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sexta-feira, outubro 23, 2009

Irmã Doris Lemos do IBAD dorme no Senhor


Nossos sentimentos ao
Pastor João Kolenda Lemos
, familiares
e a grande família Ibadiana

O casal Ruth Doris Lemos e Pr. João Kolenda Lemos


"Ó Senhor enche-me com teu Espírito
E com teu poder e fogo
Toma este vaso, ó vem moldá-lo
Prá servir na tua obra Senhor.

Fala Senhor quero ouvir a tua voz
Ponha a tua mão sobre mim
Fixa meus olhos firme e suave
E unja minha vida, prepara-me Senhor.

Toma minha vida, vem consagrá-la
Para servir na tua Obra Senhor."
(Coral do Jubileu de Ouro do IBAD)

João Cruzué

No Dia Internacional da Mulher 2009 fizemos uma justa homenagem,em vida, à Irmã Ruth Doris Lemos, que tivemos o prazer de conhecer e entrevistar no final dos anos 80. Ficamos muito tristes por ela nos ter deixado, mas satisfeitos pelo privilégio de conhecer seu testemunho de vida. Ela gastou e se deixou gastar na obra missionária, adotando o Brasil com seu lar definitivo. Pelas suas mãos passaram milhares de jovens seminaristas brasileiros e estrangeiros.

Se hoje podemos ver Institutos Bíblicos e Faculdades de Teologia espalhados por todo Brasil, a História do IBAD nos mostra que o casal Kolenda Lemos passou por tempos muito difíceis. Pela ignorância e falta de visão dos líderes das Assembleias de Deus Paulista dos anos 50 e 60. Exceção feita ao Pastor João de Oliveira.

O IBAD poderia ter sido inaugurado em São Paulo, mas teve que ficar longe, em Pindamonhangaba. Nos primeiros anos, ela dava aulas de inglês, para sustentar a implatação do IBAD. Há muito mais na entrevista.

Irmã Ruth Doris Lemos era Pastora credenciada pelas AGs dos Estados Unidos desde os anos 60. Tive a oportunidade conhecê-la no final dos anos 80, quando publiquei sua entrevista no Jornal Arauto Cristão contando os detalhes da História do IBAD - o pioneiro, o melhor Instituto de formação teológica das Assembléias de Deus no Brasil.

Homenagem à Irmã Doris Lemos no Dia Internacional da Mulher 2009


Coral Ibad 2
A regente deste Coral foi cantar na glória.


Coral do IBAD - Regência da Irmã Doris
(YouTube)

Cerimônia de despedida com corpo presente às 11:00h de 24.10.2009, na Capela do IBAD. O Sepultamento foi marcado para o mesmo dia, às 13:00h, no Cemitério de Pindamonhangaba/SP

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sábado, março 07, 2009

Ruth Doris Lemos na história do IBAD

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher de 2009
O Blog Olhar Cristão decidiu destacar a força da grande dama do IBAD
Missionária Ruth Doris Lemos

O casal: Irmã Doris e o Pastor João Kolenda Lemos

Por João Cruzué - em 1988

O IBAD é um seminário que gera simpatias no Brasil, na América do Sul, Europa e África. Sua história pioneira remonta ao final da década de 50, em que falar de criação de um instituto bíblico, era algo inadmissível para a IEAD. Hoje, graças a Deus, por isso, não comvém lembrar detalhes do passado. Parafraseando o Pastor Hidekazu Takayama, ex-aluno do IBAD "Para quem tem uma chamada de Deus, cada ano no IBAD representa cinco anos de experiência.

Para falar sobre o IBAD, irmão Gil Araújo e eu fomos até Pindamonhangaba (março de 1988) entrevistar a Missionária e Pastora Ruth Doris Lemos, esposa do Pastor João Kolenda Lemos, na chácara sede do Instituto. O casal Kolenda Lemos são os fundadores do INSTITUTO BÍBLICO DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS – IBAD, criado em 1958, com o objetivo de ser um referencial de ensino da palavra de Deus e moldagem de vidas aos jovens chamados para serviço do Senhor.

Irmã Doris, como é conhecida entre os alunos, nasceu nos Estados Unidos da América em uma pequena cidade do Wisconsin – mesmo estado de origem do saudoso missionário Lawrence Olson. Ela estudou teologia no Instituto Bíblico dos Grandes Lagos, e é ministra do Evangelho há 30 anos no Distrito Norte do estado da Califórnia.

O casal se conheceu nos EUA, casaram-se, e em 1951 vieram para o Brasil. A princípio trabalharam juntos na CPAD; ele como tesoureiro e ajudando na área de literatura; ela com literatura infantil, embora conhecesse muito pouco de português. Em 1955, foi ao ar pela primeira vez o programa “ Voz das Assembléias de Deus” dirigido pelo missionário Lawrence Olson. Os Kolenda ajudavam tanto na produção do programa e irmã Doris acompanhava os hinos com um órgão litúrgico. Em 1956 foram para os EUA, retornando no ano seguinte.

A semente do que viria ser o IBAD brotou entre 1956/1957. As coisas começavam a acontecer. O irmão João Kolenda Lemos deixou a CPAD e iniciou um árduo trabalho de tradução de livros, manuscritos e outras literaturas para a língua portuguesa preparando material para um instituto bíblico. Este trabalho durou um ano e meio, aproximadamente.

O Coração do casal Kolenda Lemos agora batia mais forte. A visão de Deus eles possuíam, a literatura já estava traduzida – mas onde começar?

"Mudamos para São Paulo em 1958. Nosso sonho era abrir a escola na Capital, porém todas as portas estavam fechadas para nós. Não encontramos nenhum apoio da Igreja para abrir o instituto. Tentamos por seis meses, mas não deu certo" – relata irmã Doris.

"Então decidimos procurar por uma cidade em um raio de 200 km ao redor da cidade de São Paulo. Nada. Naquela época, pastoreava a IEAD de Pindamonhangaba o saudoso Pastor João Joaquim de Oliveira, grande mestre do ensino da palavra de Deus, em todo Brasil. Ele tinha tudo para ser contra a idéia, mas entre todos os pastores em São Paulo foi o único que pensava diferente. Ele foi favorável e deu-nos um incentivo que nunca nos esquecemos.

'Olha irmãos, é muito oportuna a idéia de se abrir um Instituto de Ensino Bíblico permante; quanto maior for o número de jovens que passar a estudar a palavra de Deus, melhor. Eles precisam de um curso em um internato onde possam preparar suas vidas para o ministério da igreja. Sou 100% a favor da idéia.'

Deus colocara a visão de um instituto bíblico no coração do jovem João Kolenda Lemos quando fazia o bacharelado em teologia no Instituto Bíblico Central das Assembléias de Deus americana, em Springfield, no estado do Misouri. Certa ocasião, quando ele estava no 2º ano do curso, assentado em um banco da capela ele contemplava cerca de 1.000 alunos que estudavam consigo. Ele pensou: “Como são privilegiados, esses jovens, e talvez nem saibam disso”. Foi naquele momento que Deus deu-lhe a visão e o Espírito falou audível em seu coração – “Foi justamente por esta razão, que Eu o trouxe aqui!”

"Mudamos para Pindamonhangaba com o coração cheio de esperança, mas com os bolsos completamente vazios. Não estávamos ligados a nenhuma missão que provesse nosso sustento. A família, de vez em quando nos ajudava. Iniciamos o IBAD em uma casa duplex onde hoje fica o Lyons Club. Morávamos de um lado, e no outro funcionava o Internato. Começamos com quatro alunos, dois paulistas e dois do Estado de Minas. Quando vieram estudar conosco dois casais, cedemos nossa casa e fomos morar em outro local. Para ajudar no sustento do IBAD e também nas despesas do lar a Irmã Doris lecionava inglês na Faculdade de Taubaté e em cursos particulares."

A Faculdade eram bastante “puxada”. Eu começava a dar aulas às 07:00 e terminavam no turno da noite às 23:00h. Com o salário ganho, dava para custear o aluguel das três casas – recorda irmã Doris.

Depois de um ano naquele endereço, Deus nos mostrou a sede atual – uma chácara dentro da cidade de Pindamonhangaba. A história da compra desta chácara aconteceu assim: Sempre tivemos visitas para nossos cultos matutinos. Naquele ano, 1959, João começou a anunciar nos cultos que se alguém soubesse de alguma propriedade que estivesse à venda, reportasse a ele, porque nós queríamos mudar para uma sede própria. Foi dessa maneira que veio a resposta.

Certo irmão, soube de uma chácara, bem próxima ao Centro da cidade que estava à venda. Fomos visitar a propriedade e ficamos deslumbrados. Sabíamos que Deus tinha preparado aquele lugar para nós, mas as finanças nos traziam incertezas. O preço, em 1959, girava em torno de USD7,800 Dólares; as condições eram: 50% em seis meses ( 25% a cada trimestre) e o restante em sete anos. Ganhávamos apenas cerca de USD200. Dólares por mês – como conseguríamos dois mil Dólares em três meses?

Escrevi para meu Pai, José, nos EUA. No dia que ele recebeu minha carta, ele tinha acabado de receber USD2,200 Dólares de bônus de final de ano para reposição de estoques – ele era criador de galinhas e perus. Deus tocou em seu coração e ele destinou dois mil dólares para os 25% da entrada da chácara, e por isso fechamos o negócio. Neste ponto da entrevista, irmã Dóris ficou muito emocionada.

Papai apresentou nossa necessidade a duas Igrejas americanas locais e eles nos ajudaram a pagar os outros 25% da entrada ao final dos seis meses. Ao final, graças a inflação brasileira, depois de sete anos o custo total da propriedade ficou em USD5,780 Dólares. Papai, hoje, mora na glória, mas foi ele que se privou financeiramente para que o sonho da sede própria do IBAD se concretizasse, além de comunicar com as igrejas que visitava sobre nossos compromissos e necessidades. Em 2009 o IBAD vai completar seu jubileu de ouro, com certeza com muita alegria, desde já, estendemos um convite especial a todos os ex-alunos para celebrar com júbilo os 50 anos do primeiro Instituto Bíblico das Assembléias de Deus no Brasil."

Entrevista feita por João Cruzué para o Jornal Arauto Cristão em 1988.

Dedicatória: à Irmâ Doris o meu carinho e o reconhecimento de que a senhora foi muito importante em minha vida, quando convidou-me, em 1988, para dar uma palestra sobre edição de jornais evangélicos a uma classe de estudantes do Instituto. Na ocasião tive a oportunidade conhecer e almoçar com seu esposo, o Pastor João Kolenda Lemos, no refeitório do IBAD. Aquele convite deu relevância ao meu trabalho jornalístico.

Coral Ibad

Ainda não terminou. Agora ouça o Coral do IBAD pela ocasião da Comemoração de seu Jubileu de Ouro. Na Regência ela, Irmã Doris: Coral do Ibad .

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Homenagem ao Dia Internacional da Mulher

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Dia Internacional da Luta pela Defesa dos Direitos da Mulher
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João Cruzué

O mundo muda devagar. O reconhecimento dos mesmos direitos para gêneros diferentes tem evoluído mais nos últimos 90 anos que em qualquer outra época, principalmente no meio da sociedade cristã, que veio do judaísmo. Mesmo assim, a cultura preconceituosa latente da pouca valorização da mulher dentro dessa sociedade ainda tem muito o que melhorar.

No Brasil já não é mais estranho que uma mulher seja Prefeita, Governadora, Juíza, Ministra ou Presidente. Por outro lado, se for utilizar dados estatísticos para tabular de que sexo é a maioria dos bebês que são abortados e abandonados pelas próprias mães, você e eu já sabemos a resposta: É do sexo feminino. É o que eu chamei de cultura preconceituosa latente.

Na Índia existem programas  de políticas públicas do governo com o objetivo de estimular a mulher a continuar os estudos depois do casamento. Analisando de perto o problema, entendi que a preocupação é mais econômica do que de valorização. A Economia indiana perde trilhões de rúpias pelo falta de graduação das mulheres. Com menos estudos, elas ficam com menor potencial de produção e consumo - um tropeço formidável  em uma economia de escala global.

Na Arábia Saudita, o berço do Islã, onde fica a cidade sagrada de  Meca, casa de Mohamad, o  Profeta de Alah, a mulher é tão inferior ao homem que ainda não tem o direito de dirigir um carro nas ruas,  coisa mais comum que acontece, por exemplo, na Cidade de São Paulo.

Por que a Inglaterra os Estados Unidos prosperaram tanto nos últimos 400 anos? Por que será que o Cristianismo cresceu mais que todas as religiões no mundo? Minha resposta ainda não tem base científica, pois não tive tempo para pesquisas, mas minha intuição me diz que isso foi devido a aceitação crescente da mulher como ser inteligente e do seu papeç na sociedade como ser mais sensível, solidário, responsável e comunicativo em comparação com os homens. Isto teve, sim,  grande influência econômica.

Agora vamos falar de liderança eclesiástica feminina na Igreja evangélica brasileira. Durante 16 anos frequentei as reuniões de obreiros na Igreja Assembleia de Deus em São Paulo. período de 1988 a 2004, tanto no ministério de Madureira quanto na "Missão". Era apenas um "clube do Bolinha" onde nenhuma mulher punha os pés - nem a esposa do Pastor. De sete anos para cá mudou. Melhorou. Tornou-se  rotina onde obreiros (oficiais), suas esposas e líderes femininos se fazem presentes, naturalmente, seguindo o costume do que já acontece lá fora há décadas.

Será que a Igreja Evangélica atual esta errando ao outorgar ministério a suas mulheres? Literalmente, sim. Mas biblicamente, não. Deus colocou um sacerdócio provisório nas mãos da tribo de Levi. Mas o sacerdócio definitivo estava com o Messias, que era da tribo de Judá. 

O livro de Hebreus trouxe uma mensagem revolucionária demais, para os dias que foi escrito. Registra uma mudança radical em que o Testamento, onde a expiação dos pecados era feita pelo sangue de bodes e cordeiros, tinha passado e caducado porque o sangue do Cristo inocente, derramado na cruz do Calvário, alcançou o status de sacrifício definitivo e eterno. A aceitação desta mudança não foi coisa de dias nem de anos; até hoje há judeus que não aceitam Jesus como o Messias profetizado.

Lembro  também  quanto foi a traumática experiência de Paulo para poder enxergar o Cristo que estava combatendo entre seguidores da Igreja recém-nascida.

Jesus tinha uma cultura particular para tratar com as mulheres. Nas muitas vezes que o vemos na Bíblia dialogando com a mulher samaritana, a viúva de Nain, a mulher do fluxo de sangue, a mulher encurvada, a mulher adúltera, a ex-prostituta  lhe enxugando os pés na casa do fariseu Simão, Maria Madalena, Marta e Maria irmãs de Lázaro, a mulher sirofenícia e destino de sua mãe aos cuidados do evangelista João, dispensam comentários e mostram por isso que Jesus era muito diferente da cultura machista de sua época.

A crescente aceitação e valorização da mulher no mundo cristão ao longo dos séculos vem, ou pelo menos deve vir, da forma com que Cristo olhava para as mulheres: Como seres humanos iguais e não inferiores aos homens. É isto que penso.

Mulheres e o aborto. Vejo, principalmente, os líderes políticos de influência ateu-marxista tomarem a iniciativa de propor e lutar por leis que descriminalizam o aborto e defendem o casamento gay em nome da modernidade. Pessoalmente, do ponto de vista cristão, acho que estas medidas de suposta proteção feminina esconde um grande sofisma e na verdade é prejudicial às próprias mulheres.  Explico: Se o aborto se tornar legal no Brasil, ele também vai aumentar a banalização da vida. Nos países onde isso é permitido (Japão, por exemplo) nos pré-natais alguns médicos induzem descaradamente as pacientes pobres e fragilizadas a abortarem.  E nesta decisão pesa muito se o feto for do sexo feminino. Quanto mais clientes de aborto ele conseguir, mais dinheiro vai entrar na sua conta bancária.

Uma lei de interesse predominantemente ateu-marxista que paradoxalmente vai incrementar o mundo médico-capitalista.

A violência contra a mulher está longe de ser resolvida no Brasil. A prostituição infantil aumenta insidiosamente. As delegacias da mulher espalhadas pelo país ainda não são institutos fortes. Os estupros praticados por pais, padrastos, avôs e, pasmem, bisavôs ainda continuam escondidos (e tolerados) debaixo do tapete. E estas coisas acontecem muito porque falta uma consciência cristã dentro dos lares. É preciso de uma mudança endógena, de dentro da fora, feita preventivamente, principalmente nos sermões da Igreja. É contra uma cultura milenar de desvalorização feminina que temos que lutar.

A mulher cresce e se potencializa econômica, social, sentimental e profissionalmente quando a família dá lugar para o Cristo que bate à porta.

Que venham dias melhores. Eu estou orando e torcendo por isso.

Salve  08 de Março, o Dia Internacional da  Mulher




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