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quinta-feira, maio 18, 2017

Moisés: do deserto ao palácio com honra e poder


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Pirâmides de Gizé
João Cruzué

Fico pensando nas grandes surpresas que Deus preparou na vida de Moisés até transformá-lo em um líder abençoado, humilde e vitorioso. Moisés. Como uma águia nascida para voar alto sobre vales e montes, enquanto  não conheceu Deus  bem de perto,  Moisés nada pode fazer. Do palácio ao deserto. E do deserto de volta ao palácio depois dos 80 anos de idade. Moisés foi um milagre: Um vaso que Deus quebrou, amassou e tornou moldar, para conduzir Israel do Egito para o deserto. E do deserto para a boa Terra de Canaã


Tinha todas as probabilidades para ser mais um velho rabugento e murmurador, mas isto não aconteceu. Ele renovava suas forças quando ouvia a voz de Deus ordenando para que ele continuasse tentando. Quero dedicar essa mensagem a meus amigos e irmãos que moram ou trabalham fora do Brasil. Que a presença do Senhor possa alegrar seu coração com esta despretensiosa leitura. Em frente.

Estratégias de uma  Mãe: Quando Moisés nasceu, estava destinado à morte. Mas não foi morto. Sua mãe era uma mulher de oração. Quando todas as outras mães atiravam seus meninos no Nilo para cumprir o decreto do faraó, ela não afogou seu filho. 

Ela cumpriu a lei, mas antes pôs Moisés num cesto. 

Aquele cesto vagando sobre as águas do Nilo tem um significado para este próximo Dias das Mães: Que são os cuidados constantes de uma mãe por seus meninos nessa descida pelo "Nilo" de uma sociedade violenta, corrupta e egoísta.

Mas um cesto de junco afundaria em pouco tempo, encharcado. Cuidar com responsabilidade é bom, mas não foi apenas com betume que o cesto de Moisés  não afundou. As orações de sua mãe  eram mais eficientes que o betume. Por isso, a mãe que separa  tempo diário para orar pelos filhos agrada mais a Deus. 

Outro dia ouvi um Pastor criticando mulheres que passam o dia orando na Igreja enquanto seus filhos estão na rua com péssimas companhias. Fiquei pensando, se orando elas têm problemas - o que se dirá, então, daquelas que ficam apenas em casa ralhando com os filhos a afugentá-los para rua?

Deus tem muitas promessas de bênçãos para os filhos, mas por outro lado o diabo está constantemente semeando o joio para destruir o cumprimento  delas. A mãe de Moisés foi criativa com o cesto, mas por que orava, ouviu a voz de Deus, e  por um pensamento que veio à mente, não se esqueceu do betume. Quem se dedica na oração não é pego desprevenido. 

Recentemente, uma de minhas cunhadas, mulher de oração, descobriu, ao fazer simples exames no hospital, que sua taxa de glicose andava beirando 900. Admiraram-se de vê-la de pé e enxergando.

Você já examinou se os "cestos" de seus filhos não estão afundando?

A primeira grande surpresa da mãe de Moisés foi que ao nascer ele era formoso de aparência. Um bebezinho lindo. A segunda surpresa foi que em lugar de ter morrido afogado no Rio Nilo, ele cresceu, estudou e se formou nos palácios do faraó. A terceira surpresa foi quando tentou usar a força para libertar Israel,  e teve que fugir do Egito para não ser morto. A temporada de mudanças apenas começara. Do palácio ao deserto. E no deserto por 40 anos. Uma mudança e tanto.

Para você que está longe do Brasil se anime.  É mais fácil encontrar presença de Deus no deserto que no conforto dos palácios, da casa dos pais, dos familiares...

Para mim, o versículo mais apropriado para enfrentar o deserto é Jeremias 33:3: " 

Clama a mim, e responder-te-ei, 
e anunciar-te-ei coisas grandes e firme,
que não sabes"

 Isso aconteceu com grandes personagens bíblicos - desde Abraão. Prepare-se andar nos propósitos de Deus. A verdadeira prosperidade é espiritual, em decorrência dela vem a prosperidade financeira definitiva. O que Deus lhe der, ninguém pode tirar. Por isso é melhor buscar a presença do Senhor. Isto significa, fora com as "baladas" e amizades duvidosas, que vão tirar você do alvo. Então, vamos voltar ao assunto principal.

Quarenta anos se passaram. 

Dos palácios do Egito para a poeira, sol durante o dia  e frio da noite do Deserto do Sinai. Quem diria? Promessas de Deus depois de 80 anos?... Ele nem pensava mais nisso. Mas aí veio a última e grande surpresa: No terço final da vida, já com oitenta anos, Deus aparece na sarça ardente e provoca Moisés para voltar ao Egito. A mesma missão: Libertar o Povo de Israel. Daquela antiga força, só restava o desânimo.

-Vem Moisés e Eu te enviarei! Disse Deus.

-Não Senhor, eu não sou libertador de coisa nenhuma. Não acredito mais em velhas promessas. Agora sou apenas um velho, e se eu for, o povo vai se rir de min, vão me achar um louco com uma bengala de apoio nas mãos. Não quero ir, não estou mais interessado, por mim Israel pode continuar escravo pelo resto da vida. Escolha outro para ir em meu lugar.

Nessa altura, Deus se irritou com Moisés e o forçou a descer ao Egito.

E, dois velhos gagás desceram ao Egito: Moisés com 80 anos e Arão com 83. Milhares de jovens judeus estavam lá, mas a promessa do libertador de Israel era para um velho: Moisés. Deus tinha um plano especial com Moisés - e operando Deus, quem impediria?

E o plano do
 Senhor para sua vida ainda está de pé.

Ao chegar no Egito, Moisés e Arão, foram primeiro convencer o povo escravo de que Deus estava atento ao clamor deles, que estava ciente daquela horrível escravidão. Tendo convencido o povo, foram ao palácio do faraó.

-Faraó, o Deus de Israel encontrou seu povo e quer que saiamos ao deserto para celebrar uma festa para Ele. E o faraó respondeu: Quem é o senhor cuja cuja voz ouvirei para deixar ir o povo? Não conheço esse Deus e não deixarei o povo ir. E disse mais faraó: Esse povo está ocioso, é por isto que inventaram essa história de celebrar festa no deserto. Antes se fornecia palha para fazer os tijolos, agora que se virem e também arranjem a palha. E a quota da produção diária dos tijolos sera exigida. Se não cumpri-la mandarei açoitar os líderes do povo. E Parem de perturbar o trabalho dos outros.

E foi assim que deu tudo errado. A escravidão piorou com os açoites e o excesso de trabalho. Assim, até o próprio povo judeu se amargurou contra Moisés, porque diziam: A espada que faltava para faraó nos matar, você Moisés, com essa história de Deus, acabou de arranjar.

E tendo Moisés ido orar e reclamar com Deus, ouviu novamente o Senhor dizer: Vai Moisés, para de reclamar e entra de novo no palácio e dize a Faraó: Deixa o povo de Israel sair da sua terra.

- Mas Senhor, se nem o povo de Israel acredita em mim, como vai me ouvir o faraó? Vai Moisés, agora vou te por por Deus de faraó e Arão, seu irmão, será o teu profeta.

E ele foi. Desanimado, desacreditado, mas foi. E falou a faraó. E a certa altura do seu encontro com faraó, três cobras rastejavam pelo chão do palácio. Uma era de Moisés e duas dos feiticeiros do faraó. E aconteceu que estando faraó e seus súditos certos do massacre, a cobra de Moisés engoliu as outras duas. E naquele dia, Moisés voltou para casa alegre e pelo caminho conversava com Arão.

-Você viu Moisés como os magos do Egito também sabem transformar varas em cobras?

-Sim Arão, mas isto não me preocupa mais, porque hoje eu vi uma outra coisa.

-O que foi que você viu Moisés?

-Eu Vi que , hoje, o Senhor começou mudar minha vida. A partir do momento que as duas cobras de faraó foram engolidas, deixei de ser um velho derrotado e estou pronto para sonhar de novo, porque agora sei que o Senhor vai cumprir todas as promessas Dele em minha vida.

E foi assim que o menino do cestinho betumado veio a ser o Libertador de Israel. Aquele que depois de velho, foi escolhido e teve o privilégio, a honra, de por o pé sobre o "pescoço" do faraó - Deus do Egito - e tirar o povo da escravidão fortalecido pela mão do Senhor.

Isaías 40:30-31:


"Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão".

Acredite sempre na próxima oportunidade. Depois do deserto, vem o tempo de andar com Deus em grandes palácios.



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sábado, setembro 06, 2008

Uma lição de liderança e respeito


Novilha Gir
uma vaca
João Cruzué

Hoje vou descrever um fato real sobre liderança que vai surpreender muita gente. E será mesmo surpreendente pois se trata de uma lição de vida entre simples animais. Para quem nasceu e cresceu no campo é um fato comum, mas ele pode produzir reflexões importantes se entendido em sua profundidade.

Eu era garoto quando meu pai, comprou um sítio. Pouco tempo depois compramos nossa primeira vaca - a Bordada. Era uma vaca "pé duro", sem raça definida, com alguns traços de "Gir". tinha uma testa grande, ovalada até a nuca. Bordada era vermelha ou retinta, salpicada de pintas brancas. Com ela veio um bezerrinho branco, com salpicos de vermelho, que "batizamos" de Bordadinho.

Quando minha mãe, então, foi tirar o leite da bordada pela primeira vez, para cativar a vaca e gerar estímulos agradáveis, habitou colocar um balaio com palha de milho na frente da vaca para que ela comesse, relaxasse e não "escondesse" o leite. Foi assim que começamos a nos entender com vacas, bezerros, touros, leite, vacinas, sal, cochos, latões de leite, tombos de bicicletas carregando os latões...Quando chegou o tempo em que tínhamos mais vacas e melhos palha de milho, o mimo acabou.

Eu sempre admirei a inteligência dos bois. Naturalmente generalizamos o nome "bois" da mesma forma que fazemos quando usamos o verbete homem ou os homens. Quem já teve um sítio, e criou gado, sabe que ele é constituído de dezenas de vacas para apenas um boi - ou o touro. Entre porcos, cavalos, cachorros, gatos , pombos e bois - sempre apreciei estes últimos, de preferência os mansos.

Há vacas mansas e bravas. As holandesas e as pequenas jerseis têm o "sangue" dócil - ou seja, sangue de barata. Mas as vacas de raças indianas: Gir, Guzerá e, principalmente Nelore - Deus que me livre, são malvadas ou "brabas". Quando estão de bezerrinhos novos então... são das piores! Eu tenho o braço marcado por cicatrizes de arame farpado, tudo porque uma tal Riqueza, queria por que queria me pegar, pois cheguei perto do seu bezerrinho.

Perto da 01 hora da tarde, mãe nos mandava trazer as vacas do pasto para o curral, para apartar os bezerros. Esta operação consistia em prender os bezerrinhos que mamavam, em um curralzinho ou pastinho separado de suas mães, até a manhã do dia seguinte. Isso para que não mamassem todo o leite que seria tirando na manhã do dia seguinte. Na verdade, o leite era deles, mas nós o "emprestávamos"... Nesta operação de aparte todo cuidado era pouco. Algumas vacas eram capazes de matar qualquer um, por causa de seus bezerrinhos. À medida porém que eles cresciam ,este instinto de amor maternal ia diminuindo, diminuindo... Menos com uma tal Lembrança. Ela "pegava" em qualquer tempo.

Depois de apartados os bezerros, a "gente" ia embora para casa, o curral ficava em paz, e todo o gado ia deitar ao sol, para remoer. Lá pelas duas ou três horas da tarde, o gado se levantava para voltar ao pasto. Este pasto era montanhoso e por ele corriam caminhos ascendentes, estreitos, tortuosos, chamados de trilhos. Os trilhos eram cavados pela ação das patas desses animais, passando no mesmo lugar dia após dia.

Entretanto, depois que o gado se levantava para voltar ao pasto, enquanto uma certa vaca - e era sempre a mesma - não se posicionava na frente, na guia, a longa fila não avançava. Eu creio que foram as vacas que inventaram a fila indiana. Justamente porque Gir, Guzerá e Nelore são mesmo raças indianas. A primeira vaca de guia de nosso sítio foi a bordada; a segunda Morena. Daí para frente, não me lembro.

Para assumir a guia não havia discussões, nem brigas, nem reuniões, nem acordos, nem atas. Simplesmente uma vaca tomava o lugar. Se ela vivesse por dez anos, continuaria na guia. No dia em que morresse, e o gado precisasse voltar ao pasto ou vir do pasto para o curral, outra vaca assumiria a liderança de uma forma assustadoramente natural. Sem brigas, sem eleições, sem aclamações, sem assembléias, sem traições - sem nenhuma alteração visível na rotina.

E assim sucessivamente com o passar dos anos; em qualquer lugar do mundo onde houvesse este gado "pé duro"

Eu fico pensando: em termos de estabelecimento, substituição e sucessão de liderança - seja na Igreja ou no País - ainda estamos a "anos luz" da naturalidade, do respeito e da maneiro com que isto se processa em uma simples "comunidade" de vacas. É por isso que eu admiro esses animais pela grande lição de vida que eles dão.


João Cruzué
SP-06.09.2008

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