quinta-feira, abril 28, 2016

A Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo

.
Crescendo na graça
João Cruzué

Na Ceia passada, eu encontrei com um irmão amigo dos tempos da juventude, hoje Pastor; esteve no campo missionário, tanto na Argentina quanto em Portugal, hoje o responsável pela extensão da Faculdade de Teologia da Igreja. Eu perguntei a ele sobre o significado da Graça de Deus; o que ele definiu não como "favor imerecido" como eu esperava ouvir, mas como Deus se abaixando ao nível dos homens para lhes prover reconciliação, perdão, etc. Como não sou teólogo, confesso que aquela definição me surpreendeu.

Mas ela é de fato bíblica. No Salmo 40, aparece o inclinar de Deus já no primeiro versículo: "Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor". O Rei Ezequias também orou ao Senhor dessa maneira: "Inclina, SENHOR, o teu ouvido, e ouve; abre, SENHOR, os teus olhos, e olha; e ouve as palavras de Senaqueribe, que enviou a este, para afrontar o Deus vivo". Também no Salmo 17, Davi faz esta oração: "Eu te invoquei, ó Deus, pois me queres ouvir; inclina para mim os teus ouvidos, e escuta as minhas palavras".

Mas, o que mais me tem admirado sobre a profundidade da graça de Deus, é a escolha de Salomão para sucessor do trono do Rei Davi. Deus neste episódio mostra sua grande misericórdia. De quem Salomão era filho? De Bethsaba. A mulher de Urias; aquela com quem Davi adulterou; e depois planejou a morte do esposo na frente da batalha. O filho do adultério morreu. O segundo filho foi Salomão. Davi teve outros filhos com várias mulheres, mas nenhum deles foi escolhido por Deus para se assentar no trono.

Davi pagou muito caro ao diabo pelo muro espiritual derrubado pelo pecado do adultério. Mas o perdão de Deus ficou muito evidente na escolha de Salomão para ser o herdeiro do trono. Isto mostra para mim que todos que se voltam para Deus com um arrependimento sincero, podem obter o favor do perdão de Deus.À oração de um coração quebrantado, de um pecador arrependido, Deus não se fará de surdo, mas inclinar-se-á enternecido para perdoar. Ou para abraçar, como fez o pai do "filho pródigo". A imagem de um Deus vingativo não corresponde a um exame bíblico mais acurado.

As misericórdias do Senhor não têm fim, e a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo está ao alcance de quem se arrepende e busca a presença de Deus em oração. Se quiser saber mais sobre reconciliação veja : aqui.

domingo, abril 10, 2016

O deserto vai passar


Pastor Samuel Mariano
Album: Depois do Culto

Letra,  música e intérprete: Samuel Mariano

Título da canção: VAI PASSAR

Vem surgindo mais um lindo dia
eEessa dor insiste em ficar
Eu clamo e reclamo desta vida
Pois minha vida agora é viver a chorar
E aqui ajoelhado neste cantinho
Madrugada inteira a gemer.

Já estou sem argumentos pra pedir
Nem sei o que é que estou fazendo aqui
Parece até que Deus não quer me atender.

Mas a promessa é que vai passar
Eu sei que vai passar
Deserto não é pra toda vida
Deus vai mostrar uma saída
Mas tenha calma por que vai passar.

Mas a promessa é que vai passar
Eu sei que vai passar
Deserto não é pra toda vida
Deus vai mostrar uma saída
É só ter calma que vai, vai, vai passar.

(veja se isto aqui não se parece com você) Declamado:

E aí ajoelhado neste cantinho
Já faz algumas madrugadas
Que você não dorme... E fica a gemer
Tem horas que falta argumentos para você pedir.




.


Agora, enquanto escuta a música, 

leia uma parte do meu 

testemunho.


Comentário do Blogueiro: Porque eu copiei a letra deste hino? Bem, é porque ele mexe bastante com minhas emoções. Uma das razões por que comecei a escrever este blog, lá por 2005, foi para contar dos 11 anos que fiquei desempregado. 

Não me pergunte como foram, porque não mais me lembro dos detalhes, depois que o tempo do deserto passou. Uma coisa, porém, ficou e eu não consegui me esquecer: Do dia que consegui comprar um pacote de meio quilo de café no supermercado.  Quando cheguei em casa, eu chorei quando fui orar pela compra. Esta música, me faz lembrar disso. 

Quando o deserto estava quase no fim, eu estava plantando umas covas de bananeira maçã no sítio da minha mãe, e quando terminei de plantar aquelas 180 covas, choveu. Não uma chuva forte, mas uma "nublina", como se dizia na região do Vale do Rio Caratinga. De noite fui dormir ali pelas 20:00 e, antes de dormir, orei. 

Curiosamente, naquele exato momento que dobrei os joelhos, choveu de novo. Aí, eu fiz uma brincadeira na minha oração, e falei: Senhor, amanhã eu tenho que aguar aquelas 180 covas de bananeiras. Vou fazer isto alegre e satisfeito, mas se o Senhor quer mesmo molhar aquela terra, mande pelo menos uma chuva dez vezes mais forte. 

De madrugada, malhou aquele aguaceiro. Era começo de abril de 2003, mês que não costuma chover por ali. O barulho das águas nas telhas era forte e grossos cordões de água caiam da beirada das telhas lá na calçada de cimento do sobrado. Como eu estava dormindo na cobertura, tive sair depressa para o andar de baixo.

No outro dia, pela manhã, eu vi o barro da enxurrada que desceu pela estrada abaixo. Quando cheguei até as mudas de bananeiras, eu olhei e vi que Deus tinha respondido a minha  atrevida oração. E no momento que eu olhei as folhas de um  pequeno pé de banana, o Senhor Falou assim bem dentro de mim:

--Se Eu me preocupo com tão simples bananeiras, saiba que você vale muito mais que um pé de banana. Isto foi em abril, daí a três meses, Ele me abriu a porta do primeiro emprego, depois de 11 anos de deserto - 29 de julho de 1992 a 14 de julho de 2003. 

A partir de 2003, cada ano que passou, o Senhor foi aumentando a sua bênção.  De 2003 até dezembro de 2009 eu estive trabalhando na Prefeitura de São Paulo.

Ainda não sei porquê fui quebrado e moído durante 11 anos. Deus nunca me revelou, mas o deserto passou. Passou, porque Ele me conduziu todo dia pelo vale sombrio. 

Glória a Deus por meio quilo de café, e glória a Deus, hoje, pelo 6.º ano como servidor efetivo no Tribunal de Contas. 
O deserto foi muito duro, mas, graças ao Senhor, ele passou para mim, e também vai passar para você.



.



sábado, abril 09, 2016

A Professora, o Juiz e o presidente

Professora Odete Starki
João Cruzué

Quem tem maior valor para a sociedade, uma professora, um presidente ou um juiz? Respondendo sem pensar, eu imagino que você vá escolher o Presidente, afinal ele pode determinar com sua caneta o destino de milhões de pessoas. Outras pessoas, talvez, elegeriam o juiz, pois a magistratura tem a missão de equilibrar os pratos da imensa balança social desta nação.  Seguindo neste raciocínio, poucos ficariam com a professora no Brasil. Entretanto, depois de ler este texto, eu acho que você pode mudar de opinião.

No Dia Internacional da Mulher de 2016, a Câmara Municipal de Maringá homenagear algumas mulheres que embelezaram a história daquela cidade do Norte do Paraná. Durante a semana, foi combinado que cada um dos 15 vereadores tinha missão de escolher uma senhora para ser homenageada.

E assim foi feito. No dia 09 de março, cada vereador trouxe a sua homenageada. Um deles apareceu trazendo pelo braço uma senhora baixinha, de cabelo  bem curtinho, pintado de loiro, de mais ou menos uns 70 anos, Professora de Português,  já aposentada.

Quando seu nome foi lido na tribuna da Câmara de Maringá, algumas pessoas foram tomadas de surpresa e em um ímpeto de raiva começaram a gritar palavras de ordem: "Lula, guerreiro do povo brasileira". Os manifestantes também vieram para prestigiar duas senhoras sindicalistas que também foram homenageadas.

No mesmo momento que os manifestantes começaram a gritar, os outros visitantes começaram  a aplaudir aquela professora de 70 anos. Cerca de 300 pessoas estavam lotavam o auditório. De repente, seus aplausos foram aumentando, aumentando, até sufocar o barulho dos sindicalistas, amigos do Ex-presidente Lula. Aquela senhora continuou sorrindo. Nas suas  mãos, ela trazia um bouquet de rosas brancas, homenagem do vereador pedetista, Ulisses Maia.

PROFESSORA ODETE STARKI MORO
O nome daquela senhora era Odete Starki Moro, professora aposentada, 70 anos de idade, católica praticante, mãe do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro.  Esta mulher foi ofendida publicamente por alguns no Dia Internacional da Mulher, imagino eu, porque ajudou a forjar o caráter do filho para que ele fosse um Juiz correto, sábio, humilde, e não um velhaco ladrão de dinheiro público.

Agora que você leu o post, pense: qual é a profissional mais importante  nele: O presidente, o Juiz ou a Professora?




sábado, abril 02, 2016

Um outono de insegurança no Brasil

.
João Cruzué
.
Estamos em abril de 2016. Pela tarde fui até a banca de jornal para comprar a Revista Veja; costume de mais de 10 anos. Voltei  e fui fazer poucas coisas, pois hoje é sábado e devo descansar. O tempo está seco e faz calor lá fora. Eram 21:16 quando abri a Bíblia para ler uma palavra de Deus, terminei o texto agora, às 23:29. A página que se abriu na Bíblia foi exatamente no capítulo primeiro, do livro do Profeta Oseias. "E disse, pois, o SENHOR a Oseias: Vai e toma uma mulher de prostituições e filhos de prostituição; porque a a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR". Este assunto fez-me voltar à mente um pensamento que tive ontem. E se isto que está acontecendo, hoje no Brasil, for apenas o começo das dores de um período longo de infortúnios econômicos, políticos e sociais? Nós brasileiros somos um povo acostumado a levar a vida com bom humor, zombando e fazendo graça das circunstâncias do cotidiano, mas, sinceramente estou começando a ficar preocupado com a rapidez com que as coisas estão ficando instáveis.

Quem for ler os jornais de hoje, vai ver que os Bancos brasileiros estão preocupados com o tamanho da dívida do Grupo Odebrecht. Eles já estão revendo suas posições de perdas, reservando vários bilhões para fazer face a um calote gigantesco. 

O perigo financeiro não vem da roubalheira institucionalizada que tomou conta do Brasil nos últimos 16 anos. Isto é apenas a consequência da falta de controle das autoridades responsáveis. E quando isto é a causa é preciso uma resposta muito rápida. Por volta do ano 2002, um grande escândalo explodiu  na contabilidade de grandes empresas americanas (Xerox, Wordcom, Enron...). Bilhões de vendas fictícias estavam sendo contabilizadas, para forjar grandes lucros contábeis nos Balanços. Grandes lucros mantinham os bolsos de seus Administradores cheios de dinheiro proveniente de bônus. Poucas vendas = poucos lucros = poucos bônus! Para não perder bônus milionários, os executivos  destas empresas forjavam grandes vendas no papel.

Quando os grandes investidores (Fundos de pensão, multibiliardários árabes...) perceberam que seu capital estava aplicado em empresas que não possuíam controle/governança, deu início a uma fuga de capital. O valor das patrimonial das empresas americanas começou a derreter rapidamente. Ninguém era louco de deixar seu dinheiro em um lugar tão mal governado. Daí, abreviadamente, o Governo americano sacou da gaveta um um projeto de lei que estava mofando há pelo menos 10 anos para evitar o que se chama em economia de "estouro da manada". Mesmo desatualizada, a Lei Sarbanes-Oxley foi sancionada com seus 1.107 artigos. Se esta resposta não fosse dada com rapidez, teria acontecido o maior desastre econômico do mundo nos Estados Unidos da América. 

O que aconteceu aqui com a Petrobrás, foi prevenido a tempo e evitado lá. Perda patrimonial por falta de governança, como se diz tecnicamente.

Vou exemplificar o que acontece, quando os efeitos do descontrole e a desordem atingem as finanças de uma empresa. Não existe pior exemplo disso no mundo dos negócios do que o ocorrido com a Petrobrás, sob a (in)gerência de Dona Dilma Rousseff .

Em 21 de maio de 2008, ainda sob o governo do Presidente Lula, a Petrobrás atingiu seu maior valor de mercado - R$ 510,4 bilhões de reais. Pela cotação do dólar do dia, (R$ 1,659), seu valor patrimonial em moeda americana era de 307,655 bilhões de dólares. 

Em 07 de março de 2015, a jornalista Gabriela Mello  do Jornal Estadão publicou um artigo onde mostra que a Petrobras levou um enorme tombo patrimonial. O artigo diz que o valor da Petrobrás em 04 de março de 2016 caiu para 30,849 bilhões de dólares. 

Fazendo as contas: Se ela valia 307,655 bilhões de dólares em maio de 2008 e e 30,849 bilhões em março de 2016, então esta queda patrimonial foi de  276,806 bilhões de dólares. 

Traduzindo: Se em 2008 você tivesse 1.000,00 reais e decidisse aplicar tudo em ações da  Petrobras, e em 04 de março de 2016 você fosse vender as ações, você receberia apenas 100 reais. A metade disso pode ser considerada como perda de valor pela queda o preço do barril do petróleo, mas a outra metade foi simplesmente desgoverno.

Quando grandes investidores descobrem que uma quadrilha de raposas foram colocadas para tomar conta do galinheiro, eles retiram seu dinheiro o mais rápido que puder.

Só que a Petrobrás é apenas um de milhares de "galinheiros" que estão sob a administração de raposas no Brasil. No rastro da Petrobrás, estão caindo as grandes empreiteiras brasileiras, Bancos, Construtoras, etc. A Odebrecht, por exemplo, é um caso estupefaciente. Ela deve hoje a "ninharia" de 100 bilhões de reais, segundo a blogueira Natuza Nery em artigo recente na Folha de São Paulo.  Deste valor, os Bancos brasileiros são credores de  R$ 35 bilhões. Sobrou para os Bancos. 

--Caro blogueiro cristão, o que tem a ver estes números com o Livro do Profeta Oseias? 

Eu já vou responder.

De acordo com o pensamento que veio à minha mente. Quando as empresas ficam muito endividadas, elas perdem a sustentabilidade nos negócios. Deixam e contratar, e começam a desempregar. 

Quantas grandes empresas brasileiras você pensa que estão desempregando ou deixando de contratar no presente momento? Não me arriscaria a dizer, mas o acompanhamento do desemprego no CAGED está trazendo um frio na barriga dos Economistas.

Quando o desemprego aumenta, as vendas caem. Quando as vendas caem, os governos (União, Estados, DF e Municípios) arrecadam menos impostos, mas se esquecem de cortar os gastos. Assim começa um ciclo vicioso, com a Economia do país descendo a ladeira. 

As Igrejas serão as primeiras a sofrer o impacto do desemprego.

Um fator ainda pior vem juntar-se à a situação econômica ruim. Pela primeira vez, depois de 54 anos, temos uma situação política com potencial explosivo para conflitos sociais no Brasil. 

Há uma Presidente que não governa. Com receio de ser apeada do poder, pede socorro ao seu mentor e aos movimentos radicais e sindicatos de esquerda que cresceram sugando as tetas dos cofres públicos. O Brasil pode ir inteiro protestar nas ruas contra, todavia, o Governo atual da Presidente Dilma não vai ouvir nem recuar um milímetro. 

A Presidente e os que dão sustentação a seu governo já decidiram que ou ficam ou ficam; que se danem os que não estão com eles. Com a desculpa de que outros também roubam, não aceitam entregar o poder, mesmo sendo responsáveis por terem quebrado a Petrobrás e as outras empresas que estão a caminho do brejo. Há um grave risco de estouro da inflação e que falte mercadorias para comprar nos supermercados. Se houver conflitos nas ruas, a primeira coisa que vai acontecer são os saques em estabelecimentos comerciais. Descontrole + conflitos não são coisas fáceis de se entender.

Diante destas circunstâncias, há dois tipos de previsão. A legalidade vai prevalecer e o governo atual vai entregar o poder. A outra saída para o imbroglio em o Brasil está encalacrado seria o evento de eleições majoritárias ainda em 2016. Este seria o caminho pacífico.

Todavia, se em lugar da paz, Deus permitir que haja uma ação de poderosos anjos malignos ávidos para insuflar o ódio e a loucura no coração da sociedade - e aí? Bem, infelizmente, isto já aconteceu no passado, inclusive, em países de credo evangélico.

Já pensou se o SENHOR, neste momento, quando olha para o Brasil e vê aqui a mesma situação que acontecia no reino de Israel, nos dias da chamada do Profeta Oseias? 

Diga-me com sinceridade: Como você  vê, hoje,  a atitude das  grandes lideranças das Igrejas Evangélicas no Brasil? Você acha que elas estão preocupadas com evangelização, missões e fazer a vontade do SENHOR?  Ou desconfia  que elas estão mais ocupadas com projetos políticos, econômicos ou de perpetuação no poder? Hã?

É por isso que estou receoso. A semelhança do que aconteceu em 11 de setembro de 2001 no Estados Unidos, também não pe impossível que DEUS permita algo ruim aqui, para fazer com que seu NOME seja honrado e glorificado e não desprezado pelos ímpios e descrentes, por causa do mau testemunho daqueles que deveriam ser santos. 

De todo coração não desejo que este mal venha bater a nossa porta e nos tirar a paz. 

Por isso, vou orar mais e rogar a misericórdia do SENHOR, para que livre nossa nação dos planos do diabo.

Louvado seja o nome do SENHOR!




Comentários: eu também aceito críticas, desde que não sejam anônimas.