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sábado, junho 06, 2015

O Boticário e a peça publicitária do dia dos namorados da AlmapBbdo

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Boticário
AUTOR: JOÃO CRUZUÉ

Como vivemos em um país laico e podemos dizer que temos liberdade de imprensa e de consciência, uma vez que até "marcha da maconha" já é feita livremente na Avenida Paulista, não causa estranheza a pretensão do Grupo Boticário em associar sua imagem com a de uma empresa antenada com os costumes de "vanguarda" da sociedade. Será que deu certo? Acho que não.


Imagino que foi esta a ideia (homodiversidade) que o Grupo comprou da agência publicitária AlmapBbdo ao veicular no Fantástico da TV Globo, domingo - 7.6.2015, 21:30 h uma peça com quatro tipos diferentes de casais, sendo dois deles de gays e  lésbicas.

Imagino que, se por um lado, a peça publicitária chamou a atenção da sociedade conforme a AlmapBbdo gostaria, por outro, o Grupo Boticário se sentiu pisando em ovos em plena véspera do dia dos namorado e a prova disto está muito clara.

Nas primeiras páginas da Revista Veja desta semana (10 de junho 2015) a campanha do Boticário não incluiu as fotos dos casais homossexuais. No site do grupo não apareceu a campanha e, arrematando, no site da Agência AlmapBbdo, também não. E sabe por que não apareceu? Certamente, a reação dos Pastores mudou o ponto de vista dos donos do Grupo Boticário.

Agora, quero expressar de forma bem clara a minha opinião.

É direito de qualquer agência de propaganda e grupo de negócios veicular campanhas do jeito que quiserem? Sim, desde que respeitem as normas relativas a horários de veiculação. 

Também tem o mesmo direito de reagir e demonstrar indignação que não comunga com ideias homoafetivas, como no meu caso, por exemplo. Não posso ter o meu direito de opinar amordaçado só porque uma atriz global acha que eu sou cretino. Ela não é Deus e a TV Globo não dita as regras de comportamento sexuais para os crentes.

Acho muito interessante (antidemocrática) a opinião de certos "famosos" do rádio e da TV. Eles acham que qualquer novo comportamento que aparece de tempos em tempos pode ser massificado através de novelas e outras formas de comunicação social e que as vozes contrárias não têm o direito de opinar, criticar e condenar. Não é isso a tal  liberdade de expressão? ou será que liberdade de expressão só conta quando for igual a deles? 

Quem são os reacionários nesta história?

O tempo do calaboca já passou. Antes, os crentes não tinham acesso aos meios de comunicação e pronto. O calaboca era por questões econômicas. Agora, que os pastores evangélicos têm livre acesso aos melhores meios de comunicação e alcançaram o status de formadores de opinião,  são criticados por causa do sofisma de que religiosos não devem interferir com suas opiniões nas coisas do cotidiano. Não só devem como podem e a sociedade sai ganhando porque agora tem duas opiniões diferentes para analisar. 

O monólogo dos antigos formadores de opinião acabou. 

Isto funcionava no passado, quando os evangélicos eram meia dúzia de gatos pingados. Agora não funciona mais, pois são mais de 50 milhões de brasileiros e em menos de 20 anos serão mais de 75 milhões.

Dentro das normas e horários, pode fazer a campanha com casal de gays à vontade.  Pode duas bisavós das novelas da Globo se beijarem à vontade. Mas, que uma coisa fique bem certa: O dinheiro que financia estre programas vem do bolso das empresas. As empresas ao fazerem propaganda de seus produtos nos horários das novelas esperam vender muito, pouco se importando com o tipo de mensagem que esteja sendo divulgada.

E eu e mais 50 milhões de crentes somos consumidores dos produtos destas empresas. Quando elas começam a fazer publicidade de coisas que vão contra meus princípios, o que eu faço? Deixo de comprar aquela marca e passo a comprar de outra. Não só faço isto, como informa a minha família do que está acontecendo. 

É somente dessa forma que nós, crentes, seremos respeitados nesta sociedade - atingindo o bolso de empresas que desrespeitam nossa consciência. 

Mais um ponto para o Pastor Silas Malafaia que desceu a ripa nesta campanha do Boticário.



Não chamo esta forma de reação de boicote, mas de ação pedagógica. Você me respeita e eu compro o seu produto.








domingo, maio 23, 2010

Para onde vai a Igreja Evangélica brasileira


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SE NÃO HOUVER COMPROMISSO,

ISSO PODE ACONTECER MAIS CEDO DO QUE VOCÊ PENSA!


Indiferença


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"O preço da liberdade, é a eterna vigilância."

Thomas Jefferson.
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João Cruzué

É doloroso para mim, expor essa idiossincrasia que, sinceramente, gostaria fosse apenas pensamentos ruins em uma tarde cinzenta de domingo. Espero que nosso Deus tenha misericórdia de nós e continue falando conosco sobre o mal que está a caminho para enfraquecer e corromper ainda mais a família brasileira. Se você quiser, pode copiar e passar adiante este texto .

Nos início dos anos 60, um movimento mundial de rebeldia sacudiu a juventude sob o falso nome de liberdade. A chamada era do "sexo, drogas e rock n' roll. O resultado foi a banalização do amor, a publicidade do uso do cigarro e das drogas pelos artistas, produzindo dentro das famílias uma geração de filhos nascidos sem amor e sem responsabilidade, que ainda jovens começaram a repercutir em maior escala o meio de cultura de onde vieram.

Na geração seguinte, por falta de amor familiar, as drogas levaram para as prisões 80% (ou mais) de sua populações carcerárias. Uma multidão de zumbis perambula hoje pelas ruas fumando crack, enquanto transformam em latrina as calçadas dos prédios públicos do Centro das grandes cidades. A ponta do iceberg.

Não satisfeito, o adversário espiritual de nossa fé procura implementar a nível mundial a segunda fase da cupinização da família. Família esta instituída na concepção de Deus a partir da união de um homem com uma mulher. Infelizmente este mal virá e suas consequências serão muito mais graves que delinquência, moradores de ruas, cracolândia e latrinas nas calçadas. Que resultados podem vir de uma família constituída de forma diametralmente oposta ao estabelecido pelas Lei Divina, se o trailer que vemos hoje já é terrível e impossível de reverter?

Podem me rotular de fundamentalista religioso, mas se os efeitos nocivos das gerações nascidas após os anos 60 foram alarmantes e nenhum deles pode ser controlado pelo poder público, quais serão então os efeitos das gerações nascidas em um ambiente onde não haverá mais famílias?

A quem se deve responsabilizar por tal situação? A resposta é bem clara: à Igreja, e suas lideranças, cujas funções principais são: salgar e iluminar a sociedade. Salgar, para que não se corrompa e apodreça; iluminar, para que aponte o caminho que se chama Jesus Cristo. Estou vendo uma igreja atuante? Não. Fico ainda mais preocupado quando leio o veredito de Jesus: Quando o sal não presta mais para salgar ele para nada mais presta. Os ímpios já estão pisando na Igreja de nossos dias.

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"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar?

Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens."

Mateus 5.13

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Depois dessas considerações, vamos aos fatos. Quero começar chamando sua atenção para o primeiro fato. Enquanto a América do Sul, praticamente inteira, estava sob o chicote das ditaduras, a Venezuela era um mar de democracia. Entretanto, a corrupção foi aumentando, aumentado, aumentando tanto, que uma geração depois a Venezuela esta ruindo debaixo de um governo autoritário. A economia já foi, a liberdade de expressão está indo, e se já não está fazendo água, a Igreja venezuelana - tanto católica quanto protestante - serão transformada em Templos de "chapas brancas". A causa da mudança foi a corrupção.

O caso do Chile. Sob o azorrague do General Pinochet, milhares de chilenos foram torturados, mortos e desaparecidos durante os 17 anos de seu governo ditatorial. O tempo de Augusto Pinochet passou. A Igreja cristã é forte no Chile; quase 18% são evangélicos. Mas nem homens fortes da Igreja Evangélica: Bispo Manoel Covarrubias, Emiliano Soto Valenzuela e Roberto Lopez Rojas puderam conter o ímpeto do movimento homossexual no Chile que recebeu muitos recursos da Espanha para conquistar espaços políticos sob a influência da Igreja. Como resultado disso foi o amparo do MEC chileno para a distribuição de um manual de homoafetividade chamado "Educando na diversidade, Orientação Sexual e Identidade de Gênero. Qual a minha interpretação sobre o caso chileno? Creio que a vaidade dos "grandes" Bispos em participar das consultas governamentais e as portas abertas do Palácio de La Moneda lhes tirou os pés do chão. Acho que foram enganados, imaginando possuir uma força política que na verdade não tinham.

A terceira análise é sobre a Igreja Católica. Embora o credo protestante não inclua Maria e os "Santos" no seu credo, quando o assunto são os diretos da família, a Igreja Romana exercita uma grande pressão política nos países sulamericanos. Entretanto, no momento ela está sob o fogo cerrado da imprensa mundial penitenciando-se de milhares e milhares de abusos praticados por padres pedófilos acobertados por seus superiores. Quando os líderes romanos começam a repreender o ímpeto do movimento homoafetivo mundial, eles são envergonhados recebendo no rosto o que fizeram. Uns analisam que a super-exposição da pedofilia dos padres romanos na mídia é parte de um plano nascido dentro do próprio Clero, para desestabilizar o Papa. Mas eu também acho que o movimento homossexual esteja por trás disso.

E sobre a Igreja Evangélica brasileira, onde dei meus primeiros passos nos anos 70, quando o Batismo no Espírito Santo era hierarquizado no topo das orações dos crentes pentecostais e a Bíblia a regra de fé e prática de Presbiterianos, Batistas, Metodistas e Quadrangulares, como mudou! E uma mudança de 180º para pior. Onde foi que pioraram?

Tanto a Igreja protestante Tradicional quanto a Pentecostal perderam a paixão. Sua coluna mais forte - o Louvor - está adernada. Foi uma surpresa a aceitação do movimento pentecostal no meio Tradicional. Até a Igreja Católica trouxe o "pentecoste" para barrar o avanço da Teologia da Libertação. Mas o Pentecoste das Igrejas Pentecostais foi corrompido por um poderoso sofisma: a teologia da prosperidade. A "plata" hoje está no topo da hierarquia, e se ainda existe algum evangelista que pregue sobre o Batismo com o Espírito Santo, é um caso raro e isolado. Os pregadores tiraram completamente sua importância, pois para orar por ele é preciso andar em santidade, jejum e oração.

Não é com jatinhos e bilhões de dólares gastos em redes de TV que se ganha e CUIDA de uma alma. Lembro-me do "poderoso" Jimmy Swaggart da igreja Assembléia de Deus Americana. Ele, em certo tempo tinha os recursos que quisesse para evangelizar em quase todos os países do mundo. Quando ele estava no topo da escada, que não foi Deus quem construiu, o diabo lhe derrubou. O escândalo foi tão grande, em proporções mundiais, que forma muito mais as almas que deixaram de entregar pela porta do que as que entraram e permaneceram. Muitos outros "swaggarts" estão a caminho, inclusive no Brasil.

Deus não se deixa escarnecer. E sua glória não dará a ninguém, para que o homem não venha a dizer que conquistou almas com a força do dinheiro e do próprio braço. Quem convence integralmente uma alma do pecado e produz arrependimento verdadeiro ainda é o Espírito Santo. As igrejas estão cheias de membros que não têm certeza de salvação. Por quê? Porque ouviram um evangelho corrompido. Um evangelho do é dando que se recebe! Muito diferente do que diz a Bíblia: Melhor coisa é dar do que receber! Imagino que se receber aquilo que Deus não quer é caminho certo para o engano e o inferno.

Quero deixar uma pequena experiência. Certa vez, quando era mais jovem, estava pregando o Evangelho no Largo Treze de Maio, em Santo Amaro, São Paulo e o assunto era o mal que um homem sem Deus chega ao ponto de praticar. Na hora do apelo, eu vi uma nuvem de mãos levantadas. Eu orei por aquela gente, e nunca mais vi nenhuma delas. Esse fato perturbou-me. Meditando sobre aquele assunto cheguei à conclusão, de que eu era responsável pelo cuidado daquelas vidas diante de Deus. Pelo menos assim se entende do trabalho de Cristo e Paulo. Ganhar almas e deixá-las ao "deus-dará" para mim, é como uma mulher que acabou de dar a luz e deixou seu bebê na grama do parque e foi embora.

Os telepregadores não estão conscientes disso. Ou nem querem. Depois que eu ouvi o áudio da Instrução de um Bispo da Igreja Universal (R. Panceiro) explicando as metas a seus obreiros eu corei de vergonha. Não pelo que ele disse, mas pelas palavras que cuidadosamente deixou subentendidas. Falava sobre o período seis meses de carência estipulado para que um pastor reuna um rebanho na congregação para que passe a produzir a meta do "leite" necessário. Dizia mais ou menos isso: se outros conseguem em seis meses e você não, é porque é "mole".

É por isso que na parábola das dez virgens está escrito: "Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós,
ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. Estão vendendo o Evangelho e este joio, se espalhou por quase todas as Igrejas. O mal está tão disseminado, que muitos pregadores não sabem que estão plantando joio em lugar do trigo.

Os dias de sucesso e fama das Igrejas Evangélicas e de seus líderes estão fechando seus olhos para o que está por vir. Da mesma forma que aconteceu no Chile o movimento LGTBS já planejou ações no campo da Educação para executar no Brasil.

Não estou usando este texto para discriminar gays nem julgar suas ações políticas organizadas mundialmente. Isto faz parte do tabuleiro democrático. Estou sim, criticando, e cobrando a mesma paixão, o mesmo empenho, o mesmo engajamento dos líderes da Igreja Evangélica brasileira que se diz 25% da população brasileira. Se eles estão demonostrando que "não estão nem aí" é porque não são mais pastores e nem estão preocupados com os destinos do país.

Nunca pensei que chegaria ao ponto de dizer isso: mas se daqui a alguns dias o Ministerio da Educação de nosso país começar a mandar professoras distribuirem cartinhas de homoafetividade em classes de aulas, pessoalmente vou entregar algumas delas nãs mãos dos líderes da Igreja onde congrego. Mas antes que isso aconteceça, vou pessoalmente escrever uma carta para cada um deles - avisando.

Para onde caminha a Igreja Evangélica brasileira? Para os lados e para trás. Diante de assuntos extremamente importantes, ela está morna e seus líderes indiferentes - com raríssimas exceções. Infelizmente, há mais possibilidades que o PL 122 passe, do que o Congresso o reprove. De que vale 25% de evangélicos na população se sua liderança é frouxa e até comprometida com políticos que declaradamente consideram a causa gay moderna e o fundamentalismo religioso o atraso da nação.

Isto é uma vergonha!


João Cruzué é editor do Blog Olhar Cristão