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sábado, outubro 01, 2016

O profeta Jeremias desce à casa do oleiro

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João Cruzué


Hoje é 1º de outubro de 2016. Há cinco anos, eu estava em Sorocaba, quando escrevi este post. Então vamos lá: Pela janela, a luz do sol ilumina as paredes das casas e um pé de flamboyant se prepara para a mudança de estação. No quintal, uma pequena jabuticabeira vaidosa mostra o tronco coberto de bolinhas cor de vinagre. Ao lado, uma aceroleira exagerada ostenta incontáveis frutinhas verdes, enquanto insiste em abrir mais e mais flores. Ontem, quando andava pela Cidade, um pé de manacá com uma multidão de flores brancas e roxas. Tudo está em vertiginosa mudança, porque a primavera está chegando. 

E volvendo meus olhos sobre a Bíblia, para a meditação desta manhã de domingo, fui apanhado pelo texto de Jeremias. 18, onde o profeta recebeu uma ordem direta de Deus: "Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras."

Eu gosto de assistir, e assistir de novo, certos filmes. Entre eles, primeiro vem "Lutero", com Joseph Fiennes no papel principal; depois o 3º filme da trilogia de Sir John Ronald Reuel Tolkien - "O Senhor dos Anéis". E em menor frequência, Matrix, dos irmãos Andy e Lana Wachowski, em que Niobe (Jada Pinkett Smith) e Morpheus ( Laurence Fishburne) trocam frases sobre mudanças como: Algumas coisas nunca mudam; outras, quando mudam, mudam para melhor."

Deus poderia ter dito tudo o que precisava para Jeremias. E o profeta poderia ter se esquecido de algumas coisas. No mesmo Livro, e no capítulo anterior, o Senhor menciona dois objetos de uso em gravação: um ponteiro de ferro com ponta de diamante e a tábua de um coração. Um assunto não está ligado diretamente ao outro, mas é como se estivesse: Deus queria que Jeremias guardasse e entendesse 100% da essência do assunto que tinha a dizer.E descendo, o profeta Jeremias encontrou o oleiro em pleno processo de construção de um vaso.

E aquele vaso quebrou-se nas mãos do oleiro. E com a experiência de ter enfrentado outras tantas situações parecidas, o oleiro pegou aquele mesmo barro e deu forma a um novo vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer.E depois daquela cena, a voz de Deus se fez ouvir bem alta no coração do profeta: Não poderei Eu fazer de vós, como fez este oleiro? Eis que, como barro nas mãos do oleiro, assim sois vós na minha mão, Ó casa de Israel?

Vasos quebrados. O texto diz que o vaso se quebrou no ato de construção. Um vaso com defeito não terá mais utilidade para o propósito inicial, para o qual foi criado. Deus pode recuperar qualquer vaso defeituoso; até mesmo os cacos daquilo que não se presta mais a nada, para produzir um novo vaso, e para um propósito ainda maior - para a glória do Seu Nome. 

Deus é Deus, e nada é impossível para Ele.Jesus Cristo, o filho do Deus vivo, é especialista em causas perdidas, ovelhas negras, bandidos e instrumentos humanos nas mãos do diabo. Basta um olhar,uma oração e uma oportunidade. Pai, mãe, filho, neto, drogado, traficante, desconhecido ou morador de rua. Vasos que podem ter até crescido dentro da Casa do Senhor e que hoje estão rachados ou despedaçados com os cacos espalhados pelo chão. A última palavra sobre o destino de uma pessoa pertence a Deus.

Quando Deus disse a Jeremias: "Levanta-te e vai", creio que estava querendo dizer: Recobra o ânimo e começa a agir. Da mesma forma, no dia de hoje, está dizendo a mesma ordem para você, porque o barro daquele vaso quebrado, rachado, destruído, pertence a Deus, e falta apenas mais uma oração para que o prato da balança comece a se levantar em direção à vitória. E toda vez que isso acontece, o nome do Senhor é glorificado...........Em frente!



segunda-feira, janeiro 25, 2016

Os gastos com saúde nos 20 municípios mais ricos do Estado de São Paulo


GASTO MUNICIPAL DA ÁREA DE SAÚDE EM 2014
MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, COM DESPESA MAIOR QUE R$ 1 BILHÃO

POR JOÃO CRUZUÉ / BLOG OLHAR CRISTÃO


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Gráfico de João Cruzué

Gastos com Saúde em 20 municípios do Estado de São Paulo

Estamos vivendo em uma época que o cidadão tem reclamado muito das condições de atendimento nos hospitais e prontos socorros públicos. Por outro lado, os hábitos alimentares, de higiene e limpeza e o sedentarismo, deste mesmo cidadão, têm sido as maiores causas de frequência junto a estas instituições. Para piorar, há um maciço bombardeio do marketing das indústrias da alimentação, do tabaco e da cerveja, buscando criar no meio da sociedade novos hábitos de consumo de coisas que ela não precisa. A soma dos efeitos destas coisas tem levado ao colapso o atendimento hospitalar, principalmente,  no mês de janeiro, depois das festas de final de ano. 

A sociedade reclama que os hospitais estão à míngua e que não há atendimento. Por outro lado, os prefeitos  acham que os gastos com a Saúde estão muito altos. Tendo como bagagem acadêmica uma graduação em Contabilidade e pós-graduação em Auditoria e, como experiência profissional, uma passagem por seis anos na Área de Contabilidade Pública no Município de São Paulo, creio que posso realizar uma pequena análise do assunto e trazer minha opinião sobre os fatos.

Como cristão, estou ciente de que as Escrituras Sagradas dizem que nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em nós, proveniente de Deus e que não pertencemos a nós mesmos (I Coríntios 6, v.19).  Em outra passagem da Bíblia está escrito que Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas,  levam a pessoa a perder o direito da herança no reino de Deus.

Os sofismas da área da saúde, ao meu sentir,  vêm de hábitos errados que cada indivíduo pratica, pensando que são corretos. Também deve ser levado em conta a cultura ocidental deste século onde o prazer é colocado à frente da moderação. Comer por prazer é uma coisa, mas comer bem para ter qualidade de vida, além ser reacional é econômico para a pessoa e para o Governo. Como cristão, não posso deixar de lembrar o conselho de Paulo para Timóteo, afirmando que Deus não nos deu um espírito de medo, mas de fortaleza, de amor e de MODERAÇÃO (II Timóteo 1: v.7).

O marketing moderno praticado pelas indústrias no século XXI cria e desenvolve produtos para trazer milhões de dólares para seus cofres.  Coisas que naturalmente não levam em conta o que MELHOR para nós, senão o que é ótimo para estufar o caixa destas empresas. Outro sofisma: a substituição de um produto antigo (e que é bom para nossa saúde) por outro mais colorido, mais cheiroso, mais atraente, porém cheio de substâncias químicas que trazem sérios prejuízos a médio e longo prazo para o corpo.

Por exemplo, o sal refinado na gôndola do supermercado é uma das coisas mais baratas que se pode comprar, não chega a R$2,00 o quilo. Por outro lado, são poucas as pessoas que sabem que ele, normalmente, aumenta minha pressão arterial em mais de 2 pontos - de 12 para 14,5. Aí está um sofisma, uma coisa que parece barata, que mais tarde vai trazer um custo alto para a saúde. O Governo sabe disso? Sabe. Existe alguma disciplina na grade curricular do Ensino Fundamental que leva aos alunos, ainda crianças, o conhecimento de como se alimentar bem, para ter boa saúde e evitar as filas dos prontos socorros e hospitais? Desconheço. Como as campanhas preventivas trazem mais gastos para o Governo, como a corda no pescoço por causa do orçamento, ele deixa de fazê-las.

Os excessos alimentares, e a qualidade da alimentação nas festividades dos finais de ano, são duas das causas mais evidentes do aumento das filas e das macas nos corredores de hospitais e prontos socorros. Nesta situação o cidadão é visto como um "coitadinho" desamparado e o Estado como a causa de toda esta confusão.

As autoridades municipais reclamam que os gastos com a saúde dos munícipes estão muito altos. Para quantificar esta questão, fizemos uma pesquisa nos municípios mais ricos do Estado de São Paulo cujo total da despesa empenhada ultrapassou a cifra de 1 bilhão de reais em 2014. Foram 20 municípios, incluindo a Capital. Seus percentuais de gastos com Saúde estão em ordem decrescente na tabela abaixo:



De acordo como os porcentuais apresentados, o município de Diadema foi o que apresentou a maior relação entre os Gastos em Saúde com a Despesa Total - 31,57%.  O menor porcentual ficou com a Capital, São Paulo, com 17,72%, embora em volume de gastos tenha empenhado quase 7,7 bilhões de reais. A média aritmética dos porcentuais dos gastos em Saúde nos 20 municípios ficou em 21,06%, daí, os dados mostram que 17 municípios gastaram acima desta média e que 10 municípios (a metade) ficaram acima de 25%.

O mínimo constitucional para os gastos com Saúde nos municípios está determinado em 15%, pelo artigo 7º da Lei Complementar Federal nº 141 de 13 de janeiro de 2012. Assim sendo, de acordo com os dados da tabela acima, metade dos municípios  gastaram com Saúde 10 pontos porcentuais acima do mínimo constitucional. Somando os 25% da área da Saúde, apresentado pela metade dos municípios pesquisados, com o mínimo constitucional determinado para a Educação, que é de 25%, a metade da Despesa já foi atingida. Considerando que o dinheiro aplicado na Educação seja qualitativamente melhor do que o gasto na área da Saúde, eis aqui um grande ralo que suga os recursos do município.

Se o cidadão se alimentasse com consciência, buscando conhecer o que é melhor para o seu corpo, consequentemente, traria para si melhor qualidade de vida. A consequência imediata disso é que os municípios passariam a gastar menos com hospitais e prontos socorros. Portanto, teoricamente, poderiam melhorar a qualidade do gasto, investindo mais, por exemplo, na Educação.


 Nota: Está matéria não está autorizada para cópia. Se quiser usar meus dados, por favor, solicite autorização por escrito para cruzue@gmail.com.











sábado, janeiro 18, 2014

Uma tarde de sábado em Sorocaba


Mangueira da Granja Olga
JOÃO CRUZUÉ

Há uns quatro anos, conheci a cidade de Sorocaba. Saída no km 77 da Rodovia Castelo Branco. Depois vem a Castelinho, um pedágio caro de R$5,00 para rodar só 10 km... enfim, você esquece isto logo quando chega ao agradável destino. Pois, foi isto que aconteceu  hoje de manhã. Fomos, minha família e eu,  passar o fim de semana em Sorocaba. Nossos últimos dias de férias. Ninguém soube, mas eu tive uma tarde cheia de ação e emoções.


Três quilômetros antes da saída da Castelo, tem um Frango Frito e um mini-shopping. Como saímos um pouco tarde de São Paulo, compramos um frango a passarinho, um pão enorme de semolina, mais o Almanaque Abril de 2014... E continuamos a viagem.

Depois do pedágio Castelinho, o aroma do frango às 11 e meia do dia,  me fez ficar quase "doido". Minha filha deu-me uma bronca: Pai, se o senhor quiser comer, vai ter que arranjar um lugar para acostar. Não pode dirigir por aí comendo!

Aí, eu parei. Sem nada no estômago até aquela hora,  peguei um pãozinho integral, coloquei um pedaço de peito de frango frito e, como não tinha refrigerante, foi dois pedaços de polenta frita mesmo. E fomos embora.


Dez minutos depois, chegamos ao nosso destino. Minha outra filha perguntou: pai, para quê este pão enorme? Eu abri a embalagem do frango, peguei um pedaço daquele pão, coloquei dentro outra parte do frango, e mandei ver. Não precisou de palavras para explicar. Ela entendeu bem a mensagem , que entre outras coisas também dizia que não precisava  fazer o almoço. Só um suco, daquela acerola do quintal.

O gato da minha filha sempre rosna para mim. Dessa vez, ele veio todo alegre,  passou a cauda na minha perna, feliz da vida porque estava todo cheiroso. Soube que tinha tomado banho no petshop, com direito a umas arranhadas no moço que  deu banho nele. Talvez estivesse contente por isso. É o primeiro gato siamês bravo que eu conheço, que  não vai com a minha cara.

Eu brinquei com meu genro: O que você acha de fazermos uma sociedade para dar banho em gatos? Eu seguro as gatas para você usar o secador e, quando for os gatos, você segura e eu seco. He he he! Quem tem gatos em casa sabe que as gatas não se importam com o barulho do secador, mas se você encostar  aquele aparelho na barriga de um gato... ele pode ser até mansinho, mas vai ficar "possuído", na hora!

À tarde, meu pessoal foi a um evento na cidade vizinha de Itu. Um sol de rachar. Eu arranjei um monte de desculpa para não ir. Preciso ler um pouco, descansar, dormir, etc. Enquanto lia, acabei dormindo mesmo.

E acordei sozinho em casa.


E acordei sentindo mm cheiro horrível de fumaça.  Fui até a  janela e percebi que um fogão lavrava lá pelos lados da Rodovia Raposo Tavares.O vento assoprava  de Leste para Oeste, levando aquela fumaceira para o Centro da Cidade, e a casa onde eu estava, no meio. Acho que algum motorista destrambelhado deve ter jogado uma ponta de cigarro na beira da rodovia. Mais certo.

Como o dia já tinha ido embora, era umas seis horas da tarde, eu fechei a casa, pus o tênis e fui caminhar na direção onde não havia fumaça. Assim,  fui subindo pela Avenida São Paulo em direção à Granja Olga.

Em Sorocaba, todo mundo sabe que na subida da Granja Olga, tem um  antigo pé de manga, grande, bem na beirada do barranco da avenida. A foto tá aí em cima. Há uns três anos, um senhor de uns 55 anos subiu naquela mangueira para apanhar umas mangas maduras lá em cima.  Naquela época levou a maior bronca da esposa. Onde já se viu! Você podia ter caído. Você, a esta altura,  já deve saber quem era aquele senhor.


Pois não é que hoje, ao passar de novo pelo mesmo pé de manga, tornei a ver  ali outras mangas, ainda mais amarelinhas, daquelas sem uma mancha de bicho sequer. Delícia! Eu, por exemplo, só gosto de manga se for apanhada na hora e diretamente do pé. Ali estavam as duas coisas: o pé e as mangas.

Como estavam muito altas e o tronco é muito grosso, dessa vez  não me arrisquei a subir. Tinha um cabo de vassoura ali embaixo, e eu o atirei em direção das frutas que não caíram e nem o cabo de vassoura! Continuei procurando, até achar ali perto outro pedaço pau.

Achei pequeno caibro de peroba, resto de alguma carroceria.


Na primeira tentativa, caíram duas mangas. Eu chupei uma e guardei a outra. Esperei passar os carros, e joguei de novo o pedaço de pau em uma penca de mangas em cima da avenida.

Caíram outras duas e começaram a rolar ladeira abaixo.

Veio um carro, mas não passou por cima. Desci depressa do barranco e lá se foi de novo aquele senhor, agora com 58 anos, correndo morro abaixo pelo meio da Avenida São Paulo, atrás de duas mangas. Por sorte, ele olhou com cuidado, analisou a situação, e como não estava passando nenhum carro, ele conseguiu catar as duas.


Uma estava meio verde e rachou na queda.

A segunda manga era aquela maravilha de fruta. Tinha uma cor laranja avermelhada, pintinhas escuras de açúcar de tão madura. Uma legítima manga coquinho, pequena, mas deliciosa. E põe deliciosa nisso. Foi a manga mais doce que eu já chupei do ano passado para cá. Também, com tanto sacrifício e insanidade...

Com a boca e a mão sujas de manga, segui até a Padaria Rosália, no Shopping Granja Olga. Antes, porém, passando  pelo banheiro. Fui lá porque os pães daquela Padaria são excelentes, do tipo filãozinho. Tem de farinha normal e pão de farinha integral... Já tinha muito pão em casa, mas ir a pé na Granja Olga, sem comprar os pães da Santa Rosália, não vale.

Na descida da ladeira, fazendo o caminho de volta,  encontrei com uma senhora, acompanhada dos dois filhos, passeando com o cachorro. Ele viu uma coisa branca na beira da estrada e saíu arrastando a dona. Dei vontade de ligar para meus parentes em Belo Horizonte, eles adoram cães, desde o "leleco"


Liguei.

Conversa vai, conversa vem, minha cunhada disse que lá já estava escuro e chovendo. Morreram de inveja quando eu disse que aqui em Sorocaba o sol ainda estava se pondo e que eu estava fazendo minha caminhada ao por do sol!

Chegando em casa, de um espaço de festas ouvi o som de um violino, afinadíssimo, tocando alto aquela canção de amor:

"Eu sei que eu vou te amar

Por toda a minha vida


 Eu vou te amar..."



Um piano fazia o fundo para o violino. Imaginei que fosse a cerimônia de um casamento. Na entrada do salão estava escrito: Evento Fechado. Um coro de vozes lindíssimas entoavam canções de amor e  um holofote de luz forte, do tipo raio laser, riscava o céu de Sorocaba, já escurecido. Eram oito e meia da noite no horário de verão.

Ouvi a música da chegada do noivo.

Um grupo de pessoas assistia o movimento do outro lado da Avenida. Da janela do sobrado onde eu estava, vi quando uma enorme limousine branca chegou. Imaginei, deve estar com a noiva. Duas damas de cerimônia, vestidas de preto, entraram no carro. Depois de uns dez minutos parada, a limousine adentrou ao salão.

Ouvi a orquestra tocar "Assim Falou Zaratustra" de Richard Strauss, Tema do Filme Odisséia 2001. Logo em seguida, e sem intervalo, tocou a Marcha Nupcial. Eu não vi a noiva, mas imagino que devia estar linda.

Fui lavar a louça na pia da cozinha e ainda  ouvi outra música  - o tema de Simba e Nala d,o primeiro filme do Rei Leão.

"Esta noite o amor chegou

Chegou para ficar


E tudo está em harmonia e paz


Romance está no ar..."



Meia hora depois, meu pessoal chegou de Itu. Meu genro entrou na sala e perguntou: E aí, dormiu bastante?

Ele nem imagina o que aconteceu com a minha tarde. He he he!







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