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domingo, maio 17, 2015

Paulo em Tessalônica: uma Igreja em três semanas

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Autoria: João Cruzué
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Quando Paulo estava em Trôade, ele teve uma visão. Um moço apareceu diante dele, trazendo esta mensagem: "Passa à Macedônia e ajuda-nos. Paulo estava acompanhado de Silas. A caminho da Macedônia eles desceram no porto de Trôade. Dali, seguiram em frente até Filipos. Aqui os dois, depois de expulsar um espírito de adivinhação, levaram uma tremenda surra. Saindo do cárcere e da cidade, foram para Tessalônica, a Capital da província romana da Macedônia. E, bem no Centro da Macedônia, eles pregaram o Evangelho durante três sábados e ficaram ainda por mais uma semana. Nestas três semanas a  Igreja dos cristãos em Tessalônica foi semeada e não morreu.

Paulo seguia a mesma metologia de pregação do Evangelho. Na cidade onde chegava, primeiro se dirigia à comunidade judaica - o plano "A". Durante três sábados ele disputa com os rabinos da Sinagoga da cidade. Tessalônica possuía 200 mil habitantes, na época. Paulo ensinava corretamente que o Cristo morto em Jerusalém era o Messias prometido, o Siló do Pentateuco. Alguns judeus se ajuntaram a Paulo e Silas. Também, veio com eles uma grande multidão de gregos religiosos e não poucas senhoras distintas da cidade.

Descontentes com o Evangelho pregado por Paulo, a maioria dos líderes da sinagoga tentaram calar a sua boca. Foram até às autoridades locais e disseram: "Aqueles que estão alvoroçando o mundo, chegaram também aqui. Também estão falando de um outro rei no lugar de César". Procuravam tirar a vida de Paulo e Silas. Acabaram assaltando a casa de Jasom. Jasom foi levado às autoridades, deu seu depoimento e foi mandado de volta para casa. Paulo e Silas tiveram que sair à noite, escondidos,  e dali seguiram para Bereia. Paulo pediu para que Silas e Timóteo retornassem à Tessalônica, para concluir o discipulado dos novos convertidos.

Quando Timóteo voltou de Tessalônica, fez um relato da situação da Igreja.  Depois de ter ouvido atentamente, Paulo escreveu a sua primeira Carta aos Tessalonicenses,  complementando o ensino que não teve tempo de terminar e respondendo as dúvidas sobre os mortos e a ressurreição, que Timóteo não soubera explicar.

Mas não é sobre dados históricos que gostaria de meditar com você.

Estou escrevendo este texto, para relatar minha visão das coisas que aconteceram durante aquelas três semanas que Paulo esteve pregando o Evangelho em Tessalônica.

Paulo disse uma frase muito importante no primeiro capitulo, v.5: "Porque o nosso Evangelho não foi pregado somente em palavras, mas também com poder e no Espírito Santo..."

Eu posso ver Paulo pregando no primeiro sábado naquela sinagoga. Certamente, ele fora apresentado aos presentes e, quando lhe foi dado a oportunidade, foi direto, dizendo que Jesus Cristo, o judeu pregado na cruz, há alguns anos lá em Jerusalém era o filho de Deus, o Messias prometido pelas escrituras. Disse sem receio que ele morreu e foi ressuscitado pelo poder do Espírito Santo e, que depois disso, subiu aos céus e está assentado à direita de Deus. Neste ponto, os líderes da sinagoga ficariam vermelhos de surpresa com aquela "heresia" inaceitável. Para um judeu ortodoxo, Deus é único e não tem filho. Foi exatamente por isto que mataram o Cristo.

No segundo sábado, eu posso ver uma sinagoga abarrotada de pessoas. Paulo, com sabedoria, não começa a pregação provocando os judeus, mas começa a falar do grande amor de Deus em se abaixar até a humanidade para contemplar suas misérias. Homens e mulheres perdidos, com os corações vazios, sem o conhecimento verdadeiro da vontade de Deus. À medida que Paulo prega, o Espírito Santo começa a compungir os corações de vários ouvintes. Alguns começam a chorar copiosamente, outros clamam por misericórdia a Deus. Certamente havia entre os presentes, pessoas enfermas, oprimidas  e até possessas de demônios. Sob a palavra de autoridade de Paulo, os demônios saem, os doentes são curados,  os que sentiam o fardo dos pecados encontram o perdão de Deus.

No terceiro e último sábado, eu também posso ver uma sinagoga com muito mais gente que das duas vezes anteriores. Paulo começa a pregar e Espírito Santo começa a mover o coração de gregos e judeus, homens e mulheres. Paulo não consegue mais pregar. Muitos novos convertidos batem palmas, saltam de alegria e  começam a falar em línguas estranhas. Não são as palavras de Paulo, mas o poder de Deus e  a ação do Espírito Santo é que dirigem a liturgia do culto. O mesmo Pentecoste dos dias dos apóstolos se repete em Tessalônica.

Os líderes dos judeus, irritados e com inveja, veem um escândalo em toda aquela manifestação. Decidem proibir a Paulo que volte na Sinagoga para continuar pregando  aquelas "heresias". Concluem que era a ação de "demônios" o comportamento descontrolado e profano das pessoas, principalmente de gregos. Com certeza, eles tinham de que todos seguissem após  Paulo, deixando a sinagoga vazia. Tinha a questão financeira no meio disso, o medo de ficar de bolsos vazios falou mais alto que  o temor de Deus.

Paulo e Silas, começam a pregar o Evangelho nas casas dos "gentios". Entra em ação, o plano "B". A casa de Jasom era um dos lugares onde Paulo passou a ensinar. A situação torna-se muito perigosa e os missionários tiveram de fugir, à noite, para Bereia para não perder suas vidas.

Atrás de si, deixaram uma Igreja ardendo no espírito pelo fogo do Espírito Santo. Foram poucos dias, de pregação. Não houve tempo para terminar o discipulado. No pouco tempo que teve, Paulo visitava os novos convertidos em suas casas, orava pelos enfermos e o Espírito Santo era concedido pela imposição das suas mãos, do mesmo jeito e poder com que recebeu, lá no passado, aquela oração de Ananias: "... Irmão Saulo, o Senhor Jesus que te apareceu no caminho de Damasco, me enviou, para que tornes a ver e seja cheio do Espírito Santo..."

Na sua primeira Carta, Paulo lembra aos tessalonicenses que o Evangelho pregado por ele não consistia de teoria e saliva, mas do puro poder de Deus e da presença do Espírito Santo.

-Regozijai-vos sempre.

-Orai sem cessar.

-Em tudo dai graças...

-Não extingais o Espírito.

-Não desprezeis as profecias.

-Examinai tudo, mas retende só o bem.

-Abstende de toda aparência do mal.

-E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo...

Paulo tinha coragem e amor pelas almas perdidas Era cheio do Espírito Santo e andava dentro da vontade de Deus.  Não pregava prosperidade material. Não usava o ofício de pastor para ganhar dinheiro. Não vendia livros. Viajava à pé ou de navio. Não pedia oferta para comprar navio para pregar o Evangelho na Ásia. Não buscava o ouro nem a prata. Não tinha casa de veraneio na Grécia nem na Turquia. Na verdade, não tinha nem casa. Mas era o tipo de homem que em três semanas alvoroçava uma cidade de 200 mil habitantes e deixava para trás de si uma Igreja cheia do poder de Deus.

Morreu, mais tarde, decapitado e sozinho em Roma.  Foi desamparado pelos amigos que achavam perigoso andar perto dele. Na época, não se podia dizer que sua obra teve algum valor.

Paulo já se foi há um bom tempo, mas o Senhor Jesus continua preparando Ananias para impor as mãos santas sobre a cabeça de futuros Saulos, para que eles possam ver e serem cheios do Espírito Santo e levarem o Evangelho do Senhor perante os gentios e os reis.



SP-17.5.15



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terça-feira, julho 15, 2014

Jesus com as mulheres - de Paulo Brabo


Sinner woman


"COM AS MULHERES"

Autor: Paulo Brabo


"–Está vendo essa mulher?

Eu entrei na sua casa e você não me ofereceu

água para lavar os pés.

Ela, no entanto, lavou meus pés com lágrimas,

e enxugou-os com os seus cabelos.

Você não me cumprimentou com um beijo,

mas ela, desde que entrou,

não parou de beijar-me os pés.

Você não me derramou óleo sobre a cabeça,

mas ela passou essência perfumada nos meus pés.
"
 

Lucas 7:44-46


"A distância cultural nos impedirá para sempre de apreender a extensão da sua influência e a absoluta novidade da sua postura, mas é certo que nenhuma outra figura masculina da antiguidade oriental – seja no domínio da realidade ou da ficção – sentiu-se mais à vontade entre as mulheres do que o Jesus dos evangelhos. Nenhum outro personagem do seu tempo, e talvez de tempo algum, fez mais para corrigir a distorção das lentes culturais através das quais a imagem da mulher era interpretada – e em muitos sentidos permanece sendo.

A singularidade de Jesus nesse aspecto não é menos do que tremenda. Acho notável ao ponto do milagroso que as posturas de Jesus diante das mulheres, conforme descritas nos evangelhos, não tenham sido censuradas posteriormente por homens menos preparados do que ele para abraçá-las.


É preciso lembrar o óbvio, que não faz cem anos que as mulheres alcançaram status social igualitário no ocidente, o que os evangelhos descrevem que ocorreu há dois mil.


Numa época em que um marido não deveria se dirigir à própria esposa em lugar público, e que homem algum deveria trocar palavra com uma mulher desconhecida (em ambos os casos para proteger a sua honra, não a dela), o rabi de Nazaré buscava a companhia amistosa de mulheres, puxava conversava com elas, tratava-as com admiração e naturalidade, interessava-se sem demagogia pelos seus interesses, deixava que tocassem publicamente o seu corpo e o seu coração.


O Filho do Homem não se constrangia em ser sustentado por mulheres, não virava o rosto à possibilidade de ser acarinhado por elas, não hesitava em recorrer a imagens que diziam respeito ao seu dia-a-dia, não sonegava histórias em que mulheres eram (muito subversivamente, na ótica do seu tempo) exemplo de humanidade, de integridade, de engenhosidade e de virtude.


Falamos de um tempo, num certo sentido não muito distante, em que os homens que não denegriam abertamente a imagem da mulher soterravam-na por completo debaixo de idealizações simplistas. Dependendo de quem estivesse falando, a mulher era vista como incômodo necessário, como homem imperfeito, como criança, como objeto mecânico de desejo, como objeto idealizado de poesia, como animal fraco e sensual; figura às vezes inocente, às vezes desejável, normalmente imprevisível, normalmente indigna de confiança e invariavelmente inferior.


Contra esse cenário, o rabi de Nazaré resgatou uma mulher adúltera das garras da justiça e da morte sem recorrer ao que seria o mais fácil e popular dos argumentos antes e depois dele, o que afirma que a mulher é criatura de mente obtusa e vontade fraca, particularmente suscetível às sensualidades da carne. Em um único golpe eficaz ele transferiu a culpa da mulher acuada para seus acusadores, todos eles homens, emblemas de poder e desenvoltura, até serem publicamente dissolvidos pela mão de Jesus. A vítima, transgressora, foi ao mesmo tempo salva da condenação e tratada, talvez pela primeira vez, como um ser humano independente e responsável (João 8:1-11).


Aqui estava um homem que, irresistivelmente, olhava para as mulheres sem rebaixar-se a preconceitos ou recorrer a idealizações. Jesus lia as mulheres como seres humanos, e foram necessários séculos para que o mundo arriscasse repetir a sua ousadia. Ainda hoje, transcorridos milênios ineficazes, não há homem que esteja imune a ler a mulher através de estereótipos novos e velhos; ainda somos tentados a enxergar o homem incompleto, a flor de pureza, a criança sem rédea. Mas ali, nas esquinas empoeiradas de um canto do mundo, as estruturas do mundo social haviam sido abaladas para sempre.


Para mim não há evidência maior de que o espírito subversivo de Jesus permaneceu vivo nos primeiros discípulos, logo após a ressurreição, do que a descrição da comunidade de seguidores em Atos 1:14: “Todos estes [homens] perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele”.


Este com as mulheres me pega desprevenido todas as vezes, tanto pela sua necessidade quanto pelo impensável que representava no seu tempo. Em retrospecto é difícil avaliar o quanto está sendo efetivamente dito aqui, mas é preciso lembrar constantemente que naquela cultura as esferas de atividade de homens e mulheres eram divididas ao ponto do incompatível. Essa fenda corria de uma ponta à outra o tecido da sociedade, mas seu ponto nevrálgico talvez residisse na esfera religiosa, na qual era preciso ser homem para ter participação eficaz – isto é, para ter acesso verdadeiro e relevante à divindade.


Na visão de mundo vigente, homens e mulheres habitavam espaços separados no universo; essa incompatibilidade era espelhada na sociedade e prontamente celebrada através de espaços diferenciados de adoração. Tanto o Templo quanto as sinagogas tinham áreas separadas para homens e mulheres, e os recintos reservados para os homens ficavam invariavelmente mais próximos de Deus. Era uma sociedade em que não ocorreria a ninguém colocar homens e mulheres compartilhando voluntariamente de um mesmo espaço, muito menos um espaço religioso.


Agora que Jesus havia subido ao céu e os homens de branco haviam dito que mantivessem os olhos fixos na terra, os discípulos viram-se diante de um problema e de um embaraço. Jesus, o amigo das mulheres, havia partido, mas as mulheres haviam ficado. Deveriam eles, homens de respeito e maridos de boa fama, retornar ao antigo e unânime padrão social, devolvendo as mulheres ao seu devido lugar? Agora que Jesus não estava mais ali para efetuar a sua mágica, não seria inevitável que restabelecessem a fenda social que ele havia coberto temporariamente? Quando a multidão de seguidores retornasse a Jerusalém (onde Jesus dissera que aguardassem) deveriam o grupo de discípulos e o de discípulas “perseverar unanimemente” em recintos separados?


Escolher o contrário, escolher o abraço comunitário e a convivência santa nos padrões inaugurados por Jesus, seria nadar contra a corrente de todas as instituições sociais em efeito no seu tempo. Um observador só encontraria um modo razoável de interpretar uma reunião voluntária e regular entre homens e mulheres: como ocasião para licenciosidade. Foi efetivamente dessa maneira que as reuniões cristãs “de amor” foram interpretadas por seus antagonistas ao longo de seus primeiros séculos. Tinham que ser desculpas para sexo – porque, que mais poderia um homem querer fazer com uma mulher?


A momentosa decisão encapsulada nesse único verso demorou a encontrar compreensão e aceitação, tanto dentro quanto fora do grupo. Escolhendo reunir-se regularmente no mesmo recinto, tanto homens quanto mulheres abriram voluntariamente mão da ficção da “boa fama” em troca da generosidade, da inclusão e da convivência. Escolhendo sentar-se de modo criativo ao lado de um Outro com quem não criam ter nada em comum, romperam um véu ancestral e convidaram o mundo a explorar um universo de possibilidades inimaginadas. Nos dois casos, seguiam o desafio formidável deixado pelo exemplo de Jesus".



Fonte: Bacia das Almas - Paulo Bravo





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quarta-feira, agosto 15, 2012

Coisas importantes que o dinheiro não pode comprar

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Dólares

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"Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos,


nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus


que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;"
 


Paulo - I Tim 6;17.
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Por João Cruzue



Com dinheiro você pode comprar uma infinidade de coisas: bens, planos médicos e alguns compram até a consciência das pessoas. Mas no terreno das impossibilidades ele não tem nenhuma serventia. Por outro lado, a Bíblia diz no Evangelho (Lucas 1;37) que não há coisa alguma impossível para Deus.
 
Em 17 de abril de 1998, Linda Loise Eastman MacCartney , 56 anos, morria de Câncer. Esposa do ex-contrabaixista dos Beatles, Paul MacCartney, foi diagnosticada em 1995 com câncer no seio. Durante três anos ela tentou a cura, e dinheiro não era o problema. Creio que procurou os melhores médicos. Na última semana de vida, ela foi cavalgar um animal appaloosa no sítio do casal em Tucson no Arizona.
 
Em 23 de junho de 1998, morria o cantor sertanejo Leandro (Luís José Costa), vítima de um agressivo câncer de pulmão, causado por um maço de cigarros diários. Ele fazia parte da famosa dupla sertaneja Leando e Leonardo. Mesmo usando os melhores recursos médicos não houve dinheiro que comprasse sua cura. Desde o diagnóstico até a morte foram apenas 65 dias. Leandro tinha 36 anos.

Também no mesmo ano de 1998, foi internada no Hospital São Paulo com um tumor no colo do útero, uma parente, filha de um tio muito querido. Ao contrário dos dois personagens ilustres, ela não rica. Apenas uma jovem agricultora, pobre, recém-casada, com duas filhas gêmeas pequenas e um esposo para cuidar.

Durante os 69 dias de sua internação recebeu transfusão de 42 bolsas de sangue. Nos últimos 45 dias, seu "peso" foi de 60 para 38 kg. Mas ela não morreu. Ao contrário, Valdirene está bem viva. Sua riqueza não era o dinheiro. Ela era crente no Senhor Jesus Cristo.


Onde está a diferença?

A diferença está em ter intimidade com o Senhor Jesus. Esta intimidade vem de estar na presença de Deus*, de ter uma vida interessada em agradá-lo, de uma comunicação cotidiana com Ele através da oração, não repetida, mas de palavras sinceras, do fundo da alma. Deus fez o milagre na vida da Valdirene em resposta das orações dos crentes. Não sei qual foi a oração que Ele ouviu ou se ouviu todas, o que sei é que ela não tinha dinheiro, mas tinha o Senhor com seu amigo mais precioso.

É por essas razões que Jesus disse uma vez que ão podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo: Deus e as riquezas. De que serve um bilhão de dólares quando ele não pode comprar o milagre da cura de um câncer?


"Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos,nem ponham a 

esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, 
 
que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;"


 (Apóstolo Paulo, em I Timóteo 6;17 )




Se você gostou, leia também: Como se reconciliar com Deus


* O Deus dos crentes é o mesmo YAVEH dos Judeus.






sexta-feira, janeiro 06, 2012

A diferença entre crer e acreditar


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Montes

João Cruzué

Um pensamento passou diante da minha mente outro dia. Daí surgiu o desejo de escrever ma mensagem com o título "Crer e acreditar". E este pensamento acompanhou-me o aquele dia inteiro e seguindo a inspiração, tentei algumas linhas de meditação sobre o tema. São duas palavras, dois verbos, que aparentemente não possuem diferença semantica, mas que para mim, espiritualmente, têm significados diferentes.

Em uma análise, crer e acreditar são sinônimos. Dar crédito, ter confiança, ter como verdadeiro, ter fé... enfim, iguais. No campo da exegese bíblica, nada tão diferente, a não ser o fato de que há pouquíssimo uso do verbo acreditar nos textos bíblicos, pelo menos nas traduções da "Almeida Revista e Corrigida, edição 1995 e Bíblia Digital América (Sociedade Bíblica Trinitariana) com citações da Versão King James. Na pesquisa desta última, o verbo crer aparece flexionado 92 vezes, e acreditar apenas 11. Na Versão Almeida Corrigida, acreditar é citado apenas 10 vezes. Então, biblicamente, dá para perceber que há, sim, diferença entre ambos.

O significado de acreditar na bíblica é basicamente "dar crédito" e "confiar". Crer, por outro lado, é um verbo carismático, ativo, que envolve um componente especial: A fé. Tendo feito estas considerações burocráticas, vamos a meditação de fato.

No segundo Livro dos Reis, o Rei da Síria fazia guerra contra Israel, e Deus revelava os planos dele ao profeta Eliseu. E quando o Rei sírio soube que o profeta estava em Dotã; para lá enviou, à noite, cavalos, carros e um grande exército. E o moço do profeta acordou bem cedo e assustou-se quando viu um grande exército cercando a cidade. Com medo, acordou o profeta Eliseu e disse: Ai, meu senhor! O que faremos? Isso aconteceu, porque o moço ACREDITAVA naquilo que seus olhos viam.

Então o profeta Eliseu respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Ele dizia assim, porque tinha mais experiências com Deus.

Eliseu usava os olhos da fé para se orientar e não dava crédito apenas aos que seus olhos viam. E por isso orou pelo moço: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos [espirituais] para que veja. Ver com os olhos da fé é crer.

E depois que o Senhor abriu os olhos do moço, ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.


É possível conhecer e acreditar em muitas coisas, e ao mesmo tempo sentir-se infeliz, vazio e a mais derrotada das criaturas. E digo mais: A maioria dos que olham para você podem acreditar que você é feliz, bem resolvido e cheio de sucesso.

Como isso é possível? Sim é possível, por causa do crédito às aparências.


Outro exemplo bíblico. Outro profeta. Samuel, foi enviado à casa de Jessé, o belemita, para ungir um novo rei sobre Israel.

E quando Eliabe, o primogênito de Jessé, passou diante dos olhos do profeta, este pensou: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido. Se encantou pelas aparências, mesmo sendo um profeta experiente. Foi surpreendido pela voz do Senhor: "Samuel, não dê crédito à aparência, nem para a altura de sua estatura, porque o tenho rejeitado. Porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração."

Fico imaginando, se até um profeta como Samuel se equivocou, quanto mais um simples crente, como eu?


Paulo escreveu assim em II Coríntios 5:7: "Porque andamos por fé e não por vista."

Andar por vista é
acreditar na aparência daquilo que vemos.

Crer é diferente. Para crer é preciso fé. E a fé não é de todos. II Tes. 3:2.

Para que o moço de Eliseu visse os cavalos e os carros de fogo sobre os montes, ele não precisava de um curso de teologia nem um doutorado em divindade. Os olhos da sua fé foram abertos por uma oração feita por quem tinha a presença de Deus na vida: "Senhor abra os olhos do moço, para que veja."


Quem sabe, até este momento você tem acreditado em muitas coisas que têm aparência de verdade, cheiram como verdade, outros atestam que são verdadeiras, mas não passam de declarações humanas?

E como prova disso, aí está você, no íntimo do seu ser, sentindo-se vazio e infeliz. Olha, há pessoas costumam passar a vida inteira a procura de algo que as satisfaçam e, paradoxalmente, não conseguem achar o que o que procuram, e que está tão perto.

Outras procuram experiências místicas ou uma religião, pensando que rituais, liturgias e regras de conduta são o bastante para acreditarem que Deus está no comando de suas vidas. Mas podem estar tão enganadas.

Quero terminar este texto refletindo sobre a vida de Saulo de Tarso. Ele acreditava que estava fazendo a vontade de Deus. Ele acreditava que acabar com os cristãos era o propósito de Deus para sua vida. Ele era pós-graduado nas escrituras judaicas. E mesmo assim estava enganado. Deus teve misericórdia dele, e se deixou conhecer. Anos depois já convertido, Paulo - o apóstolo dos gentios, disse estas palavras:

"Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e a tua Casa." Atos 16:31.









domingo, setembro 25, 2011

Carta de Paulo aos bispos da Igreja Universal

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II Timóteo, 3: 1-9

"1 SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.

2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

6 Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;

7 Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

8 E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

9 Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles."




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