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sábado, dezembro 14, 2013

Festival Promessas 2013

Festival Promessas

João Cruzué

O  Festival Promessas, evento anual que a Rede Globo de Televisão transmite há três anos,  vai ao ar amanhã, 15 de dezembro de 2013, à tarde, com a apresentação de seis participantes. Ele foi gravado ao vivo em Brasília no dia 30 de novembro passado, debaixo da maior chuva e marcou a volta da banda de rock gospel - Oficina G3.  Milhares de crentes foram  chegando ao local  para participar e cantar ao som de vários artistas e Bandas. Do sertanejo ao rock - havia som para todos os gostos.

Festival Promessas

O portal G1 destacou que:  Jonas Vilar, Bruna Carla, Oficina G3, Diante do Trono, Thales e Aline Barros estiveram presentes. Este ano, Jonas Vilar iniciou e a cantora Aline Barros encerrou o Festival, mostrando com isso que foi a principal estrela do festival.

Aline Barros
A reportagem destacou  a grandeza da Banda Diante do Trono que já vendeu mais de 10 milhões de CDs e 2 milhões de DVDs. Isto oficialmente, pois é muito provável que somado o que foi pirateado esta conta passe de 30 milhões de CDs e DVDs.

O grande destaque, para mim, foi a volta por cima da Banda de rock gospel Oficina G3. Ela que foi considerada a banda de maior sucesso nos anos 90 e, que por motivo de vaidade pessoal de alguns componentes desprezaram o sucesso que conseguiram  até cair no esquecimento - agora está de volta. Não vem com  sua formação original, pois o PG está fora. Veremos se vieram para ficar.

Oficina G3
Agora se você quiser saber mesmo qual é minha opinião sobre o Festival promovido pela rede Globo ela é curta e grossa: o público evangélico continua detestando a Rede Globo. Na verdade, o gesto de boa vontade da Globo para com os Evangélicos está produzindo um efeito indesejado. Cada dia é mais notório qual é a participação dos evangélicos na Globo: uma hora e 20 minutos em 365 dias do ano. 

Para quem consegue enxergar, o fato de colocar os artistas evangélicos no horário nobre com o mísero tempo de 1,20 hora  - uma vez por ano - já diz tudo: o final da fila. 

Na frente continua (e toda semana) o Padre Marcelo, os Espíritas e a Umbanda. Dá para perceber que há uma enorme diferença de tratamento. E esse tempo de participação, pelo jeito, não vai aumentar. E esta questão talvez possa ser explicada pelo fato de que se a direção da Globo esperava arrebentar a boca do balão com a participação maciça dos crentes no Festival Promessas, se surpreendeu com a falta de aderência. O pastor Silas Malafaia sozinho, leva mais gente para as manifestações em  Brasília do que a Globo. 

O Festival Promessas é tão mal divulgado pela Globo - que nem eu sabia que ele aconteceria em Brasília, e que tivesse acontecido no dia 30 de novembro. Crente e TV Globo é como água e gasolina - não dá mistura.













sábado, dezembro 15, 2012

O Gospel na Globo - Festival Promessas 2012

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Festival Promessas 2012

João Cruzué

Quando minha filha pos a mochila nas costas e foi participar do evento no Campo de Marte - Zona Norte da Cidade de São Paulo, eu pedi para que levasse um guarda chuva. Ela saiu pouco depois do meio-dia para ficar bem à frente do palco e conferir tudo de perto.  Ela gostou e achou que o evento deste ano foi melhor e teve mais participação que o do ano passado.

Não choveu. E quem levou guarda-chuva, não pode entrar com ele, por questões de segurança. Imaginaram que se algum fiel ficasse muito alegre, poderia, eventualmente dar uma guardachuvada no próximo. Não houve divulgação nem incentivo para ir ao evento por parte dos maiores ministérios da Assembleia de Deus da Grande São Paulo. A publicidade maior foram as inserções de chamadas publicitárias da própria emissora.

E hoje, sábado, 15 de dezembro 2012, eu estava escrevendo minhas coisas na sala quando começou passar na TV Globo o Festival Promessas. Na TV o tempo foi muito curto - 75 minutos. Muita coisa foi editada. Teve gente que reclamou porque mostraram tão pouco o André e muito do Thales - que já foi da banda Jota Quest.


No site da Rede Globo, conferi agora, não tem nenhuma foto nem mesmo uma manchete de chamada do assunto.  Para encontrar,  eu precisei clicar no link programação de sábado. Muito escondido. Para mim foi uma atitude de vergonha. A Globo ainda tem vergonha dos evangélicos.


 A Rede Globo promoveu sábado passado - 08.12.2012, o Festival Gospel Promessas. Pela primeira vez em São Paulo, o festival reuniu  100 mil pessoas no Campo de Marte, para cantar durante cinco horas.  

A primeira apresentação foi de André Valadão, às 17h30. Em seguida se apresentaram: Cassiane, Aline Barros, Fernandinho, Thalles e Diante do Trono.  O compacto da apresentação, de 75 minutos, igual ao tempo do ano passado, foi ao ar hoje.

Assisti pessoalmente toda transmissão. Vi a participação da Cassiane, André Valadão, Thales, Fernandinho, Aline Barros e Ana Paula Valadão. Gostei mais da apresentação da Aline Barros.

Um fato me surpreendeu no festival. Apesar do calor terrível, que estava fazendo no Campo de Marte, olhando as cenas transmitidas não consegui ver nenhum participante sem camisa. A quantidade de crentes no Campo de Marte ultrapassou de longe as plateias dos shows de Lady Gaga,  Madona, Andrea Bocelli...

E quem eram os artistas que levaram 100 mil pessoas no Campo de Marte? Meia dúzia de cantores crentes, MAS, que apesar de quase desconhecidos da maioria da sociedade, vendem tranquilamente mais música que qualquer cantor de música secular. Só o grupo Diante do Trono vendeu, de 1997 para cá, mais 10 milhões de cópias de CDs/DVDs. Se não houvesse tanta pirataria no Brasil, creio que  estes números dobrariam.

Notei várias ausências. O ano passado a editora Central Gospel do Pastor Silas Malafaia apareceu com sua publicidade na transmissão do Evento. Neste ano não vi  nem a Central Gospel, nem o cantor Jota A, nem  Regis Danese - a meu ver,  duas grandes ausências no evento. Claro, eles não são da Som Livre...

Creio, que da mesma forma que a Rede Globo ainda tem vergonha de ser gospel, as maiores lideranças evangélicas também ainda não se esqueceram do preconceito "global" fartamente documentado pelos papeis ridículos atribuídos a personagens crentes em suas novelas. No meio evangélico mais conservador o entendimento de que "a globo é do diabo" e vive espalhando porcaria por meio de novelas nojentas, é uma realidade.


Globo Gospel

Por outro lado, não deixa de ser uma vitória evangélica. Não são os evangélicos que precisam da Rede Globo.  É a Rede que precisa dos crentes para garantir seu faturamento. Os evangélicos são, hoje, 1/4 da população brasileira em 2012. Em 2020 serão 1/3, cerca de 70 milhões, crescendo naturalmente e sem pressa à mesma taxa anual de 4,9% dos últimos 70 anos. E chegamos até aqui debaixo do preconceito da família Marinho. 

No quesito IBOBE, embora não se deva misturar duas coisas diferentes, No ano passado a Glob do Rio deu 13 pontos no Ibope. Em São Paulo, em 2012, atingiu 10.2.  Nas duas ocasiões marcou a primeira colocação.

Por fim, quero dizer que a música e os músicos evangélicos evoluíram muito em qualidade no Brasil. Vendem tanto quanto os melhores artistas seculares. Seu crescimento e  sucesso  foram tantos, que chamou a atenção da maior rede de televisão do país.




sábado, novembro 17, 2012

TV GLOBINHO E OS EVANGÉLICOS

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João Cruzue

Foi uma boa surpresa. Eu tinha acabado de tomar café com minha esposa, quando voltei à sala depois de ter visto parte do programa do Pr. Josué Gonçalves na Rede TV.  Estava passando um desenho animado sobre a vida de Moisés e eu cheguei bem na hora em que a voz de El Shadai, vindo de uma sarça ardente, ordenava a Moisés que tirasse as sandálias dos pés.

Deus começava a convencer Moisés  voltar aois Egito para libertar o povo de Israel. Inclusive, no desenho, Deus fazia Moisés ouvir os estalos dos chicotes e os gritos de dor dos açoitados. Imaginei que talvez estivesse vendo um desenhinho evangélico na Rede Record do Bispo Macedo; talvez  até estivesse assistindo o SBT de Sílvio Santos. No entanto, quando parei e procurei o logotipo da rede, veio a surpresa. Era o logo da Rede Globo. Então eu comecei a pensar em algumas coisas.

Decididamente a direção das organizações Globo resolvera "agradar" aos evangélicos. Ou, sendo mais pragmática, não continuar desprezando e desdenhando dos crentes. Os motivos devem com certeza começar pelo aspecto financeiro, uma vez que a maioria dos Irmãos ascendeu ou pertence à classe média.
Minhas conservadoras estimativas  mostram que os evangélicos poderam ser 25% da população  brasileira até 2015. Sendo a maioria da classe média, em termos de poder aquisitivo, devem representar uma enorme fatia do mercado consumidor para produtos populares que geralmente financiam as novelas da TV brasileira.

A Globo não se tornou evangélica.  Apenas mudou sua política estratégica em relação aos crentes por causa do poder que está em seus bolsos.  O aumento do faturamento da TV Globo nos próximos anos pode ser conseguido através de uma política de aproximação com os evangélicos.

Por exemplo, quando uma empresa de cosméticos adquire a cota principal de custeio de uma novela, (a L'Oreal) advinha quem vai ao supermercado e compra aquele shampoo, creme ou sabonete insistentemente divulgado nas vinhetas dos intervalos comerciais? São os consumidores de novelas, cada vez mais caindo no gosto do público  evangélico. Marcas de celulares, cosméticos, Bancos de varejo, remédios para dores de cabeça. Muito provavelmente, uma ou mais destas marcas populares, estejam penetrando agora com mais facilidade nos lares evangélicos pela porta das novelas.

O fascínio repentino da Globo pela cultura evangélica, como música dos artistas mais vendidos ou a divulgação de marchas e cruzadas do Pr. Silas Malafaia no Jornal Nacional não são  outra coisa senão  ões deliberadas para atrair a simpatia dos consumidores crentes - antes, uma meia dúzia de gatos pingados; hoje, 43 milhões ou um terço da população brasileira em 2020.  Parafraseando o slogam da campanha de Bill Cliton na corrida à Casa Branca  em 1992 contra George Bush (pai) : É o mercado, estupido!

Outra razão para o interesse das Orgqanizações Globo  com os evangélicos tem a ver com a concorrência com a Rede Record. Se o Bispo Macedo optou por fazer benchmarking com as novelas da Globo, a família Marinho decidiu fazer um contrataque na área religiosa  de atuação do Bispo. Daí, tenho certeza, veio o desenho animado do "Êxodus" que vi uma parte, hoje sábado 17.11.2012, pela manhã. 

Concorrência comercial.  Tenho certeza que em tempo não muito distante, poderemos até ver um programa evangélico mensal na Rede Globo. É mais que sabido que em matéria de música a cultura evangélica (principalmente assembleana) é um verdadeiro manancial de talentos.  Os melhores calouros do programa do Raul Gil são, principalmente, evangélicos.

Para fazer concorrência à RECORD, por outro lado, o público alvo precisava ter um potencial de renda substancial. E a Globo descobriu recentemente que os evangélicos o  têm. E este potencial cresceu a uma taxa média real de 4,91% ao ano nos últimos 10 anos. Só para se ter uma ideia,  a taxa média de crescimento da população brasileira no mesmo período foi de apenas 1,18%.

Mapa Evangelicos
Os dados das populações do Brasil e Evangélicos são do IBGE
Minhas perspectivas mostram o seguinte quadro para 2020: A taxa de crescimento da população brasileira entre 1991 e 2000 foi de 15,63%. Caiu no Censo 2010 para 12,47%. Considerando a possibilidade de que esta queda se mantenha,  em 2020 a população brasileira terá crescido 10,0%, e seremos 210 milhões de habitantes.  Os dados básicos para minha projeção foram extraídos dos Censos do IBGE, compilados no quadro acima.

Os evangélicos, por outro lado, cresceram 98,53% no período 1991-2000, sendo estimados em 26,1 milhões de crentes em 2000. No período seguinte, cresceram menos, voltando às taxas de crescimento habituais. Cresceram 61,45% nos 10 anos, e no Censo IBGE 2010 foram estimados em 42,3 milhões. Minhas perspectivas apontam para uma população de 68 milhões de evangélicos em 2020, com a manutenção da mesma taxa de crescimento anual de 4,91%.  

Portanto, em 2020, a razão entre a população evangélica de 68 milhões para uma população brasileira de 210 milhões estará em torno de 32,38%, ou seja,  quase  um terço da população brasileira será evangélica.

E considerando que um terço do mercado consumidor brasileiro será constituído de evangélicos até 2020, não restou outra alternativa às Organizações Globo senão mudar sua antiga  política de DESPREZO e PRECONCEITO para  uma nova estratégia  de RESPEITO e "INTERESSE" pela cultura dos crentes. Isto nada tem a ver, sejamos francos, com os  hinos de Ana Paula Valadão, mas com a conquista de uma nova fatia de mercado e aumento no faturamento. Para a Globo, os fins justificam os meios.