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sábado, outubro 19, 2013

As árvores de São Paulo


Flamboyant
João Cruzué

Depois que eu abandonei o carro e passei a descer longe do trabalho para o exercício das caminhadas, passei a notar uma coisa nova que a pressa antes não me dava olhos para ver: as árvores da Capital Paulista. Ainda não conheço tantas, mas, com o passar do tempo, vou me apresentar  a muito mais.

Na Praça da Sé, você pode ver uma dezena de "paus-ferro" na frente da Caixa Econômica. Do lado da Catedral, as maiores são as Palmeiras e as Tipuanas. Tem uma ou duas baixinhas, com copa de guarda-chuva - as aroeiras. Lá embaixo na Rangel Pestana, em frente ao Tribunal de Contas tem um belo jatobá.  Ali perto, no Parque Dom Pedro tem muitas  caesalpinas e paus-ferro. Eu sei que  estes também são caesalpinas, mas de uma espécie diferente.

E por falar em paus-ferro, está fechando a temporada de colheita de sementes. Os paus-ferro mais bonitos que conheço estão do começo da Nove de Julho até o Colégio Sagrado Coração. Também no Parque da Luz. No largo do Taboão da Serra perto do Bradesco. Muito legal a percussão que aquelas sementinhas fazem dentro daquelas vagens duras. Mas as sementes ainda são mais duras. Os carros conseguem quebrar as cascas, mas não, as sementes cor de ébano.

E os ipês amarelos, roxos e rosa. Aliás, eu ainda não consigo diferenciar o ipê roxo do rosa. Os dois belíssimos.Tem na descida da Rua Riachuelo quase na 23 de Maio.  Outro depois do Tunel da 9 de Julho depois que passa a FGV. Ali, naquela passarela tem algumas árvores muito parecidas com Pau-brasil. E Pau-brasil com certeza são aqueles que ficam nas proximidades do antigo Supermercado Eldorado, subindo e descendo a Avenida, dos dois lados. Plantaram recentemente na Barão de Itapetininga uma série de Ipês - amarelo e branco. Ainda não os vi florindo, mas com certeza ficarão muito bonitos. Ainda estão pequenos.

E na Estação Pinheiro do Metrô/CPTM?  Em frente a escada  de quem desce para a Estação do trem, tem uma velha embaúba vermelha e ao lado dela um pé de amora que vive cheio de anús pretos. mais acima um bela goiabeira. Sempre que olho o Rio Pinheiros naquele ponto vejo as "caravelas" subindo o Rio e fazendo marolinhas em direção a Ponte da Cidade Universitária. 

Caravelas? Sim! É o nome que me vem à mente quando vejo dezenas de garrafas pet sendo impulsionadas pelo vento, correndo e deixando aquela marola em ">" ; pequenas naus singrando um mar de esgotos. 

Jatobás. Além daquele da Rangel Pestana, tem dois enormes na Praça 14 Bis, descendo o viaduto em direção à Praça da Bandeira.  E na Praça tem dois grandes "breus" onde todo ano eu vejo um ninho de ben-ti-vis. A mesma árvore você pode ver abaixo do Palácio Matarazzo, mais conhecido como o prédio da Prefeitura de São Paulo.

E aquela árvore enorme do Largo do Arouche? E aqueles dois pés gigantes de mirindiba que existem na Praça Rotary, entre a Major Sertório e a General Jardim - do outro lado do Elevado?

E os Jacarandás-mimoso do Largo São Francisco e da Rua Groelândia, que nesta época estão cobertos de roxo? E as Tipuanas que sombreiam a frente do Fórum João Mendes?

E aquela caesalpina de galhos muito tortos no começo da Avenida Duque de Caxias? E o jequitibá  (eu acho que é jequitibá) da Barão de Itapetininga em frente à Drogasil? E as palmeiras cheias de maritacas da Praça Ramos/Vale do Anhangabaú. E aquela velha figueira do lado de cima  da "fonte" da Ladeira da Memória?

Árvores. Elas estão por toda parte. São heroicas sobreviventes em uma Cidade hostil que prefere exércitos cimento em lugar do ver e chãos de asfalto em vez de terra vermelha, de vez em quando escandalosamente floridas com as azaleias da Avenida Paulista.

Até que tenha minha coleção particular de fotos, segue meu click deste escandaloso flambloyant.