segunda-feira, maio 14, 2012

A Igreja cristã e o casamento homossexual

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Barack Obama e o Pastor Rick Warrem



João Cruzué

Tenho acompanhado a movimentação das peças de xadrez das eleições majoritárias  americanas de novembro próximo. Enquanto no Brasil os evangélicos peitaram as propostas antibíblicas e foram bem-sucedidos com Lula e Dilma, quem está sendo cortejado pelo presidente Obama nos Estados Unidos é o movimento gay. Isto mostra que o deus dos políticos não é YHWH, mas o poder.

A grande Igreja cristã que revolucionou o mundo com a moral bíblica, depois de dois milênios, tem se mostrado débil, perdendo espaço em todo mundo até para o movimento homossexual. O casamento gay é hoje uma realidade em ascensão em todos os países chamados cristãos, e no Brasil, inclusive, é só uma questão de tempo.

Não sou um "cara" pessimista. Lido com  fatos e com a realidade.  Na posse de Obama em 2009, os pastores Rick Warrem e Joseph Lowery foram convidados para celebrar a liturgia religiosa cujo ápice foi a oração da bênção da posse. O sagrado e o político. Quase quatro anos depois, Obama provoca a ira dos cristãos, dizendo-se favorável ao casamento gay para agradar, com base em pesquisas, a 52% dos americanos.
Curiosidades. Enquanto George W. Wood, superintendente das Assembleias de Deus americana, se manifestou publicamente contrário à opinião do presidente através de comunicado formal, Kelly Boggs - um colunista da imprensa Batista americana apenas comentou a contradição entre opinião pública (favorável) e resultados de referenduns populares (desfavoráveis) à união civil de pessoas do mesmo sexo.

Faço a seguinte análise: Será que o presidente não sabia da reação dos líderes das Igrejas cristãs americanas? É claro que sabia, mas algum conselheiro da sua campanha levou em conta que os homossexuais americanos são quase 25% da população. 

A mesma decisão foi feita nas eleições presidenciais de 2008 no Brasil, só que os quase 25%  da população daqui - que decidiriam a vitória de Dilma Roussef - eram os evangélicos.

 A grande nação evangélica americana, infelizmente está caída diante de Deus. 

E na raiz deste fato uma verdade não pode ser negada: Os escândalos de prostituição de pastores e pedofilia de padres foram solapando a cada década o depósito moral da Igreja. Se no Brasil de hoje os evangélicos são a força que decide nas urnas os mandatos de presidentes, governadores e prefeitos, nos Estados Unidos esta força não está na Igreja. E não está por que suas lideranças perderam a força moral tal como Sansão depois que ficou sem os cabelos. Com a perda do respeito diante dos membros por deslizes vários, os cristãos americanos relativizaram as verdades Bíblicas e racionalizaram a constituição de uma família.

A Igreja evangélica brasileira caminha na mesma direção.

Diante dos assuntos que interessam aos crentes, as lideranças das Igrejas estão indiferentes. Vivem em um mundo de faz de contas. Igreja de faz de contas. Seus maiores expoentes: Bispo Macedo, Apóstolo Valdemiro, Estevam Hernandes, Missionário R. R. Soares não dão um pio sobre casamento gay. Minha impressão é que estão encantados pelos feijões milagrosos que os levaram ao palácio do gigante onde há uma gansa que põe ovos de ouro. Diante disso os membros das Igrejas estão ficando decepcionados. Frustrados. 

O que era tão combatido como pecado há décadas, hoje já foi tudo racionalizado - não faz mal! Os pecados bombásticos de prostituição é só uma questão de tempo. A relativização dessas prostituições de líderes entre seus pares também é um fenômeno que vai ser copiado dos pastores americanos. 

Com a credibilidade lá embaixo e os crentes se sentindo como otários, não me admira nem um pouco que o casamento gay é - infelizmente - uma realidade a ser esperada nos próximos anos.  Quando Paulo escreveu a Timóteo: "Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus..." não estava desconsiderando os novos "emergentes" à testa das Igrejas brasileiras, encantados com riquezas e poder político secular.

Se no dia de amanhã o pastor de uma grande denominação for obrigado, por força de  lei, a celebrar um casamento gay dentro da sua  Igreja (e isso já acontece na Suécia e no Canadá) não me venha colocar toda culpa na secularização dos crentes. Uma frase do Pastor Martin Luther King resume bem a omissão destes pastores: "Nossas vidas começam a perder o sentido, no dia em que ficarmos calados diante de coisas que importam".

E como estão ficando  calados perante a  opinião pública (excluindo os de sempre) no tempo emque se deve falar, quando o momento conveniente chegar, os inimigos da família heterossexual não hesitarão nem se manterão indiferentes.  Não é assim que eu desejo, mas os fatos apontam para uma realidade global.  Escrevi esta crítica porque ainda creio em mudanças e no avivamento da Igreja - conforme está escrito em  II Crônicas 7:14.

Samuel diante do Sacerdote Eli























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4 comentários:

Anônimo disse...

Concordo é o casamento gay no Brasil é só uma questão de tempo...

A besta mudará os tempos e as Leis Dn 7:25

www.missaonolar.blogspot.com

Calebe disse...

Infelizmente essa "realidade" logo logo será REAL sim!

Calebe Celio
www.sajgospel.com
A Web Radio mais ouvida da Bahia

CMC disse...

Amores modernos

Meu amigo Alberto deu essa bola fora:
_Ao casal gay recém casado
Desejo toda a felicidade do mundo,
E que tenham muitos filhos juntos!

O amor gay ignora qualquer impedimento
E cria um mundo possível ao seu modo de amar...
É uma pena que depois do sexo
Deus não pode repetir aquela sua frase clichê:
_ Crescei e multiplicai-vos.

Salomão Alcantra
J.Nunez

Joao Cruzue disse...


Ao comentário de JNP:

Primeiro, quero agradecer com sinceridade sua leitura e, mais ainda, seu comentário bem humorado.

Eis uma questão em que nossa formação cultura se contrapõe uma a outra.

Não há uma lógica natural nesse pensamento, e curiosamente não se vê casais gays na natureza.

Como aprendi os fundamentos morais nos conceitos da Bíblia Sagrada, ainda que eu respeite o comportamento homossexual, não posso concordar com ele, pois não é lógico nem aprovado pela Bíblia que considero como sendo a vontade de Deus escrita para aceitação/ou não de quem quer que seja, amparada no livre arbítrio.

Abraço,


João