sábado, novembro 26, 2011

O Natal e o perdão de José do Egito

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João Cruzué

Eu confesso a você que estou de fato ficando velho. Ou, pelo menos, mais emotivo e mais chorão. É claro que já li, ouvi e ensinei sobre José do Egito. Mas ontem, passando por Belo Horizonte, assisti (outra vez) o mesmo filme e percebi novas mensagens e novos ângulos durante a história desse moço. É claro que o roteiro não segue literalmente a Bíblia, todavia não a contradiz.

Desde a primeira vez que reviu seus irmãos, na ocasião que foram comprar trigo no Egito, o coração de José reviveu velhas emoções. Emoções que não machucavam mais. Por que? Primeiro com a chegada de Manassés, cujo significado é mais ou menos: Deus me fez cicatrizar as feridas com que fui ferido na casa de meus irmãos. Esta versão não é literal, mas é citada nos Profetas, apontando para Jesus.

O sofrimento na vida de José tinha, sim, o grande propósito. Não foi um sofrimento pequeno. Primeiro foi atirado em um poço. Depois cogitaram de matá-lo. Em seguida, foi vendido como escravo. E não parou por aí. Perseguido pela mulher do Intendente, foi acusado injustamente de tentativa de estupro. De preso, desceu à condição de presidiário. A Bíblia não menciona qualquer ação do diabo, mas quem poderia ter tanto interesse em ferir, machucar e matar José?

Ao tempo da chegada de Manassés, o coração de José já tinha as feridas cicatrizadas. A presença súbita dos irmãos em busca do trigo do Egito era o primeiro ato para solucionar a questão de uma vez por todas. Simeão ficou, para forçar a vinda de Benjamim.

O segundo ato começou quando o trigo do Egito acabou na casa de Israel. Com muito desgosto, o velho Jacó cedeu. Judá se responsabilizou pela vida do rapaz. Foram, compraram o trigo, mas o cálice do governador do Egito foi achado no saco de trigo de Benjamim. Um golpe duríssimo. Então o Judá, que deu a ideia de vender José como escravo, se ajoelhou e pediu para ficar como escravo no lugar do irmão mais novo.

Diante daquelas mudanças, o coração de José foi esmagado pela voz do perdão: Irmãos, eu sou José. Naquele dia, e naquele momento, Deus providenciou o perdão que faltava, não para quem foi ferido, mas para quem odiou, magoou, maltratou, e tirou a liberdade de um irmão.

Deus trabalhou para vencer o mal dos três lados.

José foi o primeiro a perdoar. Por isso, a presença de Deus o levou até uma vida medíocre nunca o levaria. A culpa que (de vez em quando) atormentava as consciências dos irmãos mais velhos também foi perdoada - pela bondade de Deus que movia o coração de José. E o velho Jacó, que fazia diferença entre filhos e filho, tornou a ver a face de um filho que achava estar morto.

Acredito que aqueles dias, foram dos mais felizes já acontecidos na família de Israel. Setenta pessoas se abraçando, chorando, louvando a Deus. Deixando a fome e recebendo a fartura da provisão de Deus.

E tudo isso teve inicio quando brotou o perdão no coração de José. E ele não foi surdo à voz de JEOVAH. E perdoou.

Natal é tempo de Cristo. Cristo ensinou que é preciso perdoar. É difícil? É. Você não é obrigado perdoar. Mas se não fizer isto, vai impedir a vitória que Cristo tem para lhe dar e trazer para dentro da sua casa e no meio da sua família.

Se José tivesse retido o perdão, a história de Israel seria bem outra. Um filho morto na prisão e o restante da família, ceifado pela fome.

Antes de chegar o Natal, trate suas feridas com oração e o perdão de Cristo. Faça como José do Egito.





3 comentários:

Aluizio Araujo disse...

QUE HISTÓRIA BONITA!

Essa deveria ser a história enfatizada na mídia secular para mostrar a humanidade que não somos nada sem a misericórdia de Senhor. E que jamais, nem de brincadeira devemos substituir a presença de Jesus em nossa festa que deve ser dedicada a esse aniversariante, por Noel, Arvore de natal ou outro qualquer material que não possui poder de direcionar nossas emoções festivas para o único que merece toda glória do mundo e todo nosso louvor. Vou aproveitar essa reflexão para fazer um mergulho introspectivo e examinar meus pensamentos que antecedem minhas ações para pedir perdão a Deus, liberar perdão aos que me magoaram e tentar obedecer mais esse Deus que só deseja o melhor para todos nós, para que eu tenha realmente um Feliz Natal e aproveito para desejar ao meu irmão João Cruzué, que continue escrevendo reflexões como essa que edifica a vida de todos nós e todos os leitores também tenham um Feliz Natal e um Ano Novo com muitas bênçãos do senhor Jesus

pr joão paim disse...

Amado creio que para muitos o natal mostra-se de uma forma de reatar laços, de familia de amizade, por isso creio que o irmão tem razão pois muitos não descobriram ainda que "sempre é natal"
Existe uma canção que as crianças cantam "sempre é natal pra mim , sempre é natal pra mim."
Se tivermos em nossos corações que sempre é natal nessas datas teremos nossos corações suaves.uma abraço e espero o amigo em meu blog

Anônimo disse...

É bem certo que o perdão traz luz para uma alma abatida, conforme vimos na história de José, jovem temente a Deus, largos sofrimentos trouxeram muitas mágoas e dores, por se referi-se a sua própria família, mais Deus com seu imenso amor revelou um perdão glorioso para cada um de forma semelhante ao que nosso amado Jesus expressou. Glória a Deus! Deixando para nós um exemplo maravilhoso.