107, 7 milhões ainda não completaram o ensino médio ou segundo grau/equivalente

- 11,5 milhões chegaram ao curso s, sendo que apenas 6,9 milhões são graduados.


Comparativamente, em base de população de 18 anos para cima, nos Estados Unidos da América, a porcentagem (census.gov) de quem já tem o ensino médio + graduação superior chega a 87%. A mesma conta no Brasil chega a  23,56%  em 141 milhões, ou seja,  76% dos eleitores brasileiros  ainda não terminaram o ensino médio para cursar uma faculdade.

OPINIÃO : Considerando que 134 milhões (76%) ainda não tem uma graduação superior, com isso levam para casa uma remuneração muito inferior do que ganhariam se estivessem potencialmente instruídos.  Em termos econômicos, este monumental prejuízo gera anualmente uma perda superior a 100 bilhões de dólares, calculados por uma diferença média de R$1.000,00 o salário dessa pessoa com e sem curso superior. A causa desta enorme perda ANUAL, eu interpreto como deficiência Educacional. 

Com o devido respeito, sua Excelência - a sra. senadora Marta Suplicy está mais preocupada em obrigar o MEC a distribuir manuais de homofobia nas escolas, do que cuidar para que a ignorância do "status quo" da escolaridade dos brasileiros seja erradicada. Não mexeu um dedo nisso.  Uma literatura que ensina tolerância é uma coisa; literatura para fazer proselitismo homossexual, é outra bem diferente. Isto tira o enfoque em educação para assuntos comportamentais.

Se nós crentes não podemos distribuir manuais de evangelismo dentro das Escolas públicas, por que as lideranças homossexuais teriam este direito, ainda por cima usando verbas públicas (escassas) para imprimir estes kits? 

Como contribuinte, que paga cinco meses de salário em impostos para o Governo, sou contrário ao desperdício desse dinheiro que sai do meu bolso. O Brasil tem 514 anos, e continua um povo com poucas letras. Ou que nome vou dar a mais de 135 milhões de pessoas que não têm um curso superior? A graduação destas pessoas, no meu sentir, vai capacitá-las, não só para conquistar melhor remuneração, como também uma consciência de tolerância.

2. PRIORIDADES - Creio que outros seguimentos da população brasileira estão em pior situação do que os problemas enfrentados pelos homossexuais. Por exemplo, as cracolândias matam muito mais, e dão prejuízos muito maiores à nação. Morador na Capital paulista e conhecedor in loco do problema, que pode ser visto por qualquer um no polígono situado da Praça da República até a Rua Mauá; da Av. Ipiranga até a Av. Duque de Caxias, posso dizer que o crack está matando muito mais, e que não vi nenhum/a Senador/a interessada em mandar o MEC distribuir manuais em todo Brasil de conscientização contra o tráfico e o crack.

OPINIÃO: Na minha opinião, as receitas públicas seriam bem melhor utilizadas se investidas no combate ao crack. A proteção aos homossexuais, de grande interesse intelectual, não é tão prioritária quando ao estrago que o crack vem fazendo na sociedade. Creio que deveria ser feita uma consulta popular sobre o que seria mais prioritário, em lugar de uma decisão unilateral causada por um segmento da sociedade muito bem articulado.

3 - ESTATÍSTICAS GAYS - Segundo consultei na internet, foram cerca de 198 mortes de gays em 2009. No ano de 2010 já ocorreram mais 200 as mortes no Brasil. Isso dá mais ou menos uma morte a cada dois dias.

OPINIÃO: ainda que fosse apenas uma pessoa morta pelo motivo de ser homossexual, minha opinião é a mesma da Bíblia. Se Jesus, que é Deus, defendeu publicamente e assim impediu que uma mulher adúltera fosse morta por apedrejamento, não posso concordar, não concordo e não existe nenhuma justificativa no mundo, para tirar a vida de alguém. Nessa questão, vejo com bons olhos se assassino de gays pegassem 30 anos integrais de prisão. Por outro lado, essas estatísticas devem ser analisadas com cuidado, para que seja apurada uma dúvida: dessas duas centenas de mortes, quantas foram praticadas por homossexuais? Um terço? metade?. Este lado da moeda não deve ser posto debaixo do tapete.

4 -CRISTIANISMO x HOMOSSEXUALISMO - Não me deixo levar pelas emoções dos movimentos radicais, sejam cristãos ou gays, pois não há bom senso nas extremidades. O conteúdo publicado pelos sites e blogs homossexuais, partem do princípio de que a exceção faz a regra. Não estaria sendo desonesto se dissesse que ALGUNS textos são pura lavagem cerebral, que procuram induzir seus leitores a erros de interpretação. Creio que nos casos onde há brainwashing, isto é proposital, pois atrás deste radicalismo escondem alguns interesses de sustento financeiro e também políticos.

OPINIÃO: Creio que há um propósito lavagem cerebral atrás de alguns (não todos) textos de endereços de ativismo homossexual. Para mim, como cristão, cada pessoa tem livre arbítrio para ser e proceder como quiser. Deus não está matando as pessoas no meio da rua, hoje, porque elas não fazem sua vontade. O fato é que os verdadeiros interesses que ainda estão camuflados sob argumentos mais evidentes.  Porque menos de 3% da população brasileira deseja ter privilégios especiais, e direito a verbas públicas, que outros seguimentos não têm? Por que os ativistas gays discriminam a religião e taxam a Bíblia de livro homofóbico, e paradoxalmente reclamam de preconceito?

CONCLUSÃO

Diante de tudo isso vou dizer o seguinte: os países onde a lei de homofobia passou, eram todos ou quase todos cristãos. O Brasil pode ser o próximo. A Igreja Evangélica não é responsável pela barbárie que Roma fez ou mandou fazer nos séculos passados. Se algum dia houve preconceito dentro de suas portas, pelo simples fato deste assunto estar em pauta há uns cinco anos, duvido que haja o menor ato de discriminação e preconceito em nossos dias. O respeito pelos direitos de cidadania de uma pessoa, independentemente do que seja, é um dever de cada um. Mas daí, aspirar um direito para discriminar e promover o preconceito de outros segmentos é incorrer no mesmo erro combatido.

Se eu perguntar para um ativista gay o que ele acha da Bíblia e de uma pessoa crente, na frente do público ou de um microfone ele pode ser muito educado, mas em outro ambiente... A começar pelo que disse recentemente um parlamentar, ativista gay, que a Receita Federal deveria tirar a imunidade tributária das Igrejas.

Para mim, a escola é um lugar sagrado. Ali é o único lugar onde se pode construir o futuro econômico de uma nação. É um lugar de se aprender: Língua Portuguesa, MATEMÁTICA, História, Geografia, Ciências, Biologia, Química, Física, Artes, Tecnologia de Informação, Estatística, e coisas afins. Se o MEC autorizar uma coisa dessas, os manuais irão parar nas mãos de crianças, mesmo que o destino sejam "apenas" adolescentes de 12 anos acima. O reboliço que estes manuais podem causar nas mãos de crianças no ambiente escolar, no mínimo vai trazer mais problemas aos já enfrentados pelos docentes. Escola não é lugar de apologia de causas de minorias que deseja cabrestear uma sociedade inteira.







.

sábado, outubro 09, 2010

Minha Interpretação das estatísticas eleitorais do TSE em 2010

.
.
QUADRO ESTATÍSTICO DOS ELEITORES BRASILEIROS

DISTRIBUÍDOS POR SEXO E GRAU DE INSTRUÇÃO

gfx

João Cruzue

Quero apresentar para você as estatísticas eleitorais do TSE, base julho/2010, com distribuição do eleitorado por sexo e grau de instrução. O retrato do prejuízo sofrido por nosso país por não possuir políticas públicas eficientes está aqui. Não sou especialista no assunto, mas vim de uma família muito humilde. A diferença, eu creio, veio da influência de minha mãe, que aos 15 anos de idade era professora rural. Ela tinha um profundo foco na educação.

Apenas 5,2 milhões de pessoas possuem o grau superior completo. Isto significa que em tese, essas pessoas são potencialmente mais capazes de auferir uma renda maior, de uma forma menos estafante. As mulheres estão na frente dos homens em graduação superior: são quase 3 milhões contra 2.227.953 homens.

Cabe notar que de 135.804.433 eleitores, apenas 5.197.950 têm graduação superior; 135,2 milhões não são graduadas. Quase 100 milhões estão sem o ensino médio. Se partirmos da premissa de que estes 100 milhões brasileiros não são potencialmente capacitados para conseguir uma renda maior, o quanto o país não está deixando de ganhar em termos de riqueza de recursos humanos que, por conseguinte significa menos impostos e menores aposentadorias?

Se alguém estivesse procurando um retrato da situação econômica da população brasileira, infelizmente, as estatísticas periódicas do TSE sempre trazem um retrato fiel de como o Brasil desperdiça seus recursos humanos, por não ter um projeto decente e um gestor eficiente para reduzir esta miséria educacional.

Se todos os 135 milhões de eleitores aptos a votar neste mês de outubro tivessem conquistado uma graduação superior, nosso PIB e riqueza seriam suficientes para nos levar a terceira economia do mundo - ou mais.

Não basta despejar 25% de recursos públicos no ensino fundamental. Por falta de onde gastar, muito dinheiro está sendo desperdiçado em ações que não melhoram o quadro desta foto. É preciso repensar do começo ao fim toda política educacional brasileira, e colocar sua gestão nas mãos de uma pessoa que seja apaixonada pela Educação. É preciso mudar muita coisa. Que país é este, em que o pobre tem pagar uma faculdade particular para estudar à noite, enquanto os que podem pagar estudam de graça?

Por outro lado, a responsabilidade não está apenas na gestão do governo. Se a família não é focada em educação, filhos netos e bisnetos vão continuar ganhando uma renda bem inferior, se comparada com aqueles que se graduam. Além das famílias, também a Igreja deveria trabalhar mais o aconselhamento no mesmo sentido, incentivando seus membros a investir tempo e esforços na educação.

Eu estou chocado com estas estatísticas. Somente 5,2 milhões de pessoas graduadas, e 130 milhões ainda não graduadas. Para quem gosta de porcentagem são 3,8% contra 96,2%. É o país jogando fora trilhões de reais por não conseguir graduação para seus cidadãos. Este é o maior desperdício que este país tem.

Falar de bolsa família diante deste quadro é ofender minha inteligência. Quando uma pessoa se gradua, ela não muda apenas sua capacidade de fazer renda, mas da família inteira. Ela nunca mais vai precisar de bolsa família. Eu prefiro ver todos os jovens brasileiros cursando integralmente uma faculdade, do que recebendo bolsa família a vida inteira. As pessoas precisam de relevância em suas vidas; elas não querem esmola.

Pense bem nisso!


Fonte: TSE


.