domingo, fevereiro 19, 2017

Chamada ministerial, Igreja e representação política


A MISSÃO DA IGREJA É PREGAR O EVANGELHO


BÍBLIA
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João Cruzué

Quero deixar registrado com bastante clareza, aqui, minha opinião sobre o papel da  Igreja  e de seus pastores na política da nação brasileira. Sou blogueiro evangélico desde 2005. Cristão, servo do Senhor Jesus Cristo desde os 19 anos; consciente de minha cidadania sou compelido a posicionar-me de forma clara, de acordo com o conhecimento que tenho vontade do Senhor e dos meus 42 anos de fé. Se o interesse exagerado de representação política da Igreja Evangélica brasileira e de seus pastores não for criticado, comentado, reprovado e combatido, ele só vai aumentar!

Estou perfeitamente consciente que sem a Política, o Estado não vai destinar com eficiência e equidade os recursos dos tributos que pagamos. A Política, para mim, é a arte de conversar e voltar a conversar com o propósito de conhecer os problemas da nação e levar recursos  para onde há maior carência. A política como fator de equilíbrio social. Por exemplo: estamos em 2018, e a transposição do Rio São Francisco ainda não foi concluída. Ainda hoje, assisti no Jornal Nacional que a Ferrovia Transnordestina começou em 2006, deveria ter sido terminada em 2010, também está parada e enferrujando.

Por outro lado, vemos a boa política não está funcionando em nosso país. Foram gastos bilhões de reais em construções de estádios para a Copia de 2014, e  outros bilhões nas construções dos Jogos Olímpicos de 2016. Megalomanias que tiveram o foco do mundo inteiro, mas que durou apenas um mês. E porque não houve a boa política nestes casos? Porque quanto maior a empreitada, maior a corrupção. E quase o Brasil caiu no conto do vigário do trem bala São Paulo Rio, que nossa "ex-presidenta" queria licitar por uma "micharia" de 50 bilhões de reais..

Quanto a Igreja, O Senhor Jesus não a edificou para outro propósito senão para ser Casa de Oração para todos os povos. Uma instituição divina e mística para cuidar da vida espiritual das pessoas que a cada ano ficam mais vazia. 

A Igreja é a porta e o caminho de um  Reino totalmente distinto do mundo social. Dessa forma, a representação política pretendida pelos religiosos e  Igreja são coisas bem distintas. Na Igreja, a autoridade maior é o SENHOR JESUS. Na política, a autoridade maior pode ser qualquer cidadão/cidadã. Mas, em nenhuma passagem do Novo Testamento, seja pelas palavras do SENHOR, ou de Paulo, João, Pedro ou Tiago está escrito que a missão da Igreja é fazer política. Por analogia, a César o que é de César e a DEUS o que é de DEUS.

"Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15) - é esta a Missão da Igreja.

O abandono do arado. É esta, a imagem que vejo quando percebo a preocupação das lideranças das grandes denominações evangélicas (Igreja Universal,  Igreja Internacional da Graça, Igreja Mundial e Igreja Assembleia de Deus) em participar ativamente de projetos políticos, aspirando posições e cargos de poder temporal. Quando este desejo, este projeto se torna mais comentado e mais discutido em meio à liderança de uma Igreja Evangélica, o Reino de Deus, ó... deixou de ser a missão da Igreja. A missão primeira, segunda, terceira quarta, quinta... da Igreja é apregoar o Reino de Deus e a  reconciliação com Deus por meio do sangue de Jesus.

Um pastor que recebeu a convocação do SENHOR, a unção ministerial para cuidar do rebanho do SENHOR, quando larga tudo isso para ser um Vereador, Deputado, Senador, Governador, ou até mesmo Presidente, está trocando o sagrado pelo profano. Estará jogando no lixo a sua CHAMADA MINISTERIAL pelo SENHOR. Não adianta racionalizar, dizendo "Veja bem, José e Daniel..." Não tem nada de veja bem.

Não importa se esse pastor, bispo, evangelista, apóstolo seja lá quem for: Trocou a chamada de Deus para cuidar do rebanho por uma  cadeira de representação política, sinto muito: É, sim, um profeta velho e um homem desviado da verdade. Há homens de sobra para a representação política,e poucos homens com chamada para cuidar do rebanho.

Um erro de estratégia. Uma falta de paciência. Se estas denominações evangélicas, apreciadoras do poder temporal, estivessem mesmo trabalhando prioritariamente em projetos de evangelização nos últimos 20 anos, a metade do Brasil já seria do Senhor Jesus. Isto por si só, evitaria a grande perda de tempo (e ministérios pastorais) em projetos políticos. A lógica é: Se o povo de uma nação se converter ao Senhor, seus políticos serão homens com o temor do SENHOR.

O que a Igreja tem ganhado com a participação direta de seus pastores nas casas legislativas brasileiras? 

Meu comentário: podem até  ter colocado muitos pastores no poder. Pela quantidade de crentes, pode a bancada evangélica chegar a 30%. Todavia,  a um custo muito alto: a sua CREDIBILIDADE. Hoje, diante dos olhos da nação, qual tem sido a imagem, por exemplo: do Bispo Macedo, do Pastor Marco Feliciano,  Valdemiro Santiago, R. R. Soares, Silas Malafaia...

Decididamente são bons homens de negócios! Têm fama, mas a cada dia perdem sua credibilidade perante o povo. O que isto faz? Fecha a porta da Igreja, para os que tinham desejo de entrar. 

Poder e sucesso não é sinônimo de inerrância. Poder temporal e Pastor milionário que cuida de rebanho de pobres são coisas que destoam do perfil do CRISTO. E, se destoam, devo tomar cuidado para não ser enganado com a voz de um profeta velho.

Lugar de Pastor evangélico não é na política, mas cuidando da sua missão espiritual: Orando, evangelizando, pastoreando, consolando, aconselhando, repreendendo, ajudando a levantar, a perdoar... Cuidando do rebanho. Deixar o espiritual pelo material é loucura.  

O papel da Igreja não é separar seus pastores mais populares para serem candidatos a cargos eletivos, porque eles têm compromisso com Aquele que os separou. Se a Igreja fizer isto, estará pisando nos dons ministeriais de seus líderes, e Deus não vai deixar isto impune. A família desses pastores pode ficar sem os muros da proteção da graça de Deus. Sem isso, o diabo deita e rola, como fez dentro da Casa do Rei Davi.

O papel da Igreja Evangélica é pregar o Evangelho da salvação ao pobre para que ele aprenda a orar direito, ser um homem reto e , assim encontrar o caminho da prosperidade. A Igreja também tem em seu projeto principal orar pelo enfermo para que ele receba a cura. Deve expulsar os demônios dos oprimidos pelo diabo para que eles sejam liberto. A Igreja deve falar  ao corrupto para que ele deixe de roubar a nação, o sustento do pobre, a correção da aposentadoria da viúva,  a aposentadoria dos velhinhos e o pão da criança desamparada.

O papel da Igreja é condenar a corrupção, e não caminhar ao lado dos corruptos. O papel da Igreja é preparar seus jovens para apregoar o ano aceitável do Senhor Jesus, em lugar recrutá-los para distribuir "santinhos"  na porta dos templos na época de eleição.

O papel da Igreja não é trazer candidatos ao púlpito, mas ensinar aos novos convertidos a ouvir o doce som da voz do Espírito Santo, para que possam discernir de pronto o santo do profano, quando alguém estiver liderando. 

Com tantas almas perdidas na miséria do pecado, a Igreja está precisando é de mais Pastores, mais Bispos, mais Apóstolos para enviar ao campo em lugar de mandá-los para serem políticos em Brasília. Mais juízo e menos vaidade.

Por outro lado, é também o papel da Igreja levar, por meio da Palavra de Deus, homens e mulheres  a aprenderem o temor de Deus, para que sejam aptos a toda a boa obra, inclusive, servir à nação em qualquer cargo ou função da carreira pública. Se isto não for feito, a corrupção continuará apodrecendo a política e roubando o futuro de milhões de brasileiros. Crente pode militar na política, mas lugar de Pastor é cuidando do rebanho do Senhor através da Igreja. Isto não é costume, é um princípio bíblico conhecido por santidade, separação do mundo para servir a Deus.



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quinta-feira, fevereiro 16, 2017

Uma passagem de volta para o profeta Jonas

Profeta Jonas
João Cruzué
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Um dos profetas antigos que mais se contextualiza nossos dias é o profeta Jonas. As Igrejas estão cheias de Jonas. Homens que pensam que Deus é mais justiça que misericórdia. Mas há um lado animador nessa história: Quando  Jonas foi confrontado por Deus e passou por um processo de reeducação ele  aprendeu colocar a sua vontade em segundo plano. Vamos pensar juntos sobre isto.

Jonas era como um teólogo moderno. Achava-se mais sábio que Deus. Não que todo teólogo seja assim, mas grande parte deles são pessoas que acham que conhecem tudo. Mas graças a Deus por eles, tanto pelos noviços quanto pelos que já provaram na própria pele a pedagogia de Deus, através de experiências duras. E Jonas, como costuma fazer muitos teólogos presunçosos, posicionou-se como um crítico da vontade de Deus.

Jonas estava cheio de razão e seco do Espírito. Apesar de ter vocação de profeta e chamada de profeta, ainda estava envolvido por demais com as opiniões dos judeus da sua época. Em lugar de arranjar mais tempo para ouvir a voz de Deus, Jonas ouvia as razões da sua própria consciência. Jonas era livre, independente ou pelos menos achava que era.  


Hoje é tudo do parecido. Fazemos tudo correndo. Até a oração tem que ser rápida. Bem diferente da prioridade dos primeiros apóstolos que ao se acharem envolvidos com muitos assuntos administrativos e sociais, separaram sete homens probos para servir às mesas  e voltaram à oração e pregação da Palavra. 

Quando não temos tempo para ficar na presença do Senhor, perdemos a direção e depois a compaixão. Compaixão é  olhar com os olhos do Espírito de Deus. É o profundo entendimento de Deus das fraquezas humanas. Quando a compaixão sai, fica apenas o grande desejo de criticar do formalismo religioso. Se Jonas queria de fato a destruição do povo de Nínive,  é porque já não mais enxergava com os olhos do Espírito.

Por que Jonas não foi substituído? 


Deus poderia muito bem ter  chamado outros profetas para pregar em Nínive. Havia dezenas ou centenas deles em Israel. O fato é que a boa obra que Deus começara em Jonas não iria deixá-la inconclusa. Jonas fora criado para um grande propósito: anunciar as palavras de juízo aos ninivitas e servir de exemplo às futuras gerações de profetas. Quando propositalmente não foi, o plano B de Deus entrou em ação. Jonas mudou de atitude porque tinha somente duas alternativas: ou ia ou morria.

Jonas não era um pregador eloquente. Ele repetia apenas uma frase: "Em quarenta dias, Nínive será subvertida". Era isto que queria. Mas era a mensagem de Deus. Jonas pregava desejando que o juízo sobreviesse e destruísse os ninivitas. Mas Deus tinha outro desejo: queria que houvesse  arrependimento. Era uma pequena possibilidade. Parece que Deus queria dar uma lição em Jonas. Este tinha certeza que em 40 dias a cidade ira virar cinza e fumaça, mas Deus tinha um olhar diferente. Um propósito diferente. Ele via uma multidão de pessoas arrependidas.


Por que há tantos Jonas nas Igrejas? Porque estamos passando por uma época de pregações de um evangelho distorcido. Assim como Jonas, Deus criou cada um para um propósito santo. Todavia, há um evangelho humanista que vem pregando apenas para satisfazer a o desejo de cada crente. Tenho visto, por repetidas vezes, ao final de mensagens nos cultos, pregadores conclamando e até mesmo forçando as pessoas para virem à frente dos púlpitos para deixarem seus problemas. E nada acontece.

Quando cristãos passam por lutas continuadas, a primeira coisa que deve ser analisada são as causas e não apenas as consequências. Pode ser que estejam no "ventre da baleia" passando por um processo pedagógico, para um breve desbaste de suas próprias vontades. Se esta for a causa, não há oração que os tire de lá a não ser que primeiro façam um compromisso de obediência com Deus.

Se é o seu caso, verifique atentamente se não está ocioso na obra do Senhor. Se não está fugindo da vontade do Senhor. Ou se está querendo receber bênçãos sem cumprir os compromissos de fidelidade. 
Quando você se batizou deve ter ouvido  de  esta pergunta: "Você promete ser fiel a Deus enquanto viver? Por isso, antes de mais nada, se está pensando em ir para bem longe da vontade do Senhor, pense no caro preço que Jonas pagou pela sua viagem de volta.







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sábado, fevereiro 11, 2017

A depressão na era eletrônica


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HALL 9000
João Cruzué

A era da massificação digital já começou. Quem assistiu o filme "O Substituto" de Jonathan Mostow, protagonizado por Bruce Willis vai entender como é. Seres humanos isolados e deprimidos em suas casas, sendo representados por sósias-robôs, avatares humanos, sempre jovens, bem vestidos, representando socialmente durante o dia. E quando vem a noite, voltam para seus cabides, enquanto seus "originais" levantam-se sozinhos em uma casa vazia. Sozinhos, com milhares de seguidores zumbis no Twitter e no Facebook. A era do paradoxo real-digital.

A família não mais se comunica verbalmente. A filha, no quarto, pede um remédio para a mãe, na cozinha, por um SMS. A vizinha  tem um perfil no Facebook onde coloca as fotos da última viagem, que o esposo ainda nem viu.

O artista decadente digita algumas vezes por dia  seus bilhetes no Twitter que a maioria não lê. Envia centenas de pensamentos e frases pelo Facebook, que a maioria não presta atenção.

Todo mundo postando e pouca gente lendo.

Todos se comunicando e relacionando em um processo    relacionamento social de faz de contas - que na verdade não passa de um monólogo transmitido por programas-robôs, como no filme "Matriz". A massificação de mensagens que leva ao fastio.

Para onde isto nos leva?

Creio que já podemos observar alguma coisa. A coisificação dos relacionamentos sociais. twitters, faces, whatsapp, instagran, viber.  Uma geração de protagonistas digitais generosos, comunicativos, espirituosos. Por outro lado, na vida real estas pessoas são diferentes:  Egocêntricas, críticas ao extremo, frias, insensíveis e anti-solidárias, despossuídas de sensibilidade humana e de verdadeiro  espírito solidário. Este descompasso entre o digital e o real, o ser-o-que-não-é, ao meu sentir, é um gatilho perfeito para a solidão e a depressão.

Uma geração de potenciais depremidos, cujo excesso de tempo junto às maquinas faz desaprender como se relacionar de verdade.

Eu percebo que quanto mais trabalho com recursos eletrônicos mais automatizado vou ficando. O homem como extensão de um dispositivo eletrônico. Um apêndice. Esta interação eletrônica excessiva pode me tornar insensível e frio como a máquina.

Creio que estamos mesmo caminhando para sermos comandados por máquinas. Não por robocops, homens de ferro ou darth vaiders, mas por algo do tipo "Hall 9000" de Stanley Kubrick. A potencialidade da IA (Inteligência Artificial) já é uma realidade. Tudo nas sombras. Você não vê, não ouve, não sente, mas aquilo está "te" monitorando lá. Aliás, isto não é nenhuma novidade: Quando você abre uma conta no Face ou no Google, seus dados e seus hábitos de consumo estão registrados lá. Se o "Hall 9000" já era inteligente e desconfiado, imagina o que os algoritmos de nossa era possam fazer em um processador moderno...

Estamos perdendo o hábito da solidariedade. Cada um por si e Deus por todos. Os insensíveis da parábola do bom samaritano estão se replicando em nossos dias. Hoje, os sacerdotes e levitas apressados e individualistas estão na casa dos milhões. E os feridos e necessitados também andam pela casa dos bilhões. O déficit de solidariedade só aumenta e a falta dela brota incontida dentro de cada família.

Como podemos nos precaver do pior?

Não sei se isto é possível, mas alguém precisa ensinar o uso racional e mostrar o perigo oculto do uso excessivo dos eletrônicos. Eles foram criados para nos oferecer facilidades, mas estão criando dificuldades, pois viciam. Fazem perder a noção do tempo. Nos levam a procurar ambientes fechados e isolados para  fazer nossa "comunicação"  às centenas. Milhares. Mas perdemos a habilidade de dar bom dia ao pai e a mãe dentro da própria casa.


A falta de comunicação pelo excesso de comunicação.  A depressão colhida pelo descompasso entre a realidade e a imaginação. Sozinhos e deprimidos em meio a milhares de "amigos"
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2001: A Space Odissey (música) - Beautiful Blue Danube - De Johann Strauss II






domingo, fevereiro 05, 2017

Como transformar uma derrota em vitória


"Andemos por fé,  e não por vista"
(Apóstolo Paulo) 
Medalha
João Cruzué
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Por que muita gente se acha burra? Uma professora minha disse em sua aula que o cérebro tem um quilo e meio de massa e além de ser um milagre de Deus, pode ser também uma fábrica de crenças bloqueadoras.  

Estou velho demais;
É muito tarde para começar isso;
Não deu certo da primeira vez;
Eu sou um negro coitadinho; 
Eu sou uma branquela sem futuro;
Deus já se esqueceu de mim;
Na fila dos cérebros, eu cheguei atrasado;
Vou morrer na miséria;
Meu filho nunca vai largar as drogas;
Não vale a pena estudar;
Meu único caminho agora é me matar;
Não aguento mais ficar naquele trabalho; 
Minha saúde nunca vai melhorar;
Não consigo passar naquele concurso e
Deus não gosta de mim, etc.

Ninguém é burro, porque o CRIADOR fez cada um para um grande e maravilhoso propósito. Não aceite o rótulo de burro, porque se Deus tivesse criado você para ser um burro teria lhe dado quatro patas e duas orelhas grandes. E mesmo um burro, de burro mesmo não tem nada.

Há respostas e planos para todos os problemas do mundo dentro do seu cérebro. Como disse aquela mãe no filme "Mãos Talentosas" Você só precisa enxergar além daquilo que você vê" 

O mesmo conselho, deu o Apóstolo Paulo para os cristãos de Corinto: Andemos por fé, e não por vista."

O que você está vendo? Uma parede? um buraco sem fundo? uma vida destroçada? E se você levantar um pouco mais os olhos, o que sua imaginação pode ver? Deixe-me dar algumas sugestões

Um canudo de Doutor. 
Uma casa de três andares. 
O melhor emprego da sua vida. 
Três carrinhos de compra lotados no supermercado; 
Uma conta bancária com saldo mensal suficiente para você e sua família. 
Uma pessoa maravilhosa que Deus colocará em sua vida! 
Alegria de viver.
O pagamento de todas suas dívidas, etc.

Deus não é um mágico a nosso serviço. Isso ele não é. Mas Você precisa usar sua imaginação, e deixar de aceitar as sugestões do diabo, onde tudo é notícia ruim.  Nossa imaginação é uma fábrica de sonhos, ela pode  mostrar grandes coisas. Um dia, todo este fracasso e pessimismo será passado, e você, agradecido a Deus pelos tempos difíceis porque estes foram um ponto de inflexão em sua  vida. A mesma probabilidade que algo pode dar errado, também pode dar certo.

Por fim, o cérebro só consegue  levar você ao grande propósito de Deus para sua vida, se você fizer ele trabalhar: orando, estudando, trabalhando, engatinhando, andando, correndo, voando! 

Não perdendo seu tempo com coisas lhe garantem lazer mas que o deixam ignorante. Não há limite de espaço para o conhecimento dentro da sua mente. Mas se você deixá-la ociosa ou alimentá-la com coisas inúteis, não só vai falhar na conquista daquilo que Deus planejou para você, como também privar a sua família de um futuro melhor.

Se você olhar para baixo, vai continuar vendo só miséria, e coisa ruim. Se levantar um pouco os olhos, vai começar a ver uma luz, alguma claridade a sua frente. Se continuar levantando os olhos, você vai ver a bênção de Deus para você, um pouco mais longe. Se você olhar para cima, vai ver o céu de Deus que não tem limites.

Não deixe que o diabo oprima você com uma enxurrada de notícias ruins. Ele trabalha com mentiras, se você lhe der crédito, e perder seu tempo com coisas ruins, vai acabar pensando que elas são verdades, mas não são. Se o SENHOR DEUS tem um propósito na sua vida, é da vontade DELE cumprir este propósito. E se é da vontade DELE, tudo você pode naquele que "te" fortalece.









Pérolas preciosas feitas pelo Senhor

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Pérola de grande valor
João Cruzué

Muitos acham que uma pérola é produzida a partir de um grão de areia no interior de uma ostra, tal como uma pedra em nosso sapato. Pode ser que algum caso isto aconteça, mas não é assim naturalmente.  Desejei escrever esta mensagem, aproveitando este 25.12.14, para compartilhar e também ouvir, pois as  palavras de uma mensagem falam primeiro com seu autor. Como o azeite da viúva do capítulo do II Livro de Reis, as palavras têm o poder de encher as botijas das almas quando emborcadas na posição de dar.

"A pérola é  o resultado de uma reação natural do molusco contra invasores externos, como certos parasitas que procuram se reproduzir no seu interior. Para isso, eles perfuram a concha da ostra para se alojar no manto, uma fina camada de tecido que protege as vísceras da ostra. Ao se defender do intruso, a ostra o ataca com uma substância segregada pelo manto, chamada nácar ou madrepérola. O nácar é composto de 90% de um material calcário - a aragonita (CaCO3) -, 6% de material orgânico (conqueolina, o principal componente da parte externa da concha) e 4% de água. Depositada sobre o invasor em camadas concêntricas, essa substância cristaliza-se rapidamente, isolando o perigo e formando uma pequena bolota rígida. As pérolas perfeitamente esféricas só se formam quando o parasita é totalmente recoberto pelo manto, o que faz com que a secreção do nácar seja distribuída de maneira uniforme. "O mais comum é a pérola ficar grudada na concha, como uma espécie de verruga." Mundoestranho.abril.com.br.

 Apenas uma em cada 10.000 conchas são infectadas por parasitas na natureza. É mm fenômeno raro, pois a concha da ostra se defende de forma muito eficiente. E uma pérola esférica, perfeita, deve ser um evento ainda mais raro, considerando a probabilidade de apenas 100 ostras produtoras em um milhão de eventos.

Transportando o processo de produção da pérola para o mundo espiritual,  as aflições tribulações do crente são oportunidades para atuação da graça de Deus. As atribulações, frustrações, perseguições podem quebrantar o coração do crente, mas a graça de Deus é o agente que produz o nácar que resiste ao mal e o transforma em uma fonte de bênçãos de grande valor espiritual - também conhecidos como frutos do espírito.

"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" I Tessalonicenses 1.8. Certamente, Paulo não estava falando em um contexto de alegrias, senão de lutas e perseguições. Creio que ninguém há que  ame viver sob tribulações, nem a própria ostra, mas Deus permite estes ataques para  nos tirar da zona do conforto. Ele tem planos diferentes para nós. Se for da vontade Dele que nossa vida resplandeça como uma pérola de grande valor, certamente permitirá que passemos por vales profundos.

Por mais inteligentes e intelectuais que formos, esta sabedoria é nada perante o conhecimento de Deus. E nunca é demais lembrar que por natureza somos inclinados à presunção e  à independência. Duas coisas que prejudicam um relacionamento mais íntimo com o Senhor.

Se você está sob grande luta ou caminhando pelo vale da sombra da morte, não se esqueça de duas coisas: O Senhor não "te" abandonou. Da mesma forma que estava em silêncio, mas atento ao sofrimento de Jó e da viúva endividada, no tempo apropriado Ele  fará saber um novo propósito para sua vida.

E por fim, chegará o dia  que sua vida será uma pérola de grande brilho, para exemplo de vitória e para consolar  e animar outros que vão passar pelo vale das tribulações.

cruzue@gmail.com

Moisés: do palácio ao deserto e do deserto ao palácio 40 anos depois


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Pirâmides de Gizé
João Cruzué
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Fico pensando nas grandes surpresas que Deus preparou na vida de Moisés até transformá-lo em um líder abençoado, humilde e vitorioso. Antes de sua concepção, Deus tinha planejado que ele poderia ser  uma águia, para voar alto sobre vales e montes. Enquanto  não se rendeu a Deus  para obedecer a sua voz,  Moisés nada pode fazer. Do palácio ao deserto e do deserto de volta ao palácio passaram-se 40 anos na vida de Moisés. 


Deus fez um milagre na vida de Moisés. Era um vaso que Deus criou, depois quebrou, amassou e tornou moldar. No final do trabalhar de Deus e Moisés estava pronto para tirar Israel do Egito e conduzi-lo através do deserto até a boa Terra de Canaã. Deus não teve propósito apenas para a vida de Moisés, Pedro ou João.  

Moisés, aos 80 anos,  tinha grandes probabilidades para ser mais um velho rabugento e murmurador, mas isto não aconteceu. Ele renovava suas forças quando ouvia a voz de Deus ordenando para que ele continuasse tentando. Quero dedicar essa mensagem a meus amigos e irmãos que moram, trabalham ou estudam fora do Brasil. Que a presença do Senhor possa alegrar o coração de quem lê esta despretensiosa leitura. 

Estratégias de uma  Mãe: Quando Moisés nasceu, estava destinado à morte. Mas não foi morto, porque sua mãe era uma mulher de oração. Quando todas as outras mães atiravam seus meninos no Nilo para cumprir o decreto do faraó, ela não afogou seu filho. 

Ela cumpriu a lei, mas antes pôs o bebê  dentro de um cesto betumado.

Aquele cesto vagando sobre as águas do Nilo tem um significado para as Mães: Que são os cuidados constantes de uma mãe por seus meninos nessa descida pelo "Nilo" de uma sociedade violenta, corrupta e egoísta.

Mas um cesto de junco afundaria em pouco tempo, encharcado. Cuidar com responsabilidade é bom, mas não foi apenas o betume a razão do cesto de Moisés  não afundar. As orações de sua mãe  eram mais eficientes que o betume. Por isso, a mãe que separa  tempo diário para orar pelos filhos agrada mais a Deus. 

Outro dia ouvi um Pastor criticando mulheres que passam o dia orando na Igreja enquanto seus filhos estão na rua com péssimas companhias. Fiquei pensando, se orando elas têm problemas - o que se dirá, então, daquelas que ficam apenas em casa ralhando com os filhos até afugentá-los para rua?

Deus tem promessas de bênçãos para os filhos, mas por outro lado o diabo está constantemente semeando o joio para destruir o cumprimento  delas. A mãe de Moisés foi criativa com o cesto, mas por que orava, ouviu a voz de Deus. Por um pensamento que veio à sua mente, ela não se esqueceu do betume. Quem se dedica na oração não é pego desprevenido. 

Recentemente, uma de minhas cunhadas, mulher de oração, descobriu, ao fazer simples exames no hospital, sua taxa de glicose andava beirando 900. Admiraram-se de vê-la de pé e enxergando.

Você já examinou se os "cestos" de seus filhos não estão afundando?

A primeira grande surpresa da mãe de Moisés foi que ao nascer ele era formoso de aparência. Um bebezinho lindo. A segunda surpresa foi que em lugar de ter morrido afogado no Rio Nilo, ele cresceu, estudou e se formou nos palácios do faraó. A terceira surpresa foi quando tentou usar a força para libertar Israel,  Moisés teve que fugir do Egito para não ser morto. A temporada de mudanças apenas começara. Do palácio ao deserto. E  40 anos no deserto foi uma mudança e tanto na vida de Moisés. 

Aquele moço que procurou resolver com violência a escravidão dos hebreus no Egito. Passou um longo tempo de meditação e frustração. Sonhou que seria o libertador de Israel, mas agora estava cuidando de ovelhas cujo mau cheiro impregnava suas vestes

Para você que está longe do Brasil se anime.  É mais fácil encontrar presença de Deus no deserto que no conforto dos palácios, da casa dos pais, dos familiares...

Para mim, o versículo mais apropriado para enfrentar o deserto é Jeremias 33:3: " 

Clama a mim, e responder-te-ei, 
e anunciar-te-ei coisas grandes e firme,
que não sabes"

 Isso aconteceu com grandes personagens bíblicos - desde Abraão. Prepare-se andar nos propósitos de Deus. A verdadeira prosperidade é espiritual, em decorrência dela vem a prosperidade financeira definitiva. O que Deus lhe der, ninguém pode tirar. Por isso é melhor buscar a presença do Senhor. Isto significa, fora com as "baladas" e amizades duvidosas, que vão tirar você do alvo. Então, vamos voltar ao assunto principal.

Quarenta anos se passaram. 

Dos palácios do Egito para a poeira, sol durante o dia  e frio da noite do Deserto do Sinai. Quem diria? Promessas de Deus depois de 80 anos?... Ele nem pensava mais nisso. Mas aí veio a última e grande surpresa: No terço final da vida, já com oitenta anos, Deus aparece na sarsa ardente e provoca Moisés para voltar ao Egito. A mesma missão: Libertar o Povo de Israel. Daquela antiga força, só restava o desânimo.

-Vem Moisés e Eu te enviarei! Disse Deus.

-Não Senhor, eu não sou libertador de coisa nenhuma. Não acredito mais em velhas promessas. Agora sou apenas um velho, e se eu for, o povo vai se rir de min, vão me achar um louco com uma bengala de apoio nas mãos. Não quero ir, não estou mais interessado, por mim Israel pode continuar escravo pelo resto da vida. Escolha outro para ir em meu lugar.

Nessa altura, Deus se irritou com Moisés e o forçou a descer ao Egito.

E, dois velhos gagás desceram ao Egito: Moisés com 80 anos e Arão com 83. Milhares de jovens judeus estavam lá, mas a promessa do libertador de Israel era para um velho: Moisés. Deus tinha um plano especial com Moisés - e operando Deus, quem impediria?

E o plano do
 Senhor para sua vida ainda está de pé.

Ao chegar no Egito, Moisés e Arão, foram primeiro convencer o povo escravo de que Deus estava atento ao clamor deles, que estava ciente daquela horrível escravidão. Tendo convencido o povo, foram ao palácio do faraó.

-Faraó, o Deus de Israel encontrou seu povo e quer que saiamos ao deserto para celebrar uma festa para Ele. E o faraó respondeu: Quem é o senhor cuja cuja voz ouvirei para deixar ir o povo? Não conheço esse Deus e não deixarei o povo ir. E disse mais faraó: Esse povo está ocioso, é por isto que inventaram essa história de celebrar festa no deserto. Antes se fornecia palha para fazer os tijolos, agora que se virem e também arranjem a palha. E a quota da produção diária dos tijolos sera exigida. Se não cumpri-la mandarei açoitar os líderes do povo. E Parem de pertubar o trabalho dos outros.

E foi assim que deu tudo errado. A escravidão piorou com os açoites e o excesso de trabalho. Assim, até o proprio povo judeu se amargurou contra Moisés, porque diziam: A espada que faltava para faraó nos matar, você Moisés, com essa história de Deus, acabou de arranjar.

E tendo Moisés ido orar e reclamar com Deus, ouviu novamente o Senhor dizer: Vai Moisés, para de reclamar e entra de novo no palácio e dize a Faraó: Deixa o povo de Israel sair da sua terra.

- Mas Senhor, se nem o povo de Israel acredita em mim, como vai me ouvir o faraó? Vai Moisés, agora vou te por por Deus de faraó e Arão, seu irmão, será o teu profeta.

E ele foi. Desanimado, desacreditado, mas foi. E falou a faraó. E a certa altura do seu encontro com faraó, três cobras rastejavam pelo chão do palácio. Uma era de Moisés e duas dos feiticeiros do faraó. E aconteceu que estando faraó e seus súditos certos do masacre, a cobra de Moisés engoliu as outras duas. E naquele dia, Moisés voltou para casa alegre e pelo caminho conversava com Arão.

-Você viu Moisés como os magos do egito também sabem transformar varas em cobras?

-Sim Arão, mas isto não me preocupa mais, porque hoje eu vi uma outra coisa.

-O que foi que você viu Moisés?

-Eu Vi que , hoje, o Senhor começou mudar minha vida. A partir do momento que as duas cobras de faraó foram engolidas, deixei de ser um velho derrotado e estou pronto para sonhar de novo, porque agora sei que o Senhor vai cumprir todas as promessas Dele em minha vida.

E foi assim que o menino do cestinho betumado veio a ser o Libertador de Israel. Aquele que depois de velho, foi escolhido e teve o privilégio, a honra, de por o pé sobre o "pescoço" do faraó - Deus do Egito - e tirar o povo da escravidão fortalecido pela mão do Senhor.

Isaías 40:30-31:


"Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão".

Acredite sempre na próxima oportunidade. Depois do deserto, vem o tempo de andar com Deus em grandes palácios.



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